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MACEIÓ - AL
2017/2
DOUGLAS EDUARDO GOMES LIMA DA SILVA
LEANDRO OMENA GAMA MONTEIRO
MACEIÓ - AL
2017/2
DOUGLAS EDUARDO GOMES LIMA DA SILVA
LEANDRO OMENA GAMA MONTEIRO
APROVADO EM:
BANCA EXAMINADORA
À Deus principalmente por ser nossa força, nosso abrigo e nossa esperança.
À professora Danubia Teixeira por todo incentivo, auxílio nas correções e no
laboratório para a finalização deste trabalho de conclusão de curso.
Especialmente ao nosso técnico e amigo Rogério Barbosa por auxiliar na
execução de todos os ensaios realizados em laboratório, confecção das placas e
corpos de prova.
Eu Leandro Omena, agradeço aos meus pais Lenira Omena e Rui Monteiro
por todo apoio, incentivo e esforço desde o período de colégio até o final da
graduação. À minha tia Lenita Gama Wanderley, que como engenheira sempre pode
passar seus conhecimentos e experiências.
Eu Douglas Eduardo, agradeço aos meus pais Norma Maria e José Denis
Lima por todo apoio, incentivo e esforço desde o período de Colégio Santa
Madalena Sofia até o final do período da minha graduação. Ao meu irmão e minha
irmã José Denis e Norma Bruna, que como engenheiros puderam sempre me passar
seus conhecimentos e experiências. Ao meu tio, Eduardo Gomes por todo suporte,
ajuda e cuidados durante toda a minha vida.
Aos nossos amigos de faculdade Aurélio Miguel, Denis Costa, Lucas Vieira,
Nayro Silva e Romário de Melo por todos esses cinco anos de esforço e apoio
mútuo.
A todos os professores da grade do CESMAC, que transmitindo seus
conhecimentos puderam contribuir de alguma maneira para a realização deste
estudo.
ANÁLISE DE DOSAGEM PARA CONCRETO POROSO USADO PARA
PAVIMENTO PERMEÁVEL
ANALYSIS OF DOSAGE FOR PERVIOUS CONCRETE USED FOR PERMEABLE
PAVEMENT
RESUMO
Os problemas causados pela chuva nas grandes cidades brasileiras, devido às ações antrópicas na
ocupação e no uso do solo, interferem diretamente na quantidade e qualidade do escoamento
superficial. A impermeabilização das áreas urbanas causa elevados picos de vazão gerando
frequentes inundações. A utilização de pavimentos permeáveis nessas áreas urbanas podem reduzir
o escoamento superficial e aumentar a recarga das águas subterrâneas. Este trabalho tem como
objetivo analisar diferentes tipos de dosagens para concreto poroso visando a sua viabilidade de
aplicação em pavimentos como uma medida para reduzir o escoamento superficial nos grandes
centros urbanos. Foram realizados ensaios de resistência à compressão e permeabilidade nas três
dosagens utilizadas para concreto poroso (1:3, 1:4 e 1:5), sem a aplicação de agregado miúdo. Os
procedimentos foram realizados no Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas do Centro
Universitário CESMAC, Maceió - AL. Perante os resultados obtidos, foi possível analisar que quanto
maior o teor de cimento, menor será o número de vazios, maior será a resistência a compressão e
menor será a permeabilidade. Dessa forma, a aplicação do concreto poroso para a redução dos
impactos gerados pela chuva é uma alternativa de pavimento para locais urbanos em que não haverá
solicitação de resistência mecânica como: calçadas, estacionamentos e condomínios particulares.
ABSTRACT
The problems caused by rainfall in large Brazilian cities, due to anthropic actions in land use and land
use, directly interfere with the quantity and quality of surface runoff. The waterproofing of the urban
areas causes high peaks of flow generating frequent floods. The use of permeable pavements in
these urban areas can reduce runoff and increase recharge of groundwater. This work aims to
analyze different types of dosages for porous concrete aiming at its feasibility of application in
pavements as a measure to reduce the surface runoff in large urban centers. Compressive strength
and permeability tests were performed in the three dosages used for porous concrete (1: 3, 1: 4 and 1:
5), without the use of small aggregates. The procedures were carried out at the Nucleus of Exact and
Technological Sciences of the Centro Universitário CESMAC, Maceió - AL. Considering the results
obtained, it was possible to analyze that the larger the number of cement, the smaller the number of
voids, the greater the resistance to compression and the lower the permeability. Thus, the application
of porous concrete to the reduction of the impacts generated by rainfall is an alternative of pavement
for urban sites where there will be no mechanical resistance solicitation such as: sidewalks, parking
lots and private condominiums.
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6
1.1 Objetivos.............................................................................................................. 7
1.1.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 7
1.1.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 7
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................... 8
2.1 Pavimento convencional .................................................................................... 8
2.2 Implicações da urbanização .............................................................................. 9
2.3 Pavimento permeável ....................................................................................... 11
2.3.1 Histórico do pavimento permeável .................................................................... 11
2.3.2 Características do pavimento permeável .......................................................... 11
2.3.3 Avaliação da eficiência da infiltração do pavimento permeável ........................ 13
2.3.4 Tipos de pavimento permeável ......................................................................... 15
2.3.5 Seção transversal do pavimento permeável ..................................................... 17
2.4 Concreto Poroso ............................................................................................... 18
2.4.1 Características do concreto permeável ............................................................. 20
3 METODOLOGIA CIENTÍFICA .............................................................................. 22
3.1 Quantidade de corpos-de-prova e dosagens ................................................. 22
3.2 Ensaios .............................................................................................................. 23
3.2.1 Ensaio de granulometria ................................................................................... 23
3.2.2 Resistência à compressão ................................................................................ 26
3.2.3 Permeabilidade ................................................................................................. 28
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................... 33
4.1 Ensaio de granulometria para brita 0 .............................................................. 33
4.2 Ensaio de resistência à compressão .............................................................. 35
4.3 Ensaio de permeabilidade ................................................................................ 36
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 37
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 38
APÊNDICE ................................................................................................................ 42
6
1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivos
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Por apresentar um grande número de vazios fica evidente que este tipo de
pavimento não consegue alcançar uma resistência tão alta quanto os pavimentos
convencionais e por isso são utilizados geralmente para tráfegos leves (TENNIS;
LEMMING; AKERS, 2004). Segundo Tomaz (2009) as principais aplicações do
pavimento permeável são em:
Estacionamentos (principal aplicação)
Áreas industriais
Galpões
Pátios
Ruas com tráfego leve
Condomínios e conjuntos habitacionais
Praças
Calçadas
Desvantagens:
É impróprio para áreas com grandes cargas de sedimento devido a atuação
da colmatação
Pode acarretar contaminação do lençol freático
São necessárias manutenções em curtos períodos de tempo
13
Blocos de concreto com orifícios verticais e concreto poroso com traço 1:6 de
cimento e brita, classificados como pavimentos permeáveis.
A Figura 5 ilustra os revestimentos utilizados e o Quadro 1 os resultados
obtidos do coeficiente de escoamento que é obtido pela razão entre a chuva total e o
escoamento total.
descrito pela norma ASTM C1701\C1701M (2009), similar ao método utilizado pela
NBR 16416 (2015).
Tennis, Leming e Akers (2004) encontraram valores de condutividade
hidráulica ou coeficiente de permeabilidade entre 0,21 cm/s a 0,54 cm/s para o
concreto permeável.
Concreto Poroso
O concreto poroso também conhecido como concreto permeável é composto
por cimento, agregado graúdo e pouco ou nenhum agregado miúdo (FERGUNSON,
16
Geocélulas
As geocélulas plásticas são formadas por tiras de polietileno de alta
densidade (PEAD), e podem ser preenchidas com areia brita, concreto ou solo,
permitindo um controle térmico quando preenchidos com material poroso que
permite a infiltração assim como um apelo ecológico quando preenchido com grama
vegetal (VIRGILLIS, 2009)
Esta permeabilidade está diretamente ligada aos índices de vazio, que podem
variar entre 0,15 e 0,25 e o fluxo de água que gira em torno de 200 l/m²/min
(TENNIS; LEMING; AKERS, 2004).
O concreto poroso é feito com o mesmo material do concreto tradicional, a
diferença está na quantidade de agregado miúdo que geralmente é reduzido ou na
grande maioria das vezes nulo, como explica Batezini (2013). O Quadro 2
demonstra a composição do traço do concreto permeável.
Permeabilidade
A permeabilidade está relacionada a característica mais importante do
concreto permeável, e corresponde a taxa de infiltração da água em sua estrutura.
Geralmente os estudos são realizados com permêametro de carga variável para
indicar a permeabilidade do concreto poroso (BATEZINI, 2013), ou os métodos
utilizados pela NBR 16416 (2015).
Redução de ruído
A redução do ruído no pavimento permeável está diretamente ligado a sua
estrutura aberta, que promove uma diferença no tempo de chegada e de reflexão
das ondas sonoras provenientes do tráfego de veículo, o revestimento acaba
absorvendo parte do ruído a partir deste fenômeno.
Resistência à compressão, tração na compressão e módulo de elasticidade
Segundo Tennis, Lemming e Akers (2004) o concreto poroso pode chegar a
resistências de 3,5 Mpa á flexão e superiores á 20,5 Mpa a compressão, que não é
indicado para altas cargas transmitidas pelo tráfego como o concreto convencional,
porém é bastante indicado para tráfegos leves.
Textura
Por apresentar uma pequena ou nula quantidade de agregados miúdos em
sua dosagem, o concreto poroso apresenta uma textura bastante rugosa,
aumentando seu coeficiente de atrito, diminuindo os riscos de aquaplanagem.
Massa específica
21
3 METODOLOGIA CIENTÍFICA
3.2 Ensaios
12,50 1/2"
9,50 3/8"
6,30 1/4"
4,75 4"
2,36 8"
1,18 16"
0,60 30"
Fundo -
𝑓𝑐 = (Equação 1)
Onde,
fc = resistência à compressão em Mpa
F = Força máxima em N
Acp = Área do corpo de prova utilizado no ensaio
3.2.3 Permeabilidade
Este ensaio consiste num dos mais importantes, pois um pavimento com boa
capacidade de infiltração gera uma melhor segurança aos usuários de veículos,
reduzindo o fenômeno de aquaplanagem.
Para este ensaio foram moldadas placas de concreto poroso para as
dosagens adotadas para que se avalie o desempenho do revestimento seguindo as
indicações da NBR 16416 (2015). Este ensaio pode ser realizado juntamente com as
outras camadas do pavimento ou apenas a de revestimento.
Itens que foram utilizados para a execução deste ensaio:
29
Balança de precisão.
Massa para calafetar para vedar as laterais do anel de infiltração e não
permitir vazamentos da massa de água.
Cronômetro com resolução de 0,1 segundos.
≤ 30 18 ± 0,05
> 30 3,6 ± 0,05
Fonte: NBR 16416, 2015.
𝐶. 𝑚 (Equação 2)
𝑘=
𝑑 .𝑡
Onde,
k = coeficiente de permeabilidade (mm/h).
m = massa de água infiltrada (kg).
D = diâmetro interno do cilindro (mm).
T = tempo necessário para realização do ensaio (s)
32
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
8,16
Traço 1:3 8,21 8,50
9,13
6,56
Traço 1:4 7,96 7,41
7,72
3,98
Traço 1:5 3,78 4,00
4,24
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
APÊNDICE
43