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Equipamentos

Elétricos
Notas de aula - Religadores
1º semestre / 2017
Profª Janaína Gomes da Costa
Religadores
• Segundo dados estatísticos, 80 a 95% dos curtos-
circuitos que ocorrem nos condutores nus dos
sistemas aéreos de distribuição, são de natureza
transitória. As causas mais comuns são:
o Galhos de árvores que tocam as fases;
o Pequenos animais ao subirem nas estruturas;
o Pássaros com asas de grande envergadura ao pousarem nas estruturas
ou nos condutores;
o Ventanias fortes que levam os condutores a se tocarem;
o Ações de vândalos atirando materiais contra a rede;
o Descargas atmosféricas ou surtos de manobra que provocam disrupção
nos isoladores;
o Acidentes com veículos ao colidir com as estruturas (postes);

Fonte: Equipamentos do
Sistema elétrico de potência
CEFET-MG
Professor:José Eustáquio Venuto Borel
Religadores
• Em razão dos problemas das redes aéreas,
construídas utilizando-se condutores nus, foi
desenvolvido um equipamento que realiza,
automaticamente, uma seqüência de
desligamentos (ou disparos) e religamentos, para
que se possa detectar se o defeito é permanente
ou transitório.
• Este equipamento, denominado RELIGADOR,
interrompe o circuito quando ocorre um curto-
circuito, e religa-o após um pequeno intervalo de
tempo (da ordem de segundos ou menos). Com
isso, neste período é alta a probabilidade de que o
defeito tenha desaparecido.
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Religadores
• Um religador é constituído, basicamente, por um
mecanismo automático projetado para abrir e
fechar circuitos em carga ou em curto-circuito,
comandado por relés de sobrecorrente de ação
indireta (alimentados por TC’s, geralmente de
bucha), que realizam as funções ANSI 50 e 51, e por
um relé de religamento (função ANSI 79).

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Religadores
• Os dispositivos sensores e de controle de um
religador moderno são microprocessadores
dedicados que realizam as funções 50, 51 e 79,
além de outras. São os chamados religadores
“microprocessados” ou “numéricos” de
multifunção.
• Para extinguir os arcos elétricos inerentes às
operações de chaveamento de circuitos em carga
ou curto-circuito, os religadores utilizam
mecanismos e meios de interrupção similares aos
dos disjuntores. Os meios de interrupção mais
comuns são: óleo isolante, vácuo e gás (SF6). Na
atualidade, este último é o mais empregado.
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Religadores

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Religadores
• O religador, ao sentir uma condição de sobrecorrente,
interrompe o circuito, religando-o automaticamente, após um
tempo predeterminado. Se perceber, no momento do
religamento, que o defeito ainda persiste, repete a seqüência
“disparo x religamento”, até três vezes consecutivas. Após o
quarto disparo, o mecanismo de religamento é travado,
deixando aberto o circuito.
• • A repetição da seqüência “disparo x religamento”, permite
que o religador teste repetidamente se o defeito desapareceu,
possibilitando diferenciar um defeito transitório de um
permanente.
• Geralmente, um religador é projetado para realizar, no máximo,
3 religamentos seguidos por 4 disparos; entretanto, permite ajuste
para trabalhar com 1, 2 ou 3 disparos, sendo que, após o último,
tudo previamente programado, ele permanecerá aberto, até
que seja fechado pela ação do operador. Os disparos podem
ser rápidos (ou instantâneos) e lentos (ou temporizados).

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Características elétricas
• Tensão nominal (kV);
• Corrente nominal (A);
• Capacidade de interrupção (kA);
• Nível de isolamento (kV);
• Correntes e curvas de atuação ajustáveis (ajustes):
São valores que permitem a coordenação e/ou
seletividade com outros equipamentos de
proteção a montante e a jusante.

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Características
construtivas

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Aplicação
• A aplicação básica dos religadores é na proteção
de alimentadores primários da rede de distribuição.
São instalados geralmente na saída de alimentador
da subestação.

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Vantagens
• Redução do investimento em estruturas nas subestações;
• Redução de obras civis nas subestações (bases, canaletas etc.);
• Possibilidade de redução no espaço físico ocupado pelos equipamentos
(barramentos mais compactos e operações mais simples);
• Registra as quedas de operação (desligamentos);
• Possibilita sequência de eventos e oscilografia das faltas;
• Permite a utilização de modernos relés microprocessados;
• Integração em um único painel das funções de proteção, controle, supervisão
(automação)
• Padronização dos equipamentos (redução do risco de operações indevidas);
• Possibilidade de garantia ao atendimento dos requisitos da imunidade a surtos e
interferências magnéticas;
• Economia na aquisição de TC’s e na instalação dos circuitos auxiliares;
• Disponibiliza um contador de operações;
• Monitoramento do desgaste dos contatos;
• Monitoramento no sistema interno do circuito de carga e supervisão das
baterias VCC;
• Registro do perfil de carga (auxilia no estudo de planejamento).
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Comparativo na aplicação
dos religadores x disjuntores

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