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Pró Reitoria Acadêmica


Diretoria Acadêmica
Assessoria de Educação a Distância

Fundamentos de Raciocínio Lógico


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Apresentação

Bem-vindo (a)!

O curso Fundamentos de Raciocínio Lógico na modalidade


semipresencial é mais uma oportunidade que o UniCEUB oferece para o
aprendizado dos principais conceitos do raciocínio lógico e para a
contribuição na estruturação de estratégias que levarão o aluno à efetiva
aprendizagem dos conteúdos acadêmicos.
Este material didático foi organizado com a finalidade de atender as
características da educação a distância, uma vez que evidencia a
autonomia e a disciplina do aluno por meio da apresentação de conteúdos
e atividades especialmente selecionados, dispostos em linguagem clara e
objetiva, de forma a facilitar o processo de ensino e aprendizagem.
É importante que você leia o Manual do aluno disponível no
ambiente virtual, para conhecer as características dos cursos de educação
a distância – EAD e os procedimentos que deverá adotar para ser bem-
sucedido(a) em mais essa jornada. Você terá acompanhamento constante
por parte de seu professor tutor e da equipe de EAD. Sempre que houver
alguma dúvida sobre o conteúdo da disciplina, entre em contato com o
professor tutor, utilizando o ambiente virtual. As dúvidas de cunho
acadêmico e administrativo, você poderá encaminhar à equipe de EAD pelo
uniceubvirtual@uniceub.br.
A Assessoria de Educação a Distância do UniCEUB está à disposição
para atendê-lo(a) no fornecimento de informações adicionais que venham
a contribuir para o seu sucesso acadêmico e profissional.

Assessoria de Educação a Distância do UniCEUB

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Sumário

Módulo I – O estudo da Lógica ................................................... 10

Unidade 01 – Lógica, para que te quero? ........................................ 11

Unidade 02 – Breve histórico da Lógica ............................................ 14

Unidade 03 – Campos da Lógica.......................................................... 20

Síntese ........................................................................................................... 24

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Palavras do tutor

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)!

Vamos iniciar nossa caminhada rumo ao aprendizado.

Estarei acompanhando atentamente seu percurso e espero que,


juntos, possamos avançar na compreensão de questões muito importantes
para a sua formação cultural e profissional.

Antes de iniciarmos as nossas atividades, gostaria de apresentar-


me. Sou o professor Rudhra Gallina. Caso se interesse em conhecer as
minhas atividades profissionais, visite o endereço do meu Currículo Lattes:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4762311H2

Sucesso e grande abraço!

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Plano de ensino

O plano de ensino é um documento importante para entender a


rotina e os pontos norteadores do nosso curso. Verifique, com atenção,
como se dará o processo de avaliação e como os conteúdos estão
apresentados. Em caso de dúvida, entre em contato pelo ambiente virtual
ou pelo e-mail uniceubvirtual@uniceub.br.

Ementa
Conceito de Lógica. A Filosofia e a Lógica. Campos da Lógica.
Argumentação. Proposição, premissa e conclusão. Indicadores lógicos.
Argumentos inválidos – falácias.

Objetivo do curso
O curso tem como objetivo geral apresentar os principais conceitos
e fundamentos do raciocínio lógico, tendo em vista desenvolver uma
perspectiva auto reflexiva e aplicável, permitindo assim que o aluno seja
capaz de estruturar estratégias para sua efetiva aprendizagem e
organização do pensamento.

Objetivos Específicos
a) Compreender o impacto da lógica no cotidiano.
b) Verificar as estruturas de um argumento lógico.
c) Identificar argumentos equivocados ou enganosos.
d) Colaborar na habilidade de organizar o raciocínio e a expressão.

Integração

O curso de Fundamentos de Raciocínio Lógico apresenta-se como


possibilidade de desenvolvimento prévio e inicial às habilidades e às
competências ligadas ao raciocínio lógico, a argumentação, a análise
contextualizada e a busca de autonomia intelectual. Nesse sentido, as
possibilidades e as estratégias de conhecimento que podem ser
desenvolvidas neste curso atuam em consonância com todos os cursos e
disciplinas da Instituição.

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Conteúdo programático

Módulo 01 – O estudo da Lógica


 Unidade 01 – Lógica, para que te quero?
 Unidade 02 – Breve histórico da Lógica
 Unidade 03 – Campos da Lógica

Módulo 02 – Estudo do argumento e da dedução


 Unidade 01 – Argumentação
 Unidade 02 – Proposição, premissa e conclusão
 Unidade 03 – Indicadores lógicos

Módulo 03 – Enganos, erros e falácias

 Unidade 01 – Detectando raciocínios equivocados


 Unidade 02 – Argumentos inválidos - falácias

Procedimentos metodológicos

A disciplina Fundamentos de Raciocínio Lógico será ministrada de forma


semipresencial, com dois encontros presenciais e utilização do ambiente
virtual Moodle.

Nos encontros presenciais serão realizadas as seguintes atividades:

 Primeiro dia de aula: apresentação da disciplina e da metodologia e


treinamento no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA, em Laboratório
de Informática. Haverá avaliação diagnóstica para identificar o nível de
conhecimento do aluno e medir, junto com a avaliação final, a evolução do
aluno durante o curso.
 Último dia de aula: reforço dos pontos mais importantes da disciplina,
esclarecimentos de dúvidas e avaliação da aprendizagem e da disciplina.

O primeiro encontro presencial ocorrerá no sábado, no horário das 8h30 às


11h30.

Para o desenvolvimento do conteúdo ministrado a distância, os


alunos terão a sua disposição a seguinte estrutura no AVA:

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 Material didático com o conteúdo da disciplina para estudo e interação.


Esse material ficará disponível para download e impressão.
 Vídeos com explicações sobre o conteúdo da disciplina.
 Fórum para discussão de assuntos específicos da disciplina.
 Fórum de dúvidas.
 Fórum de notícias: usado para comunicação entre professor e os alunos.
 Fórum Social: destinado a conversas informais, não tendo ligação direta
com os eventos do curso.
 Diálogo reservado.
A distribuição da carga horária da disciplina é a seguinte: 06 horas
para os encontros presenciais e 24 horas para o desenvolvimento das
atividades a distância, incluídas a utilização do AVA e tempo para estudos.

Avaliação e Rendimento

O processo avaliativo ocorrerá em três momentos e com os seguintes


percentuais:
 A participação nos Fóruns de discussão dos assuntos específicos da
disciplina corresponderá a 20% da menção;
 Os exercícios solicitados pelo professor e postados na plataforma, conforme
cronograma de atividades da disciplina resultarão em 25% da avaliação;
 A prova final será realizada durante o último encontro presencial e
equivalerá a 55% da menção.

A aferição da frequência será contabilizada pelo ambiente virtual


Moodle, e o aluno deverá ter participado em, no mínimo, 75% das
atividades programadas. A frequência é obrigatória nos encontros
presenciais, sendo reprovado o aluno faltoso.

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Módulo I – O estudo da Lógica

1
Caro(a) aluno(a),

Iremos trabalhar, neste módulo, a construção do conceito de


lógica e a sua utilização enquanto instrumental para validar a
argumentação racional. Vamos apresentar a sua constituição e seguir a
sua concepção histórica a partir da filosofia grega. Veremos como a
lógica passou de instrumento filosófico para recurso de análise em
várias áreas do saber.

Objetivos de aprendizagem
 Apresentar o conceito de lógica.
 Demonstrar o processo de sistematização da lógica formal.
 Verificar os campos de aplicação da lógica.

Unidades
 Unidade 01 – Lógica, para que te quero?
 Unidade 02 – Breve histórico da Lógica
 Unidade 03 – Campos da Lógica

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Unidade 01 – Lógica, para que te quero?


Ao longo de nossa vida, ouvimos, em vários momentos, sobre a
condição “lógica” de determinadas situações: “É lógico!”; “Sua afirmação
não tem lógica!”; “Onde está a lógica nisso?”. Mas, o que se percebe é
que a maioria das pessoas ou desconhece, ou não tem certeza do que
vem a ser e a que se presta essa área do conhecimento.

Nesta unidade, iremos apresentar um breve histórico da lógica,


os seus principais campos de aplicação e a sua relação com a Filosofia.
Imagem 1.1 – Razão
http://mcarolina.files.wordpress.com/2
009/03/gc.jpg?w=313&h=374
Mas, antes de iniciarmos essa caminhada, vamos verificar o que
possuímos em nossa “mochila” de conhecimentos.

FÓRUM SOBRE LÓGICA


Para que possamos compartilhar conhecimentos
prévios sobre a lógica, convido-o(a) a participar
do nosso primeiro fórum de discussão, no
ambiente virtual do curso. Assista ao vídeo e
comente sobre o conteúdo, escrevendo o que você
entende por lógica.

Atividade

Defina, nas linhas abaixo, o que você entende como “lógica”.


_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

Muito bem! Vamos comparar a sua resposta com alguns


conceitos de lógica que podemos observar na literatura (KELLER;
BASTOS, 2002).
 Para Joseph Dopp, a lógica é a ciência que determina as formas corretas
Razão se define como a ou válidas de raciocínio;
capacidade de julgar que
é característica do ser  Copi reflete que a lógica é a arte que dirige o ato da razão, isto é, que
humano.
nos permite chegar, com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio ato
da razão;

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 L. Liard afirma que a lógica é a ciência das formas de pensamento;


 L. Hegenberg define lógica como uma linguagem que estrutura
linguagens descritivas, isto é, uma linguagem codificada que busca
descortinar a estrutura que nos permite desenvolver afirmações que
descrevem fatos;
 Por fim, Godofredo Telles Júnior entende a lógica como a ciência da
argumentação, que é a diretiva da operação de raciocinar.

Apesar da diversidade de conceitos apresentados (e existem


outros), podemos perceber uma ideia central em todas as afirmativas: a
lógica é a disciplina que trata das formas de pensamento, argumento e
raciocínios corretos. Tendo em mente que o estudo da lógica permite
uma série de conceitos de acordo com a visão de cada autor, vamos
propor uma definição geral e básica para trabalharmos o termo em
nossos estudos.

LÓGICA

Em seu sentido amplo, a lógica é o estudo dos


tipos de raciocínio e dos princípios da
argumentação que definem a validade de
Conceito determinados juízos formados pelo pensamento.

Vale lembrar que esse conceito geral não atende a todas as


aplicações da lógica. Adiante, verificaremos rapidamente algumas áreas
da lógica e suas possíveis atribuições.
Lewis Carroll era professor e
Conforme esse conceito, como podemos perceber a utilização da inseriu muitos conceitos
matemáticos e de lógica em sua
lógica em nossa vida? O romancista inglês Lewis Carroll (escritor de obra. Veja em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alice_n
Alice no País das Maravilhas) dá-nos boa pista para isso: o_Pa%C3%ADs_das_Maravilhas

“Ela [a Lógica] lhe dará clareza de pensamento, a habilidade de ver seu Falácias são argumentos
equivocados, mas que
caminho através de um quebra-cabeça, o hábito de arranjar suas ideias parecem ser válidos,
numa forma acessível e ordenada e, mais valioso que tudo, o poder de podendo levar a sua
aceitação quando não
detectar falácias e despedaçar os argumentos ilógicos e inconsistentes verificados com atenção.
Iremos trabalhar com
que você encontrará tão facilmente nos livros, jornais, na linguagem falácias no Módulo 03.

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cotidiana e mesmo nos sermões e que tão facilmente enganam aqueles


que nunca tiveram o trabalho de instruir-se nesta fascinante arte”
(Lewis Carroll).

Carroll chama a nossa atenção para um aspecto muito


importante: como identificar se dado discurso ou argumento é
realmente válido? A todo o momento, somos bombardeados por
afirmações e justificativas que nos levam a tirar conclusões que
causarão impacto em nosso cotidiano.

Podemos perceber que, em muitos casos, usamos a intuição e a


Imagem 1.2 – Lewis Carrol
http://4.bp.blogspot.com/_dGO6nxM
OHqU/S7AK-a3AbCI/AAAAAAAAAsM/
experiência para tomarmos essas decisões. Ainda assim, em
RoUgkGJJ9Rk/s1600/mw01888.jpg
determinadas situações, isso não é suficiente. Devemos comprovar se
dada afirmação é verdadeira. Para tanto, somos levados a buscar
instrumentos mais eficientes para identificarmos a veracidade ou a
validade de uma informação. Para isso, recorremos à lógica!

Fórum Lógica e cotidiano


Você poderia identificar alguma situação de seu
cotidiano em que poderíamos promover uma
análise lógica? Descreva a situação e explique a
análise lógica correspondente.
Apresente as suas considerações no Fórum

Atividade Lógica e cotidiano.

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Unidade 02 – Breve histórico da Lógica


A lógica formal, enquanto disciplina e área de estudo, foi criada
O fato de que o mundo se
no século IV a.C. pelo filósofo grego Aristóteles. Todavia, a preocupação apresenta em constante mudança,
como um interminável processo de
sobre a validade dos argumentos já tinha lugar entre os primeiros transformação, sempre foi uma
inquietação para o ser humano,
filósofos gregos chamados: “Pré-socráticos”. O filósofo Tales de Mileto, pois toda mudança gera
instabilidade e insegurança. Nesse
por exemplo, que viveu no século VI a.C., considerado o precursor da sentido, a busca do conhecimento
se apóia na possibilidade de
filosofia grega, foi o primeiro a empenhar-se na tentativa de explicar,
encontrarmos no mundo, apesar da
racionalmente, a origem e a transformação da realidade que o cercava. mudança, aspectos constantes que
nos permitiriam identificar causas
idênticas para fenômenos diversos,
Para tanto, Tales de Mileto foi capaz de investigar a natureza, promovendo unidade para nossa
compreensão conquistar
buscando identificar princípios que pudessem ser encontrados na própria perspectivas mais gerais de
entendimento. Assim,
natureza, e não mais numa dimensão sobre-natural como no caso do reconhecemos os primeiros passos
para uma argumentação racional,
pensamento mítico que encontra como princípio a divindade, validando baseada em pensamento lógico e
não mais mítico, num filósofo como
assim seu pensamento de modo racional. Portanto, podemos dizer que a Tales, uma vez que ele está em
busca de um princípio capaz de dar
identificação desses princípios auxiliaram-no na conduta do pensamento unidade aos fenômenos e, assim,
lógico e, ainda hoje, apesar de todas as mudanças, podem ser explicar racionalmente o mundo. O
primeiro critério de racionalidade é
reconhecidos na nossa maneira de compreender o mundo. Tales a universalidade. Uma explicação é
racional quando ela se apóia em
conseguiu articular uma crítica ao dogmatismo mitológico por meio de um fundamento universal, isto é,
que apresenta unidade de
uma explicação que se valia de elementos de raciocínio lógico. Dentre entendimento que reconduz a
diversidade dos fenômenos a uma
esses elementos temos a compreensão natural do mundo, isto é, de que unidade comum. Pois, se para cada
fenômeno, tivéssemos que ter uma
o mundo é physis (natureza), e não uma força sagrada à qual o homem explicação específica que nada
teria de comum com outras,
só poderia se curvar e se submeter. cairíamos no irracionalismo. Assim,
podemos perceber como a lógica
busca apresentar esta estrutura
Tales transforma sua visão de mundo para concebê-lo como fonte
comum entre os entendimentos. A
de problemas que podem ser investigados pela nossa capacidade lógica, primeira característica que
devemos atribuir à lógica, nesse
e não apenas por nossa capacidade imaginária de visualizar e sentido, está no fato de que ela
deve ser universal, ou pelo menos
memorizar mitos e lendas, o que não tira da natureza seu encanto, mas ter uma aplicação universalizável,
quando queremos falar de uma
certamente propõe uma relação com o mundo em que podemos ter mais lógica específica, ou particular. Mas
a lógica só é lógica se tiver esse
autonomia, pois podemos compreender o mundo por meio de elementos poder de universalizar nosso
entendimento.
naturais, que encontramos em nosso cotidiano, que seriam os
elementos primordiais da natureza. Tales se refere à água para
identificar essa unidade originária, e realmente até hoje as teorias da
Biologia sustentam o fato de que a vida se originou da água. A lógica do
seu raciocínio, apesar de não valer para explicar todos os processos do
cosmo, ainda mantém sua validade.

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Esta lógica é a seguinte:

1) Explicar uma coisa racionalmente é indicar a causa dessa


coisa, assim, Tales precisa encontrar uma unidade constante entre os
fenômenos diversos para compreender a causa comum entre eles
(princípio da causalidade).

2) Explicar uma coisa pela razão é buscar uma explicação que


possa ser apreendida pela nossa capacidade de verificar a validade do
argumento, e o mito só nos traz histórias extraordinárias que não
podem ser verificadas, mas apenas memorizadas e transmitidas, assim,
Tales precisa encontrar um elemento natural.

3) Dentre os elementos da natureza, a água apresenta


características que podem ser usadas como argumentos de que ela é
originária, pois a) a vida vegetal e animal dependem da água, estando a
água na origem dos processos vitais, como na barriga da mãe grávida,
onde encontramos o líquido amniótico, ou quando percebemos que em
lugares úmidos proliferam fungos, etc. b) A água se apresenta nos três
estados distintos da matéria: sólido, líquido e gasoso. Mas mantém sua
unidade, isto é, trata-se de uma unidade dentro da diversidade.

Tales, Anaximandro e Anaxímenes Assim, Tales concluiu que “a água é a origem de todas as coisas”.
compõem a primeira escola
filosófica chamada “Escola de Novamente, mesmo que possamos questionar, como questionaram os
Mileto”, que deu origem a filosofia
no século VI a.C. próprios discípulos de Tales, esta afirmação, é inegável que ela tem uma
coerência e uma lógica que inovam a nossa maneira de compreender o
mundo em relação ao discurso mitológico que recorre a histórias sobre
deuses e titãs. Anaxímenes, um de seus discípulos contra-argumentou a
afirmação de Tales dizendo que não era a água a origem, mas o ar, pois
o ar é mais vital do que a água (ficamos 5 dias sem água, mas não
passamos mais de 5 minutos sem o ar) e também mais presente nas
coisas pela sua rarefação.

Vemos que ele se valeu de outros argumentos lógicos para


criticar seu mestre, e assim, desencadeou-se um processo de reflexão
crítica e racional, provocado pelo senso lógico e investigativo desses
primeiros filósofos, que desembocou na longa história do pensamento

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ocidental. Sem conhecimentos embasados por meio de tecnologias que


permitissem comprovações e verificações sofisticadas, estes filósofos
deram o ponta-pé inicial para o desenvolvimento do pensamento
científico, base para o processo civilizatório no ocidente, utilizando
apenas o raciocínio lógico.

Heráclito de Éfeso, outro filósofo pré-socrático, tinha uma tese Mobilismo era o nome dado
ao pensamento que
interessante sobre o entendimento do mundo. Segundo ele, a realidade
considerava o sentido de
natural constituía-se por meio do movimento e da mudança: o dia mudança na natureza, da
qual Heráclito era um dos
vira noite, o molhado seca, o quente esfria, a escuridão ilumina-se e grandes representantes. O
termo Panta Rei “tudo passa”
assim por diante. Assim, no lugar de um elemento da natureza, exprime o entendimento
dessa linha de pensamento.
Heráclito busca conceber um princípio que não se identifica com um dos
elementos primordiais, mas com a dinâmica de articulação da matéria.
Quando Heráclito fala do fogo, ele o entende como uma metáfora para
indicar aquilo o conflito que perpassa todas coisas, isto é, o fato de que
a mudança entre os opostos é o princípio fundamental da realidade.

“Não se pode percorrer duas vezes o mesmo rio


e não se pode tocar duas vezes uma substância
mortal no mesmo estado; por causa da
impetuosidade e da velocidade da mutação, esta
se dispersa e se recolhe, vem e vai.”
Para Refletir Heráclito de Éfeso

Dessa forma, Heráclito acreditava que a mudança constituía o


todo. Você só consegue perceber o doce porque experimentou o
salgado. Você sabe o que é o frio porque o calor já o atingiu. Assim,
gosto, sensação térmica e outros sentidos são constituídos pela oposição
entre as diferentes impressões. Apesar de nossos sentidos perceberem a
existência de uma certa estabilidade nas coisas, o pensamento sabe que
tudo se modifica, por ter como ponto de partida o reconhecimento de
um princípio fundamental da realidade. A lógica por trás dos
acontecimentos seria então, a mudança e a contradição entre os
opostos. Veremos depois como o pensamento de Heráclito influência a
lógica dialética.

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Parmênides de Éleia, em oposição a Heráclito, acreditava

Parmênides denominava a justamente no contrário. Para ele, as mudanças ou os opostos não


não existência ou a percepção
equivocada como não-ser,
existiam, eram irreais ou somente aparências percebidas erroneamente
aquilo que não era, inexistia,
por nossos sentidos, percepções e lembranças. Assim, afirmava que a
o nada, o irreal.
existência verdadeira era imutável, mantendo a sua identidade
independente de outros fatores. O conhecimento somente é possível se
se mantiver constante e inalterado. As mudanças são exclusivamente
aparências que devem ser superadas na busca da verdade. Dessa
forma, a lógica seria a imutabilidade contra a mudança, a identidade
contra a contradição, e a realidade como inalterável.

“Deixam-se levar, surdos e cegos, mentes obtusas,


massa indecisa, para a qual o ser e o não-ser são
considerados o mesmo e não o mesmo e para a
qual em tudo há uma via contraditória.”
Parmênides de Eléia
Para Refletir

Como você se posiciona a respeito dessas duas


teorias? Vá ao Fórum de Discussão e contribuía
com a discussão sobre o tema com os seus
colegas.

Atividade

Para Platão, Heráclito estava correto em sua lógica, ao afirmar


que a perpétua mudança caracterizava o princípio do mundo material ou
físico. Todavia, Platão acreditava que as mudanças aconteciam somente
Imagem 2.5 - Platão neste mundo que reconhecemos pelos nossos sentidos, mas que, na
(428-348 a.C.)
http://commons.wikimedia.org
verdade, este mundo não passava de uma ilusão (ou sombra) que
escondia a verdadeira realidade eterna e imutável, reconhecendo
também a lógica do raciocínio de Parmênides. Platão explorou esse
pensamento na construção do “mito da caverna”.

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O cartunista Maurício de Souza fez uma divertida e inteligente


adaptação do “mito da caverna” para os quadrinhos que pode ser
encontrada no link abaixo.

http://www.monica.com.br/comics/piteco/welcome.htm
Imagem 2.6 – Maurício de Souza
Propriedade: Ricardo Brito/Especial para Terra
Fonte:http://p1.trrsf.com.br/image/get?o=cf&w=301&h=401&src=http://
img.terra.com.br/i/2009/05/31/1093542-0529-atm17.jpg

Para separar o que era mera aparência e o que era verdade,


Platão propunha a utilização do método dialético. A dialética (dia - dois
e lética = logos) é um confronto em que dois interlocutores apresentam
as suas opiniões e, por meio da argumentação crítica, devem
ultrapassar as suas diferenças e alcançar entendimento comum, em
busca de se aproximar de um conceito universal. Platão acreditava que
a dialética permitia a separação da aparência e do real, de forma a ser
possível identificar esse último em sua essência.

Aristóteles, por sua vez, tinha uma percepção diferente sobre o


assunto. Divergindo de seu mestre, acreditava que a aparência e a
realidade estavam unidas em uma única substância, não sendo
necessário separá-las em dois mundos diferentes. Existiriam seres
Imagem 2.6 - Aristóteles

mutáveis e seres imutáveis, como as entidades matemáticas ou os


(384-322 a.C.)
http://commons.wikimedia.org

“deuses”. Aristóteles também não concordava com Platão em relação ao


uso da dialética. Segundo ele, a dialética não permitiria respostas
conclusivas, já que poderia ser manipulada pela retórica e pela A retórica seria a arte de
convencer o outro por meio do
argumentação. discurso. Não é baseada na
lógica ou na ciência, mas na
habilidade de se utilizar a
Pensando nesse fato, Aristóteles concebeu um conjunto de linguagem.

instrumentos de demonstração e comprovação que poderiam subsidiar a


filosofia no conhecimento da verdade. A esse conjunto de instrumentos
ele chamou de analítica, e que, posteriormente, recebeu o nome de
lógica. Para Aristóteles, fazia-se necessário um recurso que lhe desse
rigor, coerência e validade no uso da razão. Isso se constituiria em
procedimentos e classificações que estabeleceriam as condições e os
fundamentos necessários para demonstrar determinadas situações.

Durante muito tempo, a lógica aristotélica foi considerada


soberana, ainda que surgissem novas propostas, como foi o caso da

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lógica megáricoestóica, mas que acabaram no ostracismo por ocasião da


assimilação das obras aristotélicas na Idade Média. Esse contexto
somente começou a alterar-se a partir das incursões do filósofo e
matemático Gottfried Leibniz (1646 – 1726) no que foi chamando de
lógica matemática, movida pelo ideal de uma linguagem universal e de
caráter matemático. Leibniz é o divisor entre a lógica formal aristotélica
Imagem 2.6 - Gottfried Leibniz
(1646 – 1726)
http://commons.wikimedia.org
e a lógica simbólica moderna.

Contudo, foi apenas a partir do século XIX que a lógica


aristotélica passou a dividir seu espaço com a lógica simbólica. Em
1849, o britânico George Boole (1815 – 1864) publicou o seu livro
Investigação sobre as Leis do Pensamento, reforçando o entendimento
da “matematização” e da “simbolização” iniciada por Leibniz. Boole
apresentou um cálculo lógico, conhecido com álgebra booleana,
contendo um número infinito de argumentos válidos e que, até hoje, é
fundamento da matemática computacional, baseada em números
Imagem 2.6 - George Boole
(1815 – 1864) binários.
http://commons.wikimedia.org

Ainda sim, a maior contribuição para a lógica contemporânea foi


dada pelo filósofo e matemático alemão Gottlob Frege (1848 – 1925),
considerado, ao lado de Aristóteles, um dos maiores lógicos de todos os
tempos. A publicação de sua obra Conceitografia, em 1879, apresentou
o conceito do cálculo de predicados, o qual utilizou para sistematizar
uma linguagem artificial que extrapolou a utilização da lógica formal
aristotélica, fazendo que o estudo da lógica se acelerasse
Imagem 2.6 - Gottlob Frege
(1848 – 1925) significativamente, rumo a outras áreas do conhecimento, criando
http://www.knowledgerush.com/kr/enc
yclopedia/Gottlob_Frege/ especialidades e subespecialidades da lógica que acabaram por
emancipar o seu estudo da Filosofia.

Na próxima unidade, estudaremos algumas áreas da lógica e


suas possíveis atribuições.

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Unidade 03 – Campos da Lógica

Como verificamos na unidade anterior, Aristóteles contribuiu


imensamente, para a concepção de um instrumental que permite
compreender, de forma mais clara, o desenvolvimento de um raciocínio
considerado válido. Mas, a lógica não ficou restrita ao pensamento A palavra emancipação
refere-se ao ato de
aristotélico. No decorrer da história, houve a expansão considerável da
conseguir igualdade em
lógica em áreas diversas, o que permitiu a sua emancipação da área determinada área ou
situação. Geralmente, é
filosófica e a sua disseminação enquanto instrumento para o associada à autonomia ou
à maioridade.
conhecimento. Vamos apresentar, brevemente, nessa unidade, alguns
campos onde a lógica se constituiu como instrumento de análise.

Lógica Aristotélica: também chamada de lógica formal, a lógica


aristotélica abre o caminho para investigação racional e utiliza-se de
categorias e princípios, a fim de averiguar a estrutura formal do
pensamento. Entre as suas principais considerações, consta o “princípio
da identidade”, que define todo objeto ser idêntico a si mesmo; a “lei da
não contradição”, que estabelece que nenhuma afirmação pode ser
considerada verdadeira e falsa ao mesmo tempo; a “lei do terceiro Imagem 2.7 - Órganon
http://diglib.princeton.edu/imageserver?filename=/mnt/li
excluído”, que define que algo ou é falso ou é verdadeiro, não existindo bnetapp1/organon/aristotleOriginalCover.jpf&res=3

terceira opção. Vejamos.


O Órganon é o conjunto
de obras lógicas de
- O "princípio da identidade" estabelece o seguinte enunciado: “A = A”. Aristóteles e que foi
reunida por Andronico de
É o mesmo que dizer: “a coisa é por ela mesma”. Assim, por mais que Rodes (I a.C.).

seja óbvio e não acrescente nada à compreensão, este princípio é a


condição para podermos pensar alguma coisa, pois, um objeto só pode
ser pensado se for percebido e conservado em sua identidade. Por
exemplo: "O cachorro é cachorro".

- A "lei da não contradição", em decorrência, define que é impossível


que o cachorro seja e não seja cachorro, ao mesmo tempo.

- A "lei do terceiro excluído" estabelece então que, uma terceira opção


num juízo de verdade, não pode ser validada, isto é, "ou isso, ou
aquilo", ou esse animal é um cachorro, ou não é. Apenas uma das duas
situações poderá ser verdadeira."

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Lógica matemática: essa área da lógica utiliza-se do modelo formal


O axioma é uma sentença que, aristotélico para analisar o raciocínio matemático e suas vertentes.
mesmo não sendo deduzida
como tal, é considera como Caracteriza-se como um sistema formal e axiomático e que emprega a
óbvia ou consensual em
determinadas situações. Trata- linguagem algébrica. A lógica matemática permite expressar relações e
se de um princípio assumido
pela sua evidência do qual nos
sistematizar formas de raciocínio inexistentes na lógica aristotélica.
valemos para derivar outras
conclusões.

Graças aos estudos verificados na lógica


matemática, é que hoje, temos acesso a
computadores e a equipamentos eletrônicos.
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Lógica modal: a lógica modal complementa a lógica formal por meio do


entendimento da existência de modalidades (possibilidade, tempo,
probabilidade, necessidade etc.) que refletem a construção de
determinado raciocínio. A lógica modal extrapola o entendimento de
“isso é aquilo” e permite a possibilidade de “isso e aquilo”. Veja o
exemplo

Lógica formal
Se amanhã não chover, vou pescar!

Lógica modal
É possível que eu vá pescar, mesmo que esteja
chovendo!

Observe que a segunda opção permite uma variação


de possibilidade.

Lógica indutiva: a lógica indutiva constitui-se a partir do entendimento


de que o raciocínio vai do particular para o universal, isto é, da
observação de ocorrências particulares para uma conclusão de caráter
geral. Dessa forma, a generalização é possível, porém incerta, pois a
observação de uma quantidade de ocorrências verificadas em
determinadas situações, não exclui a possibilidade de encontrarmos

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22 Fundamentos de Raciocínio Lógico

exceções, isto é, outras ocorrências que venham a negar o que se


pretendia afirmar em termos gerais. (Por isso, o empirismo que se vale
do método indutivo estabelece sempre o caráter provisório do
conhecimento). Veja o exemplo.

Exemplo 1
Fulano, Ciclano e Beltrano são homens.
Fulano, Ciclano e Beltrano são mortais.
Logo, todos os homens são mortais.

Exemplo 2
O grão 1 do pacote é de arroz.
O grão 2 do pacote é de arroz.
O grão 3 do pacote é de arroz.
O grão n do pacote é de arroz.
Logo, todos os grãos do pacote são de arroz.

A estrutura apresentada
caracteriza-se como um silogismo,
termo designado por Aristóteles
Lógica dedutiva: por sua vez, a lógica dedutiva entende que a para definir uma argumentação
lógica perfeita, contendo duas
estrutura de raciocínio parte do universal para o particular. Caso as premissas que conduzem a uma
possível conclusão. Vamos
premissas sejam verdadeiras, então as conclusões também serão. Veja aprofundar-nos nesse tema na
próxima unidade.
os exemplos.

Exemplo 1
Todos os homens são mortais.
Fulano é homem.
Logo, Fulano é mortal.

Exemplo 2
Todo metal conduz eletricidade.
O mercúrio é um metal.
Logo, o mercúrio conduz eletricidade.

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Lógica epistêmica: a lógica epistêmica é um subcampo da lógica


modal que trata da questão do conhecimento. Também chamada "lógica
do conhecimento", estabelece o princípio da certeza ou da incerteza.
Para tanto, utiliza-se do modelo dos mundos possíveis de modo a
identificar aqueles que são compatíveis com uma forma de
conhecimento e aqueles que não são. Veja o exemplo.

Exemplo

Segundo Fulano, é impossível existir o Papai Noel, visto que não passa de
uma lenda.

Já Beltrano, por sua vez, argumenta ser possível existir Papai Noel, visto
que não conhecemos todas as coisas do mundo.

A argumentação de Fulano constitui-se de informações disponíveis que


indicam a inexistência de Papai Noel. Fulano baseia-se em uma afirmação
epistêmica.

Lógica transcendental: a lógica transcendental também é conhecida


como a “ciência do entendimento puro”. Seu escopo de atuação gira em
A palavra latina a priori assume
o significado de “conforme o torno da verificação, da mensuração e da validade do conhecimento
que vem antes”. No caso
proposto, assume o a priori. Enquanto objetivo, a lógica transcendental busca descobrir a
conhecimento que antecede a
lógica. fonte criadora procedente de todo objeto de conhecimento da natureza.

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Síntese
Verificamos neste módulo, a associação entre a filosofia e a lógica. Percebemos
que, conforme a necessidade de sistematização do conhecimento vai se impondo,
precisamos de princípios que orientem a razão, a fim de promover a compreensão das
questões que surgem em nossa vivência.

Nesse processo, fica patente que o conceito de lógica não emergiu estaticamente
em um único filósofo ou período, mas foi construído por meio de discussões e
questionamentos a respeito de uma "lógica" existente, principalmente entre os filósofos
gregos, e que atingiu o seu amadurecimento em Aristóteles, cujas definições ainda se
apresentam atuais.

Além disso, foi apresentado que, por a sua importância enquanto instrumento de
validade, a lógica extrapolou a dimensão da filosofia e estendeu-se a outras áreas do
conhecimento. Nesse caminho, incorporou novos recursos e práticas de acordo com os
avanços e as necessidades de seu momento histórico.

Infográfico

Lógica Matemática
Filosofia Matemática

Aristóteles
Biologia
Platão

Heráclito Química

Parmênides

Tales
Física
Lógos

etc...

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Fundamentos de Raciocínio Lógico 25

Exercícios - Responda no Ambiente Virtual

1) Escolha o item certo para cada questão.

1.1) Qual dos números não pertence à série: 4 - 8 – 16 – 20 - 24 – 28 –


30 – 32 - 36?
a) Número 16
b) Número 20
c) Número 24
d) Número 30
e) Número 36

1.2) Qual dos animais não se encaixa no conjunto: jabuti – lagartixa –


calango – jacaré – jiboia – jararaca – leão ?
a) jabuti e calango
b) jibóia e jararaca
c) jacaré
d) lagartixa e jabuti
e) leão

1.3) O carro está para a estrada assim como barco está para:
a) céu
b) árvore
c) amanhecer
d) poluição
e) água

1.4) Três músicos, João, António e Francisco, tocam harpa, violoncelo e


piano. Contudo, não se sabe quem toca o quê. Sabe-se que o António
não é o pianista. Mas, o pianista ensaia sozinho às terças. O João ensaia
com o violoncelista às quintas. Todos ensaiam uma vez por semana.
Quem toca o quê?
a) Antônio toca violoncelo, João toca harpa, e Francisco toca piano.
b) Antônio toca piano, João toca harpa, e Francisco toca violoncelo.
c) Antônio toca piano, João toca violoncelo, e Francisco toca harpa.
d) Antônio toca harpa, João toca violoncelo, e Francisco toca piano.
e) Antônio toca violão, João toca violoncelo, e Francisco toca piano.

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2) Nas questões abaixo, marque com (C) para Certo e (E) para
Errado.

( ) A lógica modal também é conhecida como lógica formal e


caracteriza-se pela estrutura aristotélica que se utiliza da investigação
racional e de categorias e princípios, a fim de averiguar a forma do
pensamento.

( ) O silogismo a seguir é uma característica da lógica dedutiva: só há


movimento no carro se houver combustível; o carro está em
movimento; logo há combustível no carro.

( ) A lógica epistêmica é um subcampo da lógica modal que trata da


questão do conhecimento. Também chamada "lógica do conhecimento",
estabelece o princípio da certeza ou da incerteza.

( ) A lógica matemática caracteriza-se pela “matematização” e pela


“simbolização” em que um cálculo lógico pode conter um número infinito
de argumentos válidos.

( ) Em uma discussão sobre lendas e mitos, Marcelo virou para Renata


e comentou: “É impossível existirem fadas, visto que não passa de uma
lenda.” Renata respondeu: “É possível existirem fadas, visto que não,
conhecemos todas as coisas do mundo.” A argumentação de Marcelo é
mais coerente do que a de Renata, pois baseia-se na lógica epistêmica.

( ) A sala 1 da escola foi pintada de verde. As salas 2, 3, 4, 5, 6,


também foram pintadas de verde. Logo, todas as salas da escola foram
pintadas de verde. Podemos perceber a utilização da lógica
transcendental nesse raciocínio.

3) Faça uma pesquisa na Internet e procure exemplos de utilização dos


procedimentos lógicos na sua profissão. Escolha o exemplo de que você
mais gostou e o publique através da ferramenta “Exercício Comentado”
no ambiente virtual do curso.

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