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Objetivos:
Introdução
A constante de Avogadro (e não número de Avogadro) é uma das mais importantes constantes físico-
químicas, fundamental para o entendimento de vários conceitos químicos. No entanto, alguns livros
didáticos de química do ensino médio a apresentam, quando trabalham o conceito de mol, como sendo
simplesmente um número determinado experimentalmente a partir de um padrão adotado. Outros tratam-
na, erroneamente, como sendo o número de átomos contidos em um átomo-grama, um mol de átomos de
qualquer elemento ou um número determinado por “contagem indireta” de átomos presentes em 12 g de
carbono (que funciona como a ‘dúzia’ do químico). É também apresentada como um número que
homenageia o cientista Lorenzo Amedeo Avogadro, ou como um número que pode ser determinado com
razoável precisão por métodos como eletrólise, emissões radioativas, raios X etc. A maioria dos livros
falha em fornecer aos alunos uma ideia real de como é feita tal determinação, ficando muitas vezes a ideia
de que é um número mágico que surge não se sabe de onde.
Procedimento
Reagentes e materiais:
Dois eletrodos de cobre, sulfato de cobre pentahidratado, fonte de tensão ajustável ou fixa, multímetro,
béquer 250 mL, vidro de relógio.
a) Pese 3,7 g de sulfato de cobre pentaidratado. Dissolva o sal em 150 mL de água contida em um
béquer de 250 mL. Agite a solução com bastão de vidro até a dissolução estar completa.
b) Pegue dois eletrodos de cobre e limpe sua superfície com lixa ou palha de aço, até ficar com
aparência bem brilhante. Pese cada um dos eletrodos e anote as massas e as incertezas.
c) Pese-os e anote as massas e as respectivas incertezas.
d) Mergulhe os dois eletrodos na solução de sulfato de cobre, com cuidado para que não encostem
entre si. Não se deve ligar a fonte de alimentação se os eletrodos estiverem encostado, pois um
curto circuito poderá danificar os equipamentos. Sustente os eletrodos com o auxílio de garras
e suporte de metal.
e) Verifique se a fonte de alimentação está desligada. Caso contrário, desligue antes de prosseguir,
para evitar acidentes.
f) Ligue um dos eletrodos ao polo positivo (conector vermelho) da fonte de alimentação. Ligue o
polo negativo (conector preto) à entrada negativa (conector preto) do multímetro. À entrada
positiva (conector vermelho) do multímetro, ligue o outro eletrodo.
g) Desenhe no Caderno um esquema da montagem efetuada. Escreva como os elétrons deverão
circular pelo circuito, a migração de íons na solução, e a eletrólise em cada um dos eletrodos.
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS ANO LETIVO
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA 2015
CÓDIGO Disciplina
2QUI074 Físico-Química Experimental
Título do Experimento:
Objetivos:
Quantidade de reagentes a ser utilizado (Descreva o volume de solução a ser preparada e a quantidade de
reagente, em massa ou volume, em cada uma das soluções):
Procure em um livro texto o valor da carga elementar (e) e da constante de Avogadro (NA ou L) e anote-o
no Caderno. Não se esqueça de anotar a referência.
1. O que aconteceria se a solução da cuba fosse substituída por cloreto de sódio. Escreva as equações
balanceadas para os gases formados durante esta eletrólise. Qual a relação entre os volumes dos
gases hidrogênio e cloro formada durante esta eletrólise
2. Durante uma eletrólise, a única reação que ocorreu no catodo foi a deposição de certo metal.
Observou-se que a deposição de 8,81 gramas de metal correspondeu à passagem de 0,300mols de
elétrons pelo circuito. Qual o metal que pode ter sido depositado?
3. 0,5g de cobre comercial foi “dissolvido” em ácido nítrico, conforme a reação a seguir:
e a solução resultante foi eletrolisada até deposição total do cobre, com uma corrente de 4,0 A em 5
min. Qual é a pureza desse cobre comercial?
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS ANO LETIVO
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA 2015
CÓDIGO Disciplina
2QUI074 Físico-Química Experimental
Por definição, a corrente elétrica é a quantidade de carga elétrica que passa por um intervalo de tempo em um
circuito. Matematicamente pode ser expressada como:
dQ
i=
dt
que rearranjado e integrado resulta (assumindo tempo inicial igual a 0):
dQ = idt Q = idt
1) Observe a tabela com os valores de corrente elétrica durante a eletrólise. Em um papel milimetrado, defina
como abscissa (eixo x) o tempo, e a ordenada (eixo y) como a corrente. Divida tanto a ordenada como a
abscissa em intervalos uniformes. Por exemplo pode-se anotar na abscissa, a escala de tempo dividida de
10 em 10 minutos para cada centímetro, em 120 minutos. Faça o mesmo para os valores de corrente.
2) Anote a lápis os pontos correspondentes às posições (x,y) para cada par (tempo, corrente) anotado na
tabela. Una os pontos com o auxílio de uma régua.
3) Uma vez pronto o gráfico, você deve calcular a respetiva integral para obter a corrente. Para isso você terá
que determinar a área da região abaixo da curva corrente × tempo. Nas regiões onde a corrente é constante
a figura é um retângulo, portanto basta multiplicar a base vezes a altura. Em regiões onde há um aumento,
ou diminuição de corrente forma-se a um trapézio retângulo. Sua área é dada por: (base menor × base
maior)/2 × altura. Por exemplo, na figura abaixo as regiões A e D são retangulares, e as regiões B e C são
trapezoidais.
A B C D
4) A carga Q é a área total sob a curva corrente × tempo, portanto efetue a somatória da área de todas as
regiões do gráfico. Lembre-se de empregar as unidades apropriadas.
5) Divida a carga Q experimental pela carga elementar e, para obter o número de elétrons Ne que passou pelo
circuito durante a eletrólise.
6) Escreva a semi-reação de oxidação do cobre. Quantos mols de elétrons estão envolvidos na oxidação de um
mol de cobre?
7) Com base na variação de massa devido à oxidação do cobre (Δm–), calcule a quantidade de cobre n(Cu,–)
(em mols) que foi eletrolisado. Calcule ainda a quantidade de elétrons n(e,–) (em mols) envolvidos na
oxidação, levando em conta a estequiometria da questão (6).
8) Calcule a constante de Avogadro através da fórmula: Ne = n(e,–) NA.
9) Obtenha um outro valor da constante de Avogadro usando os dados da semi-reação de redução de cobre.
Neste caso deve ter havido ganho de massa no outro eletrodo (por quê?).
10) Compare os valores obtidos nas questões (8) e (9) com o valor aceito atualmente na literatura. Um destes
valores experimentais aproxima-se melhor do valor aceito? Caso haja discrepâncias, procure explicá-las
propondo algumas fontes de erros no procedimento.
11) Neste processo de eletrólise, como os eletrodos são classificados?