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MANUAL DE APOIO

Índice
Entidade Beneficiária: D. Sancho Ensino, Lda. - Escola Profissional do Infante

Entidade Formadora: D. Sancho Ensino, Lda. - Escola Profissional do Infante

Local de Realização: PAREDES

Área de educação e formação: EFA

UFCD: CULTURA, LÍNGUA E COMUNICAÇÃO B3 - A

Carga Horária: 50 horas

Formador/a: NATÁLIA SÁ Data:

Este manual é da autoria do Formador referido, o qual assume todos os direitos de autor relativos aos conteúdos aqui
desenvolvidos.
Foi entregue à entidade formadora para sua utilização como Recurso Técnico-Pedagógico no âmbito desta ação.

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INTRODUÇÃO - COMPETÊNCIAS-CHAVE..................................................................... 3

CAPÍTULO 1 – LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO ................................................................. 4

CAPÍTULO 2 – COMUNICAÇÃO ORAL .............................................................................. 7

CAPÍTULO 3 - ENTREVISTA ........................................................................................... 9

CAPÍTULO 4 – REGRAS DE ORTOGRAFIA .......................................................................10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................13

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INTRODUÇÃO – COMPETÊNCIAS -CHAVE
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Área de Competências-Chave: Cultura, Língua e Comunicação

Designação da UC: CLC_B3_A – Interpretar e produzir discursos orais adequados a diferentes contextos, fundamentando opiniões.
Nível: B3

Realizações Conhecimentos Aptidões Atitudes

R1 – Selecionar informação • Variedade e precisão • Identificar o tema, os • Proatividade.


relevante. de vocabulário. tópicos e as ideias-chave num • Escuta ativa.
R2 – Distinguir informação • Géneros textuais. processo de escuta ativa.
• Curiosidade.
objetiva de subjetiva. • Fonologia • Relacionar o género do
• Empatia na comunicação.
R3 – Planear e produzir discurso com o seu objetivo
comunicativo. • Tolerância para com os
discursos.  Processos fonológicos de outros.
R4 – Participar em discussões. inserção, de supressão e • Recolher e organizar
informação. • Respeito pelas diferenças
de alteração de
individuais.
segmentos • Identificar diferentes
variedades geográficas da • Resiliência.
• Sintaxe
 Pronome pessoal língua portuguesa. • Colocar-se na perspetiva do
 Funções sintáticas • Exprimir ideias e outro.
 Divisão e opiniões fundamentadas • Segurança e convicção nas
classificação de orações relativas aos discursos ouvidos. suas opiniões.
• Planear as exposições
 Orações substantivas orais.
relativas • Realizar exposições
• Lexicologia orais para apresentação de
 Neologismos temas, ideias, opiniões e
 Arcaísmos apreciações críticas.
• Funções da linguagem • Adequar e relacionar a
 Função expressiva mensagem para
 Fática
 Apelativa exprimir ideias, opiniões e
 Informativa apreciações críticas em
 Metalinguística diferentes contextos.
• Estilos e registos de • Usar linguagens não- -
linguagem. verbais adequadas à
mensagem.

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CAPÍTULO 1 - Linguagem e comunicação 4

Uso da língua enquanto atividade social

Processo comunicativo
Emissor
Recetor
Mensagem
Canal
Código
Contexto

Teoria da Comunicação

Locutor: sujeito da enunciação numa interação verbal de um enunciado.

Interlocutor: a quem se dirige a enunciação, interpretando o enunciado produzido pelo


locutor.

Ouvinte: o que recebe e compreende o enunciado, sem participar diretamente na


interação verbal.

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Universo de referência: conjunto de entidades e conceitos a que se faz
referência num ato comunicativo (dimensão extralinguística)

Saber partilhado: conjunto de saberes, conhecimentos, crenças, valores que o


locutor pressupõe partilhar com o interlocutor.

Contexto situacional: conjunto de circunstâncias extralinguísticas imediatas que


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envolvem e determinam o ato enunciativo (locutor, interlocutor, tempo e espaço).

Contexto verbal: sequência ou unidade linguística que envolve um elemento


dentro de um enunciado.

Meio (oral ou escrito): suporte através do qual se materializa a produção verbal.

Dimensões da linguagem verbal


Sintaxe: dimensão formal da linguagem que incide nas relações existentes entre os elementos
da frase. Cada elemento frásico desempenha uma determinada função sintática, decorrente da
relação estabelecida com todos os outros.

Semântica: incide no plano do conteúdo, ou seja, no significado e no sentido das expressões


linguísticas.

Pragmática: área da Linguística dedicada ao estudo dos atos linguísticos e dos contextos em que
estes são realizados. Análise da interação entre o contexto de produção de um enunciado e a
interpretação formal dos elementos linguísticos que o constituem.

Princípios que guiam a comunicação verbal


Princípio da Cooperação: princípio universal
«Faça com que a sua contribuição conversacional seja adequada ao momento da interação em que ocorre».
Máximas conversacionais:
Máxima da qualidade: Tente fazer com que a sua contribuição seja verdadeira. Não diga aquilo que
acredita ser falso. Não diga aquilo para o que não possui provas.
Máxima da quantidade: Faça com que a sua contribuição seja tão informativa quanto o requerido.
Não torne a sua contribuição mais informativa que o necessário.
Máxima da relação: Seja relevante.

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Máxima do modo: Seja claro. Evite obscuridade de expressão. Evite a ambiguidade. Seja breve. Seja 6
metódico.

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CAPÍTULO 2 – COMUNICAÇÃO ORAL
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Comunicação oral
A comunicação oral é um tipo de interação na qual uma mensagem entre duas ou mais pessoas. Em geral,
o meio físico, pelo qual a mensagem é transmitida é o ar. No entanto, com o avanço tecnológic8o, a
comunicação oral pode ocorrer por outros meios físicos, por exemplo por telefone e videoconferências.

Tipos

Comunicação oral espontânea

A comunicação oral espontânea é informal. Por excelência, a expressão representativa desse tipo de
comunicação é a conversa. Esta é uma ferramenta para a troca de informações sobre situações quotidianas
da vida real. É pessoal e, através dela, situações, sentimentos e pontos de vista são compartilhados.

Comunicação oral planeada

Este tipo de comunicação responde a um planeamento previamente delineado. O mesmo inclui tópicos ou
estrutura pré-projetada, diretrizes e qualquer recurso que ajude a manter a comunicação dentro de certos
níveis. Este tipo de comunicação é visto nos debates.

Vantagens

A comunicação oral é interpessoal.

É caracterizada por ter um feedback rápido e espontâneo.

Não há rigidez. Isso permite maior flexibilidade na tomada de decisão.

A comunicação oral é eficaz na resolução de problemas repentinos. A sua simplicidade e


velocidade permitem avaliar as abordagens e implementar soluções rapidamente.

Este tipo de comunicação gera bem-estar e prazer, incentiva o trabalho de equipa e a troca de
informações.

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Desvantagens

O conteúdo da comunicação oral é instável. O conteúdo só é válido durante a interação emissor –


recetor.

Mal-entendidos podem ocorrer durante a comunicação oral, isso ocorre porque é menos
detalhado que outros tipos de comunicação.

Entrevista

🠶 Objetivo: pode ter como objetivo dar a conhecer uma figura importante, um acontecimento.
🠶 Destinatários: diferentes leitores;
🠶 Título: indica o assunto, destaca o nome do entrevistado e realça uma opinião, podendo ter
um antetítulo e/ou um subtítulo;
🠶 Estrutura:
abertura da entrevista – apresenta de forma sucinta, o entrevistado ou a situação que levou
à entrevista.
Corpo da entrevista – conjunto de perguntas e respostas.
Conclusão: resumo das ideias principais.
🠶 Características da entrevista:
É um texto jornalístico de autor, por isso a identificação surge no início ou no fim do texto.
Trata assunto atuais e de interesse do público.
O texto é acompanhado de diversas fotografias (legendadas ou não).
As perguntas surgem na 3ª pessoa e as respostas na 1ª pessoa.
Apresenta, por vezes, comentários pessoais do entrevistador.

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CAPÍTULO 3 – ENTREVISTA

O
CAPÍTULO 4 – REGRAS DE ORTOGRAFIA

Regras Exemplos

1. Só entre vogais se escreve -rr- e -ss-. Massa, terra, carro…

2. Antes de -p e -b e no fim da palavra escreve-se m. Campo, também, lombo, tempo…

3. As palavras terminadas em -ação escrevem-se com ç. Negação, admiração, variação…

4. As palavras terminadas em -oção escrevem-se com ç. Comoção, noção, loção…

5. As palavras terminadas em -eição escrevem-se com ç. Afeição, refeição, eleição…

6. As terminações -aço e -aça escrevem-se com ç. Palhaço, cabaça, bagaço…

7. As terminações -oço escrevem-se com ç. Caroço, tremoço, pescoço…

Exceção: fosso, colosso…

8. As palavras terminadas em -unção escrevem-se com ç. Junção, função, presunção…

9. As palavras terminadas em -iça e -iço escrevem-se com ç,


Preguiça, nabiça, maciço…
desde que antes do ç não haja m.
10. As palavras terminadas em -issa e -isso escrevem-se com ss, Missa, compromisso, omisso…
desde que antes do i haja sempre m, excepto sumiço.
11. As palavras terminadas em -ice escrevem-se com c, sendo Burrice, pelintrice, Eunice…
nomes próprios e palavras derivadas, exceto Clarisse.
12. Os verbos terminados em -ecer e palavras da mesma Conhecer, esquecer, arrefecer…

família escrevem-se com c.


13. As terminações -ância, -ência escrevem-se com c, mas a Distância, ciência, inteligência…
palavra ânsia (desejo forte) leva s.
14. Nas palavras em que o som s (forte) se repete, Processo, necessário, sucessivo…

escreve-se primeiro c e depois ss.

15. As palavras começadas pelo som diss- escrevem-se com ss, Dissílabo, dissolver, dissipar…
exceto dicionário, dicéfalo e seus derivados.
16. As terminações ícia e ício escrevem-se com c. Malícia, polícia, sacrifício…

17. O grupo pens escreve-se sempre com s. Pensamento, compensa, pensar…

18. As palavras começadas por des- escrevem-se com s, Desastre, desordem, deserto…

exceto dezembro e dez.

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19. As terminações oso e osa escrevem-se com s, exceto gozo e goz Formosa, manhoso, receosa…

20. As palavras começadas pres+vogal escrevem-se com s, exceto Presença, presépio, presente…
prezar e seus derivados.
21. As palavras terminadas em -eza escrevem-se com z sendo Beleza, nobreza, riqueza…
nomes derivados de adjetivos.
22. Os verbos pôr e querer não têm z. Pus, puseste, pôs, quis, quiseste…

23. As terminações -uzir escrevem-se com z. Conduzir, produzir, reduzir…

24. O som u tónico escreve-se sempre u. Escudo, brancura, formosura…

25. Nos verbos poder, pôr e noutros da mesma família, escrevem- Pudesse, puser, puder…
se com u as formas verbais em que o E é aberto.

Acentuação
Acentos gráficos
«Grande Dicionário Universal - Língua Portuguesa» - Gramática - Ortografia
Acento Utilização Exemplos

assinala: aí, impossível


as vogais tónicas fechadas i eu; baú, alaúde
as vogais tónicas abertas e semiabertas a, e e o chá, fácil
Agudo (´)
café, dissésseis
mó, herói

marca as vogais subtónicas abertas nos seguintes à, àquele, àquela,


casos: àquilo
Grave (`) nas contrações da preposição a com a forma às, àqueles, àquelas
feminina do artigo e com os pronomes
demonstrativos a(s), aquele(s),aquela(s), aquilo;
indica o timbre médio das vogais tónicas a, e e o e câmara, vândalo
acentua a terceira pessoa do plural dos você, lêndea
Circunflexo (^) verbos ter e vir e seus compostos avô, brônquios
têm, vêm, contêm,
convêm
indica nasalação das vogais a e o ou dos ditongos de mãe, órfão, irmãozito,
Til (~)
que fazem parte vãmente, põe

Sinais gráficos
«Grande Dicionário Universal - Língua Portuguesa» - Gramática - Ortografia
Sinal Utilização Exemplos

assinala a supressão de um
fonema, geralmente uma vogal
(frequente em versos, em certas minh'alma, n'os Lusíadas,
Apóstrofo (')
pronúncias populares ou em Sant'Ana, 'tá bem, pão d'alho
palavras compostas ligadas pela
preposição de)
coloca-se por baixo do c antes
força, terço, açúcar, caçar,
Cedilha (,) de a, o e u, para lhe atribuir o
maciço
som s
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usa-se para ligar os elementos
de palavras compostas por finca-pé, alto-forno, guarda-
justaposição que mantêm a sua redes
autonomia fonética;
usa-se para ligar os elementos além-mar, bem-fazer, vice-rei,
de palavras compostas ou couve-flor, pré-escolar
derivadas por prefixação;
usa-se para ligar as formas
monossilábicas do verbo haver Hei-de, hás-de, hão-de
Hífen (-) e a preposição de;
usa-se para ligar formas verbais
a pronomes nas conjugações amam-se, visto-me, fazê-mo-lo
pronominais e reflexas;
usa-se nos topónimos em que os
dois elementos são ligados por Trás-os-Montes, Idanha-a-Nova
um artigo;
usa-se para indicar a partição da
liga-/ção, ligam-/-se
palavra em final de linha.

FC.EFA.17/R0
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Prontuário Ortográfico da Língua Portuguesa, Porto Editora

http://pt.scribd.com/doc/96692746/13/Abreviaturas-usadas-em-
correspondencias- comerciais

ADRAGÃO, J. V., MOURA, V. G. e ESTRELA, E. (1995), Novo Acordo


Ortográfico, Lisboa, Texto Editora.
AZEREDO, M. Olga, PINTO, M. Isabel Freitas M., LOPES, M. Carmo
Azeredo, 1996. Da Comunicação à Expressão, Lisboa, Lisboa Editora.

BORREGANA, António Afonso, 1996. Gramática Universal da Língua


Portuguesa, Lisboa, Texto Editora

CÂMARA, J. e MATOSO, J. (212002), Manual de Expressão Oral e


Escrita, Petrópolis, Vozes. CAMPBELL, J. (1993), Técnicas de
Expressão Oral , Lisboa, Editorial Presença.
CASTRO, I. (1991), Curso de História da Língua Portuguesa, Lisboa, Universidade Aberta.
CUNHA, Celso, CINTRA, Luís Lindley. 2000. Nova Gramática
do Português Contemporâneo, 15ª Edição, Lisboa, Edições
Sá da Costa

GOMES, F. A. (2008), O Acordo Ortográfico, Porto, Porto Editora.


MATEUS, M. H. (2002), A Face Exposta da Língua Portuguesa, Lisboa,
Imprensa Nacional – Casa da Moeda.
MEYER, M. (1992), Lógica, Linguagem e Argumentação. Lisboa, Teorema.
PERES, J., MÓIA, T. (1995), Áreas Críticas da Língua
Portuguesa, Lisboa, Caminho. REI, J. Esteves. 1995. Curso
de Redação II – O Texto, Porto, Porto Editora.
SILVA, M. (62003), Português Língua Viva, Lisboa, Teorema.
TEIXEIRA, Maria Ascensão, BETTENCOURT, Maria Assunção-Língua Portuguesa 8.

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