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Os átomos são partículas divisíveis, formados por partículas subatómicas:

Protão (carga positiva)


Núcleo atómico
Neutrão (sem carga)
Eletrão (carga negativa) Nuvem eletrónica

Os átomos são partículas eletricamente neutras pois têm igual número de eletrões e protões, no entanto o número
de neutrões pode ser diferente.
Número de massa (n.º de protões + n.º de neutrões)
𝐴
Representação simbólica de elementos químicos: 𝑍𝑋 Símbolo do elemento químico

Ex.: 73𝐿𝑖 – Lítio Número atómico (n.º de protões = n.º de eletrões)

𝐴=7
𝑍=3
𝑁𝑒𝑢𝑡𝑟õ𝑒𝑠 = 7 − 3 = 1
Isótopos são átomos do mesmo elemento químico, igual número atómico (Z), mas com diferente número de massa
(A) porque o número de neutrões é diferente.

A massa e o tamanho de um átomo são valores extremamente pequenos. Para escrever estes números utilizamos a
notação científica.
Exs.: massa de um átomo de carbono: 𝑚 = 2,0 ∗ 10−23 𝑔 = 0,00000000000000000000002 𝑔
átomos numa mina de grafite: 1000000000000000000000 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 = 1 ∗ 1021 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠

Podemos comparar as dimensões de duas estruturas desde que estejam representados na mesma unidade.
Ex.: tamanho de um aluno: 1,63 𝑚
raio do átomo de hélio: 0,000000000031 m
1,63
3,1∗10−11
= 5,26 ∗ 1010

Submúltiplos da unidade metro

Milímetro (mm) 1 𝑚𝑚 = 10−3 𝑚

Micrómetro (µm) 1 µm = 10−6 𝑚

Nanómetro (nm) 1 𝑛𝑚 = 10−9 𝑚

Picómetro (pm) 1 𝑝𝑚 = 10−12 𝑚

Fentómetro (fm) 1 𝑓𝑚 = 10−15 𝑚

Para expressar o tamanho dos átomos é normal utilizar o 𝑛𝑚 e o 𝑝𝑚. Pode ser ainda utilizado uma unidade que não
é do Sistema Internacional:
Angström (Å) 1 Å = 1x10−10 𝑚

Ex.: Quantas vezes é maior o átomo que o seu núcleo?


𝑑𝑛ú𝑐𝑙𝑒𝑜 = 1 ∗ 10−15 𝑚
𝑑á𝑡𝑜𝑚𝑜 = 1 ∗ 10−10 𝑚
𝑑á𝑡𝑜𝑚𝑜 1∗10−10
𝑑𝑛ú𝑐𝑙𝑒𝑜
= 1∗10−15 = 1 ∗ 105 = 100000

Conversão de unidades
∗ 103 ∗ 106 ∗ 109 ∗ 1012 ∗ 1015

m nm µm nm pm fm
/103 /106 /109 /1012 /1015
A unidade de massa atómica (u) é um valor referência usado por um padrão universal para comparação da massa de
átomos e moléculas, de forma a simplificar o respetivo valor.
1
1 𝑢 = 12 da massa do átomo de carbono-12
𝑚 (𝐶) = 1,99 ∗ 10−26 𝐾𝑔
𝑚 (𝐶) 1,99∗10−26
1𝑢 = 12
= 12
= 1,66 ∗ 10−27 𝐾𝑔

A massa atómica relativa de um átomo é um valor comparado com a unidade de massa atómica.

Exs.: 𝑚 (𝐻) = 1,67 ∗ 10−27 𝐾𝑔


𝑚 (𝐻) 1,67∗10−27
1𝑢
= 1,66∗10−27 = 1,006

𝑚 (𝑈) = 3,95 ∗ 10−25 𝐾𝑔


𝑚 (𝐻) 3,95∗10−25
1𝑢
= 1,66∗10−27 = 237,95

A massa atómica relativa média (𝐴𝑟 ) de um átomo é uma média ponderada das massas isotópicas relativas e as
respetivas abundâncias.

Ex.: 𝐴𝑟 (𝐵) = ?
Isótopos Abundância Massa isotópica
10
5𝐵 20% 10,01
11
5𝐵 20% 11,01
20∗10,01+80∗11,01
𝐴𝑟 (𝐵) = 100
= 10,81
Como o boro-11 tem maior abundância, a massa isotópica relativa média está mais próxima da massa deste isótopo.

A quantidade de matéria (n) está relacionada com o número de entidades (átomos, moléculas ou iões) que existe
numa amostra de material. A unidade do SI é o mole e representa-se por mol.

Numa mole de matéria existem 6,022 ∗ 1023 entidades; este valor designa-se por número de Avogadro (𝑁𝐴 ).

Exs.: 1 mol de átomos de Au − 6,022 ∗ 1023 átomos de Au


1 mol de moléculas de 𝐻2 𝑂 − 6,022 ∗ 1023 moléculas de 𝐻2 𝑂
1 mol de iões de NaCl − 6,022 ∗ 1023 iões de NaCl

1 molécula 𝐻2 𝑂 – 3 átomos
6,022 ∗ 1023 moléculas de 𝐻2 𝑂 – x
𝑥 = 6,022 ∗ 1023 ∗ 3 átomos de 𝐻2 𝑂
O número de entidades existente numa amostra é proporcional podemos calcular:

𝑁 = 𝑛 ∗ 𝑁𝐴 Número de Avogadro (6,022 ∗ 1023 )

Número de moles ou quantidade de matéria (mol)

Número de entidades (átomos, moléculas, iões)

Exs.: Qual o número de moléculas existentes em 8 moles de água?


𝑁 =?
𝑛 = 8 𝑚𝑜𝑙
𝑁𝐴 = 6,022 ∗ 1023
𝑁 = 𝑛 ∗ 𝑁𝐴 = 8 ∗ 6,022 ∗ 1023 = 4,8176 ∗ 1024 moléculas de 𝐻2 𝑂

Quantos átomos existem de hidrogénio?


1 molécula 𝐻2 𝑂 – 2 átomos de H
4,8176 ∗ 1024 moléculas de 𝐻2 𝑂 – x
𝑥 = 4,8176 ∗ 1024 ∗ 2 = 9,635 ∗ 1024 átomos de 𝐻2 𝑂
Num grão de areia existem 1,2 ∗ 1019 entidades, qual a sua quantidade?
𝑁 = 1,2 ∗ 1019
𝑛 =?
𝑁𝐴 = 6,022 ∗ 1023
1,2∗1019
𝑁 = 𝑛 ∗ 𝑁𝐴 ⟺ 6,022∗1023 = 1,993 ∗ 10−5 𝑚𝑜𝑙

A massa molar (M) indica a massa por cada mol de matéria (átomos, moléculas, iões) e pode ser determinado por:
𝑚 Massa (g)
𝑀= 𝑛

Número de moles ou quantidade de matéria (mol)

Massa Molar

As unidades desta grandeza são grama por mol (g/mol).

Exs.: 𝑀 (𝐻2 𝑂) = 𝑀(𝐻) ∗ 2 + 𝑀(𝑂) = 1,01 ∗ 2 + 16,00 = 18,02 𝑔/𝑚𝑜𝑙

𝑀 (𝑆𝑖𝑂2 ) = 𝑀(𝑆𝑖) + 𝑀(𝑂) ∗ 2 = 28,09 + 16,00 ∗ 2 = 60,09 𝑔/𝑚𝑜𝑙


𝑀 (𝐶𝑎𝐹2 ) = 𝑀(𝐶𝑎) + 𝑀(𝐹) ∗ 2 = 40,08 + 19,00 ∗ 2 = 78,08 𝑔/𝑚𝑜𝑙
𝑀 (𝐶6 𝐻12 𝑂6 ) = 𝑀(𝐶) ∗ 6 + 𝑀(𝐻) ∗ 12 + 16,00 ∗ 6 = 12,01 ∗ 6 + 1,01 ∗ 12 + 16,00 ∗ 6 = 180,18 𝑔/𝑚𝑜𝑙

O espetro eletromagnético é o conjunto de todas as radiações visíveis e invisíveis, ordenadas por ordem crescente
de frequência: ondas rádio, micro-ondas, infravermelha, visível, ultravioleta, raios X, raios gama

Um fotão é uma partícula de luz que transporta o menor valor de energia possível para uma determinada radiação
(frequência).
Energia mínima transportada por um fotão com uma certa frequência
𝐸 = ℎ∗𝜈 Frequência (Hz)

Constante de Planck (6,63 ∗ 10−34 𝐽 𝑠)

Energia do fotão (J)

𝐸𝑓𝑒𝑖𝑥𝑒 = 𝑁 ∗ 𝐸𝑓𝑜𝑡ã𝑜 = 𝑁 ∗ ℎ ∗ 𝜈

Os espetros atómicos são descontínuos, característicos de cada elemento químico e podem ser de:
Emissão: na zona do visível observam-se riscas coloridas bem definidas num fundo negro, correspondentes à
emissão da luz visível
Absorção: na zona do visível observam-se riscas negras bem definidas num fundo colorido, correspondentes à
absorção da luz visível

Um corpo incandescente origina um espetro contínuo na zona da luz visível.

O espetro de emissão do átomo de hidrogénio corresponde à emissão de radiação pelo eletrão quando passa de um
nível superior para um nível inferior.

O modelo atómico de Bohr explica que:


Há existência de níveis de energia bem definidos devido à quantização de energia
As transições eletrónicas ocorrem entre níveis por absorção ou emissão de energia com valores de energia bem
definidos

Quando o átomo de hidrogénio absorve energia com um valor bem definido o eletrão passa para o nível superior,
então diz-se que ocorre a excitação eletrónica. Quando emite, há desexcitação eletrónica.

𝑛 = 1 – estado fundamental
𝑛 ≥ 2 – estado excitado
Depois de excitado, o eletrão liberta energia passando para um nível de energia inferior com valor bem definido.

Energia (J)

Transições eletrónicas de emissão correspondentes a


energia:
−0,14 ∗ 10−18 - -
−0,24 ∗ 10−18 - -
Ultravioleta: 𝑛 ≥ 2 para 𝑛 = 1
Visível: 𝑛 ≥ 3 para 𝑛 = 2
−0,54 ∗ 10−18 - - Infravermelha: 𝑛 ≥ 4 para 𝑛 = 3

−2,18 ∗ 10−18 - -

As transições eletrónicas (de absorção ou emissão) ocorrem apenas quando o eletrão absorve ou emite valores de
energia bem definidos, sendo igual à diferença de energia entra os níveis eletrónicos que transita.

△ 𝐸 = 𝐸𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝐸𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

Exs.: Transição eletrónica dos níveis 𝑛 = 1 para 𝑛 = 4:


△ 𝐸 = 𝐸𝑓 − 𝐸𝑖 = 𝐸4 − 𝐸1 = −0,14 ∗ 10−18 − (−2,18 ∗ 10−18 ) = 2,32 ∗ 10−18 J (energia absorvida)

Transição eletrónica dos níveis 𝑛 = 4 para 𝑛 = 1 (estado fundamental):


△ 𝐸 = 𝐸𝑓 − 𝐸𝑖 = 𝐸1 − 𝐸4 = −2,18 ∗ 10−18 − (−0,14 ∗ 10−18 ) = −2,32 ∗ 10−18 J (energia libertada)

Ocorre transição eletrónica quando o átomo de hidrogénio absorve um valor de energia igual a 1,2 ∗ 10−18 J?
𝐸𝑛 = 𝐸1 + 𝐸𝑓𝑜𝑡ã𝑜 = −2,18 ∗ 10−18 + 1,2 ∗ 10−18 = −9,8 ∗ 10−19 J = −0,98 ∗ 10−18 J
Não há transição pois −0,98 ∗ 10−18 J não corresponde a um valor de um nível de energia.

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