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VILA VELHA
2018
LUANA BORGES BONAMIGO
NATALIA CARVALHO CAMPOS
VILA VELHA
2018
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
“Que os vossos esforços desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes
coisas do homem foram conquistadas do que parecia
impossível”.
Charles Chaplin
RESUMO
Diante da crescente necessidade mundial por energia, e tendo o petróleo como a fonte
energética mais utilizada, porém com suas reservas limitadas, o uso de
microrganismos e seus metabólitos para aumentar a produção de óleo vem
despertando interesse do mundo inteiro. Esta técnica baseia-se na injeção de
microrganismos selecionados dentro do reservatório, seguido de estimulação e
transporte de seus produtos de crescimento, de forma que sua presença reduzirá o
óleo residual deixado no reservatório após a exaustão da recuperação secundária.
MEOR (Microbial Enhanced Oil Recovery) é uma técnica iniciante com muito a ser
dominado, como por exemplo a seleção do microrganismo adequado, determinação
de condição satisfatória de nutrição e distribuição e transporte das bactérias e seus
metabólitos em meio poroso. Ainda assim é uma técnica promissora diante do fato de
que a injeção de bactérias no reservatório conta com o aumento dos seus efeitos
benéficos com o passar do tempo, uma vez que estas possuem capacidade auto-
multiplicadora, capacidade de promover in situ a multiplicação de suas unidades e
consequentemente de seus metabólitos (ABRAM, 1996). O presente trabalho teve por
objetivo observar os efeitos do microrganismo da espécie Bacillus subtilis em óleos
pesados e suas possíveis alterações na produção de um campo maduro aplicados à
técnica de MEOR. O experimento consistiu na sintetização de soluções e sua
caracterização simulando em escala laboratorial o processo de inserção de bactérias
em reservatórios. Os resultados mostram uma significante formação de emulsão na
maioria das amostras devido ao bioproduto microbiano bioemulssificante, onde pode-
se confirmar o grande potencial do microrganismo para formação de emulsão, seu
efeito positivo para a mobilidade e consequentemente aumento da recuperação de
campos maduros.
Palavras-chave:
ABSTRACT
Under the increasing worldwide needs for energy, and having the petroleum as the
most used energy source, but with restricted reserves, the use of microorganisms and
their metabolites to increase oil production has aroused interest from all over the world.
This method is based on the injection of selected microorganisms into the reservoir,
followed by stimulation and transport of their growth products, in such a way that its
presence will reduce the residual oil left in the reservoir after the exhaustion of
secondary recovery. MEOR (Microbial Enhanced Oil Recovery) is a beginning
technique with much to be mastered, such as the selection of the appropriate
microorganism, determination of satisfactory nutrition condition and distribution and
transport of the bacteria and their metabolites in porous media. Still, it is a promising
technique in view of the fact that the injection of bacteria into the reservoir counts with
the increase of its beneficial effects with the passage of time, once they have self-
multiplying capacity, capacity to promote the multiplication of their units in situ and
consequently of its metabolites (ABRAM, 1996). The present work had the objective to
observe the effects of the microorganism of the species Bacillus subtilis in heavy oils
and its possible changes in the production of a mature field applied to the MEOR
technique. The experiment consisted of synthesizing solutions and their
characterization, simulating in a laboratory scale the process of insertion of bacteria
into reservoirs. The results show a significant emulsion formation in most samples due
to the bioemulsifying microbial bioproduct, where the great potential of the
microorganism for emulsion formation, its positive effect on mobility and consequently
the recovery of mature fields can be confirmed.
Keywords:
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1 ................................................................................................................. 22
Equação 2 ................................................................................................................. 23
Equação 3 ................................................................................................................. 24
Equação 4 ................................................................................................................. 25
Equação 5 ................................................................................................................. 26
Equação 6 ................................................................................................................. 26
Equação 7 ................................................................................................................. 26
Equação 8 ................................................................................................................. 26
Equação 9 ................................................................................................................. 27
Equação 10 ............................................................................................................... 28
Equação 11 ............................................................................................................... 28
Equação 12 ............................................................................................................... 51
LISTA DE FIGURAS
Tabela 2 – Composição do meio mineral (MM) que será utilizado nos experimentos
de biossurfactantes por B. subtilis ATCC 19659 ...................................................... 60
FR – Fator de Recuperação
In situ – No local
MM – Meio de cultura
𝜙 – porosidade
Vυ – volume de vazios
q – vazão
𝑘 – permeabilidade absoluta
Δ𝑝 – diferencial de pressão
µ – viscosidade
atm – atmosfera
𝜆o – mobilidade do óleo
µo – viscosidade do óleo
𝜆w – mobilidade da água
µw – viscosidade da água
d – densidade
υ – velocidade do fluido
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 17
1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 19
1.1.1 OBJETIVOS GERAIS ....................................................................................... 19
1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 19
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 19
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................. 20
2.1 CONCEITOS DE ENGENHARIA DE RESERVATÓRIOS .................................. 20
2.1.1 Origem do Petróleo ......................................................................................... 20
2.1.2 Campos Maduros e Campos Marginais ........................................................ 20
2.1.3 Propriedades Básicas das Rochas e dos Fluidos........................................ 21
2.1.3.1 Porosidade.................................................................................................... 22
2.1.3.2 Compressibilidade ........................................................................................ 23
2.1.3.3 Saturação de Fluidos .................................................................................... 24
2.1.3.4 Permeabilidade ............................................................................................. 25
2.1.3.5 Mobilidade .................................................................................................... 25
2.1.3.6 Capilaridade.................................................................................................. 26
2.1.3.7 Densidade..................................................................................................... 27
2.1.3.8 Viscosidade .................................................................................................. 28
2.1.4 Fator de Recuperação .................................................................................... 28
2.1.5 Métodos De Recuperação .............................................................................. 29
2.1.5.1 Recuperação Primária .................................................................................. 29
2.1.5.1.1 . Mecanismo de Gás em Solução .................................................................30
2.1.5.1.2 . Mecanismo de Capa de Gás ......................................................................31
2.1.5.1.3 . Mecanismo de Influxo de Água ..................................................................32
2.1.5.1.4 . Mecanismo Combinado ..............................................................................33
2.1.5.2 Recuperação Secundária .............................................................................. 34
2.1.5.3 Recuperação Terciária .................................................................................. 34
2.2 CONCEITOS DE MICROBIOLOGIA ................................................................... 35
2.2.1 Microrganismos .............................................................................................. 36
2.2.2 Bactérias .......................................................................................................... 37
2.2.3 Bacilos ............................................................................................................. 37
2.2.4 Bacillus subtilis............................................................................................... 39
2.3 MEOR ................................................................................................................. 40
2.3.1 HISTÓRICO ...................................................................................................... 40
2.3.2 TÉCNICA DE MEOR ........................................................................................ 44
2.3.2.1 Vantagens e Desvantagens de MEOR .......................................................... 47
2.3.3 MICRORGANISMOS CANDITATOS ............................................................... 47
2.3.4 BIOPRODUTOS ............................................................................................... 48
2.3.5 SURFACTANTE ............................................................................................... 49
2.3.6 BIOSSURFACTANTE ...................................................................................... 51
3 METODOLOGIA ................................................................................................... 57
3.1 PREPARAÇÃO DO INÓCULO E CONDIÇÕES DE CULTIVO ........................... 57
3.2 FLUIDOS DE TESTE .......................................................................................... 58
3.2.1 Óleo .................................................................................................................. 58
3.2.2 Água (Salmoura) ............................................................................................. 59
3.2.3 Meio de cultura................................................................................................ 59
3.3 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE MICRORGANISMOS ........................... 60
3.3.1 Preparo das amostras ................................................................................... 60
3.3.1.1 Óleo .............................................................................................................. 61
3.3.1.2 Água (Salmoura) .......................................................................................... 62
3.3.1.3 Meio mineral e Soluções de metais .............................................................. 62
3.3.2 Procedimento dos ensaios ........................................................................... 56
4 CRONOGRAMA ................................................................................................... 68
4.1 DENSIDADE ....................................................................................................... 68
4.2 VISCOSIDADE ................................................................................................... 68
4.2.1 Primeira etapa ................................................................................................ 68
4.2.2 Segunda etapa ............................................................................................... 69
4.2.3 Comparação entre os períodos de incubação ............................................ 70
4.3 APARÊNCIA DAS EMULSÕES ......................................................................... 71
REFÊRENCIAS ......................................................................................................... 73
17
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
1.2 JUSTIFICATIVA
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.3.1 Porosidade
Normalmente, a rocha é composta por grãos ligados uns aos outros por um
material denominado de cimento e por outro material muito fino chamado de matriz. A
Figura 1 retrata essa composição (CURBELO, 2006).
(1)
2.1.3.2 Compressibilidade
(2)
Onde:
c𝑓 = compressibilidade efetiva da rocha
Vp = volume de poros na rocha
ΔVp = variação do volume poroso
Δ𝑝 = variação da pressão
Assim que os fluidos de uma rocha reservatório são produzidos, a saída dos
24
Uma rocha reservatório é geralmente permeada por fluidos, água, óleo e gás,
ou uma combinação desses fluidos. Uma ilustração de um espaço poroso contendo
água óleo e gás está representado na Figura 2:
(3)
2.1.3.4 Permeabilidade
(4)
2.1.3.5 Mobilidade
(5)
(6)
(7)
(8)
2.1.3.6 Capilaridade
2.1.3.7 Densidade
(9)
Essa propriedade também pode ser expressa em graus API (°API), uma função
hiberbólica da densidade comumente usada na indústria do petróleo (ROSA,
CARVALHO, XAVIER, 2011), e é calculada pela Equação 10:
(10)
2.1.3.8 Viscosidade
(11)
29
Production wells
Production w ells
Gas
Production w ells
Wate r
Water
Essa expansão de água juntamente com a redução do volume poroso faz com
que o espaço poroso do aquífero não seja mais suficiente para comportar toda a água
que havia nele inicialmente. Dessa forma há uma invasão da zona de óleo pelo volume
de água excedente. Essa invasão recebe o nome de influxo de água e, além de manter
a pressão elevada na zona de óleo, desloca esse fluido para os poços de produção
(THOMAS, 2004; ROSA, CARVALHO, XAVIER, 2011).
2011), por isso quando a pressão é reduzida a ponto de ocasionar uma queda ou até
cessar a produção, aplica-se o método de recuperação secundária (OLIVEIRA, 2014).
2.2.1 Microrganismos
2.2.2 Bactérias
Ao lado de cada desenho das células existe uma fotomicrografia de contraste de fase demonstrando a
morfologia.
Fonte: Madigan et al. (2016).
2.2.3 Bacilos
2.3 MEOR
2.3.1 HISTÓRICO
coberta por piche, e obteve resposta positiva. Ele explicou que a liberação do óleo
ocorreu devido à decomposição de carbonatos inorgânicos pelos microrganismos, à
diminuição da viscosidade do óleo pelo dióxido de carbono produzido, à afinidade das
bactérias por sólidos e também pela diminuição da tensão superficial. Zobell (1947)
também sugeriu trabalhos mais detalhados antes da aplicação em campo e chamou
a atenção para as modificações causadas pelas bactérias sulfato-redutoras no óleo
bruto, bem como para o efeito corrosivo dos produtos gerados por estas.
Em 1960, outras espécies bacterianas foram colocadas em teste por Hitzmann,
que propunha o uso de esporos e de células vegetais de bactérias tanto aeróbias
quanto anaeróbias para aplicações em MEOR. Sugeria ainda a hipótese de que o
próprio petróleo das jazidas serviria como fonte de carbono e energia para os
microrganismos injetados. Contudo, chegaram ao consenso de que a utilização de
microrganismos anaeróbicos seria a alternativa mais viável para aplicação de MEOR
in-situ (JENNEMAN, 1989). Moses et al. (1983) concluíram, por sua vez, que o
crescimento anaeróbico, baseado no uso do petróleo como única fonte de carbono e
energia poderia ocorrer, entretanto de forma tão lenta e gradual que inviabilizava a
estratégia de recuperação proposta.
Já em meados da década de 1960, não havia mais relevância no
desenvolvimento de pesquisas no campo da microbiologia do petróleo, em razão,
sobretudo, da queda vertiginosa no preço do barril que não justificava investimentos
significativos em estudos ou aplicação dos métodos de recuperação terciária
disponíveis até aquele momento. Posteriormente, o aumento do preço do barril de
petróleo e o reconhecimento de que havia mais petróleo residual em campos maduros
do que naqueles a serem descobertos, acabou por despertar renovado interesse na
aplicação de microrganismos em processos de recuperação avançada de petróleo
(JENNEMAN, 1989).
Dando continuidade as pesquisas, os primeiros estudos sobre a aplicação de
microrganismos em campos petrolíferos foram conduzidos por Kuznetsov et al. (1963)
na União Soviética, que inocularam em poço da região de Middle Volga, 54 m³ de
culturas mistas de bactérias crescidas em melaço contendo 4% em açúcares, sob
condições de cultivo semelhantes às do reservatório. A seguir, o poço foi fechado por
um período de seis meses. Quando o poço foi reaberto, foram observados os
seguintes resultados:
42
Todavia, uma vez que o crescimento das bactérias foi lento, os autores
sugeriram que a multiplicação dos microrganismos poderia ter se restringido
à região da perfuração.
reservatório.
7. O consórcio microbiano (associação) que dominará o reservatório dependerá dos
nutrientes e das condições do reservatório.
8. Enquanto a tecnologia relacionada à MEOR tem aplicações planejadas, cada
teste de MEOR deve ser designado para um reservatório específico.
9. Projetos de MEOR requerem cooperação e coordenação entre microbiologistas
e engenheiros de reservatórios.
A aplicação das metodologias de MEOR tem avançado cada vez mais, com
isso inúmeras estratégias utilizando microrganismos vêm sendo adotadas em
diferentes países, a exemplo de seu emprego em campos de petróleo da Argentina,
da China, da Indonésia, do Irã e dos Estados Unidos (MARSHALL, 2008).
O potencial de MEOR também foi entendido por diversos autores de pedidos
de patentes, alguns dos quais foram concedidos (SOWLAY, 2001; SHEEHY, 1992).
Demonstrando assim evidente interesse comercial pelas tecnologias de MEOR, e sua
importância estratégica, pois inúmeros estudos têm sido levados a cabo, sem serem
disponibilizados publicamente, permanecendo confidenciais. Em 2004, no site da
International Research Institute of Stavanger, por exemplo, 17 de 25 artigos sobre
estudos envolvendo tecnologias de MEOR, de 1996 a 2004, estavam classificados
como confidenciais (DOURADO, CHAVES, JONES, acesso em 2017).
Diversas empresas de petróleo informam que estas tecnologias fazem parte de
seus planos de Pesquisa & Desenvolvimento. A Petrobras, por exemplo, identificou
técnicas microbiológicas como um dos objetivos de seu Programa de Recuperação
Avançada de Petróleo (PRAVAP), mas a exemplo de outras empresas, deixou de
atualizar publicamente estas informações em seu site, sem dúvida devido a questões
estratégicas. Além da Petrobras, outras empresas na área de biotecnologia aplicada
também estão desenvolvendo programas comerciais para MEOR (DOURADO,
CHAVES, JONES, acesso em 2017).
Muitos centros acadêmicos de pesquisa também se dedicaram a estudos sobre
MEOR: LabMET – Bélgica; UAE University – Emirados Árabes; King Saud University
– Arábia Saudita; Universidade de Cairo – Egito; GBF – Alemanha; BGR –
Alemanha; USAGE – EUA; Laboratory of Microbial Technology, Shandong University
– China; Daqing Petroleum Institute – China; Universidade do Estado de Mississippi
– EUA; Universidade de Tel Aviv – Israel; Sarkeys Energy Center, Universidade de
44
produtores são colocados em produção para extrair o óleo já transformado. Este ciclo
é repetido até atingir a recuperação máxima do óleo, à medida que cada ciclo atua
sobre novas regiões do reservatório a ser transformada. Outra forma de aplicar este
método é a de injeção constante de microrganismos e nutrientes para induzir as
transformações desejadas no óleo a ser produzido, ao mesmo tempo em que o óleo
é varrido do reservatório (DOURADO, CHAVES, JONES, 2017). Como pode ser
observado na Figura 11:
2.3.4 BIOPRODUTOS
2.3.5 SURFACTANTE
A maior parte dos contaminantes orgânicos é hidrofóbico, logo a sua remoção da matriz do solo deve
ser considerada um fenômeno do ângulo de contato. A adição de tensoativos reduz este ângulo de
contato na interface triplo solo/composto orgânico/água; como resultado o composto orgânico se
enrola podendo facilmente ser separado.
Fonte: Bueno (2008).
Os surfactantes também são referidos como moléculas anfifícas porque contêm um conjunto
constituido por “cauda” apolar e uma "cabeça" polar dentro da mesma molécula,
Fonte: Green e Willhite (1998).
(12)
Onde:
µ = viscosidade da fase aquosa
υ = velocidade do fluido
γ = tensões interfaciais
2.3.6 BIOSSURFACTANTE
em etapas que antecedem a sua injeção nos reservatórios (BANAT, 1995; BORDOLOI
e KONWAR, 2007). Pode-se observar a ação do biossurfactante sobre o óleo na
Figura 14:
(a) Superfície coberta por petróleo; (b) Alta tensão interfacial óleo-água de injeção dificulta a remoção;
(c) Adição de (bio) surfactante à água de injeção, que promove a redução da tensão interfacial do
sistema rocha-óleo-água de injeção, diminuindo a adesão superfície-petróleo; (d) manutenção do óleo
em suspensão no interior das micelas de (bio) surfactante, enquanto os monômeros ficam adsorvidos
à superfície, formando uma barreira e evitando que o petróleo seja novamente depositado na superfície.
Fonte: Batista (2008).
interfacial entre o óleo preso nos poros e a água que envolve (tampona) esses poros,
possibilita que o óleo seja mobilizado (CURBELO, 2006).
As emulsões podem ser classificadas em óleo em água (O/A), onde o óleo é a
fase dispersa e a água é a fase contínua; e água em óleo (A/O), onde a água é a fase
dispersa e o óleo é a fase contínua, ambos representados na Figura 17. O tipo mais
comum de emulsão de petróleo é o de A/O, devido à natureza hidrofóbica dos agentes
estabilizantes presentes no petróleo (IIDA, 2007).
3 METODOLOGIA
3.2.1 Óleo
O meio de cultura básico que foi utilizado no estudo será o meio mineral (MM)
descrito por Fernandes (2007), que está representado na Tabela 3 e Tabela 4.
61
Tabela 3 – Composição do meio mineral (MM) que será utilizado nos experimentos
de biossurfactantes por B. subtilis ATCC 19659
objetivos desejados.
3.3.1.1 Óleo
Figura 21 – Picnômetro
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 DENSIDADE
4.2 VISCOSIDADE
Os testes foram divididos em duas etapas, a primeira etapa com seis dias de
incubação e a segunda etapa, com doze dias. Nessas duas etapas, as demais
soluções foram comparadas a Solução 7, que representa a solução controle, uma vez
que esta não apresenta o Bacillus subtilis em sua composição. Ao final, os valores das
duas etapas foram comparados entre si.
887.1 881.9
851.2 842.7
683.6
636.3
1 2 3 4 5 6
Fonte: Elaborada pelos autores.
3214.4
2864.7
1796.3
1068.6
716.8 716.8 716.8 716.8 716.8 716.8
514.5
330.1
1 2 3 4 5 6
Fonte: Elaborado pelos autores.
3214.4
2864.7
1796.3
1068.6
887.1 851.2 881.9 842.7
636.3 683.6 716.8
514.5 432.3
330.1
1 2 3 4 5 6 7
Fonte: Elaborado pelos autores.
A cor das emulsões formadas era castanho bem escuro, praticamente preto,
em quase todas as amostras. Na amostra 4, a coloração apresentada era um pouco
mais clara que as demais.
74
REFERÊNCIAS
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