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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

DOUGLAS EDUARDO GOMES LIMA DA SILVA


LEANDRO OMENA GAMA MONTEIRO

ANÁLISE DE DOSAGEM PARA CONCRETO POROSO


USADO PARA PAVIMENTO PERMEÁVEL

MACEIÓ - AL
2017/2
DOUGLAS EDUARDO GOMES LIMA DA SILVA
LEANDRO OMENA GAMA MONTEIRO

ANÁLISE DE DOSAGEM PARA CONCRETO POROSO


USADO PARA PAVIMENTO PERMEÁVEL
Trabalho de conclusão de curso apresentado como
requisito final, para a conclusão do curso de
Engenharia Civil do Centro Universitário CESMAC,
sob orientação da Profª Msc. Danúbia Teixeira Silva.

MACEIÓ - AL
2017/2
DOUGLAS EDUARDO GOMES LIMA DA SILVA
LEANDRO OMENA GAMA MONTEIRO

ANÁLISE DE DOSAGEM PARA CONCRETO POROSO


USADO PARA PAVIMENTO PERMEÁVEL
Trabalho de conclusão de curso apresentado como
requisito final, para a conclusão do curso de
Engenharia Civil do Centro Universitário CESMAC,
sob orientação da Profª Msc. Danúbia Teixeira Silva.

APROVADO EM:

Orientadora - Profª. MSc. Danúbia Teixeira Silva

BANCA EXAMINADORA

Prof. MSc. Emerson Acácio Feitosa Santos

Prof. MSc. Fernando Silva de Carvalho


AGRADECIMENTOS

À Deus principalmente por ser nossa força, nosso abrigo e nossa esperança.
À professora Danubia Teixeira por todo incentivo, auxílio nas correções e no
laboratório para a finalização deste trabalho de conclusão de curso.
Especialmente ao nosso técnico e amigo Rogério Barbosa por auxiliar na
execução de todos os ensaios realizados em laboratório, confecção das placas e
corpos de prova.
Eu Leandro Omena, agradeço aos meus pais Lenira Omena e Rui Monteiro
por todo apoio, incentivo e esforço desde o período de colégio até o final da
graduação. À minha tia Lenita Gama Wanderley, que como engenheira sempre pode
passar seus conhecimentos e experiências.
Eu Douglas Eduardo, agradeço aos meus pais Norma Maria e José Denis
Lima por todo apoio, incentivo e esforço desde o período de Colégio Santa
Madalena Sofia até o final do período da minha graduação. Ao meu irmão e minha
irmã José Denis e Norma Bruna, que como engenheiros puderam sempre me passar
seus conhecimentos e experiências. Ao meu tio, Eduardo Gomes por todo suporte,
ajuda e cuidados durante toda a minha vida.
Aos nossos amigos de faculdade Aurélio Miguel, Denis Costa, Lucas Vieira,
Nayro Silva e Romário de Melo por todos esses cinco anos de esforço e apoio
mútuo.
A todos os professores da grade do CESMAC, que transmitindo seus
conhecimentos puderam contribuir de alguma maneira para a realização deste
estudo.
ANÁLISE DE DOSAGEM PARA CONCRETO POROSO USADO PARA
PAVIMENTO PERMEÁVEL
ANALYSIS OF DOSAGE FOR PERVIOUS CONCRETE USED FOR PERMEABLE
PAVEMENT

Douglas Eduardo Gomes Lima da Silva;


Graduando do curso de Engenharia Civil;
douglas_e13@hotmail.com;
Leandro Omena Gama Monteiro;
Graduando do curso de Engenharia Civil
leandroomena1@gmail.com;
Danúbia Teixeira Silva
Doutoranda em Geotecnia;
danubiatsilva@gmail.com;

RESUMO

Os problemas causados pela chuva nas grandes cidades brasileiras, devido às ações antrópicas na
ocupação e no uso do solo, interferem diretamente na quantidade e qualidade do escoamento
superficial. A impermeabilização das áreas urbanas causa elevados picos de vazão gerando
frequentes inundações. A utilização de pavimentos permeáveis nessas áreas urbanas podem reduzir
o escoamento superficial e aumentar a recarga das águas subterrâneas. Este trabalho tem como
objetivo analisar diferentes tipos de dosagens para concreto poroso visando a sua viabilidade de
aplicação em pavimentos como uma medida para reduzir o escoamento superficial nos grandes
centros urbanos. Foram realizados ensaios de resistência à compressão e permeabilidade nas três
dosagens utilizadas para concreto poroso (1:3, 1:4 e 1:5), sem a aplicação de agregado miúdo. Os
procedimentos foram realizados no Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas do Centro
Universitário CESMAC, Maceió - AL. Perante os resultados obtidos, foi possível analisar que quanto
maior o teor de cimento, menor será o número de vazios, maior será a resistência a compressão e
menor será a permeabilidade. Dessa forma, a aplicação do concreto poroso para a redução dos
impactos gerados pela chuva é uma alternativa de pavimento para locais urbanos em que não haverá
solicitação de resistência mecânica como: calçadas, estacionamentos e condomínios particulares.

PALAVRAS-CHAVE: Concreto Poroso. Escoamento Superficial. Resistência à


Compressão. Permeabilidade.

ABSTRACT

The problems caused by rainfall in large Brazilian cities, due to anthropic actions in land use and land
use, directly interfere with the quantity and quality of surface runoff. The waterproofing of the urban
areas causes high peaks of flow generating frequent floods. The use of permeable pavements in
these urban areas can reduce runoff and increase recharge of groundwater. This work aims to
analyze different types of dosages for porous concrete aiming at its feasibility of application in
pavements as a measure to reduce the surface runoff in large urban centers. Compressive strength
and permeability tests were performed in the three dosages used for porous concrete (1: 3, 1: 4 and 1:
5), without the use of small aggregates. The procedures were carried out at the Nucleus of Exact and
Technological Sciences of the Centro Universitário CESMAC, Maceió - AL. Considering the results
obtained, it was possible to analyze that the larger the number of cement, the smaller the number of
voids, the greater the resistance to compression and the lower the permeability. Thus, the application
of porous concrete to the reduction of the impacts generated by rainfall is an alternative of pavement
for urban sites where there will be no mechanical resistance solicitation such as: sidewalks, parking
lots and private condominiums.

KEYWORDS: Pervious Concrete. Surface Runoff. Compressive Strenght.


Permeability.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6
1.1 Objetivos.............................................................................................................. 7
1.1.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 7
1.1.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 7
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................... 8
2.1 Pavimento convencional .................................................................................... 8
2.2 Implicações da urbanização .............................................................................. 9
2.3 Pavimento permeável ....................................................................................... 11
2.3.1 Histórico do pavimento permeável .................................................................... 11
2.3.2 Características do pavimento permeável .......................................................... 11
2.3.3 Avaliação da eficiência da infiltração do pavimento permeável ........................ 13
2.3.4 Tipos de pavimento permeável ......................................................................... 15
2.3.5 Seção transversal do pavimento permeável ..................................................... 17
2.4 Concreto Poroso ............................................................................................... 18
2.4.1 Características do concreto permeável ............................................................. 20
3 METODOLOGIA CIENTÍFICA .............................................................................. 22
3.1 Quantidade de corpos-de-prova e dosagens ................................................. 22
3.2 Ensaios .............................................................................................................. 23
3.2.1 Ensaio de granulometria ................................................................................... 23
3.2.2 Resistência à compressão ................................................................................ 26
3.2.3 Permeabilidade ................................................................................................. 28
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................... 33
4.1 Ensaio de granulometria para brita 0 .............................................................. 33
4.2 Ensaio de resistência à compressão .............................................................. 35
4.3 Ensaio de permeabilidade ................................................................................ 36
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 37
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 38
APÊNDICE ................................................................................................................ 42
6

1 INTRODUÇÃO

O crescimento populacional nas grandes cidades do Brasil é notório. Uma


urbanização desordenada juntamente com uma falta de planejamento resulta em
uma elevação no número de locais com impermeabilização de solo. A interferência
humana no ciclo hidrológico pressionou os governantes a acelerarem o processo de
desenvolvimento dos grandes centros urbanos, o que ocasionou em uma falta de
preocupação com o meio ambiente, por conseguinte grandes cidades não possuem
áreas verdes para possibilitar a infiltração da água no solo e a recarga dos lençóis
freáticos. Nas capitais, devido à alta taxa de impermeabilização do solo e
consequentemente ao uso de sistemas de drenagem tradicionais, quando ocorrem
chuvas intensas é esperado ter alagamentos e enchentes em vários pontos da
cidade (PINTO, 2011).
Um dos objetivos da engenharia é a busca de soluções para diminuir os
volumes de escoamento superficial e garantir um acréscimo das infiltrações. Nesse
contexto, uma das soluções discutidas é o uso do pavimento permeável, no qual se
caracteriza como uma estrutura de infiltração que através de uma superfície
permeável absorve completo ou parte do escoamento (VIRGILLIS, 2009).
O pavimento permeável surge como uma solução alternativa para o problema
de drenagem de águas pluviais, principalmente em zonas de estacionamentos e em
áreas de baixo tráfego. O seu dimensionamento deve trazer comodidade, segurança
e uma resistência considerável para suportar cargas aceitáveis (CARVALHO, 2015).
Segundo Pinto (2011), existem diferentes tipos de revestimento considerados
permeáveis, sendo os mais conhecidos: os de bloco de concreto, revestimento
poroso ou concreto asfáltico poroso, ou ainda camada porosa de atrito (CPA).
A drenagem urbana é afetada pela impermeabilização do solo e pela falta de
espaço para implantar áreas verdes que melhoram a infiltração da água no solo.
Como consequência dessa drenagem urbana ineficiente, as galerias de águas
pluviais ficam entupidas de lixo devido ao seu descarte impróprio, a população
ribeirinha sofre com as enchentes e, sobretudo, eleva o número de casos de
doenças transmitidas através da água dos alagamentos nas cidades.
Caracterizado por ser uma estrutura possível de ser modificada, o pavimento
poroso busca dar uma finalidade a água que escoa. Através dos métodos de
7

dosagem existentes para pavimento drenante, pode-se obter uma reutilização da


agua da chuva, garantindo assim uma maior preservação do meio ambiente.

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo geral

Analisar diferentes tipos de dosagem para concreto poroso com o objetivo de


verificar a resistência a compressão e a permeabilidade.

1.1.2 Objetivos específicos

 Realizar uma revisão bibliográfica, com ênfase em artigos, livros e revistas.


 Definir tipos de dosagem para concreto poroso.
 Confeccionar corpos de prova com as dosagens específicas e analisar suas
resistências nas dosagens para concreto poroso.
 Confeccionar placas de concreto permeável para avaliar a permeabilidade do
revestimento.
8

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Pavimento convencional

A busca por uma infraestrutura rodoviária e urbana de qualidade é um desafio


de muitas cidades do Brasil. A necessidade de possuir uma boa estrutura rodoviária
para facilitar a locomoção de pessoas é de grande importância para garantir a
preservação dos veículos, bem com as vidas dos passageiros. Um dos caminhos a
ser trilhado é o estudo dos pavimentos rodoviários existentes e suas funcionalidades
assegurando uma execução adequada do tipo de pavimento.
Pode-se definir pavimento rodoviário como uma estrutura composta por um
sistema de camadas de espessuras finitas, executado sobre um terreno de
fundação, capaz de resistir aos esforços verticais oriundos do tráfego e distribuí-los,
resistir aos esforços horizontais (desgaste) e melhorar as condições de rolamento
quanto ao conforto e segurança (SENÇO, 2010).
De acordo com o tipo de sistema de camadas que possui e a forma como é
distribuída a carga ao longo da estrutura, o pavimento pode ser classificado, de
modo geral, em dois tipos: pavimento flexível e pavimento rígido.
O pavimento flexível possui um número maior de camadas em relação ao
pavimento rígido. Subleito, regularização do subleito, reforço do subleito, sub-base,
base e revestimento, essas são as camadas que compõe uma estrutura flexível.
Uma vez que a estrutura do pavimento “flete” devido às cargas do tráfego suas
diversas camadas de materiais podem acomodar esta flexão da estrutura. Outra
característica desse tipo de pavimento é o revestimento betuminoso, o qual não
possui uma função estrutural, mas sim uma capacidade de melhorar o rolamento
quanto à comodidade e segurança aos usuários.
O pavimento rígido por sua vez, composto por subleito, sub-base e
revestimento, sofre uma pequena deformação, visto que sua camada de
revestimento é constituída, principalmente, de placa de concreto, podendo ser
armada ou não, a qual é responsável por resistir às cargas impostas pelo tráfego.
Durabilidade e resistências são os principais trunfos do pavimento rígido. Tendo sua
utilidade para vias de tráfego pesado e intenso.
9

Figura 1 – Distribuição de cargas no pavimento rígido e flexível.


Fonte: TIPOS, sd

Uma das características dos pavimentos convencionais é a impermeabilidade


de seu revestimento associada a um sistema de drenagem eficaz. A ineficiência
desses sistemas de drenagem acarreta em sérios problemas para os usuários,
como: aquaplanagem, acidentes, enchentes, etc.
O crescimento das técnicas implantadas na construção possibilita o
desenvolvimento de novos sistemas construtivos. Um deles é a utilização do
pavimento permeável que possui o objetivo de reduzir o escoamento superficial e
diminuir as enchentes.

2.2 Implicações da urbanização

As inundações cresceram em magnitude e frequência devido o efeito da


impermeabilização dos solos, decorrentes da evolução das malhas viárias nos
grandes centros urbanos que cresciam desenfreadamente e a implantação de redes
de condutos pluviais (TUCCI, 2005).
Sendo o principal fator para o desencadeamento dessas enchentes a
impermeabilização que vem gerando altos picos de vazão graças ao aumento do
escoamento superficial e a diminuição da infiltração (JUSTINO; PAULA; PAIVA,
2011). Segundo Leopold (1968) as vazões de cheia podem ser até seis vezes
maiores com o aumento da urbanização e das áreas com condutos a partir da
análise do coeficiente R, que é a razão entre a vazão depois da urbanização e antes
da urbanização.
10

A Figura 2 apresenta o gráfico de R em função da área e urbanizada e da


porcentagem das áreas com condutos e a Figura 3 mostram um exemplo de
hidrograma antes e depois da urbanização.

Figura 2 - Efeito da urbanização sobre a vazão média de enchente.


Fonte: LEOPOLD, 1968

Figura 3 – Efeitos da urbanização sobre o hidrograma de uma bacia


Fonte: VIRGILLIS, 2009 apud CORDEIRO NETO, (1994).

O pavimento convencional é projetado visando a maior impermeabilidade


possível para evitar a diminuição da resistência as cargas, gerar proteção contra
umidade e prevenir a rápida degradação dos revestimentos (SUZUKI; AZEVEDO;
KABBACH JÚNIOR, 2013), logo a pavimentação estaria diretamente ligada aos
11

eventos de inundação que causam a população diversos prejuízos não só materiais,


como a desvalorização de imóveis, mas também pode gerar risco de contaminações
expondo a população a várias doenças ou até ocasionar na perda de vidas humanas
principalmente por afogamento (SILVA et al, 2011).
Nos Estados Unidos em 1936 foi aprovada uma legislação federal, sobre
controle de enchentes que caracteriza a implantação das medidas físicas ou
estruturais como um meio de reduzir os danos provindos das enchentes, em 1966 foi
mudado o foco para o programa de seguro de enchentes. No Brasil existem apenas
ações isoladas feitas por algumas cidades que sofrem com as inundações como
Estrela e Rio Grande do Sul, ou seja o atendimento as enchentes são realizados
apenas após as ocorrências das enchentes (REBOUÇAS; BRAGA; TUNDISI, 2008)

2.3 Pavimento permeável

2.3.1 Histórico do pavimento permeável

A ideia do pavimento poroso ou permeável surge, como uma das alternativas


para devolver ao solo esta capacidade de infiltração, melhorar a drenagem da pista
para evitar o acúmulo de poças d’água e reduzir os ruídos que em comparação aos
convencionais diminui bastante a poluição sonora (SUZUKI, AZEVEDO; KABBACH
JÚNIOR, 2013).

A primeira utilização do pavimento permeável ocorreu na França entre os


anos de 1945 e 1950, porém sem êxito, já que o ligante asfáltico apresentava
excesso de vazios, que dificultava sua trabalhabilidade, não sustentando as ligações
da estrutura (SUZUKI, AZEVEDO, KABBACH JÚNIOR, 2013). No ano de 1970
voltou o interesse no conceito do pavimento poroso em países como França, Japão,
Suécia e principalmente nos Estados Unidos, onde foi desenvolvido no Franklin
Institute na Filadélfia, PA (TOMAZ, 2009).

2.3.2 Características do pavimento permeável

Segundo a NBR 16416:2015 o pavimento poroso é aquele que possui


grandes índices de porosidade e permeabilidade e que ao mesmo tempo diminua o
12

escoamento superficial da água, atenda as condições de rolamento e resista as


cargas atuantes sem causar danos a estrutura.

Por apresentar um grande número de vazios fica evidente que este tipo de
pavimento não consegue alcançar uma resistência tão alta quanto os pavimentos
convencionais e por isso são utilizados geralmente para tráfegos leves (TENNIS;
LEMMING; AKERS, 2004). Segundo Tomaz (2009) as principais aplicações do
pavimento permeável são em:
 Estacionamentos (principal aplicação)
 Áreas industriais
 Galpões
 Pátios
 Ruas com tráfego leve
 Condomínios e conjuntos habitacionais
 Praças
 Calçadas

A questão da resistência é uma das principais desvantagens do pavimento


poroso, porém o pavimento drenate apresenta uma grande quantidade de vantagens
e desvantagens. Guedes (2015) reuniu algumas delas.
Vantagens:
 Reduz significamente o volume e a taxa de escoamento superficial
 Pode ser aplicada em áreas urbanizadas
 Permite a recarga do lençol freático
 Promove a filtragem dos poluentes advindos do escoamento superficial
 Diminui o ruído

Desvantagens:
 É impróprio para áreas com grandes cargas de sedimento devido a atuação
da colmatação
 Pode acarretar contaminação do lençol freático
 São necessárias manutenções em curtos períodos de tempo
13

Ao longo de tempo os veículos que trafegam o pavimento permeável vão


conduzindo o material sólido, como terra e folhas, e que juntamente com as
partículas cerradas pelo vento acabam por obstruir os poros da superfície do
pavimento (CASTRO, 2011). Esse fenômeno conhecido como colmatação pode
tornar a infiltração das águas da chuva nulas e assim perder a principal
característica do pavimento permeável (VIRGILLIS, 2009).
Por este motivo se torna tão necessário uma manutenção periódica a ser
realizada no pavimento permeável, para qualquer tipo de revestimento.
Quanto maiores forem as partículas ou a granulometria do material, menor
será a probabilidade de colmatação (ACIOLI, 2005), a Figura 4 demonstra esse
processo na superfície do pavimento.

Figura 4 – Pavimento permeável com superfície colmatada


Fonte: CASTRO, 2011

2.3.3 Avaliação da eficiência da infiltração do pavimento permeável

Araujo, Tucci e Goldefum (2000) realizaram simulações de chuva para


comparar o desempenho do escoamento superficial em revestimentos para
pavimentos permeáveis e pavimentos tradicionais, essas simulações duração de 10
min, período de retorno de 5 anos e intensidade de 111,9 mm/h. As superfícies
estudadas foram as seguintes:
 Solo compactado.
 Concreto convencional para pavimentos impermeáveis.
 Pedras regulares de granito com juntas de areia (paralelepípedos) e pedras
de concreto, que foram classificados como pavimentos semipermeáveis.
14

 Blocos de concreto com orifícios verticais e concreto poroso com traço 1:6 de
cimento e brita, classificados como pavimentos permeáveis.
A Figura 5 ilustra os revestimentos utilizados e o Quadro 1 os resultados
obtidos do coeficiente de escoamento que é obtido pela razão entre a chuva total e o
escoamento total.

Figura 5 – Revestimentos para pavimentos permeáveis simulados.


Fonte: ARAUJO; TUCCI; GOLDEFUM, 2000.

Quadro 1 - Resultados obtidos nas superfícies simuladas

Fonte: ARAUJO; TUCCI; GOLDEFUM (2000).

Com os resultados obtidos pode-se comprovar a contribuição de pavimentos


convencionais para as inundações nas cidades, pois foram obtidos altos valores de
coeficiente de escoamento, ao contrário do pavimento permeável em que
praticamente não ocorreu escoamento superficial, como concluiu Araujo, Tucci e
Goldefum (2000).
Lamb (2014) encontrou resultados para os parâmetros de permeabilidade do
concreto poroso entre 0,84 cm/s e 1,52 cm/s para o traço 1:4, utilizando o método
15

descrito pela norma ASTM C1701\C1701M (2009), similar ao método utilizado pela
NBR 16416 (2015).
Tennis, Leming e Akers (2004) encontraram valores de condutividade
hidráulica ou coeficiente de permeabilidade entre 0,21 cm/s a 0,54 cm/s para o
concreto permeável.

2.3.4 Tipos de pavimento permeável

O pavimento permeável segundo Urbonas e Stahre (1993) é classificado em


três, de acordo com a tipologia do seu revestimento: o concreto poroso, o asfalto
poroso e os blocos de concreto, porém surgiram novas técnicas como o exemplo
das geocélulas que são muito utilizados na Europa e Estados Unidos.

 Revestimento de asfalto poroso


Conhecida como camada porosa de asfalto (ou atrito), para o revestimento
asfáltico é retirado a fração de areia fina da mistura dos agregados do pavimento.
Essa mistura asfáltica geralmente possui 18% a 25% de vazios, facilitando a rápida
percolação da água (BERNUCCI et al, 2008), como demonstrado na Figura 6.

Figura 6 – Permeabilidade do camada porosa de atrito


Fonte: GONÇALVES; OLIVEIRA, 2014.

 Concreto Poroso
O concreto poroso também conhecido como concreto permeável é composto
por cimento, agregado graúdo e pouco ou nenhum agregado miúdo (FERGUNSON,
16

2005). Apresentando geralmente menor resistência que o concreto convencional por


apresentar maior número de vazios para permitir a infiltração.

 Blocos de concreto vazados


Os blocos de concreto vazado são assentados sobre material granular, como
areia, e preenchidos agregados ou gramináceos. Não são relativamente econômicos
já que poucas empresas produzem este revestimento, porém são duráveis e
possuem considerável vida útil (VIRGILLIS, 2009). A Figura 7 mostra um exemplo de
bloco de concreto vazado.

Figura 7 – Bloco de concreto vazado.


Fonte: VIRGILLIS, 2009

 Pavimento de blocos de concreto e paralelepípedos


Os blocos intertravados de concreto geralmente são assentados sobre uma
camada de areia, ou seja sua permeabilidade depende da atuação do concreto e da
granulometria deste material de assentamento (granulometrias abertas favorecem a
infiltração) (MADRID, 2010). A Figura 8 mostra os blocos de concreto intertravados
assentados sobre areia.
17

Figura 8 – Bloco intertravado de concreto


Fonte: VIRGILLIS, 2009

Possuem boa resistência e durabilidade permitindo uma boa vida útil, e


consequentemente um bom custo benefício. Segundo Virgillis (2009), os blocos
intertravados podem suportar tráfego pesado, porém apresenta preço mais elevado
se comparado a outros revestimentos para pavimento, perdendo assim o custo
benefício.

 Geocélulas
As geocélulas plásticas são formadas por tiras de polietileno de alta
densidade (PEAD), e podem ser preenchidas com areia brita, concreto ou solo,
permitindo um controle térmico quando preenchidos com material poroso que
permite a infiltração assim como um apelo ecológico quando preenchido com grama
vegetal (VIRGILLIS, 2009)

2.3.5 Seção transversal do pavimento permeável

O pavimento permeável pode apresentar cinco tipos de camadas de acordo


com Tomaz (SILVEIRA, 2003) como mostra a Figura 9.
18

Figura 9 – Seção transversal típica dos pavimentos permeáveis


Fonte: URBONAS; STAHRE, 1993

 Concreto ou asfalto poroso – Apresenta espessura de 65mm a 100mm


apresentando em torno de de 16% de vazios para garantir a infiltração da água,
diferentemente dos pavimentos convencionais que apresentam entre 3% e 5%
 Filtro Granular – Espessura de 25mm a 50mm com material drenante, cuja
função principal é regularizar e estabilizar a camada de asfalto ou concreto
(TOMAZ, 2009; SILVEIRA, 2003)
 Base de pedra – Composta por agregado graúdo com dimensão uniforme de
diâmetros, de 40mm a 75mm (pedra britada nº3 e nº4). Geralmente adota-se altura
mínima igual a 0,25m (TOMAZ, 2009; SILVEIRA, 2003)
 Geotêxtil – Trata-se de uma manta não tecida de filamentos de popipropileno
que possibilita a livre passagem de águas de infiltração para o meio drenante ou
camada adjacente (VIRGILLIS, 2009)
 Solo nativo

2.4 Concreto Poroso

Segundo a NBR 16416:2015 o concreto permeável ou concreto poroso é


aquele com um número suficiente de vazios para permitir a infiltração e percolação
da água por gravidade. A Figura 10 demonstra a principal característica desse
concreto.
19

Figura 10 – Demonstração da utilidade do concreto poroso.


Fonte: GONÇALVES; OLIVEIRA, 2014.

Esta permeabilidade está diretamente ligada aos índices de vazio, que podem
variar entre 0,15 e 0,25 e o fluxo de água que gira em torno de 200 l/m²/min
(TENNIS; LEMING; AKERS, 2004).
O concreto poroso é feito com o mesmo material do concreto tradicional, a
diferença está na quantidade de agregado miúdo que geralmente é reduzido ou na
grande maioria das vezes nulo, como explica Batezini (2013). O Quadro 2
demonstra a composição do traço do concreto permeável.

Quadro 2 – Composição do traço do concreto permeável

Fonte: BATEZINI, 2013

A dosagem do concreto poroso varia muito com sua finalidade, sendo


necessário sempre fazer experimentos e estudos em laboratório para que se
consiga obter um produto de qualidade. Existem dois fatores primordiais para a
produção de concreto poroso, que é a sua relação água/cimento e a sua
compactação. A importância da relação água/cimento na mistura do concreto poroso
20

está ligada a quantidade de água necessária para poder envolver os agregados


graúdos com a pasta de cimento, buscando garantir os melhores parâmetros de
permeabilidade e resistência à compressão. Já a compactação tem a sua
importância vinculada a garantir uma melhor aderência dos agregados graúdos a
pasta de cimento da mistura, respeitando o fator de permeabilidade estabelecido em
projeto.
Geralmente se utilizam aditivos retardadores de pega para o concreto
permeável, já que a sua pega ocorre de maneira muito rápida. Outro aditivo muito
utilizado é o redutor de água para adequar a razão água/cimento.

2.4.1 Características do concreto permeável

Segundo Batezini (2013) as principais características do concreto são:

 Permeabilidade
A permeabilidade está relacionada a característica mais importante do
concreto permeável, e corresponde a taxa de infiltração da água em sua estrutura.
Geralmente os estudos são realizados com permêametro de carga variável para
indicar a permeabilidade do concreto poroso (BATEZINI, 2013), ou os métodos
utilizados pela NBR 16416 (2015).
 Redução de ruído
A redução do ruído no pavimento permeável está diretamente ligado a sua
estrutura aberta, que promove uma diferença no tempo de chegada e de reflexão
das ondas sonoras provenientes do tráfego de veículo, o revestimento acaba
absorvendo parte do ruído a partir deste fenômeno.
 Resistência à compressão, tração na compressão e módulo de elasticidade
Segundo Tennis, Lemming e Akers (2004) o concreto poroso pode chegar a
resistências de 3,5 Mpa á flexão e superiores á 20,5 Mpa a compressão, que não é
indicado para altas cargas transmitidas pelo tráfego como o concreto convencional,
porém é bastante indicado para tráfegos leves.
 Textura
Por apresentar uma pequena ou nula quantidade de agregados miúdos em
sua dosagem, o concreto poroso apresenta uma textura bastante rugosa,
aumentando seu coeficiente de atrito, diminuindo os riscos de aquaplanagem.
 Massa específica
21

A massa específica do concreto permeável no estado fresco varia em função


da dosagem adotada, de acordo com Tennis, Lemming e Akers (2004) podem variar
entre 1300 e 2000 kg/m³.
 Índice de Vazios
O índice de vazios é uma grande adimensional determinada pela razão entre
o volume de vazios pelo volume ocupado pelas partículas sólidas.
 Fadiga
A espessura do revestimento está diretamente ligado as tensões que atuam
nelas, esses esfoços se aplicados de maneira reiterada podem causar trincamento
da placa.
22

3 METODOLOGIA CIENTÍFICA

Este trabalho consiste em realizar estudos a cerca do comportamento do


concreto permeável diante dos ensaios de resistência a compressão e
permeabilidade, utilizando-se diferentes tipos de dosagens. Todos os ensaios e
dosagens foram realizados no Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas do Centro
Universitário CESMAC, que viabilizou as instalações para a realização deste
trabalho. Para a determinação da quantidade de corpo de prova que será
confeccionado, bem como as suas dosagens, foram levados em conta dissertações,
teses, monografias e livros nos quais abordam o assunto vigente.

3.1 Quantidade de corpos-de-prova e dosagens

Inicialmente foi feito um levantamento bibliográfico para definir a quantidade


de corpo de prova e as dosagens dos corpos de prova de concreto. Foram adotadas
três composições 1:5, 1:4 e 1:3 (cimento: agregado graúdo) para a realização do
concreto poroso, sabendo que sua granulometria é preferencialmente agregado
graúdo com ausência parcial ou total de finos. Na relação água/cimento foi adotada
o valor de 0,3 tendo como base a revisão bibliográfica feita.
A relação água cimento tem poucos efeitos nas propriedades do concreto
poroso (HUANG; XU; BERDETTE, 2009), suas característica dependem
principalmente da quantidade, tipo de cimento e da granulometria do agregado
graúdo. Utiliza-se como critério para determinar esse valor encontrar a quantidade
de água em que a pasta adquire brilho metálico, pois neste estado o cimento
envolve completamente o agregado graúdo proporcionando uma melhor interação
entre eles . Para o concreto poroso essa relação está entre 0,24 e 0,45 (AZAÑEDO;
HELARD; MUÑOZ, 2007). Lian e Zhuge (2010) estudaram o comportamento das
propriedades do concreto permeável com valores entre 0,30 e 0,38 para a relação
de água cimento e constatou que para valores superiores a 0,34 se encontravam
melhores parâmetros para permeabilidade que resistência à compressão. Os
melhores resultados obtidos foram a 0,32 e não é recomendada a utilização de
valores menores que 0,30 para a relação água cimento.
Para a brita, foram utilizados tamanhos variando entre 4,75 mm e 9,5 mm.
Segundo Monteiro (2010) o uso desta granulometria acarretaria em melhores
23

resultados de resistência à compressão por possuir menor área de contato interno


entre o agregado e a pasta de cimento.
Vale ressaltar, que não foi utilizado nenhum tipo de adição mineral, química
ou uso de fibras para a dosagem dos corpos de prova.
Foram moldados três corpos de prova cilíndricos, com 10 cm de diâmetro e
20 cm de altura, de acordo com a NBR 5738 (2015), para cada tipo de dosagem
(total de 9 corpos de prova). O desmolde dos corpos de prova foram feitos 24h após
serem confeccionados e o ensaio de resistência à compressão foi realizado com
idade de 28 dias de acordo com a NBR 5739 (2007). O Quadro 3 apresenta os
traços estudados e o número de corpos-de-prova moldados

Quadro 3 – Dosagens adotadas na pesquisa.


Traços Cimento Brita 0 Água/Cimento Nº de corpos de prova
1 1 3 0,3 3
2 1 4 0,3 3
3 1 5 0,3 3
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

Foram confeccionadas também uma placa de concreto poroso para cada


traço indicado no Quadro 3 (total de 3 placas), a fim de verificar a permeabilidade e
infiltração de água do concreto.

3.2 Ensaios

Os ensaios realizados para verificar o desempenho das dosagens estudadas


no trabalho foram:

3.2.1 Ensaio de granulometria

Para a determinação da composição granulométrica do agregado utilizado


para o concreto foi feito o ensaio de granulometria através da NBR NM 248 (2003),
utilizando a seguinte aparelhagem:
 Balança de precisão
 Peneiras (de série normal e intermediária)
 Agitador mecânico de peneiras
 Duas amostras de brita 0 com 2 kilogramas, segundo a NBR NM 248 (2003)
24

Na realização do ensaio deve-se encaixar as peneiras, previamente limpas,


de modo a formar um único conjunto de peneiras com abertura da malha em ordem
decrescente da base para o topo. O Quadro 4 lista as peneiras utilizadas para a
realização do ensaio e a Figura 11 ilustra o conjunto de peneiras no agitador
mecânico.

Quadro 4 – Peneiras utilizadas no ensaio de granulometria


Diâmetro (mm) Nº da peneira

12,50 1/2"

9,50 3/8"

6,30 1/4"

4,75 4"

2,36 8"

1,18 16"

0,60 30"

Fundo -

Fonte: Dados da pesquisa, 2017

Figura 11 – Peneiras utilizadas no agitador mecânico.


Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
25

Após esse processo, foi colocada a primeira amostra de brita 0 sobre a


peneira superior do conjunto, tomando precaução para evitar o acúmulo de material
sobre uma das peneiras. Posteriormente foi feito a agitação mecânica do conjunto
por um tempo que permita a separação e classificação prévia dos diferentes
tamanhos de grãos da amostra. É coletado o material retido em cada peneira para
pesagem em balança.
O somatório de massa retida não deve diferir de 0,3% da amostra utilizada no
início do processo.
O processo é repetido para a segunda amostra de brita 0 e os valores de
percentual em massa retida das peneiras em ambas as amostras não devem diferir
de valores maiores que 4%. A Figura 12 apresenta as massas retidas nas peneiras.

Figura 12 – Massas retidas nas peneiras.


Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

Como resultados devem ser apresentados:


 A porcentagem média retida em cada peneira
 A porcentagem média retida acumulada em cada peneira
 A dimensão máxima característica e o módulo de finura
 A curva granulométrica (diâmetro da peneira em mm x porcentagem que
passa)
26

 A dimensão máxima característica – Refere-se a abertura da malha da


peneira em mm no qual a porcentagem da sua massa retida acumulada é
menor que 5%.
 Módulo de finura – Somatório das porcentagens das massas retidas
acumuladas, exclusivamente nas peneiras de série normal dividido por 100.

3.2.2 Resistência à compressão

Para a execução do ensaio de resistência a compressão simples foram


utilizados os nove corpos de prova de 100x200 mm com dosagens em massa de
1:3, 1:4 e 1:5 com fator água/cimento de 0,3 (LIAN; ZHUGE, 2010).
Também foi necessário o peneiramento da brita 0 para a separação de suas
frações utilizadas no trabalho, sendo essas, os tamanhos do agregado variando
entre 4,75mm e 9,5mm. O cimento empregado para o estudo foi o CP II Z 32
produzido pela Elizabeth Cimentos, finalizando assim a seleção de materiais para a
produção do concreto poroso.
Para a mistura do agregado graúdo, aglomerante e da água, realizada com o
auxílio da betoneira, Batezini (2013) indicou uma sequencia lógica dividida em seis
etapas que obtiveram melhores parâmetros de resistência e permeabilidade:
 Adicionar todo o agregado na betoneira com mais 5% da massa total do
cimento
 Misturar por 1 minuto
 Adicionar o restante dos materiais
 Misturar por 3 minutos
 Deixar a mistura em repouso por 3 minutos
 Misturar por mais 2 minutos
O processo de adensamento dos corpos de prova foi manual, com a utilização
de haste de adensamento com a aplicação de 12 golpes em cada uma das duas
camadas como sugere a NBR 5738 (2015) que normatiza este procedimento. A
Figura 12 mostra os corpos de prova cilíndricos já confeccionados.
27

Figura 13 – Corpos de prova cilíndricos.


Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

Após 24 horas os nove corpos de prova foram desmoldados e colocados em


cura por 28 dias como mostra a Figura 14.

Figura 14 – Corpos-de-prova em cura.


Fonte: Dados da pesquisa, 2017

Para a obtenção dos resultados os corpos de prova foram submetidos a uma


força de compressão na prensa hidráulica até a sua ruptura, em que será obtido o
valor da sua resistência indicado pela máquina em Megapascal (MPa). Nesta ruptura
a resistência é calculada a partir da fórmula mostrada na Equação 1.
28

𝑓𝑐 = (Equação 1)

Onde,
fc = resistência à compressão em Mpa
F = Força máxima em N
Acp = Área do corpo de prova utilizado no ensaio

O ensaio foi realizado em laboratório seguindo as recomendações da NBR


5739 (2007). A Figura 15 ilustra o rompimento dos corpos de prova.

Figura 15 – Rompimento dos corpos-de-prova.


Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

3.2.3 Permeabilidade

Este ensaio consiste num dos mais importantes, pois um pavimento com boa
capacidade de infiltração gera uma melhor segurança aos usuários de veículos,
reduzindo o fenômeno de aquaplanagem.
Para este ensaio foram moldadas placas de concreto poroso para as
dosagens adotadas para que se avalie o desempenho do revestimento seguindo as
indicações da NBR 16416 (2015). Este ensaio pode ser realizado juntamente com as
outras camadas do pavimento ou apenas a de revestimento.
Itens que foram utilizados para a execução deste ensaio:
29

 Formas para a moldagem das placas de concreto permeável com dimensões


de 75x75x8 cm. Esta análise deve ser feita em um pavimento com no mínimo
0,5 m² de área. A Figura 16 apresenta a placa de concreto poroso para o
traço 1:3.

Figura 16 – Placa de concreto poroso com traço 1:3.


Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

 Anel de infiltração com 290 mm de diâmetro, 100 mm de altura e duas


marcações em 10 mm e 15 mm de altura neste anel. A NBR 16416 (2015)
indica a utilização deste cilindro vazado com 300±10 mm e altura mínima de
50 mm. A Figura 17 ilustra o anel utilizado para a realização do ensaio junto
com o revestimento.
30

Figura 17 – Anel de infiltração utilizado no ensaio de permeabilidade.


Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

 Balança de precisão.
 Massa para calafetar para vedar as laterais do anel de infiltração e não
permitir vazamentos da massa de água.
 Cronômetro com resolução de 0,1 segundos.

O ensaio de permeabilidade foi executado de acordo com as seguintes


etapas:
 Inicialmente foi retirado qualquer tipo de material ou sedimento que possa
dificultar a infiltração da água na placa.
 Realizou-se a pré-molhagem da camada de revestimento com 3,6 kg de água
para determinar a massa necessária a ser utilizada no ensaio. É despejada
água no anel de infiltração vedado com massa para calafetar, com vazão
suficiente que o nível da água fique entre as marcações de 10 mm e 15 mm.
É marcado o intervalo de tempo a partir do momento que a água atinge a
camada de revestimento, e o cronômetro é parado assim que não houver
mais água na superfície livre do pavimento.
 O procedimento foi repetido utilizando 18 kg ou 3,6 kg de água seguindo o
Quadro 5, e a Figura 18 demonstra a execução do ensaio.
31

Quadro 5 – Determinação da massa de água para o ensaio.


Tempo de pré-molhagem Massa de água para o ensaio
(s) (kg)

≤ 30 18 ± 0,05
> 30 3,6 ± 0,05
Fonte: NBR 16416, 2015.

Figura 18 – Execução do ensaio de permeabilidade.


Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

 O ensaio foi repetido em três pontos conforme as especificações da NBR


16416 (2015) por apresentar área menor que 2500 m².
 O coeficiente de permeabilidade deve ser maior que 0,001 m/s, pelos
parâmetros da NBR 16416 (2015).

O cálculo do coeficiente de permeabilidade em mm/h e m/s é a partir da


Equação 2.

𝐶. 𝑚 (Equação 2)
𝑘=
𝑑 .𝑡

Onde,
k = coeficiente de permeabilidade (mm/h).
m = massa de água infiltrada (kg).
D = diâmetro interno do cilindro (mm).
T = tempo necessário para realização do ensaio (s)
32

C = fator de conversão de unidades do Sistema Internacional de unidades,


seu valor é igual a 4583666000.

Após a execução dos procedimentos em laboratório foi feita uma análise e


discussão dos resultados obtidos, indicando sua utilização ou emprego do
revestimento.
33

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Ensaio de granulometria para brita 0

Os resultados obtidos para as duas amostras de brita 0 utilizada no estudo


estão dispostos no Quadro 5 e no Quadro 6.

Quadro 6 – Resultados para o ensaio de granulometria (Amostra 1).


Massa
Diâmetro Nº da Massa Retida acumulada Massa que Percentual que
(mm) peneira (g) (g) passa (g) passa (%)
12,50 1/2" 0,00 0,00 2005,20 100,00
9,50 3/8" 187,40 187,40 1817,80 90,65
6,30 1/4" 709,00 896,40 1108,80 55,30
4,75 4" 693,00 1589,40 415,80 20,74
2,36 8" 384,60 1974,00 31,20 1,56
1,18 16 29,20 2003,20 2,00 0,10
0,60 30 2,00 2005,20 0,00 0,00
FUNDO - 0,00 2005,20 0,00 0,00
Total - 2005,20 - - -
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

Quadro 7 – Resultados ensaio de granulometria (Amostra 2).


Diâmetro Nº da Massa Massa Massa que Percentual que
(mm) peneira Retida (g) acumulada (g) passa (g) passa (%)
12,50 1/2" 0,00 0,00 2007,70 100,00
9,50 3/8" 178,20 178,20 1829,50 91,12
6,30 1/4" 748,40 926,60 1081,10 53,85
4,75 4" 703,60 1630,20 377,50 18,80
2,36 8" 350,60 1980,80 26,90 1,34
1,18 16" 25,00 2005,80 1,90 0,09
0,60 30" 1,90 2007,70 0,00 0,00
FUNDO - 0,00 2007,70 0,00 0,00
Total - 2007,70 - - -
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

A NM 248 (2003) pede a média dos percentuais retidas e acumulados. A


média do percentual que passa foi utilizada para a obtenção da curva granulométrica
como valores que representam o eixo das ordenadas no gráfico. O Quadro 7
apresenta a média destas porcentagens e o Gráfico 1 ilustra a curva granulométrica
obtida.
34

Quadro 8 – Porcentagens médias do ensaio de granulometria.


Média % que passa Média % Retida Média % Massa acumulada
100,00 0,00 0,00
90,89 9,11 9,11
54,57 36,32 45,43
19,77 34,80 80,23
1,45 18,32 98,55
0,10 1,35 99,90
0,00 0,10 100,00
0,00 0,00 100,00
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

Porcentagem que passa (%)


100,0
90,0
80,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
0,1 1 10 Diâmetro(mm
Gráfico 1 – Curva granulométrica.
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

Como se pode observar para o agregado graúdo, há a predominância de brita


entre os tamanhos de 4,75 mm a 9,5 mm, cerca de 71,12% de média retida entre
essas peneiras para as duas amostras. Como já foi mencionado, estas também
foram as dimensões do agregado graúdo peneirados para que os corpos de prova
ganhassem um aumento na sua resistência.
Para o diâmetro máximo característico encontrou-se o valor de 12,5mm e
para o módulo de finura 3,88.
35

4.2 Ensaio de resistência à compressão

Os resultados obtidos no ensaio de resistência a compressão podem ser


verificados na tabela, bem como os valores médios de suas resistências após 28
dias. Estes valores estão apresentados no Quadro 8.

Quadro 9 – Resultados para resistência à compressão.


Resistência à
Traços Média (MPa)
compressão (Mpa)

8,16
Traço 1:3 8,21 8,50
9,13
6,56
Traço 1:4 7,96 7,41
7,72
3,98
Traço 1:5 3,78 4,00
4,24
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

Segundo o ACI 522R-10 (2010) o concreto poroso deve possuir uma


resistência a compressão simples variando entre 2,8 e 28 MPa.
Analisando os resultados obtidos, verificou-se que o traço que apresentou
melhor resistência foi o traço 1:3 com 8,5 Mpa de média entre os três corpos de
prova. Por apresentar maior quantidade de cimento, houve um aumento na
resistência, não só pela melhor ligação entre cimento e agregado graúdo, mas
também pelo fato do cimento preencher alguns vazios existentes nesse concreto
que não apresenta finos.
Para o traço 1:5 foram obtidos os menores valores de resistência devido a
pequena quantidade de cimento que foi utilizado, assim esta dosagem acaba por ter
um maior número de vazios nos corpos de prova, diminuindo a resistência, porém
aumentando a permeabilidade.
As curvas do ensaio de resistência a compressão estão apresentados no
Apêncide A.
36

4.3 Ensaio de permeabilidade

O Quadro 9 apresenta os resultados para o ensaio de permeabilidade


realizados nas placas de concreto permeável.

Quadro 10 – Resultado do ensaio de permeabilidade.


Tempo
Pré- Massa Coeficiente de Coeficiente de
do
Traços das placas Molhagem utilizada no permeabilidade permeabilidade
ensaio
(s) ensaio (kg) (mm/h) (m/s)
(s)
11,0 47,6 20610,21 0,005725
Traço 1:3 10,1 18 43,8 22398,32 0,006222
9,9 46,5 21097,77 0,005860
6,9 38,9 25219,70 0,007005
Traço 1:4 7,6 18 36,6 26804,54 0,007446
7,7 37,2 26372,21 0,007326
4,1 27,2 36067,88 0,010019
Traço 1:5 4,5 18 26,0 37732,55 0,010481
4,1 26,4 37160,84 0,010322
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

As três dosagens apresentaram valores bem superiores aos parâmetros


estabelecidos pela NBR 16416 (2015).
Uma relação parecida a de resistência à compressão pode ser feita. Para o
traço 1:5 há um maior número de vazios fazendo com que ele tenha a maior
permeabilidade.
Para o traço 1:3 há um menor número de vazios e por conseguinte um menor
coeficiente de permeabilidade.
37

5 CONCLUSÃO

A urbanização desenfreada no Brasil aumentou consideravelmente o número


de áreas impermeáveis, aumentando o escoamento superficial, frequência de
enchentes e aquaplanagem dos veículos. O pavimento permeável, e
especificamente o concreto poroso estudado neste trabalho surge como uma
alternativa para reduzir esses impactos no meio físico.
Os requisitos mínimos de resistência à compressão e principalmente de
permeabilidade foram atendidos para ambas as dosagens, sendo a maior resistência
para o traço 1:3 com média de 8,5 Mpa entre os três corpos de prova e o maior
coeficiente de permeabilidade para o traço 1:5, em que foram encontrados valores
de 0,01 m/s nas três medições, muito maior que os valores indicados pela NBR
16416 (2015) que recomenda que sejam superiores a 0,001 m/s, tornando ele um
material drenante.
Verificou-se que o acréscimo na quantidade de cimento ocasiona maiores
resistências, tanto pela diminuição do número de vazios como pela melhor ligação
entre cimento e agregado graúdo. Porém resistências mais altas indicaram um
revestimento menos permeável.
De acordo com a NBR 16416 (2015), são estabelecidos critérios de projetos
para execução de concreto poroso. Essa norma indica as especificações dos
materiais de base, sub-base, assentamento, rejuntamento e revestimento. Foi
detectada uma escassez no que se refere às normas técnicas que gerem as
dosagens especificas para o concreto poroso, visto que o uso desse tipo de concreto
está aumentando gradativamente.
As espessuras de pavimento poroso para fins estruturais e para o
armazenamento hidráulico são diferentes, pois levam em consideração estudos
hidrológicos e estudos de tráfego.
Como indicação para trabalhos futuros poderia ser realizado uma dosagem
com presenças de adições minerais, químicas e fibras, pequenas quantidades de
agregados miúdos e diferentes granulometrias de agregado graúdo.
38

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APÊNDICE
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APÊNDICE - RELATÓRIOS DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO


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