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HISTÓRIA DO MARANHÃO

BALAIADA: CARACTERIZAÇÃO E
CAUSAS DO MOVIMENTO.
A BALAIADA NO MARANHÃO 1838-1840
CONTEXTO E CAUSAS
❖ No ano de 1838 o estado do Maranhão era dominado pelos ricos aristocratas rurais que
dominavam toda a região. No Maranhão havia dois partidos, os liberais (bem-te-vis) e os
conservadores (cabanos). A Balaiada nasce da disputa de poder entre eles e pela alta
pobreza na região

❖ A província do Maranhão vinha enfrentando uma forte crise econômica no século XIX:
grande concorrência de algodão que vinha acontecendo no mercado internacional > Estados
Unidos intensificavam cada vez mais na exportação do produto.

❖ Lei dos Prefeitos que dava ao Governador o privilegio de decidir quem seriam os prefeitos
municipais e nomeá-los para que assumissem seus cargos, o que causou uma grande
insatisfação popular e levou a fortes atritos entre o povo e as instituições do governo.

❖ Outros focos de tensão começaram a surgir por vários locais do estado, e o surgimento de
três líderes viriam a tornar a balaiada como uma das maiores revoltas da história do Brasil.
LÍDERES DA BALAIADA

MANUEL BALAIO

RAIMUNDO GOMES NEGRO COSME


❖ Raimundo Gomes, foi o responsável por mobilizar um grupo de artesãos,
vaqueiros e escravos, logo depois de ter seguido ordens de um opositor
político de um determinado fazendeiro e libertado um grupo de vaqueiros
aprisionados em Vila da Manga.

❖ artesão chamado Manoel dos Anjos Ferreira, vulgarmente conhecido como


Balaio, iniciou suas lutas contra as autoridades provincianas depois de
acusar um dos oficiais, o senhor Antônio Raymundo Guimarães, de ter
abusado sexualmente de suas filhas

❖ negro Cosme Bento de Chagas reuniu 3 mil escravos fugidos e obteve o


apoio de todos eles, o que trouxe a revolta traços raciais que poderiam ser
facilmente relacionados a questão de desigualdade existente no local.
O MOVIMENTO
❖ Detenção do irmão do vaqueiro Raimundo Gomes, da fazenda do padre Inácio Mendes
(bem-te-vi), por determinação do sub-prefeito da Vila da Manga.

❖ Apoio de um contingente da Guarda Nacional, invadiu o edifício da cadeia pública da


povoação e libertou-o, em dezembro de 1838.

❖ Raimundo Gomes conseguiu o apoio de Cosme Bento, ex-escravo à frente de três mil
africanos evadidos, e de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira.

❖ Incursões violentas.

❖ Nomeado Presidente e Comandante das Armas da Província o coronel Luís Alves de


Lima e Silva, que venceu os revoltosos na Vila de Caxias. Barão de Caxias, e inicia aí a
sua fase de O Pacificador.
O MOVIMENTO
❖ As elites locais se aproximaram em busca de estratégias para derrotar os
revoltosos.

❖ Após uma tentativa frustrada de invasão da capital da província, São


❖ Luís, dispersou-se após repressão sofrida de um destacamento da Guarda
Nacional, e alcançou a vizinha província do Piauí.

❖ governo regencial enviou tropas sob o comando do então Coronel Luís Alves
de Lima e Silva, nomeado Presidente da Província.

❖ sucessão de confrontos vitoriosos obtida pela concessão de anistia aos chefes


revoltosos que auxiliassem a repressão aos rebelados,

❖ pacificação da Província em 1841


❖ Os líderes balaios foram mortos em batalha
ou capturados. Alguns foram julgados e
executados, como Cosme Bento, por
enforcamento.

❖ Pela sua atuação na Província do Maranhão,


Lima e Silva recebeu o título de Barão de
Caxias.

❖ Pouco após o fim da revolta, também Sousa


Martins recebeu um título, o de Visconde da
Parnaíba
❖ Após a morte de Balaio, Cosme assumiu a
liderança do movimento e partiu em fuga para o
sertão. Daí em diante, a força dos balaios
começou a diminuir, até que, em 1840, um
grande número de balaios rendeu-se diante da
concessão da anistia.

❖ Pouco tempo depois, todos os outros


igualmente se renderam. Com a completa
queda dos balaios, Cosme foi enforcado.

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