Discente: Ana Luísa Marques Azevedo Professor: Luís Felipe Miguel Controle 9: MARX, Karl e ENGELS, Friedrich – Manifesto do partido comunista. Instituto José Luis e Rosa Sunderman, 2003.
Inicialmente, o livro defende que a história da sociedade foi sempre
marcada pela luta de classes, uma guerra ininterrupta entre opressores e oprimidos. Na modernidade (época equivalente ao Manifesto), a sociedade provinda do sistema feudal não aboliu as classes sociais, apenas estabeleceu novas formas de dominação simplificando os antagonismos das classes. A sociedade se dividiu em dois campos opostos, a burguesia e o proletariado (MARX, ENGELS, 2003, pp. 26 a 38). Na sociedade burguesa a população foi aglomerada, os meios de produção centralizados e a propriedade concentrada nas mãos de uma pequena elite. A concentração dos meios de produção é um mecanismo de dominação do trabalho do proletariado que vive alienado da sua dominação, justamente por estar sempre envolvido no seu processo de trabalho. Apesar de tal alienação, o autor defende que os instrumentos criados pela própria burguesia seriam responsáveis pela sua queda à medida que o poder político fosse transferido ao proletariado (MARX, ENGELS, 2003, 26 a 38). Os autores também apresentam críticas aos diversos tipos de socialismo; o socialismo reacionário, que não compreendia o caminhar da história moderna então defendia o pensamento burguês e o sistema de trocas; o socialismo conservador burguês, que buscam todas as vantagens do estado atual sem as questões revolucionarias; e o socialismo crítico-útopico, que reconhece os antagonismos entre as classes, mas o proletariado não teria iniciativa histórica (MARX, ENGELS, 2003, pp. 47 a 53). Por fim, o manifesto conclui-se que o principal ponto defendido por todos os comunistas é o movimento revolucionário contra a ordem social e política capitalista, despertando nos proletariados a consciência do antagonismo entre as classes e da sua dominação. A medida que as classes fossem destruídas, os operários lutariam para o fim da própria burguesia (MARX, ENGELS, 2003, p. 57).