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GOIÁS
A CULTURA DO BAMBU
Goiânia, 2019
I. Introdução
O bambu possui mais de 1300 espécies. No Brasil são encontradas 200 delas,
entre nativas e exóticas, fazendo com que o país seja o com maior diversidade da
planta em toda América.
O uso como alimento, vem sendo estudado mais profundamente nos dias
atuais, verificando as porcentagens de nutrientes, suas vantagens para o organismo
e como pode substituir alimentos como farinhas menos vantajosas para corpo em
características gerais.
Muitas receitas podem ser feitas a partir do broto de bambu, como pasteis, tortas,
sopas, strogonnoff, também pode ser servido como acompanhamentos ou peticos,
quando temperados, gratinados ou assados (BARBOSA,2018) Além de saboroso
possui altas propriedades nutricionais de proteínas, minerais, fibras e também
antioxidantes (BRITO, 2013).
Dificuldades
Formas de comercializar
Uma das formas mais utilizada no país para comercializar e ao mesmo tempo
aumentar a vida útil este alimento, é através de conservas de vinagre. Após realizar a
retirada do ácido cianídrico, o bambu é colocado para ferver em uma solução de 5
litros de água com 750 mL de vinagre branco, 25 g de sal e 10 g de ácido cítrico. Em
seguida já está pronto para ser colocado em recipientes de vidro previamente
esterilizados. Em algumas produções são adicionados temperos, pimenta, ou outros
ingredientes para agregar sabor a conserva.
Outra forma que pode ser comercializado é através das embalagens a vácuo
ou enlatados, em todo o mundo podemos ver as diversas formas e espécies que são
vendidas por esse método.
A Morfologia, é a ciência que trata do estudo das formas biológicas dos seres
vivos, levando em consideração as características anatômicas e histológicas, se
tornando ferramenta fundamental para a identificação e classificação das espécies
(Bicudo, 2004).
A morfologia vegetal é uma das bases da botânica, tem por objetivo estudar e
documentar formas e estruturas das plantas. Utilizada, dentre outras coisas, no auxílio
à classificação de plantas (também conhecido como sistemáticas) e na fisiologia
vegetal.
As raízes dos bambus são do tipo fasciculadas, partem dos rizomas e chegam
a profundidades proporcionais ao tamanho de cada espécie. Juntamente com os
rizomas, as raízes ajudam a ancorar a planta e ainda têm a importante função de
absorver nutrientes e água do solo (Silva, 2005).
O broto que originará um novo colmo surge de uma gema ativa do rizoma e
encontra-se protegido pelas folhas caulinares. Nessa fase inicial, observam-se as
maiores velocidades de crescimento em altura do reino vegetal (Silva et al., 2011).
Algumas espécies de bambu podem crescer de 15 a 28 centímetros de altura por dia.
Os galhos se desenvolvem a partir das gemas existentes nos nós dos colmos.
Em algumas espécies, existe um número habitual de galhos por colmo, contribuindo
para facilitar a identificação. Em alguns gêneros, os galhos se formam ainda nos
brotos e aparecem conforme o colmo se alonga, porém, em outros, os galhos só
aparecem após o colmo ter finalizado seu ciclo de alongamento (Safe, 2004).
As ramificações dos bambus originam-se das gemas localizadas nos nós e são
sempre alternas. As espécies apresentam diferenças no número e na posição em que
as ramificações partem do colmo e, também, pela presença ou não de espinhos (Silva,
2005).
Reprodução sexuada
Propagação assexuada
Temperatura
Solo
O bambu prefere solos aluviais e bem drenados. Não resiste solos salinos.
Algumas espécies de bambu podem crescer em solos com pH de até 3,5, mas em
geral o pH ótimo é entre 5,0 e 6,5. Os bambus crescem bem em encostas íngremes,
mas não resistem a fortes raios solares, por ser uma espécie de hábito da floresta,
responde muito bem se encontrar cobertura vegetal abundante, por outro lado,
gosta de piso aerado, e por isso é aconselhado incorporar minhocas para fazer este
trabalho. Também importante que as folhas que caem do bambu não sejam
coletadas, e sim colocados em torno de colmos onde eles podem reciclar a sílica e
outros elementos necessários para o Bambu. A capina deve ser feita regularmente
evitar competição do mato com o bambu por recursos.
Tratamento e secagem
Mesmo o bambu sendo uma planta muito resistente, ele pode sofrer o ataque
de algumas pragas e doenças. Para evitar que essas pragas prejudiquem toda a
cultura podendo causar enormes prejuízos, são necessários alguns cuidados
básicos, como a limpeza da plantação e vigilância, além do conhecimento acerca do
controle do agente causador de doença.
O bambu, por ser uma gramínea pouca explorada no Brasil, possui POUCA
literatura sobre sua fitossanidade, sendo uma área a ser investida devido ao seu
importante caráter financeiro. Porem sobre algumas enfermidades podemos
dissertar com propriedade, tendo em vista que as doenças e pragas sofrem
influência geográfica podemos analisar as mais frequentes no Brasil.
Broca do Bambu
Caruncho-do-bambu
Seca-do-bambu
Esse tipo de cultura pode ser realizado com qualquer planta, inclusive bambu,
sendo uma excelente escolha para se obter mudas livres de vírus, propiciando ainda
variedade genética mediante a produção de variantes somáticas em um mesmo
ensaio, além de permitir a fabricação de mudas em larga escala comercial.
Várias partes da planta podem ser utilizadas na cultura de tecidos por meio de
diferentes técnicas, por exemplo:
Cultura de meristema
Cultura de embriões
Microenxertia
Sabe-se que o bambu é uma planta muito versátil, com vasta utilização. Um
dos braços desta utilização é o uso do bambu em sistema de tratamento de esgoto.
O sistema apresenta as vantagens de ter baixo custo de implantação e mostrasse
possível fazer a reutilização da água. O “resíduo” deste sistema, que são as plantas
crescidas também podem ser usadas, sendo destinadas para artesanato, decoração
entre outras aplicações.
O Bambu serve como uma espécie de filtro, o esgoto passa por várias etapas,
sendo um tratamento primário, onde o material é depositado em um tanque no qual a
matéria orgânica vai para o fundo e a agua fica na parte superior, essa passa então
por tanque onde foram plantados os bambus.
São nessas paredes porosas do colmo que óleos, cristais de oxalato, amido e
proteínas são armazenados, essas substancias são as responsáveis pelo tratamento
da água (HILLMAN,2017)
Os sistemas de tratamentos da água com o bambu apresentam visivelmente
melhoria significativa no odor e turbidez da água. No trabalho feito por Hilman em
Criciúma-SC a água residual de um rio, apresentou sem contato com o bambu forte
odor e coloração avermelhada. Já a mesma água em contato com o bambu não
apresentou odor e garantiu uma coloração incolor (HILLMAN,2017)
Na segunda opção Rogério diz que a água que saiu dos barris com os bambus,
já tratada, pode ser devolvida para o lençol freático, sem risco de contaminação, ou
até mesmo usado na agricultura, além disso, seria possível tratar a matéria orgânica
que ficou depositada no fundo dos tanques para utilizar como fertilizante. ”
Almeida destaca que em áreas rurais, por exemplo, esse sistema é uma boa
opção para compensar a falta de saneamento básico. E também em grandes cidades,
podendo utilizar esse tratamento em edifícios.
XI.Produção de mudas de bambu
O Bambu também pode ser propagado por meio de rizomas, que são espécies
de caules subterrâneos que crescem, reproduzem e distancia-se da planta original
dependendo da espécie de bambu. A colonização é feita de maneira subtérreas,
novos brotos de bambu surgem dos chamados rizomas, podendo ser do tipo
alastrante – que são formas de rizomas prolongados – ou entoiceirantes que é quando
os rizomas ficam mais agrupados, fazendo com que os colmos também tenham o
mesmo comportamento (FONSECA,2007).
Pequeno atingindo em média 10cm, composto por folhas bem verdes, pode ser
utilizado para ornamentar jardins, ele é ideal para forração ou para complementar
outras plantas.
Bambu fino que possui as hastes bem retas e folhas largas verde escuras. É
um modelo excelente para fazer cerca viva, formar alamedas, sombra e ornamentar
jardins. Seu crescimento é mais rápido do que as outras espécies, podendo atingir de
Bambus em vasos
Ornamentação
Os exemplares de bambus mais utilizados para ornamentar paredes e muros
são aqueles com as folhagens bem densas, que promovem visual elegante para o
ambiente. Podem ser plantados diretamente na terra ou em grandes e robustos vasos,
preferindo colocar vários deles em série, além disso, há a ideia de criar espaços
específicos para plantar espécies grandes de plantas como esses bambuzais.
Fontes de bambu também são muito utilizadas na ornamentação de espaços
ao ar livre, halls de entrada ou até mesmo salas e jardins de inverno. Elas trazem paz
a qualquer ambiente, primeiro por seu material natural e segundo pelo barulho
proporcionado pela queda da água. Existem muitos tipos de fontes podem ser criadas
com bambu e devem ser adaptadas de acordo com seu projeto.
VII. Energia
Biomassa
Carvão vegetal
Colheita
Secagem controlada
Imersão em água
Método de Bolcherie
Utilização em construções
XVI. Construções
O bambu traz como vantagens construtivas o fato de ser oco e leve, sendo
assim fácil de carregar mas ao mesmo tempo e bem rígido, mais que a madeira
comum. Fazendo com que a construção fique resistente e maleável, devido a ele
não ser como os blocos de cimento. Por ser um material natural, possui melhor
termo-acústico do que a maioria dos materiais industrializados, deixando os
espaços mais confortáveis e agradáveis. O uso do bambu na construção civil
pode diminuir em até 30% o valor total da obra.
Silva, I. F., Pereira, D. S., Silva, S. R. F., (2011) Estudos Morfológicos do Bambu
(Bambusa cf. vulgaris L.), uma espécie invasora em área de Mata Atlântica no
Parque Municipal de Maceió - Alagoas. Disponível
em:<revistas.cesmac.edu.br/index.php/semente/article/download/148/106>
Acesso em 02 de Abril de 2019.
<http://www.guaduabamboo.com/bamboo-plantation-management/>.
Acesso em 20 abr. 2015