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Ventosas
Os aparelhos
A priori as ventosas podem ser classificadas como de simples efeito e de duplo efeito, também
chamada de tríplice função. As primeiras são próprias para adutoras de pequenos diâmetros e
para deixar sair o ar que estiver acumulado nos pontos altos das tubulações de adutoras, linhas
de recalque e mesmo de aspiração das bombas, mas não são apropriadas para permitirem a
entrada de ar. As de duplo efeito (Figura V12) controlam automaticamente a saída do ar durante
o enchimento de uma linha e a entrada de ar durante o esvaziamento ou o que se venha a formar
com a linha já em operação. As ventosas de duplo efeito possuem duas esferas de tamanhos
diferentes. A maior encontra-se dentro de uma câmara provida de uma abertura grande, e a
menor, dentro de outra câmara menor provida de um orifício. A esfera maior será fortemente
comprimida contra a respectiva abertura, e a menor levemente encostada no orifício. Baixando
o nível da água, a esfera pequena afasta-se da sua posição, deixando escapar o ar que
porventura se tenha formado na tubulação. Durante o esvaziamento da tubulação, as duas
esferas descem às suas posições mais baixas, permitindo, assim, a entrada do ar através das
passagens, evitando-se, desse modo, a formação do vácuo que poderia eventualmente provocar
o esmagamento externo da tubulação. Freqüentemente são em ferro fundido com esferas de
alumínio ou ebonite.
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Figura V2 - Corte esquemático de uma ventosa de duplo efeito (BOPP & REUTER)
Quando se enche de água uma tubulação que se encontra submetida internamente às condições
atmosféricas locais, deve-se extrair, continuamente, um volume de ar exatamente igual ao
volume de água que entra, a fim de evitar a formação de grandes bolsas de ar.
No caso de adução por recalque, o acúmulo de ar nos pontos de queda de pressão provoca um
aumento da altura manométrica, acarretando a elevação do consumo por sobrecarga da bomba
ou redução da vazão (Figura V4).
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Além dos inconvenientes citados, o movimento das bolsas de ar no interior das tubulações
acarreta sucções bruscas que podem provocar golpes de aríete.
Portanto, deve-se prever a colocação de ventosas nos pontos altos das tubulações, as quais
devem ser projetadas. com aclives suaves e declives acentuados, a fim de facilitar o acúmulo do
ar nos pontos altos. As figuras V5 e V6 mostram os perfis esquemáticos para estes dois tipos
de traçado: o aconselhável e o inadequado.
Para estabilidade e bom funcionamento das tubulações é necessário, também, prever a entrada
de ar, pois, quando se esvazia uma tubulação, o ar deve penetrar com o mesmo gradiente com o
qual a água sai, de forma que a diferença de pressão entre o interior e o exterior do conduto
permaneça dentro de limites pré-fixados, impossibilitando o colapso dos tubos por contração da
seção decorrente das sub-pressões internas que seriam geradas simultaneamente.
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Para o perfeito funcionamento das tubulações é necessário que o fluxo de ar dentro das mesmas
apresente-se da seguinte forma:
Quando entra água na tubulação, o ar que nela estava contido precisa sair totalmente,
para que não haja bolsas de ar durante o funcionamento da tubulação, e, rapidamente,
para não prejudicar o início do funcionamento das bombas;
Durante o funcionamento da tubulação, é possível a formação de bolhas de ar através
das tubulações de sucção e das preme-gaxetas das bombas. Devido à pressão, o ar
desloca-se pela tubulação dissolvido na água, porém nos pontos de diminuição de
pressão (pontos altos da tubulação), haverá o desprendimento gerando bolsas de ar nas
tubulações;
Quando sai a água da tubulação é necessário que entre ar com a mesma vazão, para que
o diferencial entre as pressões internas e externas do tubo permaneça limitado de modo
a impedir o colapso dos tubos.
Nas adutoras por gravidade, o ar depositado nos pontos altos, onde há perda de pressão,
provoca o aumento da perda de carga, que implica numa diminuição de vazão;
Nas adutoras por recalque, a presença de bolsas de ar nos pontos de queda de pressão
provocam um aumento de altura manométrica, implicando em redução de vazão ou
sobrecarga da bomba, com os conseqüentes prejuízos de consumo de energia ou
danificação do equipamento;
A movimentação das bolsas de ar pode provocar golpes de ariete em decorrência de
sucções bruscas.
Instalação de ventosas nos pontos altos da tubulação e ao término dos trechos horizontais, visa
eliminar todos os inconvenientes que um fluxo ar inadequado dentro das tubulações pode
acarretar. É necessário também tomar as seguintes precauções quanto ao traçado das
tubulações:
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Funcionamento
Quando o nível da água desce, o flutuador movimenta-se para baixo, abrindo a passagem do
niple de descarga e permitindo, assim, a saída do ar;quando o nível de água sobe, aciona o
flutuador para cima, fechando a saída do ar. Sua capacidade máxima de extraçâo ou admissão
de ar é de 2 l/seg., para diferencial de pressão de 5 m.c.a.
Possui as mesmas aplicações que a ventosa simples normal, com a vantagem de possuir menor
massa, o que é interessante para instalações prediais ou em redes. Além da economia de massa,
e de ser uma exclusividade CMC, o custo também é menor.
Com essa denominação aceita no mercado para este tipo de projeto, são empregadas em
tubulações de grande vazão, tendo por finalidade adequar o fluxo de ar, tendo condições de
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Fabricação
Fabricada com flange conforme NBR 7675 nas furacões PN-10 e PN-16. No caso de
instalações industriais é possível outras furacões, respeitada a pressão de trabalho, máxima de
trabalho de cerca de 2,5 MPa.
Figura V9 -
Desenho
esqemático de uma
vestosa dupla
montada sobre um
Tê com flange e
bolsas
Utilização
Caso haja esvaziamento da tubulação, ou queda de pressão provocada por qualquer razão, a
pressão atmosférica auxiliada pelo peso do flutuador, provocará admissão de ar na tubulação,
evitando a criação de vácuo.
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Funcionamento
O compartimento auxiliar, quando a adutora está em carga, a pressão interna é suficiente para
manter o flutuador do compartimento principal contra a sede, ficando, assim, vedada a saída do
ar que porventura se venha a acumular nos pontos altos da adutora. Para retirá-lo, encontra-se
no interior do compartimento auxiliar um flutuador cujo peso é suficientemente grande para
que a pressão não o mantenha contra o pequeno orifício do niple de descarga. Desta forma, a
menor quantidade de ar que se venha a acumular no interior da ventosa, será rapidamente
eliminada.
No ábaco abaixo, tem-se o campo de vazão coberto pelas ventosas de tríplice função fabricadas
pela Companhia Metalúrgica Bárbara, hoje Saint Gobain). Conhecida a vazão da linha e
adotado um valor para o diferencial de pressão entre o interior da ventosa e a atmosfera no
momento do enchimento ou esvaziamento (geralmente adota-se 3,5 m.c.a.), obtem-se um ponto
que indicará o tamanho da ventosa a ser escolhido. Ou seja, sabendo-se o diferencial de pressão
no momento da admissão saída do ar, e o diâmetro da ventosa, obtém-se a vazão em litros por
segundo referente à capacidade de descarga ou admissão de ar da ventosa tríplice para este
diâmetro (Figura V11).
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