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COSTUREIRO INDUSTRIAL DO VESTUÁRIO

Texto de apoio para a apresentação

Slide 1 - CAPA

Slide 2 – Roteiro
Competências Socioemocionais
Industria Têxtil
Segurança no Trabalho
Organização do ambiente de trabalho
Matéria Prima
Máquinas e Equipamentos
Documentação Técnica
Processo Produtivo
Empreendedorismo

Slide 3 – Competências Socioemocionais - conjunto de capacidades organizativas,


metodológicas e sociais relativas à qualidade e à organização do trabalho, às relações no
trabalho e à condição de responder a situações novas e imprevistas. Referem-se a aspectos
das atividades profissionais que são transversais, isto é, não mantêm uma relação de
exclusividade com uma ou outra competência técnica específica, mas que são imprescindíveis
no exercício profissional do trabalhador.
− Apresentar interesse e entusiasmo para aprender com o outro, demonstrando
empatia nas relações e atividades profissionais. (Interesse e entusiasmo)
− Assumir uma postura crítica e argumentativa, visando à compreensão e ao
aperfeiçoamento das etapas e processos de trabalho sob sua
responsabilidade; (Postura crítica e argumentativa)
− Demonstrar disposição para mudanças, flexibilidade e adaptação a novos
contextos tecnológicos e ou organizacionais. (Flexibilidade e Adaptação)
− Demonstrar consciência e coerência nas atitudes relacionadas à autogestão
de suas atividades profissionais, considerando critérios de organização,
disciplina, responsabilidade, concentração e gestão do tempo. (Consciência e
coerência, através da organização, disciplina, responsabilidade,
concentração e gestão do tempo)
− Apresentar disposição para resolver problemas em contextos de sua atuação
profissional, demonstrando postura proativa. (Resolução de problemas,
postura proativa)
− Trabalhar em equipes, demonstrando flexibilidade e adaptabilidade,
respeitando pares, superiores e subordinados, compartilhando conhecimentos,
ideias, experiências e opiniões, mantendo o bom relacionamento com a equipe.

( Trabalho em Equipe)
− Apresentar controle, previsibilidade e consistência nas reações emocionais,
demonstrando consciência das suas emoções, forças e limitações, o que as
provoca e os possíveis impactos nas atividades profissionais e relações de
trabalho. (Reações Emocionais)
− Apresentar comportamento ético na conduta profissional, vivenciando
valores, respeitando princípios, praticando a inclusão e justiça social,
respeitando diferenças(Comportamento Ético)
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Slide 4 Conceito Industria Têxtil

A indústria têxtil é uma grande área de manufatura que trabalha com a


transformação de fibras em fios, de fios em tecidos e, por fim, nos
produtos prontos para o uso. 

Na prática, esses tecidos são tingidos, estampados ou transformados em


produtos como roupas e vários outros itens.

Nesse processo, são usados diferentes tipos de fibras, como o algodão – que é
uma fibra natural, mas também existe a artificial e a sintética -, para produzir os
tecidos.

A indústria sempre busca atender todas as demandas do que chamamos de


“Cadeia Têxtil”, que inclui empresas produtoras de fibras, tecelagem e
confecção. 

Lembrando que essa é uma das indústrias onde as estações do ano exigem
mudanças na produção. Afinal, o clima de cada época cria demandas
diferenciadas, de acordo com o consumo do mercado.

A indústria da moda também desempenha um papel importante quando


falamos na indústria têxtil. Pela sua natureza, ela é totalmente dependente do
que esse tipo de indústria produz. 

Um outro exemplo de setor que depende dessa atividade é a indústria de


móveis, que conta com a criação de diferentes tipos de tecidos.

Principais produtos que a indústria têxtil produz


As fábricas de produtos têxteis convertem matérias-primas têxteis em tecidos e
outros produtos finalizados. Alguns dos itens produzidos neste setor
incluem:

 Diferentes tipos de tecidos;


 Roupas;
 Utensílios domésticos;
 Carpetes e tapetes;
 Toalhas;
 Cortinas;
 Lençóis;
 Cordas e fios;
 Móveis;
 Estofados automotivos;
 Entre outros itens à base de tecidos.
É importante destacar que o processo de conversão de fibras brutas em
produtos têxteis é complexo. Para produzir fios, por exemplo, as fibras naturais,
como o algodão, devem primeiro ser processados para remover impurezas.
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Isso dá aos produtos a textura e durabilidade desejadas, além de outras
características.

Após esta etapa inicial de limpeza, as fibras são transformadas em fios. Além
disso, durante a produção, algumas etapas de acabamento podem ser
realizadas no tecido.

Esses processos – que incluem tingimento, branqueamento, lavagem, entre


outros – podem ser realizados na fábrica original ou em empresas específicas,
que atuam de forma independente. 

Isso porque o acabamento abrange tratamentos químicos ou mecânicos


realizados nas fibras e fios para melhorar a aparência, textura e durabilidade.
Logo, nem todas as indústrias estão aptas para lidar com esse tipo de agente

https://blog-pt.checklistfacil.com/industria-textil/ 26/10/22

Slide 5– Segurança no Trabalho: As normas de segurança a serem


observadas na indústria têxtil visam prevenir e precaver eventuais acidentes ou
doenças que possam vir a ocorrer no cotidiano dentro de uma indústria. As
normas de segurança do trabalho que geralmente são aplicadas na indústria
têxtil são a NR6 e NR 12.

Normas Regulamentadoras(NRs), determinadas pelo MTE


→ NR 6 e NR 12
. A NR6 versa sobre os equipamentos de proteção que devem ser utilizados
pelo trabalhador, são de uso individual e visam proteger o trabalhador de
possíveis riscos. A obrigação de disponibilização do equipamento é da
empresa. Nessa norma também são regulamentadas as responsabilidades de
cada parte, como por exemplo:

Responsabilidade do empregador: exigir o uso do equipamento; orientar e


treinar o trabalhador quanto ao seu uso adequado; responsabilizar-se pela
periódica higienização; comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego sobre
as irregularidades observadas.

Responsabilidade do empregado: utilizar o equipamento apenas para a


finalidade a qual se destina; responsabilizar-se por conservar e guardar os
equipamentos de forma correta; comunicar o empregador a respeito de
qualquer danificação observada.

Responsabilidade do fabricante e/ou importador : cadastrar-se junto ao órgão


nacional responsável pela segurança do trabalho; verificar se o número do lote
de fabricação do equipamento está correto; solicitar a emissão do
Comprovante de Aprovação; comercializar apenas equipamentos que
contenham Comprovante de Aprovação.
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Já a NR12 diz respeito a segurança do trabalho em máquinas e equipamentos
e tem por objetivo definir os princípios para que garantam a saúde física e
mental dos trabalhadores.... https://ribeiroalbuquerque.com.br/a-importancia-da-seguranca-do-trabalho-
na-industria-textil/ em 23/10/2022

Equipamentos de Segurança

>Para pessoas com deficiência, são observados os requisitos de acessibilidade


descritos na NBR nº 9050, nos Conceitos do Desenho Universal, na Lei nº
13.146/2015 e na Legislação específica da Deficiência em questão. (Plano de curso
SENAI página 19)

NBR 9050- O Desenho Universal parte não da exigência legal de alguns


recursos para facilitar a vida de pessoas com deficiência, mas da
conscientização acerca de toda uma gama de usuários que pode se beneficiar
de um projeto com foco no ser humano, suas diferenças antropométricas e
suas limitações cognitivas, sensoriais e de mobilidade, incluindo crianças,
idosos, obesos, pessoas muito altas ou muito baixas, etc. ( https://guiaderodas.com/nbr-
9050-norma-de-acessibilidade/ em 24/10/22)

Precisamos compreender o conceito de restrições de mobilidade, valorizando


as diferenças entre os indivíduos que compõem a sociedade. As áreas que
envolvem uma edificação devem ser integradas, possibilitando acesso
amparado de condições mínimas de uso com dignidade e respeito a pessoa.

Para dar cumprimento ao Decreto Federal nº 5.296/04, a concepção e a


implantação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos devem atender aos
princípios do desenho universal, tendo como referências básicas as normas
técnicas de acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as regras
contidas neste Decreto.

>As Leis Federais nos 10.048 e 10.098 de 2000 estabeleceram normas gerais
e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com
deficiência ou com mobilidade reduzida, temporária ou definitivamente. A
primeira trata de atendimento prioritário e de acessibilidade nos meios de
transportes e inova ao introduzir penalidades ao seu descumprimento; e a
segunda subdivide o assunto em acessibilidade ao meio físico, aos meios de
transporte, na comunicação e informação e em ajudas técnicas.

>As leis acima citadas foram regulamentadas por meio do Decreto nº 5.296, de
02.12.2004, que definiu critérios mais específicos para a implementação da
acessibilidade arquitetônica e urbanística e aos serviços de transportes
coletivos. No primeiro caso, no que se refere diretamente à mobilidade urbana,
o decreto define condições para a construção de calçadas, instalação de
mobiliário urbano e de equipamentos de sinalização de trânsito, de
estacionamentos de uso público; no segundo, define padrões de acessibilidade
universal para “veículos, terminais, estações, pontos de parada, vias principais,
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acessos e operação” do transporte rodoviário (urbano, metropolitano,
intermunicipal e interestadual), ferroviário, aquaviário e aéreo.

>O artigo 9 da Convenção da ONU sobre os direitos da pessoa com


deficiência, transformada em emenda constitucional pelo Decreto 6949/2009,
prevê a adoção de medidas apropriadas para assegurar o acesso, em
igualdade de oportunidades com as demais pessoas, ao meio físico, ao
transporte, à informação e comunicação, bem como a outros serviços e
instalações abertos ao público, tanto na zona urbana quanto na zona rural.
Inclui a identificação e a eliminação de obstáculos e barreiras à acessibilidade,
devendo ser aplicadas, entre outros, a edifícios, rodovias, meios de transporte
e outras instalações internas e externas, inclusive escolas, moradia,
instalações médicas e local de trabalho, e informações, comunicações e outros
serviços, inclusive serviços eletrônicos e serviços de emergência.

>Lei Federal nº 13.146, 06 de julho de 2015 Institui a Lei Brasileira de Inclusão


da Pessoa com Deficiência. A LBI, Lei Brasileira de Inclusão, tem como base a
Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) e é destinada a
assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e
das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando sua inclusão
social e cidadania.

>O capítulo IV do Decreto 5296/04 que discorre sobre a Implementação da


Acessibilidade Arquitetônica e Urbanística, inicia com o Art. 10, impondo que a
concepção e a implantação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos atendam
aos princípios do DESENHO UNIVERSAL, tendo como referências básicas as
normas técnicas de acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as
regras contidas no Decreto.

>“...a concepção de Desenho Universal, pois passou a considerar não só o


projeto, mas principalmente a diversidade humana, de forma a respeitar as
diferenças existentes entre as pessoas e a garantir a acessibilidade a todos os
componentes do ambiente. O Desenho Universal deve ser concebido como
gerador de ambientes, serviços, programas e tecnologias acessíveis, utilizáveis
eqüitativamente, de forma segura e autônoma por todas as pessoas – na maior
extensão possível – sem que tenham que ser adaptados ou readaptados
especificamente, em virtude dos sete princípios que o sustentam, a saber:

*Uso flexível - Design de produtos ou espaços que atendem pessoas


com diferentes habilidades e diversas preferências, sendo adaptáveis para
qualquer uso;

*Uso equiparável- São espaços, objetos e produtos que podem ser


utilizados por pessoas com diferentes capacidades, tornando os ambientes
iguais para todos;
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*Simples e intuitivo- De fácil entendimento para que uma pessoa possa
compreender independente de sua experiência, conhecimento, habilidades de
linguagem, ou nível de concentração;

* Informação perceptível- Quando a informação necessária é transmitida


de forma a atender as necessidades do receptador, seja ela uma pessoa
estrangeira, com dificuldade de visão ou audição;

* Tolerante ao erro- Previsto para minimizar os riscos e possíveis


conseqüências de ações acidentais ou não intencionais;

* Com pouca exigência de esforço físico - Para ser usado


eficientemente, com conforto e com o mínimo de fadiga;

* Dimensão e espaço para aproximação e uso- Que estabelece


dimensões e espaços apropriados para o acesso, o alcance, a manipulação e o
uso, independentemente do tamanho do corpo (obesos, anões etc.), da postura
ou mobilidade do usuário (pessoas em cadeira de..

DICA 1 Ao acatar os preceitos do Desenho Universal, o projetista irá beneficiar


e atender às necessidades de pessoas de todas as idades e capacidades .
https://portal.crea-sc.org.br/wp-content/uploads/2022/05/CARTILHA_ACESSIBILIDADE_2022.pdf em 24/10/22

Equipamento de proteção coletiva é toda medida ou dispositivo, sinal,


imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à proteção de uma ou
mais pessoas. Ex.: escadas de emergência, extintor de incêndio.
– Equipamento de Proteção Individual (EPI): é todo dispositivo de uso
individual, destinado à proteção de uma pessoa. Ex.: botas, luvas, capacetes. Link
https://bvsms.saude.gov.br/saude-e-seguranca-no-trabalho/ em 23/10/2022

Riscos Profissionais

Riscos ambientais:
– físicos: são representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de
trabalho que podem afetar a saúde dos trabalhadores, como: ruídos, vibrações,
radiações, frio, calor, pressões anormais e umidade;
– químicos: são identificados pelo grande número de substâncias que podem
contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade física e
mental dos trabalhadores, a exemplo de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases,
vapores, substâncias, compostos ou outros produtos químicos;
– biológicos: estão associados ao contato do homem com vírus, bactérias,
protozoários, fungos, parasitas, bacilos e outras espécies de microrganismos.
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Riscos ergonômicos: estão ligados à execução de tarefas, à organização e às
relações de trabalho, ao esforço físico intenso, levantamento e transporte
manual de peso, mobiliário inadequado, posturas incorretas, controle rígido de
tempo para produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e
noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia, repetitividade e
situações causadoras de estresse.

Riscos de acidentes: são muito diversificados e estão presentes no arranjo


físico inadequado, pisos pouco resistentes ou irregulares, material ou matéria-
prima fora de especificação, utilização de máquinas e equipamentos sem
proteção, ferramentas impróprias ou defeituosas, iluminação excessiva ou
insuficiente, instalações elétricas defeituosas, probabilidade de incêndio ou
explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos e outras situações
de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes. Link
https://bvsms.saude.gov.br/saude-e-seguranca-no-trabalho/ em 23/10/2022

Slide 6 – Organização do ambiente de trabalho

A inspeção de segurança de pré-utilização deverá ser realizada


no início de cada turno de trabalho ou após nova preparação de cada máquina
ou equipamento, devendo o operador verificar as condições de
operacionalidade e segurança e, se constatadas anormalidades que afetem a
segurança, as atividades poderão ser interrompidas ou não iniciadas, e o
operador deverá comunicar imediatamente seu superior hierárquico
(SHERIQUE, 2014).

As atividades em máquinas e equipamentos deverão ser


realizadas em conformidade com procedimentos específicos de trabalho e
segurança, com descrição detalhada de cada tarefa e com destaque nos
pontos de segurança. Deverão ser consideradas as informações constantes
nos manuais e nas apreciações de riscos da empresa.

Os procedimentos de trabalho e segurança não podem ser as


únicas medidas de proteção adotadas para se prevenir acidentes, pois são
consideradas medidas administrativas complementares e não substituem as
medidas de proteção coletivas necessárias para a garantia da segurança e
saúde dos trabalhadores.
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O diagnóstico é o levantamento das não conformidades, devendo-
se realizar uma primeira avaliação geral e, com base nela, simplificar a
ferramenta de diagnóstico, eliminando os itens não aplicados em determinadas
máquinas, equipamentos, ambientes ou processos. As empresas deverão
garantir que, nas manutenções das máquinas e equipamentos, sempre que
detectado qualquer defeito em peça ou componente que comprometa a
segurança, o reparo será providenciado, ou a substituição imediata por outra
peça ou componente, original ou equivalente, de modo a garantir as mesmas
características e condições seguras de uso (SESI, 2016).

Segundo Mendes (2001), a manutenção, inspeção, preparação,


ajuste, reparo, limpeza e outras intervenções que se fizerem necessárias
devem ser executadas por profissionais capacitados, qualificados ou
habilitados, formalmente autorizados pelo empregador, com as máquinas e
equipamentos, preferencialmente parados e com adoção dos procedimentos de
segurança. Os manuais técnicos das máquinas e equipamentos devem ser
mantidos atualizados e, quando identificadas nas apreciações de risco novas
situações perigosas, que possam acarretar em risco significativo à integridade
física ou à saúde dos trabalhadores, os manuais deverão ser complementados,
com as seguintes informações: tipo, modelo e capacidade; descrição detalhada
da máquina ou equipamento e de seus acessórios; diagramas, inclusive
circuitos elétricos, em especial a representação esquemática das funções de
segurança; definição da utilização prevista para a máquina ou o equipamento;
definição das medidas de segurança existentes e daquelas a serem adotadas
pelos usuários, inclusive o uso de equipamentos de proteção individuais (EPI);
especificações e limitações técnicas para a sua utilização com segurança;
riscos que podem resultar de adulteração ou supressão de proteções e
dispositivos de segurança; riscos que podem resultar de utilizações diferentes
daquelas previstas no projeto. Fonte: SENAI (2015) https://docplayer.com.br/87731737-
Seguranca-do-trabalho-na-industria-textil-com-enfase-na-nr-12.html em 23/10/22

 Cuidados
Sua máquina de costura é, também, sua grande companheira na criação de
peças e está sempre pronta para te ajudar a explorar toda sua técnica e
criatividade, por isso é legal que elas te acompanhem por bastante tempo, mas
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para que ela dure muitos anos, é preciso ter alguns cuidados. A gente te conta
quais:

1. Limpeza: Manter a sua máquina limpa é essencial. Quando você notar a


sujeira por fora, lembre-se que por dentro deve estar pior. Faça a limpeza da
máquina com um pano úmido e o auxílio de uma pinça ou pincel para áreas
menores. Para garantir uma limpeza mais eficiente, retire a caixa de bobina e
limpe os dentes.

2- Lubrificação: Algumas máquinas industriais tem lubrificação automática,


mas quando tiver, você pode resolver isso com alguns pingos, já que elas
precisam ser lubrificadas de tempos em tempos. Lembre-se de utilizar óleos
lubrificantes específicos para máquinas de costura. Eles são baratos e duram
bastante tempo.

3- Mecânico: Alguns defeitos nas máquinas podem começar a aparecendo de


forma tão sutil que você não perceba, então se você utiliza a sua com muita
frequência, é interessante adquirir o hábito de levá-la ao mecânico para uma
revisão de vez em quando.

4- Desmontar ou não desmontar? Durante a limpeza, é comum a gente


querer abrir máquina por completo, mas o processo de montagem pode ser
complicado. Como o risco de montar a máquina com alguns erros e ter
problemas na costura é muito provável, recomendamos que esse procedimento
seja feito por mão de obra especializada.

5- Agulhas tortas: Utilizar agulhas tortas na sua máquina pode estragar a


caixa de bobina, então sempre confira a qualidade das agulhas que serão
utilizadas e se você está utilizando o tipo certo para o tecido a ser trabalhado.

6- Passagem da linha: Sabe quando a linha embola na bobina? Isso pode ter


ocorrido porque a linha está mal passada e pode trazer danos à sua máquina.
Verifique atentamente para uma passagem de linha correta.

7- Manual: Algumas dúvidas quanto aos cuidados com a sua máquina podem


surgir, até porque alguns modelos podem ter dicas diferentes para a
manutenção e conservação, então qualquer coisa consulte também o seu
manual.https://www.maquinasuniao.com.br/cuidados-com-a-maquina-de-
costura/ em 25/10/22

Slide 7 Matéria Prima


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Os tecidos fazem parte da história humana desde muito antigamente, quando
ainda eram restritos apenas as peles de animal. Com o passar dos anos, a
produção de tecidos tomou as fábricas e hoje vamos conhecer as
principais matérias prima dos tecidos.

O processo de produção dos tecidos envolve muitas etapas e também, conta


com muitas matérias primas, algumas extraídas da natureza, outras fabricadas
artificialmente.

Para se entender melhor, como acontece esse processo, vamos listar as


principais matérias primas e suas aplicações na confecção dos tecidos.

PRINCIPAIS MATÉRIAS PRIMAS DOS TECIDOS 


A primeira delas é a fibra, que forma o fio. Essa fibra pode ser de origem
natural (animal, vegetal ou mineral), artificial ou sintética. Vamos entender a
diferença entre cada uma:

 Fibras naturais – São as fibras extraídas prontas da natureza. Podem


ser encontradas nas folhas, caules, sementes e frutos de árvores,
secreção e pelos dos animais ou de minerais como o amianto.
o Neste grupo estão as fibras de algodão, coco, linho, abacá, malva,
lã e seda, entre outras.
o As fibras naturais são características por oferecerem conforto,
flexibilidade, durabilidade e resistência e, por isso, sempre são
associadas a tecidos de qualidade.
 Fibras artificiais – São as fibras produzidas em um processo artificial,
porém a partir de matérias primas naturais, como os polímeros. Essas
fibras, apesar de serem naturais, precisam de manipulação artificial para
se transformarem em fibras.
o Alguns exemplos de fibras artificiais são a viscose, o acetato, modal
e lyocel.
o Elas são famosas por reterem bem as cores e por serem muito
resistentes, além do toque sedoso e da secagem rápida.
 Fibras sintéticas – São fibras produzidas através de processo químico
da indústria petroquímica.
o Neste grupo estão o poliéster, poliamida, o acrílico e o elastano,
dentro outros.
o Formam tecidos leves, macios e com boa elasticidade.
 Tecidos mistos – os tecidos mistos surgiram como uma opção para
reduzir custos de uma peça, uma vez que a fibra natural tem um custo
mais elevado e também para resolver problemas das fibras sintéticas,
como de não absorver bem a tintura.
o Essa mistura gera os tecidos mistos e a mais comum é a do algodão
com o poliéster. O resultado é um tecido com o conforto e frescor
proporcionado pelo algodão e pela resistência e durabilidade
oferecidas pelo poliéster.
o Piquet, malha e tricolini são alguns exemplos de tecidos mistos.
Esse tipo de tecido têm sido eleito o preferido das costureiras, pela
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facilidade em costura-lo e também por não amassarem com
facilidade.
o Apesar de o tecido 100% algodão garantir uma qualidade altíssima,
o tecido misto, com algodão e outra fibra, como o poliéster, por
exemplo, tende a encolher muito menos, o que conta com um ponto
favorável a esse tecido.

MATÉRIA-PRIMA DOS TECIDOS


Além da fibra, que pode ser considerada a base de todos os tecidos e a
principal matéria prima, os produtos químicos usados na lavagem, extração de
resíduos, preparação e tintura também devem ser considerados parte do
processo de produção dos tecidos.

Apenas a fibra não resultaria no tecido final, por isso é importante considerar os
demais produtos que fazem parte da sua confecção. São eles:

 Poliéster, acrílico e outros matérias que compõe a fibra sintética;


 Cloro para a lavagem da fibra, após o entrelaçamento;
 Soda cáustica para preparar a fibra para a tintura e permitir a maior
absorção da mesma;
 Tintas para dar cor e criar estampas para os tecidos
 Composições químicas, para dar o acabamento diferenciado, como
texturas.

Todos esses materiais naturais e químicos, juntos a tecnologia das fábricas


têxteis, produzem em grande escala os tecidos que se utiliza no dia a dia, seja
na vestimenta, decoração de festas ou arrumação da casa.
https://blog.maximustecidos.com.br/quais-sao-as-materias-prima-dos-tecidos/ em 25/10/22

Fios – estrutura de densidade linear constante, com propriedades para uso


têxtil. Ex tecidos planos, tecidos malhas, fios para uso geral(barbantes, linha de
costura...) https://issuu.com/senaitextilvestuario/docs/manual2_fios em 25/10/22

Slide 8 – Máquinas e Equipamentos

Máquinas

 Classificação
Quanto a formação do ponto: a) Ponto corrente – classe 100 b) Ponto feito a mão
– classe 200 c) Ponto fixo ou ponto comum – classe 300 d) Ponto corrente de
fios múltiplos – classe 400 e) Ponto chuleado e ponto de segurança – classe 500
f) Ponto de cobertura – classe 600 g) Ponto fixo de uma linha – classe 700 w

Quanto ao tipo de alimentação: (forma como o tecido é conduzido na máquina.


Ex impelente) a) Alimentação pelo impulsor – (simples) b) Dupla alimentação c)
Alimentação pela agulha d) Alimentação diferencia
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Quanto ao tipo da base: a) Base cilíndrica b) Base de coluna c) Base elevada d)
Máquina de braço

OBS: Os aspectos principais para a classificação das máquinas


de costura são tipo de ponto, tipo de alimentação e tipo de base.
Todavia o ponto e a alimentação são as mais determinantes.
Classes consultadas no manual 1 - Mecânico de máquina de costura industrial, arquivado Pasta SENAI –

SENAI material

 Tipos de Máquinas
Máquina Reta - A máquina reta faz o ponto da classe 300. Este
ponto tem como característica baixa elasticidade, resistência,
segurança, difícil de desfazer e é igual nos dois lados. 
Classe 300 Ponto fixo (agulha e bobina).
Máquina Overloque - A máquina overloque faz o ponto da classe
504. Este tem como característica alta elasticidade, resistência,
segurança, é diferente nos dois lados e é volumoso. Ela é
indicada para artigos de malharia em geral, usada para unir dois
ou mais tecidos, dar acabamento ou aumentar a resistência do
material. 
Classe 504 ponto chuleado com 3 linhas
Máquina Galoneira - A máquina galoneira faz o ponto da classe
605. Este ponto tem como característica alta elasticidade,
resistência e é diferente nos dois lados da costura.
Classe 605 ponto de cobertura  https://moodle.ifsc.edu.br/course/view.php?id=8331
em 25/10/22 Classes consultadas no manual 1 - Mecânico de máquina de costura

industrial, arquivado Pasta SENAI – SENAI material

Equipamentos

Fita métrica – Fita flexível e reversível de 150 cm utilizada para


tirar diversas medidas.

Régua de 1 m – Régua de madeira ou metal com um metro de


comprimento, utilizada para medir bainhas, sentido do fio, superfícies planas e
comprimentos

Tesouras multiuso e tesouras de costura – As lâminas da tesoura


de costura costumam ter 10–20 cm de comprimento, são feitas de aço e
um cabo é maior do que o outro. Tesouras de costura com cabos
encurvados são excelentes para cortar tecidos e moldes. As tesouras
multiuso são menores que as de costura, com cerca de 7–15 cm, e os
cabos não possuem diferença em tamanho. Para cortar tecido, escolha
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as lâminas mais longas com as quais você consegue cortar
confortavelmente

Tesouras de picote – Tesouras que cortam a borda em zigue-


zague para impedir que o tecido se desfie, também criam uma borda
decorativa em margens de costura. Essas tesouras não devem ser
utilizadas para cortar o molde ou o tecido da peça-piloto (primeira peça).

Descaseador – Ferramenta pequena e pontuda com uma lâmina


afiada. A ponta pode ser utilizada para desfazer pontos indesejados. A
lâmina é utilizada para cortar uma fileira de pontos. Fonte: Máquinas Costura -
instruções linha e equipamentos costura, na pasta SENAI- SENAI material

Slide 9 e 10 – Documento Técnico

Na indústria têxtil, o planejamento e o controle da produção são


imprescindíveis para que a lucratividade seja atingida. Para que
esses processos sejam bem-sucedidos, uma das principais ferramentas é
a ficha técnica. É ela que descreve a peça em detalhes, bem como todas as
etapas de sua elaboração.

Por isso, as informações contidas neste documento devem ser completas,


claras e precisas. Assim, fica mais fácil colocá-las em prática e transformá-las
no produto final. A ficha técnica para produção têxtil não apenas garante que
a peça fabricada estará de acordo com o que foi desenvolvido, mas evita que
haja problemas no processo.

Usá-la como guia garante, por exemplo, que não haverá a compra de insumos
e materiais de forma exagerada ou faltante, a confecção de peças incorretas, a
aplicação errada de aviamentos, detalhes ou apliques, dificuldades na
formação do preço de venda e outros procedimentos que podem causar
prejuízos ou afetar os lucros.

É essencial, portanto, que o desenvolvimento da ficha técnica seja feito de


forma que ajude a garantir a qualidade, otimize o tempo de produção e permita
manter o custo-benefício adequado. Neste post, oferecemos dicas para que
você a faça com precisão. Vamos lá? Ao final, você vai encontrar
para download um modelo de ficha técnica utilizado pelos clientes do
Consistem ERP.
A importância da ficha técnica para
produção têxtil
 

A ficha técnica descreve individualmente cada peça. Nela, são incluídos todos
os detalhes da produção: o tipo de tecido, os aviamentos necessários, o
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modelo de costura, enfim, cada particularidade necessária para que o produto
seja produzido.

É o nível de detalhamento da peça nesse documento que garante que ela seja
o mais parecida possível com a ideia do estilista que a desenhou. Isso faz dele
um item de extrema importância no processo de desenvolvimento da indústria
de confecções.

Além disso, é com base na ficha técnica para produção têxtil que se calculam
os elementos necessários para a fabricação do produto, que se faz a compra
da matéria-prima, que se padroniza a produção e que se estipula o preço de
venda da peça (considerando a quantidade e tempo exigidos, por exemplo).

Veja, a seguir, quais passos devem ser seguidos para produzir o documento.
1.Cabeçalho
É no cabeçalho que estão as informações básicas sobre a peça. Ele contém o
nome da empresa e do estilista, a coleção, o código de referência, o nome da
peça, a grade de tamanho, o tamanho da peça-piloto e o lacre. Assim que a
peça-piloto é aprovada, ela recebe um lacre, que é registrado na ficha técnica.
2.Grade de tamanho
Indica os tamanhos da peça de roupa e as quantidades a serem produzidas em
cada tamanho. Pode ser, por exemplo, P, M e G (e suas respectivas
variações), 38, 40 e 42, e assim por diante.
3.Desenho técnico
O desenho técnico apresenta a representação gráfica do modelo, com
indicações sobre tipos de aviamentos e de costura. Em geral, mostra tanto a
frente quanto as costas da peça, mas pode ter também a vista lateral com
ampliação de detalhes, como bolsos, por exemplo, quando necessário. Essa
representação visual é importante porque serve como suporte para a equipe de
produção durante a fabricação da peça.
4.Descrição
É a apresentação do modelo com detalhes sobre os formatos do decote e da
cava, o comprimento da peça e os acabamentos usados na produção. A
descrição usa termos técnicos e, em geral, é sucinta e precisa.
5.Foto
Apesar de ser opcional na ficha técnica, a foto ajuda a mostrar a inspiração da
peça. Além disso, indica como deve ser seu caimento.
6.Materiais
Os materiais podem ser divididos em principais e secundários. Os principais
são os usados em maior quantidade no modelo, como os tecidos, por exemplo.
Devem ser informados todos os tecidos a serem usados, além de seus
respectivos códigos de referência, fornecedor, composição, largura, peso,
especificações de lavagem, preço por unidade, quantidade a ser utilizada e
valor gasto.

Outros materiais usados no modelo são considerados secundários. É o caso de


elementos que dão sustentação, acabamento e finalização, como forros,
COSTUREIRO INDUSTRIAL DO VESTUÁRIO
entretelas, aviamentos, viés, galão, linhas, botão, zíper, velcro, barbatana,
rebites, ilhoses e outros. Assim como no caso dos tecidos, é essencial incluir
todos os detalhes sobre esses itens.

Além disso, apesar de ser opcional, é comum que se descrevam possíveis


variantes de alguns dos itens que compõem a peça. Isso ajuda a equipe de
produção a saber que ela deve ter mais de uma opção de cor ou de estampa,
por exemplo.

Os dados referentes aos materiais devem ser completos e precisos. Afinal, é a


partir deles que são feitos os pedidos de compra de matéria-prima e a
elaboração das etiquetas de composição que são fixadas aos modelos prontos.
7.Observação
Nesse campo, podem ser incluídas informações específicas a respeito
da matéria-prima ou de algum processo especial a ser utilizado.
8.Costura e acabamento
Os tipos de costura ou acabamento (costura reta, sobreposta, de borda,
overloque e outras) a serem utilizados no modelo devem ser detalhados neste
campo. É nisso que a equipe vai se basear na hora da produção.
9.Etiquetas
Aqui, devem ser especificadas as etiquetas necessárias para o modelo (além
das obrigatórias, como as de composição e lavagem): de marca, externas e
outras. Vale a pena cadastrar também os dados do fornecedor desses
elementos.
10.Embalagem
A embalagem também deve ser especificada: é importante descrever os
materiais necessários para embalar e transportar a peça, como prendedores
plásticos, suportes de papelão, material de dobra, acetato, papel de seda, saco
plástico e caixa. Os dados dos fornecedores também devem ser informados.
11.Serviços terceirizados
Caso o modelo requeira algum tipo de beneficiamento (como estamparia,
bordado, tinturaria e afins) que seja feito por fornecedores externos, eles
podem ser detalhados nesse campo.
12.Partes da modelagem
Apresenta a representação gráfica dos componentes da modelagem
necessários para a confecção do modelo.
13.Processos e montagem
Indica como as peças serão montadas e em que máquinas serão costuradas.
Além disso, deve ser apontado o tempo que cada operação leva até que o
modelo esteja finalizado. Isso porque esse dado interfere no custo final da
peça.

Outra informação importante é quais são as etapas de produção. Podem ser


incluídos, por exemplo, desenho, corte, costura, embalagem e outros, bem
como informações sobre os responsáveis por cada fase.
COSTUREIRO INDUSTRIAL DO VESTUÁRIO
Cada confecção pode incluir ou excluir campos de acordo com suas
necessidades. O essencial é que todos os setores envolvidos forneçam
informações corretas para compor a ficha técnica. Sem um documento
completo e preciso, o processo fica prejudicado e sujeito a falhas.

Para a criação de uma ficha técnica para produção têxtil completa, uma das
alternativas é usar um sistema adequado (como um Enterprise Resource
Planning — ERP) para esse trabalho. Com ele, é possível ter resultados mais
satisfatórios: afinal, ele encurta o caminho da criação do documento e agiliza a
produção.
https://blog.consistem.com.br/ficha-tecnica-para-producao-textil/ em 26/10/22

Slide 11 – Processo Produtivo

As etapas e processos produtivos de uma indústria têxtil são realizadas de


acordo com o produto final disponibilizado.
Existem quatro etapas que são mais comuns na indústria têxtil, a fiação,
tecelagem, acabamento e confecção.
A primeira etapa recebe o nome de fiação porque é durante esse processo que
os fios são criados.
A segunda etapa é chamada de tecelagem, os fios começam a ganhar o
formato de tecidos ou malhas.
A terceira etapa é o acabamento, o produto é moldado de acordo com as suas
especificações.
A última etapa é a confecção, esse é o momento do produto receber os toques
finais relacionados a tintura e demais variedades.
Os processos produtivos são o gerenciamento de todas as quatro etapas para
alcançar um produto final de qualidade.em 26/10/22
https://horizonteambiental.com.br/industria-textil/

2.2 Processo produtivo da Indústria de vestuário


A estrutura da produção fabril de itens de vestuário envolve os departamentos
de criação (com uma equipe de designers assessorados por modelista), de
gestão (responsável pela capacidade produtiva e estratégias de venda), e o de
produção (que envolve os processos que vão resultar na confecção da peça de
roupa). Nos subitens abaixo apresenta-se as etapas que constituem o processo
industrial de desenvolvimento e produção das peças de roupa.
2.2.1 Modelagem e Peça piloto Modelar v.t 1.
Fazer modelo ou molde de. 2. Dar forma ou contorno a; molde. P. 3. Tomar por
modelo; moldar-se em. § modelagem sf (HOLANDA, 1997) A história da
modelagem de vestuário acompanhou a evolução da indumentária nas
diferentes culturas e, mais tarde, a evolução da própria moda (Sabrá, 2009)
Este processo pode ser considerado uma das etapas mais importantes dentro
COSTUREIRO INDUSTRIAL DO VESTUÁRIO
da confecção de vestuário e exige precisão matemática. Como afirma Treptow
(2007), a modelagem está para o design de vestuário, assim como a
engenharia está para a arquitetura. Após a criação do desenho de moda, o
modelista, profissional responsável pelo desenvolvimento das peças através de
processos de interpretação de modelagem10, é aquele que materializa as
criações, ou seja, as torna reais, sugerindo alterações e melhorias, em caso de
necessidade. De acordo com Diniz & Vasconcelos (2009), o processo de
desenvolvimento de uma peça de vestuário se inicia a partir da observação do
corpo, do seu mapeamento, e termina com a aprovação do próprio corpo. A
modelagem, muitas vezes, é considerada como a “alma do produto”, produto
este que carrega as informações de design de vestimentas, de detalhes, de
forma, de estética, entre outras coisas.
Modelar é a gramática do design de moda. Sem o domínio
da modelagem o traçado se torna em vão, o desenho de
moda é um rabisco. A modelagem é como a estrutura de
uma edificação. Resguarda em suas linhas o espaço e o
conforto para o corpo que nele habitará. É a inteligência
do desenhar, a sabedoria do fazer (JUM NAKAO in SABRÁ,
2009).
Para que se obtenha resultados satisfatórios no processo de construção de
uma modelagem, é importante voltar o olhar para as formas do corpo, com foco
nas diferenças existentes entre grupos de uma mesma população. Como disse
Grave (2014), “precisa-se ler as linhas do corpo e as linhas da roupa
adequandoas à sua finalidade para alcançar um bom resultado ergonômico”.
Para Brandão (1967), as medidas do corpo são de grande importância, pois é
do cuidado com que elas são tomadas que depende uma prova de roupa
rápida e fácil. A modelagem é considerada um fator de competitividade entre os
produtos, visto que exerce grande influência sobre o consumidor no momento
da aquisição de itens de vestir, já que o usuário irá optar, dentre outros fatores,
por aquele que apresente um melhor caimento. No momento de construção da
modelagem é importante considerar o perfil antropométrico do usuário,
avaliando suas características e limitações. Com a disseminação de vestuário
pronto-para-vestir, houve a necessidade de se estabelecer padrões de
tamanhos, para que a peça de roupa pudesse ser produzida em larga escala e
comercializada para outros países. Essa padronização excessiva, baseada em
tabelas de medidas11 (geralmente com padrões internacionais) não
acompanhou as necessidades do usuário. As medidas consideradas primárias,
ou seja, aquelas utilizadas para definir o tamanho do manequim, são a
circunferência do busto ou tórax, da cintura e do quadril. Estas são as medidas
do corpo que mais sofrem alterações, pois se localizam em regiões formadas
por ossos, músculos e uma variável camada de gordura. Enquanto as peças de
roupa superiores dependem da circunferência do busto ou tórax para alcançar
o equilíbrio de vestibilidade, as peças inferiores utilizam a circunferência da
cintura e do quadril como principais parâmetros.
10Interpretação de modelagem: é o processo de
transformação de um desenho de moda que divide o
modelo em partes componentes, denominadas moldes,
para a construção de um produto de vestuário. OSÓRIO, L.
2007, p.19).
11Tabela de Medidas: utilizada como referência para o
desenvolvimento de uma modelagem, é essencialmente
COSTUREIRO INDUSTRIAL DO VESTUÁRIO
composta por nomenclaturas de tamanho e de medidas de
partes do corpo, devendo está em consonância com o
público-alvo da empresa.
Como explicam Diniz & Vasconcelos (2009), existem diversas formas de
se obter uma modelagem, e cada técnica empregada utiliza metodologias
diferenciadas de construção. Ainda assim, independente do produto
confeccionado ou da metodologia empregada, algumas etapas são básicas
na elaboração de uma modelagem:
• Intepretação do modelo e traçado dos moldes12;
• Construção da primeira peça para aprovação;
• Corte e montagem da peça-piloto;
• Aprovação da peça-piloto;
• Correções e montagem da segunda peça-piloto;
• Gradação dos moldes;
• Envio da modelagem, juntamente com a ficha técnica e peça-piloto aprovada para o
setor de produção.
Existem dois tipos de técnicas de modelagem: a modelagem plana e a
modelagem tridimensional.
Modelagem Plana A modelagem plana é uma técnica de construção
utilizada para transformar uma forma de desenho plano bidimensional – que
considera altura e largura– em uma peça tridimensional – altura, largura e
profundidade – obedecendo aos princípios da geometria espacial. A partir de
uma tabela de medidas, inicia-se o traçado da modelagem base13 , na figura
geométrica de um retângulo com o valor da base correspondente à maior
largura – para peças superiores, circunferência do busto ou tórax e peças
inferiores, a circunferência do quadril –, e a altura, correspondente ao
comprimento da peça. A partir dessas bases (Figura 1), é feito o traçado
complementar, por meio de linhas retas e curvas que dão origem aos moldes
que compõem determinado modelo.
12Moldes: são formas geométricas bidimensionais
geralmente feitas em papel que seguem as formas do
corpo humano. O conjunto de moldes representa as
partes componentes de uma peça de vestuário e são
usados como base para o corte do tecido.
13Modelagem base: são os moldes que servem de ponto
de partida para a interpretação de qualquer modelo.
Podem ser ajustadas de acordo com as características do
tecido que será utilizado para favorecer o caimento da
peça (bases para tecido plano ou base para tecidos de
malha).
Cada parte da modelagem deve conter informações necessárias para
ser devidamente identificada tais como referência do modelo, nome da parte
componente da modelagem (frente, manga, costas, etc.), tamanho do
manequim, o número de vezes que deve ser cortada, e o sentido do fio14 no
tecido. Muitas vezes a modelagem ainda inclui outros moldes, denominados
gabaritos15 .
A técnica de modelagem plana é a mais utilizada industrialmente, e em
boa parte das empresas ainda é realizada de forma manual. Contudo, já é
possível desempenhar essa etapa de forma rápida e precisa, com
possibilidades de visualização 3D do modelo previamente, através de sistemas
COSTUREIRO INDUSTRIAL DO VESTUÁRIO
auxiliados por computador desenvolvidos para o design de vestuário, que, além
desses benefícios, reduzem a necessidade de construção de amostras físicas.
Modelagem tridimensional A modelagem tridimensional é executada
através da manipulação do tecido diretamente sobre o manequim. Geralmente,
esta é a opção mais usada para desenvolver modelos de alta complexidade.
Essa técnica é conhecida como Draping (inglês) ou Moulage (francês). O
manequim é um instrumento essencial para testar a viabilidade dos moldes.
Geralmente possuem altura ajustável e braços removíveis. Seu uso permite o
acerto da posição de pences16 e costuras, bem como a aplicação de detalhes
como pregas, golas, bolsos, forros, ombreiras, entre outros aviamentos. Já
existe também no mercado, o manequim com larguras ajustáveis
14Sentido do fio: indica o posicionamento do molde com
relação ao fio de urdidura (vertical) do tecido. Mas, a
modelagem também pode ser desenvolvida para ser
cortada no sentido dito “atravessado”, ou seja, paralelo
ao fio de trama (horizontal) do tecido; ou ainda
“enviesado”, quando se considera o posicionamento num
ângulo de 45º com relação ao fio de urdume do tecido.
15Gabaritos: são moldes que tem a finalidade de facilitar
a marcação de pontos da modelagem de forma a tornar
o posicionamento padronizado em todas as peças. Como
por exemplo, para marcar pontos e costuras, posições ou
tamanhos de bolsos, marcações do caseado e dos
botões, etc.
16Pences: apresenta forma triangular, tendo o vértice
posicionado no ponto de maior saliência do corpo, e a
base do triângulo, com medida denominada de
profundidade da pence, está localizada na linha de
redução do volume, ou seja, no eixo da pence (OSORIO,
2007).
Fonte: Modelagem, arquivo na Pasta SENAI, SENAI material

Slide 12 Empreendendorismo
Antes de abrir as portas de sua confecção e iniciar uma produção têxtil, um
planejamento é algo essencial não apenas para o desenvolvimento das peças
como também para a potencialização de suas vendas. Entenda mais sobre o
planejamento têxtil abaixo.

CONHECENDO SEU MERCADO, TENDÊNCIAS E PÚBLICO ALVO  


Como é a região de sua confecção? Existem outras produções têxteis ao seu
redor? Qual público-alvo elas atendem? Qual será o seu diferencial? Estas
são algumas perguntas que exigem respostas para que você possa definir
melhor seus objetivos e perfil como uma produtora têxtil.  
Conheça seus arredores, tenha uma visão clara de seus concorrentes e da
fatia do mercado que você pretende conquistar. Aqui, é necessário estabelecer
um diferencial: preço, qualidade, estampas, algo precisa gerar uma vantagem
competitiva para o seu negócio. Vamos dividir esta noção básica por passos:
 
 Passo 1: Estudo e contextualização 
COSTUREIRO INDUSTRIAL DO VESTUÁRIO
Aqui, você precisa de uma visão, um contexto no qual sua confecção têxtil irá
atuar em cima. Estude os arredores e entenda o perfil e identidade das
empresas bem sucedidas. Assim você obtém uma visão contextualizada do
seu “campo de combate”.
 
 Passo 2: Planejamento 
Agora, você vai utilizar todo o conhecimento absorvido no passo anterior e
executá-lo no formato da concepção de um planejamento. Aqui você define seu
público-alvo, o seu diferencial, elabora a função de sua confecção têxtil dentro
da indústria e define o escopo de seu atendimento e entrega, seja em âmbito
regional ou nacional.
 
 Passo 3: Metas e meios 
É importante definir metas semestrais para sua confecção têxtil, assim você
sempre terá um foco de resultados esperados para alcançar. Também é
importante definir o restante de seu planejamento, como método de produção e
entrega.
Após estes três passos básicos, você possui a identidade de sua confecção
estabelecida. Estas informações são o suficiente para nortear o futuro de sua
produção, embora digam respeito ao conhecimento superficial necessário ao
seu empreendimento têxtil. Obviamente, iniciar uma confecção requer muitos
outros passos e burocracias, mas estas são ótimas primeiras etapas em
direção ao sucesso.
Após traçar este planejamento em três passos, é hora de seguir com o projeto
de sua confecção, montando seu estoque, produzindo suas peças e realizando
as entregas. Você já conta com maquinário têxtil necessário para seguir com
sua produção?
https://www.zusper.com.br/importancia-do-planejamento-para-o-empreendedor-
textil/ em 26/10/22

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