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Tubarão
2015
ÉRIKA JEREMIAS DO AMARAL
Tubarão
2015
ÉRIKA JEREMIAS DO AMARAL
_________________________________________________
Prof. e Orientador José Luiz Afonso Trindade, Esp.
Universidade do Sul de Santa Catarina
_________________________________________________
Prof. ___________________________________________
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Prof. ___________________________________________
Universidade do Sul de Santa Catarina
Dedico este trabalho primeiramente a Deus,
que é meu protetor e quem me dá forças para
seguir em frente, a toda minha família e aos
meus amigos. Em especial, à minha mãe,
Maria Aparecida (in memoriam), pois sei que
está sempre me guiando e tem muito orgulho
desta minha conquista.
AGRADECIMENTOS
O presente trabalho de relatório de estágio obrigatório abrange como tema central a logística,
com ênfase em controle de estoques, explorando a importância e o papel fundamental dessa
área e, principalmente, de seus controles dentro da organização. Para o embasamento teórico,
foi realizada uma pesquisa bibliográfica de determinados conceitos de logística. Quanto ao
enfoque prático, o trabalho apresenta a descrição da realidade da organização nos aspectos
logísticos, compreendendo o cotidiano das atividades de gestão de estoques realizadas na
Delupo Comércio de Ferramentas e Máquinas Ltda., empresa inserida no ramo de comércio
varejista de ferragens e ferramentas. Buscou-se, com este trabalho de relatório de estágio,
conciliar as informações obtidas na teoria à prática observada na organização em análise, o
que permitiu evidenciar pontos fortes e fracos, assim como as ameaças e oportunidades,
apresentando aos pontos identificados, sugestões que possibilitem tanto a melhoria, bem como
o aprimoramento de suas atividades e sua administração.
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................13
1.1 OBJETIVOS.......................................................................................................................13
1.1.1 Objetivo geral.................................................................................................................13
1.1.2 Objetivos específicos......................................................................................................14
1.2 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO........................................................................................14
2 BASE TEÓRICA.................................................................................................................16
2.1 LOGÍSTICA.......................................................................................................................16
2.2 ESTOQUE..........................................................................................................................16
2.3 IMPORTÂNCIA DOS ESTOQUES..................................................................................17
2.4 TIPOS DE ESTOQUES......................................................................................................17
2.4 PREVISÃO PARA ESTOQUES........................................................................................18
2.4.1 Previsão quantitativa.....................................................................................................18
2.4.2 Previsão qualitativa.......................................................................................................19
2.5 NÍVEIS DE ESTOQUES....................................................................................................21
2.5.1 Estoque mínimo ou de segurança.................................................................................21
2.5.2 Estoque máximo.............................................................................................................23
2.5.3 Tempo de reposição.......................................................................................................24
2.5.4 Ponto de pedido..............................................................................................................25
2.6 CUSTO DE MANTER ESTOQUE....................................................................................27
2.7 SISTEMAS DE CONTROLES DE ESTOQUES...............................................................29
2.7.1 Sistemas das revisões periódicas...................................................................................29
2.7.2 Sistemas de quantidades fixas (máximos e mínimos).................................................30
2.7.3 Rotatividade ou giro de estoque....................................................................................30
2.7.4 Classificação ABC..........................................................................................................31
2.7.5 Inventário físico..............................................................................................................33
2.8 AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES......................................................................................33
2.8.1 Custos médios.................................................................................................................34
2.9 ARMAZENAGEM DE MATERIAIS................................................................................35
2.10 RECEBIMENTO E INSPEÇÃO DE MATERIAIS.........................................................35
2.11 LOCALIZAÇÃO DE MATERIAIS.................................................................................36
2.12 CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS..............................................37
2.13 MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS............................................................................38
2.14 LAYOUT............................................................................................................................38
3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA..............................................................................40
3.1 RAZÃO SOCIAL/ NOME DA ORGANIZAÇÃO............................................................40
3.2 NOME FANTASIA............................................................................................................40
3.3 LOGOMARCA...................................................................................................................40
3.4 ENDEREÇO E LAYOUT DE LOCALIZAÇÃO................................................................41
3.5 FORMA JURÍDICA...........................................................................................................41
3.5.1 Vantagens e desvantagens da forma jurídica atual....................................................42
3.5.1.1 Vantagens......................................................................................................................42
3.5.1.2 Desvantagens................................................................................................................42
3.6 RAMO DE ATIVIDADE E PORTE DA ORGANIZAÇÃO.............................................42
3.7 NÚMERO DE EMPREGOS GERADOS...........................................................................42
3.8 CLIMA ORGANIZACIONAL...........................................................................................43
3.9 CAPITAL SOCIAL DA ORGANIZAÇÃO.......................................................................44
3.10 HISTÓRICO DO SETOR DO QUAL PERTENCE A EMPRESA.................................44
3.11 HISTÓRICO DA EMPRESA...........................................................................................44
3.12 OBJETIVOS DA EMPRESA...........................................................................................45
3.12.1 Missão............................................................................................................................45
3.12.2 Visão..............................................................................................................................45
3.12.3 Valores..........................................................................................................................46
3.13 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA....................................................46
3.13.1 Organograma...............................................................................................................46
3.13.2 Tipos de Organograma................................................................................................47
3.13.2.1 Organograma Clássico ou Vertical.............................................................................47
3.13.2.2 Organograma Circular................................................................................................47
3.13.2.3 Organograma Linear de Responsabilidade.................................................................47
3.13.2.4 Organograma Não Clássico........................................................................................48
3.14 AMBIENTE DIRETO E INDIRETO EM QUE A EMPRESA ATUA...........................48
3.15 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS.......................................................................................48
3.16 PRINCIPAIS PRODUTOS OU LINHAS DE PRODUTOS............................................49
3.17 CONCORRENTES...........................................................................................................49
3.18 MERCADOS E CLIENTES.............................................................................................50
3.19 PRINCIPAIS FORNECEDORES....................................................................................50
3.20 ESTRATÉGIA DE GESTÃO...........................................................................................51
4 DESCRIÇÃO DA REALIDADE ORGANIZACIONAL.................................................52
4.1 LOGÍSTICA.......................................................................................................................52
4.2 ESTOQUES........................................................................................................................52
4.3 SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUE...................................................................53
4.4 ARMAZENAGEM.............................................................................................................54
4.5 LOCALIZAÇÃO DE MATERIAIS...................................................................................55
4.6 CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS................................................56
4.7 LAYOUT..............................................................................................................................56
5 ANÁLISE E PROGNÓSTICO...........................................................................................58
5.1 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS PONTOS FORTES E SEUS IMPACTOS...........58
5.1.1 Sistema WMS (Warehouse Management System)........................................................58
5.1.2 Classificação e localização de materiais.......................................................................60
5.1.3 Espaço físico..............................................................................................................61
5.2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS PONTOS FRACOS E AÇÕES/ESTRATÉGIAS
CORRETIVAS.........................................................................................................................61
5.2.1 Controle de estoque........................................................................................................62
5.2.2 Recebimento de mercadorias........................................................................................64
5.2.3 Falta de materiais nas prateleiras................................................................................65
5.3 OPORTUNIDADES IDENTIFICADAS E ANÁLISE DA VIABILIDADE....................68
5.3.1 Aumento da construção civil.........................................................................................68
5.3.2 Aumento da região.........................................................................................................68
5.4 AMEAÇAS ATUAIS E FUTURAS IDENTIFICADAS...................................................69
5.4.1 Concorrentes..................................................................................................................69
5.4.2 Crise econômica.............................................................................................................69
5.5 QUADRO RESUMO DOS PONTOS FORTES E SEUS IMPACTOS/RESULTADOS..70
5.6 QUADRO RESUMO PONTOS FRACOS E AÇÕES/ESTRATÉGIAS PROPOSTAS. . .71
5.7 QUADRO RESUMO DAS OPORTUNIDADES IDENTIFICADAS...............................72
5.8 QUADRO RESUMO DAS AMEAÇAS IDENTIFICADAS.............................................73
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................76
APÊNDICE 1 – Loja...............................................................................................................78
APÊNDICE 2 – Depósito........................................................................................................79
APÊNDICE 3 – Endereçamento............................................................................................80
APÊNDICE 4 – Mezanino......................................................................................................81
APÊNDICE 5 – Iluminação depósito....................................................................................82
APÊNDICE 6 – Sinalização da loja.......................................................................................83
APÊNDICE 7 – Relatório de análise de giro de produtos...................................................84
APÊNDICE 8 – Relatório de análise de giro de produtos...................................................85
APÊNDICE 9 – Relatório para armazenagem de produtos...............................................86
13
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
Estudar e pesquisar o processo logístico na sua forma teórica, com ênfase nos
estoques, bem como efetuar a análise da realidade organizacional junto à empresa Delupo
Comércio de Ferramentas e Máquinas Ltda., e realizar uma análise e prognóstico da empresa
em questão.
14
Este trabalho está ordenado por capítulos, iniciando com a introdução, objetivo
geral, objetivos específicos e procedimentos metodológicos, que fazem parte do capítulo I.
No capítulo II, apresenta-se a base teórica, abordando temas relacionados à
logística e estoques.
O capítulo III aborda a caracterização da empresa, de modo com que se possa
obter o conhecimento da mesma, desde seu início, através de seu histórico, setores,
colaboradores e estrutura organizacional.
No capítulo IV, se apresenta a descrição da realidade organizacional, que
contempla o diagnóstico das atividades de logística realizadas pela empresa em questão.
O capítulo V é composto pela análise e prognóstico, onde são evidenciados os
pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças, acompanhadas de sugestões de ações e
estratégias corretivas.
Por fim, no capítulo VI apresenta-se a conclusão deste trabalho, abrangendo as
atividades realizadas ao longo do período de três estágios supervisionados.
15
2 BASE TEÓRICA
2.1 LOGÍSTICA
2.2 ESTOQUE
Estoque pode ser definido como o acúmulo de materiais que são armazenados
para suprir uma futura demanda.
Araújo (1976, p. 185) afirma que “[...] a palavra estoque significa ‘aquilo que é
reservado para ser utilizado em tempo oportuno’, poderá, outrossim, significar ‘poupança’ ou
‘previsão’”.
17
A meta principal de uma empresa é, sem duvida, maximizar o lucro sobre o capital
investido em fabrica e equipamentos, em financiamentos de vendas, em reserva de
caixa e em estoques. Espera-se que o dinheiro investido em estoques seja o
lubrificante necessário para a produção e o bom atendimento das vendas.
Na verdade, estoques servem para uma série de finalidades. Ou seja, eles: Melhoram
o nível de serviço; Incentivam economias na produção; Permitem economias de
escala nas compras e no transporte; Agem como proteção contra aumentos de
preços; Protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento;
e servem como segurança contra contingências.
Como os estoques constituem parcela considerável dos ativos das empresas, eles
recebem um tratamento contábil minucioso. São classificados, principalmente para
efeitos contábeis, em cinco grandes categorias: Estoques de materiais; Estoques de
produtos em processos; Estoques de produtos acabados; Estoques em trânsito;
Estoques em consignação.
Na vida prática das empresas, podem ocorrer as combinações dos diversos modelos
de evolução de demanda, em função das variáveis que as influenciam, mas muito
mais em função da qualidade da administração empresarial efetivada. Conhecendo a
evolução da demanda fica mais fácil elaborarmos a previsão futura de demanda, e
para isso podemos utilizar os diversos modelos disponíveis.
Onde:
Ppp (MMA) = Previsão próximo período; Método da Média Aritmética.
C1, C2, C3, Cn = Consumo nos períodos anteriores.
n = Número de períodos.
20
Ppp (MMP) = (C1 × P1) + (C2 × P2) + (C3 × P3) + ... + (Cn × Pn)
Onde:
Ppp (MMP) = Previsão próximo período; Método da Média Aritmética.
C1, C2, C3, Cn = Consumo nos períodos anteriores.
P1, P2, P3, Pn = Ponderação dada a cada período.
Onde:
Ppp (MMSE) = Previsão próximo período; Método da Média com Suavização
Exponencial.
Ra = Consumo Real no período anterior.
Pa = Previsão do período anterior.
@ = Constante de Suavização Exponencial.
Ppp (MMMQ) = a + bx
Onde:
a = valor a ser obtido na equação normal por meio da tabulação dos dados.
b = valor a ser obtido na equação normal mediante a tabulação dos dados.
x = quantidades de períodos de consumo utilizados para calcular a previsão.
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∑Y = (n × a) + (∑x × b) (1)
∑XY = (∑x × a) + (∑x2 × b) (2)
Onde:
∑ = Soma de vendas.
n = Número de períodos.
a = Incógnita.
b = Incógnita.
[...] cada produto ou material receberá quatro informes básicos – estoque mínimo
que se deseja manter (Emin), o momento em que novas quantidades da peça devem
ser compradas (PP), tempo necessário para receber a peça (TR), a quantidade de
peças que devem ser compradas, ou seja, o lote de compras (LC), e quando este lote
comprado chega à fábrica, temos o estoque máximo (Emax). E isto nos possibilita a
manutenção dos níveis de estoques estabelecidos e que configurem um sistema
automático de suprimentos da manutenção de estoques onde novas ordens são
emitidas, em função das variações do próprio nível de estoque.
Conforme Dias (1993, p. 62), estoque mínimo é “[...] a quantidade mínima que
deve existir em estoque, que se destina a cobrir eventuais atrasos no suprimento, objetivando
a garantia do funcionamento ininterrupto e eficiente do processo produtivo, sem o risco de
faltas”.
O estoque de segurança é feito nas empresas mesmo enquanto ainda se mantêm
estoques das mercadorias, para evitar que a empresa seja obrigada a interromper sua produção
ou comercialização por não ter produtos.
Sendo assim, Pozo (2004, p. 66) afirma que:
[...] é uma quantidade mínima de peças que tem que existir no estoque com a função
de cobrir as possíveis variações do sistema, que podem ser: eventuais atrasos no
tempo de fornecimento (TR) por nosso fornecedor, rejeição do lote de compra ou
aumento na demanda do produto. Sua finalidade é não afetar o processo produtivo e,
principalmente, não acarretar transtornos aos clientes por falta de material e,
consequentemente, atrasar a entrega de nosso produto ao mercado.
ES = C × k
Onde:
ES = Estoque de Segurança.
C = Consumo médio no período.
k = Coeficiente de grau de atendimento.
Em que:
ESeg = Estoque de segurança.
DMáx = Demanda máxima histórica.
DM = Demanda média.
23
Emax = ES + LC
Sendo:
Emax = Estoque máximo.
ES = Estoque de segurança.
LC = Lote de compra.
Desse modo, são utilizadas fórmulas para se chegar ao resultado de qual deve ser
o estoque máximo correto a ser utilizado.
Segundo Martins e Alt (2006, p. 244), “O estoque máximo (E MÁX.) é calculado
somando-se o estoque de segurança (ES), com o lote de compra (Q) (lotes diferentes do
econômico também podem ser usados, a critério do administrador de materiais.)”.
Para calcular o estoque máximo, o mesmo autor mostra a seguinte fórmula a ser
utilizada:
EMÁX = ES + Q
Onde:
24
Quando emitimos um pedido de compra, decorre um espaço de tempo que vai desde
o momento de sua solicitação no almoxarifado, colocação do pedido de compra e
passando pelo processo de fabricação em nosso fornecedor até o momento em que
recebemos e o lote estiver liberado para produção em nossa fábrica. Portanto, o TR é
composto de três elementos, conforme a seguir:
1. Tempo para elaborar e confirmar o pedido junto ao fornecedor:
2. Tempo que o fornecedor leva para processar e entregar-nos o pedido:
3. Tempo para processar a liberação do pedido em nossa fábrica.
TR = 1 + 2 + 3
Onde:
TR = Tempo de reposição.
PP = DM x TR + ESeg
Onde:
PP = Ponto de pedido.
DM = Demanda ou consumo médio no período.
TR = Tempo de reposição.
ESeg= Estoque de segurança.
PP = (C × TR) + ES
Onde:
PP = Ponto de pedido.
C = Consumo normal da peça.
TR = Tempo de reposição.
ES = Estoque de segurança.
Onde:
TR = Tempo de reposição da peça.
PP = Ponto de colocação de um Pedido de Compra.
LC = Quantidade a ser comprada para repor estoque.
Emax = Volume máximo de peças em estoque.
Emin = Volume mínimo de peças em estoque.
São todos os gastos que a empresa irá obter para armazenar um produto em
estoque por um determinado período.
Sendo assim, Ching (2001, p.29) afirma que:
Todo e qualquer produto que permaneça em estoque irá gerar custos, os quais
podem ser fixos ou variáveis. Pode ser usado como exemplo de custo fixo: a utilização do
imóvel, dos equipamentos, entre outros. No custo variável, se pode citar como exemplo a
manutenção do estoque.
28
Sendo:
i = Taxa de juros.
P = Preço de compra.
Custo de armazenagem = CA
29
Como o próprio nome já diz, são sistemas que nos permitem controlar os
estoques, obtendo informações de quanto possuir em determinado período para atender as
demandas.
Conforme Dias (1993, p. 114):
A maioria das grandes empresas não está mais enfatizando o “quanto”, e sim o
“quando”. Possuir em estoque a quantidade correta no tempo incorreto não adianta
nem resolve nada, pois a determinação desses prazos é que é importante.
Anteriormente, o ponto de pedido era a maneira utilizada para a determinação do
“quando” e baseava-se em um consumo previsto ou estimado durante o tempo de
reposição, utilizando-se a fórmula do ponto de pedido. Existem sistemas de controle
de estoques que dão, com certo grau de precisão, os volumes a serem comprados de
material para determinado período, [...].
R = CV : E
Sendo:
CV = Custo das Vendas Anuais.
E = Estoque.
[...] tanto o capital investido em estoque como os custos operacionais podem ser
diminuídos, se reconhecermos que nem todos os itens estocados merecem a mesma
atenção por parte da administração ou precisam manter a mesma disponibilidade
para satisfazer os clientes. Os requisitos de marketing não são os mesmos para toda
a linha de produtos. Alguns deles são mais competitivos que outros, ou são mais
rentáveis, ou podem ter clientes que exigem melhor nível de serviço. Isto mostra
que, antes de estabelecermos uma política firme de estoques, cada produto deve ser
classificado conforme seus requisitos.
O objetivo dos métodos de avaliação dos estoques é separar o custo dos produtos
entre o que foi vendido e o que permaneceu em estoque.
Conforme Dias (1993, p. 126):
[...] a avaliação de estoque anual deverá ser realizada em termos de preço, para
proporcionar uma avaliação exata do material e informações financeiras atualizadas.
A avaliação dos estoques inclui o valor das mercadorias e dos produtos em
fabricação ou produtos acabados. Para se fazer uma avaliação desse material,
tomamos por base o preço de custo ou de mercado, preferindo-se o menor entre os
dois.
A avaliação feita através do custo médio é a mais frequente. Tem por base o preço
de todas as retiradas, ao preço médio do suprimento total do item em estoque. Age
como um estabilizador, pois equilibra as flutuações de preços; contudo, em longo
prazo, reflete os custos reais das compras de material.
Os materiais devem estar localizados onde serão facilmente encontrados, para que
não haja erros na entrega do material para o consumidor.
Desse modo, Martins e Alt (2006, p. 210) afirmam que “a localização dos
estoques é uma forma de endereçamento dos itens estocados para que eles possam ser
facilmente localizados. Com a automatização dos almoxarifados, a definição de um critério de
endereçamento é imprescindível”.
Os materiais devem obter um símbolo, como uma etiqueta, um código etc., para
que sejam facilmente identificados e encontrados, evitando, assim, problemas no controle dos
materiais e tempo desperdiçado.
Segundo Dias (1993, p. 186):
Na codificação dos materiais, Pozo (2004) menciona que se podem usar dois
sistemas: o alfa numérico, que são codificados utilizando letras e números, e o numérico ou
decimal, que é utilizado apenas números, sendo o melhor e mais utilizado método.
2.14 LAYOUT
3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
Segundo Gonçalves Neto (2008, p. 317), “a razão ou firma social é composta pelo
patronímico de todos ou de qualquer dos sócios. Razão social é firma; é suposto que seja
assinada, de próprio punho, pelo administrador, sócio ou não, embora essa prática tenha caído
em desuso”.
Sendo assim, a empresa em questão tem por razão social: Delupo Comércio de
Ferramentas e Máquinas Ltda.
Gomes (2007, p. 33) menciona que “pode ainda integrar o nome empresarial
como expressão a parte, o título do estabelecimento que nada mais é do que o nome ou
“apelido” pelo qual determinado estabelecimento empresarial é identificado na praça em que
atua, sendo também chamado de nome fantasia”.
Desse modo, a empresa em estudo tem por nome fantasia: Delupo Ferragens.
3.3 LOGOMARCA
3.5.1.1 Vantagens
3.5.1.2 Desvantagens
3.12.1 Missão
3.12.2 Visão
46
Chiavenato (2004, p. 224) afirma que “visão é a imagem que a organização tem a
respeito de si mesma e do seu futuro. É o ato de ver a si própria no espaço e no tempo. Em
geral, a visão está mais voltada para aquilo que a organização pretende ser do que como ela
realmente é”.
A organização em si tem como visão ser a empresa número um em inovação,
atendimento e serviços prestados no ramo em que atua para os clientes, colaboradores,
fornecedores, comunidade e parceiros.
3.12.3 Valores
Para Chiavenato (2008, p. 247), “os valores são critérios que orientam o
comportamento das pessoas nas decisões sobre o que é mais importante ou prioritário em suas
atividades. Daí, a necessidade de princípios capazes de orientá-las, e de que a empresa julga
mais importante nas suas operações”.
Os valores da empresa são:
• Comprometimento e eficiência;
• Empreendedorismo e inovação;
• Seriedade e transparência;
• Valorização a quem contribui com a empresa;
• Espírito de equipe.
3.13.1 Organograma
DIRETORIA
Ainda, para Lacombe e Heilborn (2003, pág. 114), “outra forma de representação
é o chamado organograma circular, em que os níveis superiores são mostrados no centro da
circunferência e os inferiores na periferia. Não é possível mostrar as relações formais da
estrutura”.
das ordenadas correspondem a uma atividade ou tarefa, e cada coluna, ao longo do eixo das
abscissas, corresponde a um órgão ou cargo”.
3.13.2.4 Organograma Não Clássico
3.17 CONCORRENTES
baixos não garante que, em um dado período, um fornecedor tenha o melhor preço para um
produto. Critérios como condições de pagamento e entrega, também são de grande
importância.
3.20 ESTRATÉGIA DE GESTÃO
4.1 LOGÍSTICA
4.2 ESTOQUES
A empresa, em si, possui duas áreas nas quais são guardadas mercadorias, no
depósito, conforme mostra o apêndice 2, que é onde fica todo o estoque da mesma, e na parte
da loja que é onde ficam as mercadorias em exposição.
Atualmente, a empresa conta com 14 funcionários que cuidam de todo processo
logístico, sendo um Planejamento e Controle de Estoque (PCE), um supervisor de expedição e
um roteirizador de rotas. Todos os outros onze funcionários não possuem um cargo
específico, sendo denominados de executores de tarefas, pois desempenham várias funções,
como conferente de entrada, conferente de saída, separação, armazenagem, transferência,
reabastecimento e formação de volumes.
O estoque representa um dos investimentos mais elevados que compõe a estrutura
de capital de giro da empresa. Em função desse alto investimento, o estoque tem grande
importância no contexto da mesma, pois, uma vez que este não seja utilizado, podem-se
perder vendas e fazer com que a empresa não obtenha lucro.
Há pouco tempo, a empresa passou a utilizar o sistema Warehouse Management
System (WMS), que auxilia em todo o processo logístico. Desse modo, seu estoque é dividido
entre picking e pulmão. Picking é o lugar onde são armazenadas as mercadorias que irão ser
53
4.4 ARMAZENAGEM
4.7 LAYOUT
57
5 ANÁLISE E PROGNÓSTICO
Neste tópico serão citados alguns pontos fortes da empresa Delupo, destacando
ações para o fortalecimento, a viabilidade, impactos e justificativas. Os pontos destacados
podem ser relacionados como potenciais e diferenciais competitivos no mercado e serão
descritos a baixo:
a) Sistema WMS (Warehouse Management System);
b) Classificação e localização de materiais;
c) Espaço físico;
O sistema WMS é prático, pois reduz o número de erros que podem ocorrer
durante todo o processo logístico, além de ser um grande diferencial, no qual somente as
maiores empresas possuem, devido ao custo alto desse investimento.
O sistema é bastante útil, pois auxilia todos os processos, desde a chegada da
mercadoria na loja até sua venda. É específico para a logística das empresas, auxiliando na
distribuição dos produtos para seus devidos locais e também otimizando os espaços baseado
em informações reais sobre o uso das prateleiras.
59
Para fortalecer ainda mais esse ponto identificado, a empresa deverá estender o
uso do sistema às demais pessoas envolvidas no processo logístico, ou seja, aos executores de
tarefas, já que as únicas pessoas que utilizam o sistema, diariamente, em suas máquinas são o
supervisor de expedição, o roteirizador de rotas, o PCE (Planejamento e Controle de Estoque)
e o conferente. Os demais utilizam somente o coletor de dados.
A padronização desse sistema nas demais máquinas tornaria mais fácil o trabalho
dos mesmos, assim como a qualificação dos executores de tarefas. Pois, atualmente, para
obter alguma informação mais específica, é necessário dirigir-se aos colaboradores que
possuem o sistema instalado para que assim o mesmo possa coletar a informação e repassá-la.
Fornecendo o sistema para as demais máquinas e dando o treinamento necessário
para os executores, não auxiliaria somente no desperdício de tempo que os mesmos obtêm se
deslocando de um lugar para outro para adquirir informações como auxiliaria também caso as
pessoas que possuem o sistema em suas máquinas precisem se ausentar da empresa, fazendo
com que assim a mesma não sofra as consequências, caso isso ocorra.
É viável a ação de disponibilização do sistema para as demais máquinas, pois a
empresa já paga uma mensalidade para usufruir do sistema em si. O valor da mesma é de
R$1.000,00 (mil reais) mensal. Sendo assim, o único valor a ser cobrado, além da
mensalidade, seria o custo da vinda de um técnico de informática para a instalação do sistema
nas outras máquinas. Esse custo seria de R$ 200,00 (duzentos reais). Porém, esse valor
independe do número de máquinas que serão instaladas, sendo um valor fixo pelo dia
trabalhado. O treinamento seria gratuito, já que o próprio técnico forneceria, após as
instalações do sistema.
Essa implantação de sistemas nas demais máquinas envolvidas no processo
logístico favoreceria a empresa em vários quesitos, reduziria ainda mais os erros e o tempo
que os executores de tarefas perdem indo até os colaboradores que possuem o sistema para
obter alguma informação. Além de ficarem qualificados para cobrirem uma possível falta de
algum colega.
O impacto dessa ação tende a ser positivo, qualificando outras pessoas a
utilizarem o sistema favoreceria a empresa, pois reduziria os erros dos processos de
armazenamento e da distribuição das mercadorias. Auxiliaria também o setor, caso algum
colaborador precise se ausentar por algum motivo da empresa, seja por férias ou problemas
pessoais.
A justificativa para esta ação é a redução de tempo perdido e, consequentemente,
de erros no setor. Disponibilizando o sistema para todos os envolvidos no processo logístico,
60
se reduz o tempo que os executores de tarefas levam para obterem informações dos materiais
e de seus armazenamentos.
Com essa extensão do software facilita ao máximo o serviço realizado e contando
também com um custo baixo, pois, desde que foi implantado, em 2013, o sistema não
precisou ser atualizado e raramente apresenta problemas.
É importante que a empresa tome conhecimento das causas de seus pontos fracos
e analise ações possíveis para melhorá-los, só assim alcançará melhores resultados. Os pontos
fracos identificados na Delupo são:
a) Controle de estoque;
b) Recebimento de mercadorias;
c) Falta de materiais nas prateleiras da loja;
Para contribuir ainda mais nesse ponto, e evitar falhas, deverá ser incluído nas
funções de algum colaborador do processo logístico, a responsabilidade de tomar
conhecimento do surgimento da divergência e adotar as medidas de correção da divergência
identificada, bem como as providências das causas, e ações corretivas para isso.
Esta ação corretiva se torna viável, pois o sistema WMS auxilia, e muito, na
logística da empresa, porém, ainda existem essas falhas que não são tão difíceis de serem
solucionadas, pois são falhas operacionais e não de sistema.
A empresa terá gasto somente com as refeições dos colaboradores destinados a
essa atividade, que terá um custo médio de R$180,00 (cento e oitenta reais), e com o lanche
dos mesmos, que em média será R$50,00 (cinquenta reais) nos dias em que a empresa estará
realizando o inventário geral, totalizando um gasto de R$ 230,00 (duzentos e trinta reais).
Como justificativa para esta ação será uma melhor proporção do controle dos
estoques para que não ocorram falhas nas quantidades de mercadorias informatizadas no
sistema e fisicamente. Evitará que a empresa tenha prejuízo caso não identifique o surgimento
do erro.
64
A ação se torna viável, pois não terá custo a ser acrescentado à empresa, somente
deverá ser elaborado o check list pelo próprio PCE ou pelo supervisor de expedição para que a
conferência das mercadorias seja feita de maneira correta. Desse modo, os executores de
tarefas irão poder se programar quanto ao recebimento de mercadorias e no armazenamento
das mesmas.
A justificativa para esta ação é que, com essas novas regras, a empresa passará a
apresentar menos falhas, consequentemente também influenciará no setor fiscal que não
precisará emitir notas de devolução de mercadorias.
Também diminuirá os erros no estoque pelo simples fato de as mercadorias serem
conferidas por unidade e não cegamente, como é feito atualmente.
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A construção civil está em constante crescimento no país, sendo ela uma das
principais responsáveis pelo consumo de variadas mercadorias da organização.
O aumento da construção civil é considerado uma oportunidade para a empresa,
pois, terá como vantagem o seu atual posicionamento no mercado, possibilitando novos
investimentos e um possível aumento na oferta de seus produtos.
Como ação para o aproveitamento da oportunidade citada, a empresa deverá
realizar pesquisas de mercado, buscando as áreas em que a mesma não esteja ofertando
produtos. Após a pesquisa para a ampliação de sua linha de produtos, deverá ser analisado um
espaço físico para que as mercadorias sejam armazenadas.
A viabilidade da ação é pela abrangência de mercado, aproveitando o aumento do
crescimento da construção civil.
A justificativa para a ação proposta é não deixar a organização estagnada e sem
âmbito de crescimento, desse modo, colaborando com a lucratividade da mesma.
Nossa região está cada vez mais aumentando e se destacando no estado, devido à
boa qualidade de vida que oferecemos. Com esse aumento da população na região, empresas e
indústrias estão sendo instaladas aqui.
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As ameaças são elementos externos negativos que a empresa não pode controlar e
que podem colocá-la em risco.
Este tópico tem como objetivo identificar e analisar as ameaças que a empresa têm
em relação ao seu ambiente externo. Portanto, assim foram identificadas as seguintes ameaças
em relação à empresa em análise:
a) Concorrentes
b) Crise econômica
5.4.1 Concorrentes
Nossa região possui muitas empresas que atuam no mesmo ramo de negócio, o
que acaba se tornando uma ameaça. Devido ao fato de a construção civil estar em alta, esse
ramo está em constante crescimento na região.
Uma estratégia a ser adotada para reduzir o impacto desta ameaça, a empresa
deverá implantar um sistema pós-venda, que será um diferencial estratégico em relação aos
seus concorrentes.
Essa ação tem por justificativa amenizar esta ameaça. Obtendo esse diferencial e
tentando fidelizar ao máximo seus clientes, a empresa não sofrerá impacto financeiro sendo
prejudicada por seus concorrentes.
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Estamos vivenciando no país uma grande crise econômica, a qual fez com que as
taxas de juros, impostos e todos os custos de necessidades básicas, como água e energia
elétrica, aumentassem.
Para ação estratégica desta ameaça, a empresa deverá tentar reduzir ao máximo
seus custos, iniciando com energia elétrica, água, custos fixos da empresa como telefone, mão
de obra etc. Também não deverá desperdiçar nenhum material, desde uso e consumo próprio
até seus estoques.
Esta ação tem como justificativa o não abatimento da empresa devido à crise
econômica sofrida no país, tentando evitar, ao máximo, desperdícios e reduzindo custos, a
empresa poderá passar pela crise sem sofrer consequências.
clientes
Espaço físico Manter seus Sem custo Auxílio nas Estoque
espaços adicional funções de todos organizado
organizados com os funcionários, facilitando todo o
cada mercadoria colaborando de processo logístico
em seu devido modo direto ou da empresa
lugar e realizar indireto
conferência
semanalmente
Fonte: Elaborado pela autora, 2015
envolvidas
Falta de Falta de Reorganizar o Sem custo Espaço físico
materiais nas procedimento para espaço físico da adicional organizado e
prateleiras da a conferência das loja, estabelecer devidamente
loja prateleiras fazendo um procedimento preenchido,
com que algumas que faça com que trazendo
tenham espaços as prateleiras consequentemente
ociosos permaneçam uma maior
sempre satisfação dos
reabastecidas e clientes
implantação do
sistema 5S
Fonte: Elaborado pela autora, 2015.
clientes
Fonte: Elaborado pela autora, 2015
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CURY, Antônio. Organização e métodos: uma visão holística. 7.ed. – São Paulo: Atlas,
2000.
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Paulo: Atlas, 1993.
______. Administração de materiais: uma abordagem. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1996
GOMES, Fábio Bellote. Manual do direito comercial: de acordo com a nova Lei da
Falência e Recuperação de Empresas. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2007.
GONÇALVES NETO, Alfredo de Assis. Direito de empresa. 2 ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2008.
ZACCARELLI, Sérgio Batista. Programação e controle da produção. 5.ed. rev. E aum. São
Paulo: Pioneira, 1979.
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APÊNDICE 1 – Loja
APÊNDICE 2 – Depósito
APÊNDICE 3 – Endereçamento
APÊNDICE 4 – Mezanino