Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Licenciatura em História
Disciplina: Práticas Pedagógicas em História
3º Período 2020
Com base nas aulas anteriores, desenvolvidas com a Professora Mestra Bruna
Vasconcellos, complementando com a aula posterior da Professora Doutora Márcia Teté
Ramos, tentaremos explicar como Ramos considera a possibilidade de articular a
Educação Histórica, para a construção dos cinco pontos que integram a Literacia
Histórica. Serão utilizados também alguns apontamentos de Jörn Rüsen acerca da
Didática da História, ciência que estuda a Educação Histórica.
Ramos inicia a aula nos apresentando a função da Educação Histórica, ela enfatiza
que as metodologias estudadas nesse campo do conhecimento histórico, não se tratam
de métodos ou dicas de como dar uma aula de história, mas é um campo investigativo,
cuja investigação, está centrada nos tipos de consciências históricas que alunos e
professores de história tem da própria história. Ela parte do pressuposto, para explicar
como articular a Educação História a desenvolver a formação da Literacia Histórica, por
meio do princípio da empiria.
1
BARCA, Isabel. Aula Oficina: do Projeto à Avaliação. In. Para uma educação de qualidade: Atas da
Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga, Centro de Investigação em Educação (CIED) / Instituto de
Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2004, p. 131 – 144.
2
RAMOS, Márcia Elisa Teté. “Por uma Literacia Histórica: articulações pesquisa e ensino”. VI Ciclo de
Debates da Licenciatura em História do IFG. Goiás. 14, de set. 2013.
conceitos substantivos, presentes nas próprias fontes históricas analisadas, utilizando os
conceitos de segunda ordem, que dispõe as conceitualizações bases do ofício do
historiador, para significar as informações históricas colhidas das evidências presentes
nas fontes históricas. Sem esse procedimento que associa esses dois conceitos, não
possível desenvolver uma consciência histórica mais complexa com os alunos, pois
segundo Jörn Rüsen “todo conhecimento acerca do que seja a aprendizagem histórica
requer o conhecimento do que seja História [...].” 3, ou seja, as bases da aprendizagem
histórica estão na própria ciência da História.
Podemos constatar isso no exemplo que Ramos nos apresenta, segundo sua
investigação com cento trinta e oito alunos do ensino médio da cidade de Londrina, a
Doutora analisa o posicionamento destes alunos em relação com os escritos do jornalista
Leandro Narloch, no Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, que apresenta
fatos históricos negligenciados, ela ressalta apenas os apontamentos do jornalista com
base na sociedade indígena. Dos cento e trinta e oito alunos que tiveram contato com
esse livro, oitenta e seis concordaram com as seguintes informações: “o índio é
ignorante, atrasado e vagabundo”. A historiadora explica que, é justamente por não
entender o que levaram os indígenas a estar na situação de pedintes, ou desconexos com
o ritmo da civilização, que a maioria dos alunos situaram-se de maneira positiva as
informações desse Guia.
4
Curitiba/Smed- Secretaria Municipal de Educação, Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental –
História. Proposta. 2016.
5
Uma versão em português da Matriz do Pensamento Histórico de Jörn Rüsen pode ser encontrada no seu
livro Teoria da História. Uma teoria da História como ciência (Curitiba: Editora da UFPR, 2015), 73,
traduzido por Estevão C. de Rezende Martins.
Referências Bibliográficas
BARCA, Isabel. Aula Oficina: do Projeto à Avaliação. In. Para uma educação de
qualidade: Atas da Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga, Centro de
Investigação em Educação (CIED) / Instituto de Educação e Psicologia, Universidade
do Minho, 2004, p. 131 – 144.
RAMOS, Márcia Elisa Teté. “Por uma Literacia Histórica: articulações pesquisa e
ensino”. VI Ciclo de Debates da Licenciatura em História do IFG. Goiás. 14, de set.
2013.
UMA versão em português da Matriz do Pensamento Histórico de Jörn Rüsen pode ser
encontrada no seu livro Teoria da História. Uma teoria da História como ciência
(Curitiba: Editora da UFPR, 2015), 73, traduzido por Estevão C. de Rezende Martins.