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crônica Tânia Mara cara Fetranspor
Revista Ônibus 4
editorial José Carlos Reis Lavouras
O preço da qualidade e a
necessidade de sobrevivência
Nesta edição, Revista Ônibus circula com nova rio manter outros reajustes no mesmo patamar. É
aparência, com projeto gráfico mais arrojado e mo- fácil verificar-se que, a partir do combustível, pas-
derno, no interesse de agradar aos leitores, ofere- sando pelas carroçarias e peças de reposição, os
cendo uma leitura mais agradável, ilustrada com aumentos dos itens que compõem os custos de
maior número de fotos e gráficos. A inovação segue uma transportadora foram superiores à inflação.
a filosofia desta Federação, de busca constante pelo Outro conceito erroneamente disseminado é o de
aprimoramento. que, por prestar serviço público como concessioná-
Se esta é a atitude com relação ao veículo de rio, o empresário deve arcar com os ônus da
comunicação, mais ainda no que se refere aos ser- gratuidade. Alegam os defensores desta idéia que
viços prestados pelas empresas associadas ao Sis- "a empresa já tem grandes lucros". Qualquer au-
tema Fetranspor. Em seus 50 anos de existência, a toridade, técnico ou conhecedor dos assuntos liga-
Federação vem lutando pela melhoria contínua, in- dos ao transporte sabe que o setor, em âmbito na-
centivando seus sindicatos e empresas a empreen- cional, vive crise sem precedentes. A queda do nú-
derem ações voltadas para o mero de passageiros, a concorrência com o trans-
investimento em programas porte ilegal, os pesados tributos pagos aos três
Muitas afirmações são
de recursos humanos, de ges- níveis de governo e as gratuidades sem fonte de
repetidas, como verdades, a tão pela qualidade, de con- custeio vêm causando prejuízos de grande mon-
trole de emissão de ta e até inviabilizando muitas transportadoras.
cada reajuste tarifário dos poluentes, de aprimoramen- Por força de leis assistencialistas que oneram
to do atendimento ao cliente especificamente o transporte, criaram-se tais
serviços de ônibus. No e de prevenção de acidentes, argumentos. No entanto, se raciocinarmos sobre
as companhias que operam outros serviços pú-
entanto, não passam de mitos entre outros.
Apesar de todos esses blicos - como telefonia, fornecimento de água e
– inverdades aceitas como esforços, a imprensa carioca esgoto, energia elétrica - veremos que não exis-
tem dedicado, nos últimos te serviço gratuito para faixas de idade específi-
realidades à força da dias, grandes espaços ao cas, para portadores de doenças ou de deficiên-
questionamento quanto à cias físicas, ou, muito menos, para categorias pro-
repetição, por justiça ou não de reajustes fissionais, como costuma acontecer com o trans-
desconhecimento, de falsos tarifários autorizados, tanto porte em nossas cidades.
no sistema municipal da ci- Não interessa ao transportador uma tarifa que
conceitos dade do Rio de Janeiro, quan- leve o seu passageiro a optar por uma viagem a
to no intermunicipal. pé. Mas existe uma realidade: oferecer serviço
Muitas afirmações são diuturno, regular, constante, que requer investimen-
repetidas, como verdades, a cada reajuste tarifário tos, tem custos. E não há subsídios. Portanto, resta
dos serviços de ônibus. No entanto, não passam de ao empresariado do setor, vítima desta situação
mitos - inverdades aceitas como realidades à força nos últimos anos, como alternativa imediata úni-
da repetição, por desconhecimento, de falsos con- ca, a reposição dos prejuízos via reajuste tarifário.
ceitos. Um deles é o de que a tarifa teria de acom- Espera-se que, em futuro próximo, políticas públi-
panhar os índices da inflação registrada no período. cas de priorização do transporte coletivo corrijam
Para que isso fosse razoável e justo, seria necessá- todas as distorções.
5 Revista Ônibus
opinião Ana Lúcia Monteiro*
Gratuidades: dever do
Estado e da sociedade
Ao analisarmos o teor do Artigo 5º da Consti- cos e das contribuições sociais dos empregado-
tuição Federal, o qual estabelece que todos são res e trabalhadores, conforme determina o art.
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 195 da CF e não da forma que é exercida atual-
natureza, podemos extrair duas interpretações ló- mente no sistema de transporte público urbano
gicas: uma é que não pode existir uma norma que do país, onde a tarifa é custeada pelos usuários
viole o citado mandamento, seja sob qualquer ale- pagantes do sistema.
gação; duas é que o legislador ao elaborar uma Em um sistema que transporta diariamente
nova lei, deve reger com iguais disposições para mais de 50 milhões de passageiros, há uma parte
todos, com os mesmos ônus e as mesmas vanta- discriminada (usuários pagantes) e outra benefi-
gens, ou seja, em situações idênticas. ciada (possuidores de gratuidade) cada vez maior à
Como exceção ao art. 5º, a Constituição Federal proporção que cresce o número de legislações con-
prevê a possibilidade do transporte gratuito nos co- cedendo o benefício da gratuidade a um sem nú-
letivos urbanos aos maiores de 65 anos. É bom ano- mero de usuários, nem sempre carentes. O que de-
tar – maiores de 65 anos e coletivos urbanos. E é vemos ter em mente é que qualquer que seja o
bom atentar que essa disposição está vinculada a benefício que se queira dar, a sociedade como um
um comando: a do caput do art. 230 que estabelece todo tem que arcar com seu custeio.
que a família, a sociedade e o Estado têm o dever de O modelo atual de financiamento das gratuidades
amparar as pessoas idosas. tira recursos das pessoas de baixa renda para trans-
Assim, o amparo é dever não só do Estado, mas ferir para segmentos mais favorecidos da sociedade,
também da família e da sociedade. Do Estado, pes- que nada arcam com o custeio do sistema de trans-
O modelo atual de soa jurídica, que autoriza, concede ou permite, me- porte urbano. Modelo que não atende a legislação
diante um contrato, a linha de transporte e adminis- constitucional vigente e não possui definição de cri-
financiamento das tra os orçamentos públicos em nome da sociedade. térios lógicos e justos fazendo com que, cada dia
No Brasil é comum a prática de legislações con- mais, a população carente faça parte do universo dos
gratuidades tira cedendo descontos ou isenções completas sobre o “excluídos socialmente” promovendo, na realidade,
pagamento da tarifa de transporte coletivo urbano uma verdadeira injustiça social.
recursos das pessoas beneficiando determinadas categorias de usuários, Felizmente, já temos, atualmente, legislações e
sob a alegação de se realizar justiça social. Com decisões judiciais que respeitam a ordem jurídica
de baixa renda para esta prática, porém, a justiça social está longe de natural dos contratos, impondo gratuidades, porém
ser atingida, pois o Estado ao conceder a gratuidade também estabelecendo fonte de custeio. Como
transferir para a uma determinada categoria de usuários está pe- exemplo mais recente temos a Lei Estadual do Rio
segmentos mais nalizando, diretamente, os demais usuários pagantes de Janeiro nº 4.510/2005 e a Lei Municipal nº
do sistema. Quanto maior for o número de 6.810/2005 de Maringá-PR que custearão o passe
favorecidos da gratuidades no sistema, menor será o número de do estudante com recursos públicos. Já o TJMT de-
pagantes e, conseqüentemente, maior será a tarifa clarou inconstitucional leis municipais de Cuiabá
sociedade paga pelo trabalhador brasileiro. que concediam a gratuidade a vários segmentos
Entendemos que toda gratuidade tem natureza sociais, como policiais civis e militares em trajes
jurídica de medida assistencial, ou seja, é prestada civis, entendendo que a concessão de tratamento
a quem dela necessite, conforme determina o art. diferenciado a um grupo de pessoas em detrimen-
203 da CF. Desta forma, a gratuidade, configuran- to de outros grupos fere o princípio de direitos e
do-se como uma assistência social, deve ser garantias individuais.
custeada, necessariamente, por toda a sociedade
com recursos provenientes dos orçamentos públi- * Gerente Jurídica da NTU
Revista Ônibus 6
anúncio
7 Revista Ônibus
pesquisa deslocamentos
Revista Ônibus 8
As pessoas que utilizam trans- registram velocidade média de 37,1 mil carros metro-ferroviários). A
porte individual gastam R$ 66,2 bi- km/h, os automóveis de 30 km/h e infra-estrutura especial para pedes-
lhões anualmente em manutenção os ônibus de 20 a 23,8 km/h. Em tres e ciclistas foi considerada “ín-
e operação dos veículos. A poluição relação ao consumo, o deslocamen- fima”: apenas 0,2% do sistema
(R$ 4,4 bilhões) e os acidentes (R$ to com carro, ônibus, moto, metrô e viário total corresponde às vias ex-
4,3 bilhões) custam R$ 8,7 bilhões trem consumiu em 2003 cerca de clusivas para pedestres, e
ao País. Os veículos particulares fo- 9,7 milhões de Toneladas Equiva- as ciclovias ou ciclofaixas
ram responsáveis por 82,6% dos lentes de Petróleo. O consumo esti- correspondem a 0,15% do
Transporte coletivo é
custos do transporte urbano, sendo mado do transporte coletivo foi de sistema. Responsável por
17,4% a participação do transporte 2,669 bilhões de litros de diesel, um terço das viagens urba-
responsável por um
coletivo urbano. Os ônibus são res- enquanto o transporte individual nas, o transporte coletivo terço das viagens, mas
ponsáveis por 90% dos deslocamen- consumiu 9,112 bilhões de litros de tem tratamento prioritário
tos nos municípios com mais de 60 gasolina. em apenas 321 quilôme- só tem prioridade em
mil habitantes considerados na pes- Sobre a infra-estrutura, as áreas tros das cidades pes-
quisa. O metrô e os trens transpor- urbanas dos municípios pesquisados quisadas. 321km nas cidades
tam os 10% restantes da população têm aproximadamente 284 mil Responderam a pes-
que utiliza o transporte público. quilômetros de vias, a maioria pavi- quisa 150 dos 437 muni- pesquisadas
Entre os meios de transporte mentada, por onde circulam cerca cípios com mais de 60 mil
pesquisados, as motos são mais rá- de 19,1 milhões de veículos (13 habitantes. Entre as cidades com
pidas, com velocidade média de 40 milhões de automóveis, 2,5 milhões mais de 500 mil habitantes, o índi-
km/h, enquanto o metrô e os trens de motocicletas, 90 mil ônibus e 3 ce de respostas foi de 70%.
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planejamento de transporte
Revista Ônibus 10
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entrevista Willian de Aquino
EconomizAR:um projeto
que garante ar mais limpo
em nossas cidades
Ao completar 8 anos de existên- o armazenamento, fazem relatórios
Projeto EconomizAR: cia, o Projeto EconomizAR coleciona que ajudarão a economizar combus-
Alguns números (1° semestre de 2004) bons resultados, pelo Brasil afora. tível e a preservar a qualidade do ar.
Afinal, são 22 estados da Federação No fim, todos saem ganhando.
envolvidos com a missão de usar
combustível de maneira racional e
de controlar a emissão de poluentes.
Brasil dá exemplo de
O Projeto funciona através da
preocupação com meio
adesão de entidades representati-
ambiente
vas de transporte de passageiros e/
ou de carga. Uma vez tomada a de- Em tempos de aquecimento do
cisão de participar, essas entidades planeta, furos na camada de ozônio,
adquirem unidades móveis equipa- efeito estufa e outros sinais de
das com um pequeno laboratório de desequilíbrio ecológico, o Brasil vem
análise da qualidade do combustí- dando alguns bons exemplos, a come-
vel e com um opacímetro, aparelho çar pela utilização de combustíveis al-
capaz de avaliar o nível de emissão ternativos, como o álcool e o GNV, em
defumaça negra (partículas resul- carros de passeio. O biodiesel é outro
tantes da queima incompleta do exemplo. Ônibus híbridos vêm sendo
combustível) dos veículos. Técnicos testados em alguns estados do país e
visitam as empresas transportadoras a Universidade Federal do Rio de Ja-
(ou os pontos terminais,de acordo com neiro trabalha num protótipo de ôni-
a conveniência) fazem a avaliação, bus híbrido movido a hidrogênio. Só o
com o opacímetro, do nível de emis- Projeto EconomizAR vem “tirando”
são através do escapamento dos veí- do ar das cidades brasileiras milhares
culos, analisam o combustível, orien- de toneladas de CO (monóxido de car-
Fonte: Petrobras/Conpet tam quanto a medidas de preserva- bono), CO2 (gás carbônico) e SOx (óxi-
ção da qualidade do mesmo durante dos de enxofre), que deixam de ser
emitidos pelos veículos.
Os procedimentos são muito
simples e vão desde a forma de con-
duzir os veículos até a limpeza dos
tanques de armazenamento do die-
sel. As medições periódicas permi-
tem o controle e os acertos neces-
sários para se atingir a queima com-
pleta. Além da queda drástica no
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economia de combustível
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meio ambiente
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inovação tecnológica
17 Revista Ônibus
integração entre modais
Transantiago
vai mudar transporte público na
capital chilena
Nas últimas décadas, o sistema tes da cidade com o objetivo de quilômetros de vias não segregadas.
de transporte público de Santiago, saná-los e, ao mesmo tempo, me- Os investimentos na infra-estrutu-
no Chile, se deteriorou. Os resulta- lhorar a imagem da capital chilena ra chegarão a US$ 114 milhões. Três
dos dessa deterioração incluem junto à população e no cenário mun- tipos de ônibus integrarão a frota
congestionamentos, poluição am- dial. A principal meta do Transan- das empresas que formam os
biental, tempos de viagem cada vez tiago é aumentar a participação do 16 consórcios que substituem as
mais longos, uso crescente do auto- transporte público nos deslocamen- atuais 300 microempresas e irão
móvel, maior consumo de combus- tos da população (há cerca de dez operar o Transantiago. Os veículos
tível, enfim, queda na qualidade anos, 68% dos moradores utiliza- serão classificados de acordo com
de vida dos moradores. O Projeto vam ônibus ou metrô. Hoje este ín- o tamanho. Os do tipo A terão de 8
Transantiago surgiu em meio aos dice caiu para a metade). O plano, a 11 metros e pelo menos duas por-
constantes problemas de transpor- portanto, é fazer com que as pes- tas, uma simples e outra dupla; os
soas deixem seus carros em casa e do tipo B terão de 11 a 14 metros,
voltem a viajar de ônibus ou metrô. duas portas duplas e a dianteira com
Desta forma, o governo espera di- entrada baixa; e os do tipo C terão
minuir os congestionamentos e a mais de 14 metros e, no mínimo,
poluição atmosférica. três portas duplas, com duas entra-
O Transantiago deverá atender das baixas.
a uma demanda de 717 milhões de Cada uma das 16 novas em-
passageiros por ano. A implanta- presas terão entre 200 e 700 ôni-
ção terá início em agosto deste ano bus, com capacidade maior do que
e a conclusão está prevista para os do atual sistema. A idéia é que a
agosto de 2006. Serão 25 quilôme- frota seja diminuída aos poucos, pas-
tros de corredores segregados e 61 sando dos 7.537 ônibus inscritos
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para 4.657, incluídos os 1.213 veí- viços e de integração dos modos público nessas cidades e cuja prin-
culos novos. Este ano entrarão em de transporte, fazendo a cobrança cipal característica são ônibus de
operação 511 ônibus novos, sendo devida. maior capacidade operando em vias
300 articulados e 211 de 12 metros. Na licitação, uma das exigências segregadas.
Todos com piso baixo, suspensão foi que as tarifas médias sejam se- Nesse projeto do Chile, o Brasil
pneumática e motor Euro 3. Quan- melhantes às atuais, para evitar também tem espaço garantido. Fa-
do a implantação estiver concluída, manifestação contrária da popula- bricantes brasileiros de ônibus já
a nova frota terá 1.002 articulados ção. Outra novidade do Transantiago estão fornecendo veículos que inte-
e 211 ônibus de 12 metros e ainda é que os motoristas terão remune- grarão o Transantiago. A Volvo, por
vai incorporar 14 veículos de 8 ração fixa, independente do núme- exemplo, já vendeu 1.667 ônibus
metros. Doze eixos viários serão ro de pessoas transportadas. Isso vai com carroçarias da Marcopolo,
melhorados. Esses eixos corres- proporcionar menos acidentes de Busscar e Induscar/Caio. Desses,
pondem aos principais trechos das trânsito e maior segurança para os 1.157 são articulados, com 18,5
linhas troncais, que cruzarão a cida- passageiros, já que os motoristas metros de comprimento, quatro por-
de e cobrirão os maiores trajetos. O não precisarão correr de um ponto tas e motor Euro 3. Os outros são
metrô será o elo central do sistema ao outro para fazer mais viagens, modelos convencionais, que serão pro-
e integrar-se-á com os ônibus, faci- nem disputar clientes. O Projeto duzidos na fábrica de Boras, próximo
litando as conexões. Cada serviço Transantiago tem como base o à Gotemburgo, na Suécia, onde está
terá um custo diferenciado e as via- Ligeirinho, de Curitiba, e o sediada a indústria. A Marcopolo for-
gens locais serão as mais baratas. Transmilênio, adotado em Bogotá, necerá a maior parte das carroçarias,
O sistema de cobrança automáti- na Colômbia. Esses foram sistemas todas Gran Viale. São 1.110 unida-
co reconhecerá os valores dos ser- que mudaram a cara do transporte des, incluindo 496 articulados.
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série histórica Nilopolitana
Revista Ônibus 20
da encampação. Ao contrário, o que
se vê é uma empresa que prima
pelo bem-estar do colaborador, ofe-
recendo um ambiente saudável,
com refeitório, auditório, área para
jogos (como totó, sinuca, tênis de
mesa e cartas), bem como progra-
mas de incentivo, integração e mo-
tivação. Os motoristas, por exem-
plo, podem ganhar todo mês uma
cesta básica extra e ainda concor-
rer a um prêmio. “Tudo depende
de seu desempenho”, afirma o
gerente de Tráfego, Antônio Miguel.
São promovidas campanhas basea- freadas são realizadas de forma também com abono para o caso Limpeza e
das na pontuação do drive-master segura, o profissional que conse- de provocarem qualquer avaria nos organização:
e outra com base no consumo do guir pontuação acima de oito e não veículos que estiverem conduzin- a garagem
da empresa
óleo diesel. tiver falta ou atraso ganha uma do. Já na campanha de economia
prima pela
cesta de alimentos a mais no final de combustível, os motoristas com ordem
Pontuação x do mês. Quem alcança mais de menores índices de consumo par- e asseio
reconhecimento nove recebe a cesta e um presen- ticipam do sorteio de um eletro-
Na campanha do drive-master, te. E os que ficam com médias doméstico. Os que consomem mais
aparelho que indica se as curvas e maiores do que 9,2 são premiados são novamente orientados pelo
oportunidades iguais
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série histórica Nilopolitana
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transporte público
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rodoviário de talento
Revista Ônibus 24
produtos e serviços
A Castrol está lançando no mercado um que o motor faça menos esforço para atingir
A Volvo do Brasil entregou 15 novo lubrificante para motores diesel. Trata- sua potência máxima e, conseqüentemente,
ônibus articulados para o Sistema se do Castrol RX com adiTE, primeiro óleo utilize menos combustível. O Castrol RX com
Integrado de Transporte Tron- mineral desenvolvido para a efetiva re- adiTEC é um lubrificante mineral
calizado (SITT) de Juiz de Fora dução no consumo de combustível. De multiviscoso para motores a diesel, de
(MG). Os chassis Volvo foram acordo com a fabricante, a formulação viscosidade SAE 10W-40. Disponível em
encarroçados pela Marcopolo. O exclusiva do produto permite o fluxo mais postos de gasolina, truck centers, trocas
sistema integrado está sendo im- rápido do óleo durante condições seve- de óleo, lojas de peças, oficinas mecâni-
plantado para melhorar a fluidez ras de uso, justamente quando o motor é cas e outros pontos de venda, vem nas
do tráfego no centro da cidade, por mais exigido. Ao reduzir o atrito, permite versões 1 litro, 3 litros e 20 litros.
onde circulam hoje 102 ônibus.
Com a reestruturação, cerca de 60 A Volare, fabricante brasileira de miniônibus, comemorou em abril a produção de
veículos serão remanejados para 15 mil veículos. A família Volare, composta pelos quatro modelos V5, V6, V8 e W8,
outras áreas da cidade. Na linha teve, no final do ano passado, a completa reestilização dos seus miniônibus. O
troncal, os usuários serão atendi- programa de desenvolvimento dos novos veículos consumiu 12 meses e investi-
dos por 25 ônibus, 15 articulados mento de mais de US$ 2,5 milhões em pesquisas para definição do design e das
e 10 alongados, além de 15 co- novas estruturas do chassi e da carroceria. Além disso, a motorização recebeu
muns. O intervalo será de seis mi- especial atenção, para que atendesse à nova lei de emissões de poluentes vigente
nutos, mas no horário de pico os no país. Os novos veículos têm características inéditas no segmento, como comando
ônibus vão passar nos pontos de do câmbio no painel, motorização mecânica e eletrônica Euro III e maior capacida-
três em três minutos. Os articula- de para o transporte de passageiros. Os quatro modelos são produzidos em cinco
dos da Volvo foram adquiridos pela versões: Lotação, Urbano, Executivo, VIP e Escolarbus. A empresa espera vender
Viação São Francisco e vão fazer o 3.800 unidades neste ano.
trajeto entre o centro e os bairros
da Zona Norte, permitindo a inte-
gração na região com tarifa única
de R$1,20.
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terminal
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27 Revista Ônibus
W/Brasil
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Revista Ônibus 28
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