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Podcast sobre desinfecção de água

O que é desinfecção?
É a eliminação dos microrganismos patogênicos presentes na água em tratamento,
é a etapa que tem como objetivo de produzir água para o consumo humano isenta
da presença de microrganismos patogênicos ou organismos indesejáveis, cujo o
processo de inativação ocorre por meio de agentes físicos e/ou químicos.

A desinfecção ocorre na última etapa do tratamento e está ligada à obtenção de


uma água de consumo livre da presença de microrganismos patogênicos, cuja
inativação é feita através de agentes físicos e/ou químicos. A desinfecção finaliza a
etapa de potabilização, e depois vem a clarificação e filtração (considerando o
tratamento convencional). LIVRO

Doenças de veiculação hídrica


A ingestão de água que não foi desinfectada pode provocar doenças de veiculação
hídrica por vírus, bactérias, protozoários ou vermes, alguns exemplos são: a Febre
tifóide, desinteria bacilar, desinteria amebiana, cólera, hepatite A e B, poliomielite. É
importante destacar que essas doenças são provocadas por diferentes agentes
etiológicos, no entanto todas são resultado da ingestão de água contaminada por
fezes humanas.

De acordo com a Portaria MS de consolidação nº 5 No artigo 24 diz que toda


água para consumo humano fornecida coletivamente, deverá passar pelo processo
de desinfecção ou cloração.

A desinfecção de águas destinadas ao consumo humano pode ser realizada por


dois grupos de desinfetantes, os agentes químicos e físicos. Os agentes químicos
constituem elementos ou compostos com potencial de oxidação, incluindo o cloro,
dióxido de cloro, peróxido de hidrogênio, ácido acético, bromo, iodo, permanganato
de potássio, cloreto de bromo e ozônio. Os agentes físicos apresentam ação
referenciada à energia de radiação, destacando-se a radiação UV, a radiação gama,
radiação solar e, em nível domiciliar, a fervura. LIVRO

A ação dos desinfetantes físicos e químicos sobre os microrganismos ocorre sob


três mecanismos: pela lise (ruptura) da parede celular, difusão do desinfetante
no interior dos microrganismos e por interferência na reprodução celular
(Stanier; Doudoroff; Adelberg, 1963 apud Montgomery, 1985). LIVRO

Nos sistemas públicos de abastecimento de água, é necessário identificar qual


processo de desinfecção deve ser adotado, buscando-se a consecução dos
seguintes objetivos (Reiff, 1993):
● máximo desempenho do sistema;
● menor custo global;
● atendimento ao padrão de potabilidade vigente e/ou às condições de
segurança sanitária visando a minimizar os riscos de transmissão de
doenças;
● minimização da formação de subprodutos com possíveis efeitos deletérios à
saúde humana;
● máxima eficiência do desinfetante, considerando-se a amplitude de variação
possível das características da água e do tempo de contato, este decorrente
das inevitáveis variações de vazão afluente à estação de tratamento. LIVRO

As características da água interferem na eficiência da desinfecção,


especialmente quando esta se efetua por meio de agentes químicos:

• a presença de matéria orgânica, frequentemente associada à cor verdadeira,


aderindo aos microrganismos e protegendo-os da ação do desinfetante ou reagindo
com este para formar subprodutos;

• a presença de compostos inorgânicos, como ferro e manganês, que reagem


com o desinfetante;

• a temperatura da água e o pH, especialmente quando do emprego dos


compostos de cloro como desinfetante. LIVRO

CURIOSIDADES
Antes do desenvolvimento da teoria dos microorganismos como causadores de
doenças (1880), acreditava-se que estas eram transmitidas através de odores. A
desinfecção, tanto da água de abastecimento como dos esgotos, surgiu como uma
tentativa da eliminação desses odores. Existem muitos agentes desinfetantes,
mas, em geral, o cloro é o principal produto utilizado na desinfecção de águas de
abastecimento.
Pesquisador moçambicano da UFRGS desenvolve nova técnica de
desinfecção de água com luz solar
Método limpa 1 litro de água em 90 segundos, enquanto técnica usual faz o mesmo
processo em 6h.

Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Unicef mostra que 2,2


bilhões de pessoas, ou um terço da população mundial, não têm acesso a água
potável. Essa preocupação motivou o pesquisador Beni Chaúque, da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A técnica desenvolvida por Chaúque consiste no tratamento da água com luz
solar em fluxo contínuo. O método utiliza garrafas PET transparentes colocadas sob
o sol. Na estrutura criada pelo moçambicano, com espelhos, o tempo cai para um
minuto e meio, ou seja, 240 vezes mais rápido.
Além do tempo, o benefício do projeto é o baixo custo,
Segundo Beni Chaúque, o custo do sistema depende da escala. No tamanho do
teste, tratando 360 litros de água por dia, a estrutura pode custar até R$ 1,8 mil,
com uma durabilidade mínima estimada de até seis anos de funcionamento.
"Estou aqui para ajudar mais pessoas que possam estar a enfrentar essa batalha,
que é a falta de acesso a água potável", diz o pesquisador.

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