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ESTADO DE SERGIPE

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU


Secretaria de Meio Ambiente - SEMA

João Alves Filho


PREFEITO MUNICIPAL DE ARACAJU

José Carlos Machado


VICE-PREFEITO MUNICIPAL DE ARACAJU

Eduardo Lima de Matos


SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE

César Gomes Gama


SECRETÁRIO ADJUNTO DO MEIO AMBIENTE

Jose Rosa Felipe Filho


DIRETOR DE CONTROLE AMBIENTAL
EQUIPE

Engª Florestal Carla Zoaid Alves dos Santos


SEMA (Autoria e Organização)

Biologa Pesq. Maria Salete Alves Rangel


EMBRAPA (Consultoria Botânica)

Arquiteto Rômulo César de Almeida Gomes


SEMA (Colaborador)

Biológa Moniky Santana Santos Aragão


SEMA (Colaboradora)

Pedagoga Alana Vasconcelos


SEMA (Colaboradora)
APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Arborização Urbana (PMARB) é um instrumento que tem como objetivo
principal embasar tecnicamente decisões sobre aspectos relacionados à Arborização Urbana,
associando sempre aspectos fiosiográficos, arquitetônicos, climáticos e culturais da cidade. Algumas
capitais Brasileiras já vêm trabalhando sob essa perspectiva e no âmbito das suas secretarias do meio
ambiente elaboraram planos diretores de arborização e planos municipais de arborização com o
objetivo de melhorar a qualidade da arborização de suas cidades. O município de Aracaju considerando
a importância da arborização para a qualidade ambiental e de vida dos cidadãos, apresenta a
sociedade aracajuana o seu primeiro plano de arborização urbana, fruto do esforço e dedicação dos
primeiros servidores da recem criada Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
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I. INTRODUÇÃO

A arborização de uma Os planos municipais de arborização urbana são instrumentos do


cidade é constituída por todo planejamento que servem como guia para a tomada de decisões. Dentre os
conjunto de árvores presente nas principais objetivos que a elaboração de um Plano Municipal de Arborização
ruas, avenidas, parques, praças, Urbana (PMARB) deve conter destacam-se, a definição de diretrizes e
áreas livres e particulares. Assim estratégias para o planejamento anual, para a implantação e para o manejo e
como os demais serviços de manutenção da Arborização, além disso, deve-se prevê a integração da
infraestrutura: saneamento população, visando à manutenção e a preservação da arborização implantada.
básico, abastecimento de água, O município de Aracaju atualmente passa por um intenso processo
pavimentação e outros, a vegetação urbana também contribui para a melhoria de urbanização e ocupação do solo, caracterizado por uma drástica redução
da qualidade de vida dos cidadãos, proporcionando melhorias na qualidade do das áreas verdes e supressão de árvores em detrimento da expansão urbana e
ar; diminuição da incidência de raios solares, contribuindo para a formação de conflitos com diversos equipamentos urbanos. A Secretaria Municipal do Meio
microclimas mais amenos; diminuição da poluição sonora; abrigo para a Ambiente, dentro das suas atribuições, vem trabalhando na elaboração de
fauna urbana, bem estar psicológico para o homem e além disso é um planos para intensificar e melhorar a qualidade da arborização da cidade,
elemento fundamental para a estética da cidade. como uma das formas de amenizar as consequências negativas desse
Considerando todos esses aspectos pode-se afirmar que o processo.
planejamento dessa atividade é fundamental para o sucesso das ações A Arborização Urbana de Aracaju começou a ser pensada e
empreendidas. Pode-se entender como planejamento a ação coordenada de implantada de forma mais sistemática na década de 70 com a advento da
uma atividade com o objetivo de se atingir um patamar de qualidade pautado criação do Departamento de Áreas Verdes dentro da Prefeitura. Hoje Aracaju
na sustentabilidade e na continuidade do processo. apresenta diversos problemas na sua arborização e a necessidade de uma
maior cobertura arbórea na cidade é evidente. Nota-se a cada dia o
aumento da sensação de calor e bairros totalmente desprovidos de
arborização, logo a arborização de Aracaju precisa ser reabilitada para que os
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cidadãos possam usufruir de forma integral de todos os benefícios que a Objetivo do Plano Municipal de Arborização Urbana
arborização proporciona.
Atualmente o município alcançou um importante avanço na área Definir diretrizes e metas para o planejamento, implantação e manejo
ambiental com a criação da sua Secretaria Municipal do Meio Ambiente, da Arborização Urbana no município de Aracaju.
assim a arborização da cidade tomará um novo rumo possibilitando que o seu
planejamento seja realizado de uma forma mais criteriosa respeitando
aspectos técnicos, científicos e culturais.
Diariamente chega à Prefeitura Municipal de Aracaju um grande
volume de solicitações para a supressão de árvores, por diversos motivos
como danificação do passeio público, para a construção ou ampliação de
residências, sujeira provocada pela queda de folhas, conflitos com redes de
encanamento e eletricidade, risco de queda e etc. Esses problemas tem
tornado a relação entre as árvores e a população conflituosa devido à falhas
no planejamento da arborização e da própria urbanização da cidade. Espera-
se que daqui a alguns anos essa realidade seja diferente e que a prefeitura
comece a receber diversas solicitações para o plantio de mudas e não mais
para a supressão de árvores.
Certamente toda transição seja ela de caráter fundamentalista,
conceitual ou comportamental demanda um tempo de adaptação, de
feedbacks e de redefinição das próprias estratégias traçadas. Apesar desses
encalços o município de Aracaju com a apresentação do seu primeiro plano
Orlinha do Bairro Industrial. Fonte: Carla Zoaid Alves dos Santos, 2013.
municipal de arborização urbana assume esse desafio perante a sociedade,
que espera que daqui a alguns anos Aracaju possa ser reconhecida como uma
das cidades mais bem arborizadas do Brasil ou se não pelo menos bem
arborizada para os olhos dos Aracajuanos, são muitas as etapas a serem
cumpridas, mas o primeiro passo está sendo dado.
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II. DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO


Todo planejamento prescinde fundamentalmente do levantamento e informações sobre a situação da arborização na cidade, de forma que
sistematização de informações quali-quantitativas, as quais vão apontar os puderam elencar pontos críticos, como, por exemplo:
principais problemas encontrados no município. Para isso, o municipio deve
realizar um inventário do patrimônio arbóreo. Este tipo de estudo a) Uso de espécies exóticas inadequadas para arborização;
permitirá obter informações sobre os principais aspectos que caracterizam a b) Grande quantidade de árvores senescentes;
arborização do local elecando informações como: c) Uso intenso de uma única espécie na arborização de vias;
d) Quantidade ecessiva de podas drásticas;
Composição floristica; e) Baixo indice de área verde por habitante;
Espécies adaptadas; f) Bairros pouco arborizados;
Espécies inadequadas para o uso na arborização; g) Falta de manutenção da arborização;
Bairros com déficits de arborização; h) Alto indice de mortalidade das mudas em campo;
i) Alto indice de vandalismo;
Quantificação de custos com o manejo da arborização; j) Necessidade de revitalização da arborização de praças, dentre outros.
Ocorrência de podas drásticas;
Estado fitossanitário das árvores: identificando a ocorrência de pragas
e doenças, necessidade de podas ou de substituição; Para a manutenção de uma arborização de
Cálculo de indices de arborização e áreas verdes. qualidade, os problemas apontados nesses
Dentre outras informações importantes. estudos podem ser considerados como
prioridades dentro do planejamento e atuação
O municipio ainda não realizou nenhum inventário ou diagnóstico do município.
sobre a arborização da cidade. Outras instituições como a Universidade
Federal de Sergipe, Embrapa Tabuleiros Costeiros, Universidade Tiradentes e Fonte: Google imagens, 2014
outros pesquisadores (SANTOS, 2013; SANTOS et. al., 2012; FERREIRA
et. al 2011.; CAMPOS e RANGEL, 2012; ANNE, 2013; SANTOS et. al.
(no prelo)), realizaram estudos e sistematizaram
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III. DIRETRIZES
As diretrizes propostas nesse plano deverão auxiliar as tomadas de
f) A Secretaria Municipal do Meio Ambiente deve estabelecer programas
decisão sobre o planejamento, as quais devem está em consonância com o
de arborização considerando as características físicas, ambientas e
planejamento dos demais orgãos da prefeitura.
culturais do local que se pretende arborizar.
a) A arborização urbana do município deve ser planejada de modo que g) Estabelecer programas de Educação ambiental voltados para a
proporcione a melhoria da qualidade de vida do cidadão e em harmonia conservação da arborização urbana, em parceria com os
com as características e limitações do ambiente. estabelecimentos de ensino e organizações comunitárias atuantes na
localidade.
b) O planejamento da arborização urbana deve ser realizado e gerido pela
Secretaria Municipal do Meio Ambiente. h) As prioridades de atuação do município quanto ao planejamento da
arborização urbana devem ser baseadas nos principais problemas
c) O órgão responsável pela implantação e manejo da arborização no
encontrados contidianamente.
município deve seguir as orientações e diretrizes estabelecidas no
planejamento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente..
d) Os programas e projetos de arborização urbana devem ser planejados
em conjunto com os demais projetos de infra estrutura da cidade como
aberturada de novos logradouros, construção de novos bairros, de
praças, instalação de novas redes subterrâneas e elétricas e etc.
e) Os projetos de infraestrutura devem obedecer as especificações
dimensionais estabelecidas no Plano Diretor do municipio, as quais
devem possibilitar a implantação adequada da arborização.
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IV. METAS
Baseando-se em informações científicas produzidas por g) Promover o plantio de 100.000 árvores ao longo dos próximos 15
pesquisadores, em informações empíricas discutidas pela sociedade civil em anos, e consequentemente aumentar o indice de área verde do municipio,
seminários e workshops sobre a arborização urbana de Aracaju e na que atualmente encontra-se abaixo dos niveis qualificadamente
experiencia de trabalho vivenciada pelos primeiros servidores da SEMA no recomendados pela Sociedade Brasileira de Arborização urbana (15m²
ano de 2013, pôde-se apontar as principais prioridades de atuação do de área verde/hab.).
município quanto ao planejamento da arborização urbana:
h) Apresentar anualmente o programa de arborização da cidade,
a) Instituição de um Núcleo de Arborização Urbana na Secretaria Municipal contemplando as metas do ano, o quantitativo de mudas a serem
do Meio Ambiente; plantadas, as espécies, os locais, e o planejamento do monitoramento;

b) Reativação do Comitê Consultivo de Arborização Urbana do Município de i) Georreferenciar todas as mudas que forem plantadas anualmente e
Aracaju, sob coordenação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente; produzir os croquis para o monitoramento;

c) Formação e treinamento continuado de equipe especializada em j) Reestruturação do Horto Florestal Municipal para produção de mudas
Arborização Urbana (planejamento e execução); para a arborização da cidade;

d) Instituição do Plano Diretor de Arborização Urbana de Aracaju; k) Elaboração de um banco de dados das espécies indicadas para
arborização da cidade, assim como daquelas que não são indicadas;
e) Realização do inventário total da arborização da cidade nos próximos 4
anos; l) Formação de parcerias e convênios com instituições de ensino e pesquisa
para a produção de mudas para a arborização e para a realização de
f) Promover a substituição gradativa dos indivíduos que se encontram em pesquisas sobre a arborização do município;
senescência (falência fisiológica) ou que estejam com o seu aspecto
fitossanitário comprometido, conforme as informações geradas pelo m) Ampliação e Manutenção adequada da área experimental de espécies
inventário; potenciais para a arborização urbana existente na área do Parque
Augusto Franco (Sementeira).
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V. PLANEJAMENTO

Planejar a arborização de Aracaju é o primeiro passo dado no grande a) Na composição da arborização, para cada rua, para cada lado da rua ou
desafio de melhorar a qualidade e a quantidade do patrimonio arbóreo do para um certo número de quarteirões, conforme sua extensão deve-se
municipio. Respeitar as recomendações e sistematizar as ações que devem ser escolher uma só espécie. Isso facilita o acompanhamento de seu
implementadas em cada fase do planejemento é fundamental para o sucesso. desenvolvimento e a manutenção destas árvores, como as podas de formação
Dentre as principais etapas e ações que devem ser consideradso sugere-se a e contenção, quando necessárias, além de maximizar os benefícios estéticos.
discussão sobre:
b) Considerar a recomendação empírica de que uma única espécie não deve
V.1 - Escolha das espécies adequadas para a arborização ultrapassar o limite de 10 a 15% do total da quantidade de árvores
existentes em um mesmo bairro ou região.
A seleção das espécies para compor a arborização da cidade nos
próximos anos foi resultado de muitas discussões dentro do âmbito do comitê c) Na composição de espécies deve-se buscar um equilíbrio entre o
Consultivo de Arborização Urbana do Município, consultas a literaturas quantitativo de espécies nativas e exóticas, devendo-se dar preferência a um
especializadas em arborização urbana e consulta ad hoc a especialistas que percentual maior de espécies nativas da região.
atuam na área e desenvolvem ou desenvolveram as suas pesquisas no d) Para espécies nativas com potencial de uso na arborização de ruas, mas
município de Aracaju. para as quais não há informação do seu comportamento no meio urbano,
A escolha das espécies levou em consideração características como sugere-se que sejam propostos plantios experimentais (uma quadra ou parte
desenvolvimento, porte, copa, floração, frutificação, raízes, resistência a de uma rua) para monitoramento destas espécies para futuro uso em larga
pragas, doenças, ausência de princípios tóxicos; adaptabilidade, sobrevivência escala.
e desenvolvimento no local de plantio, dando-se, também preferencia a
espécies da região. e) Em cidades de clima quente, como é o caso de Aracaju, deve-se optar por
Outros aspectos no planejamento também devem ser observados espécies que apresentam folhagem perene.
para a distribuição e implantação da arborização na cidade, conforme as
recomendações observadas no Manual de elaboração de planos de f) A arquitetura e dimensões naturais da espécie devem ser compatíveis com
arborização do Paraná (PARANÁ, 2012,) pode-se citar: o espaço físico tridimensional disponível, permitindo o livre trânsito de
veículos e pedestres, evitando danos às fachadas e conflito com a sinalização,
iluminação, placas indicativas e redes subterrâneas. Por isso antes de arborizar
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um lugar deve-se seguir um plano que contemple a observação de todas


essas características.
g) Nos passeios, deve-se plantar apenas espécies com sistema radicial
pivotante - as raízes devem possuir um sistema de enraizamento profundo
para evitar o levantamento e a destruição de calçadas, asfaltos, muros de
alicerces profundos. Ressalta-se que no meio urbano, mesmo árvores com
raízes pivotantes, podem apresentar raízes superficiais devido às condições do
solo ou devido a falta de área livre suficiente para o seu crescimento. Em
Aracaju tem-se uma condição especial relacionada ao perfil dos seus solos,
que em muitas áreas são rasos em virtude da superficialidade do lençol
freático, essa condição pode causar o afloramento das raízes.
h) Dar preferência a espécies que não dêem frutos muito grandes, que
possam causar acidentes ou prejuízos financeiros.

Além dessas observações sugere-se a implantação de espécies conforme as


suas aptidões fisiológicas relacionadas com o controle da poluição, por
exemplo é possivel sugerir o plantio de espécies que apresentam uma alta
capacidade de capturar CO2, espécies que retem particulados do ar, devido a
rugosidade de suas folhas dentre outros. Essa pratica também necessita de um
zoneamento da área urbana a ser arborizada, no qual possa-se visualizar
informações como, áreas com alta incidência de poluição atmosferica, áreas
que já apresentam bolsões de calor, poluição sonora e outras.
Com base nessas recomendações segue abaixo a lista de espécies que podem
ser utilizadas na arborização do município:
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ESPÉCIES ARBÓREAS/ARBUSTIVAS DE PORTE BAIXO (ATÉ 6 METROS)


POTENCIALMENTE ORNAMENTAIS

Espécie Espécie Espécie


Caesalpinia pulcherrima (L.)Sw. Tecoma stans (L.) Juss Plumeria rubra L.
Nome comum Nome comum Nome comum
Famboyant-mirim Ipezinho Jasmim-manga
Porte médio Porte médio Porte médio
2-4m 5-6m 4-6 m
Observações Observações Observações
Exótica Exótica

Espécie Espécie Espécie


Murraya paniculata (L.) Jacq. Ligustrum sinense Chinese Punica granatum L.
Nome comum Nome comum Nome comum
Murta Ligustro romã
Porte médio Porte médio Porte médio
4-6m 3-5 m 3-4m
Observações Observações Observações
Exótica Exótica

Espécie Espécie Espécie


Grevillea banksii R. Br. Plumeria pudica Jacq. Schefflera actinophylla (Endl.)
Nome comum Nome comum Nome comum
Grevilia de jardim Buque de noiva Cheflera de jardim
Porte médio Porte médio Porte médio
3-6m 4-6m 5-7m
Observações Observações Observações
Exótica Exótica Exótica
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ESPÉCIES ARBÓREAS/ARBUSTIVAS DE PORTE BAIXO (ATÉ 6 METROS)


POTENCIALMENTE ORNAMENTAIS

Espécie Espécie Espécie


Dombeya wallichii (Lindl.) K. Bonnetia stricta (Ness) Thespesia populnea (L.)
Nome comum Nome comum Nome comum
astrapéia falsa-camélia tespésia
Porte médio Porte médio Porte médio
5-7m 2-5m 6-8m
Observações Observações Observações
Exótica; no Brasil propaga-se Nativa; grande tolerância a Exótica
apenas por estacas ou alporquia solos salinos.

Espécie Espécie
Brunfelsia grandiflora L. Clusia nemorosa G. Mey
Nome comum Nome comum
manacá de flor grande orelha de burro
Porte médio Porte médio
3-5m 5-10 m
Observações Observações
Exótica Nativa
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ESPÉCIES ARBÓREAS DE PORTE MÉDIO (ATÉ 10 METROS)


Espécie Espécie Espécie
Schinus molle L. Hibiscus pernambucensis A. Schinus polygama (Cav.)
Nome comum Nome comum Nome comum
aroeira salsa Algodoeiro da praia Assobieira
Porte médio Porte médio Porte médio
4-8 m 3-6m 4-5 m
Observações Observações Observações
Nativa; Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Jacaranda brasiliana Lam. Protium bahianum Dally Rheedia gardneriana Planch.
Nome comum Nome comum Nome comum
carobinha Almecegueira da praia bacupari
Porte médio Porte médio Porte médio
4-9m 3-5 m 5-7m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Connarus regnelli G.S. Senna spectabilis (D.C.) Annona crassiflora Mart.
Nome comum Nome comum Nome comum
Camboatá da serra Cássia do nordeste Araticum cortiça
Porte médio Porte médio Porte médio
4-7 m 6-8 m 4-8 m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa
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ESPÉCIES ARBÓREAS DE PORTE MÉDIO (ATÉ 10 METROS)


Espécie Espécie Espécie
Stryphnodendron adstringens Campomanesia phaea Bauhinia forficata Link
Mart. (O.Berg)
Nome comum Nome comum Nome comum
Barrmatimão cambuci pata de vaca
Porte médio Porte médio Porte médio
4-5m 3-5m 5-10 m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Myrciaria tenella (DC)O.Berg Stifftia parviflora Nectandra nitidula Ness
Nome comum Nome comum Nome comum
cambuí Estífia branca Canela
Porte médio Porte médio Porte médio
4-6m 4-8m 4-8m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Lonchocarpus araripensis Benth. Machaerium opacum Campomanesia eugenioides
Cambess
Nome comum Nome comum Nome comum
Sucupira branca Jacarandá guabirobeira
Porte médio Porte médio Porte médio
4-7m 4-8m 4-7m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa
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ESPÉCIES ARBÓREAS DE PORTE MÉDIO (ATÉ 10 METROS)

Espécie Espécie Espécie


Casearia sylvestris S.W. Dalbergia cearensis Ducke Senna cana Ness e
Mart.
Nome comum Nome comum Nome comum
Guaçatonga Pau violeta Fedegoso-do-mato
Porte médio Porte médio Porte médio
4-6m 4-6m 3-6m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Psidium rufum Mart. Bauhinia ungulata Link Eremanthus arboreus
Less
Nome comum Nome comum Nome comum
Araça roxo Mororó candeia
Porte médio Porte médio Porte médio
4-5m 3-5m 3-6m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Guapira graciflora Mart. Allophylus petiolulatus Radek Hancornia speciosa
Gam.
Nome comum Nome comum Nome comum
João mole Baga de morcego mangabeira
Porte médio Porte médio Porte médio
4-5m 3-6m 4-5m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa; alta tolerância a
solos salinos
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ESPÉCIES ARBÓREAS DE PORTE MÉDIO (ATÉ 10 METROS)

Espécie Espécie Espécie


Aloysia virgata Juss Xylopia aromatica (Lam.) Mart. Amburana cearensis Smith
Nome comum Nome comum Nome comum
lixeira pindaíba Amburana
Porte médio Porte médio Porte médio
4-6m 4-8m 4-10m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Byrsonima verbacifolia Rich Kielmeyera rubriflora Mart. Schinus terebinthifolius L.
Nome comum Nome comum Nome comum
Murici-de-tabuleiro rosa-do-cerrado Aroeira vermelha
Porte médio Porte médio Porte médio
4-6m 4-5m 5-10m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa; crescimento lento Nativa

Espécie Espécie Espécie


Myrcia selloi Spreng Bixa orellana L. Himatanthus phagedaenicus
Mart.
Nome comum Nome comum Nome comum
Murta roxa urucú Burra leteira
Porte médio Porte médio Porte médio
4-6m 3-5m 4-8m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa
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ESPÉCIES ARBÓREAS DE PORTE MÉDIO (ATÉ 10 METROS)

Espécie Espécie Espécie


Poincianella pyramidalis Senna spectabilis W. Schrad. Curatela americana L.
Tul.
Nome comum Nome comum Nome comum
Catingueira Flor-de-são-joão lixeira
Porte médio Porte médio Porte médio
4-10m 6-9m 6-10m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Tabebuia chrysotricha Mart. Thevetia thevetioides K. Triplaris cracasana Cham.
Nome comum Nome comum Nome comum
Ipê amarelo chapeu-de-napoleão Pau-de-formiga
Porte médio Porte médio Porte médio
4-10m 7-10m 7-10m
Observações Observações Observações
Nativa Exótica Nativa

Espécie Espécie Espécie


Tabebuia dura B.S. Tabebuia gemmiflora Miess Diospyros inconstans
Jacquin
Nome comum Nome comum Nome comum
Ipê branco Ipê vermelho Maria preta
Porte médio Porte médio Porte médio
4-7m 4-7m 6-10m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa
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ESPÉCIES ARBÓREAS DE PORTE MÉDIO (ATÉ 10 METROS)

Espécie Espécie Espécie


Erythina indica Lam. Vochysia glaberrima Mart. Aspidosperma pyrifolium
Mart.
Nome comum Nome comum Nome comum
brasileirinho Angélica Pereiro
Porte médio Porte médio Porte médio
5-10m 4-10m 7-8m
Observações Observações Observações
Exótica Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Kielmeyera neglecta Saddi Tabebuia insignis Xylopia frutescens Aubil
Nome comum Nome comum Nome comum
Pau-santo ipê-branco-do-brejo Pindaíba da mata
Porte médio Porte médio Porte médio
4-10m 4-7m 4-8m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Senna macranthera DC. Sapindus saponaria L. Triplaris gardneriana
Wedd
Nome comum Nome comum Nome comum
Pau-fava Saboeiro Pau-jaú
Porte médio Porte médio Porte médio
6-8m 5-9m 4-7m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa
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ESPÉCIES ARBÓREAS DE PORTE ALTO (ACIMA DE 10 METROS)

Espécie Espécie Espécie


Andira Fraxinifolia Benth. Bowdichia virgilioides Chorisia speciosa St. Hil
Benth.
Nome comum Nome comum Nome comum
Angelim doce Sucupira Paineira rosa
Porte médio Porte médio Porte médio
8-16m 15-30m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Couroupita guianensis Aulil Caesalpinia echinata L. Anadenanthera macrocarpa
Benth
Nome comum Nome comum Nome comum
Abricó-de-macaco Pau-brasil Angico de caroço
Porte médio Porte médio Porte médio
8-15m 8-12m 13-20m
Observações Observações Observações
Nativa; Tronco ornamental Nativa Nativa
Espécie Espécie Espécie
Protium heptaphyllum Aulil Caesalpinia ferrea Mart. Myracrodruom urundeuva
Allemão
Nome comum Nome comum Nome comum
Amescla-de-cheiro Pau-ferro Aroeira branca
Porte médio Porte médio Porte médio
10-20m 6-20m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa
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ESPÉCIES ARBÓREAS DE PORTE ALTO (ACIMA DE 10 METROS)

Espécie Espécie Espécie


Tibouchina mutabilis Vell. Schinopsis brasiliensis Sterculia chicha St. Hil
Engl.
Nome comum Nome comum Nome comum
Quaresmeira-Nativa Baraúna chichá
Porte médio Porte médio Porte médio
7-12 m 10-12 m 10-20m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Eschweilera ovata Cambess Cedrela odorata L. Tabebuia serratifolia Vahl.
Nome comum Nome comum Nome comum
Biriba cedro Ipê-amarelo
Porte médio Porte médio Porte médio
4-18m 25-30 m 15 m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Cupania racemosa Vell Astronium fraxinifolium Tabebuia impetiginosa
Schatt Mart.
Nome comum Nome comum Nome comum
Camboatá-da-mata Gonçalo Alves Ipê-roxo
Porte médio Porte médio Porte médio
5-12 m 8-12 m 8-12 m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa
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ESPÉCIES ARBÓREAS DE PORTE ALTO (ACIMA DE 10 METROS)

Espécie Espécie Espécie


Lecythis pisonis Cambess Erytrina speciosa Andr Grevilea robusta Cunn
Nome comum Nome comum Nome comum
sapucaia Mulungu do litoral Grevílea
Porte médio Porte médio Porte médio
12-18 m 15-20m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Exótica

Espécie Espécie Espécie


Taperira guianensis Aubl. Adenanthera pavonina L. Artocarpus altilis Parkinan
Nome comum Nome comum Nome comum
Pau pombo tento carolina Fruta-pão
Porte médio Porte médio Porte médio
8-20m 12-15m 10-20m
Observações Observações Observações
Nativa Exótica Exótica

Espécie Espécie Espécie


Caesalpinia peltophoroides Casuarina equisetifolia L. Syzygium cumini L.
Benth
Nome comum Nome comum Nome comum
Sibipiruna Casuarina Jamelão
Porte médio Porte médio Porte médio
8-16m 10-20m 15-20m
Observações Observações Observações
Nativa Exótica Exótica
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ESPÉCIES ARBÓREAS DE PORTE ALTO (ACIMA DE 10 METROS)

Espécie Espécie Espécie


Hymenaea courbaril Hayne Campomanesia guaviroba Gustavia augusta L.
DC.
Nome comum Nome comum Nome comum
Jatobá Guabiraba gustavia/geniperana
Porte médio Porte médio Porte médio
15-20m 4-12m 6-10mm
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Dalbergia nigra Vellozo Peltophorum pterocarpum Cassia leptophylla Vagel
DC.
Nome comum Nome comum Nome comum
Jacarandá-da-bahia famboiã amarelo falso barbatimão
Porte médio Porte médio Porte médio
15-25m 15-25m 8-14m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Schizolobium parahyba Vell Clusia hilariana Schltcle Jacaranda cuspidifolia
Mart.
Nome comum Nome comum Nome comum
Guapuruvu camaçari jacarandá de minas
Porte médio Porte médio Porte médio
20-30m 4-8m 5-10m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa
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ESPÉCIES ARBÓREAS FRUTÍFERAS INDICADAS PARA ARBORIZAÇÃO

Espécie Espécie Espécie


Morus nigra L. Eugenia uniflora L. Mangifera indica L.
Nome comum Nome comum Nome comum
Amoreira preta Pitangueira mangueira anã
Porte médio Porte médio Porte médio
6-12m 6-12m 6-12m
Observações Observações Observações
Exótica Nativa Exótica

Espécie Espécie Espécie


Malpighia emarginata DC. Anacardium microcarpum Anonna squamosa L.
Ducke
Nome comum Nome comum Nome comum
Acerola Cajuí Atemóia/pinha
Porte médio Porte médio Porte médio
2-4m 6-14m 3-5m
Observações Observações Observações
Exótica Nativa Exótica

Espécie Espécie Espécie


Talisia esculenta Radlk Anacardium occidentale L. Spondias purpurea L.
Nome comum Nome comum Nome comum
Pitombeira cajueiro Ciriguela
Porte médio Porte médio Porte médio
6-12m 5-10m 3-6m
Observações Observações Nativa Observações
Nativa Nativa da américa central
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ESPÉCIES ARBÓREAS FRUTÍFERAS INDICADAS PARA ARBORIZAÇÃO

Espécie Espécie Espécie


Citrus reticulata L. Byrsonima sericea DC. Manilkara zapota L.
Nome comum Nome comum Nome comum
Tangerina Murici sapoti
Porte médio Porte médio Porte médio
3-5m 6-16m
Observações Observações Observações
Exótica Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Spondias tuberosa An. Cam Myrciaria cauliflora Berg Psidium guajava L.
Nome comum Nome comum Nome comum
umbuzeiro Jaboticaba goiabeira
Porte médio Porte médio Porte médio
4-7m 10-15m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa; caducifólia

Espécie Espécie Espécie


Averrhoa carambola L. Spondias mombin L. Eugenia brasiliensis Lam.
Nome comum Nome comum Nome comum
carambola Cajazeira Nativa grumixama

Porte médio Porte médio Porte médio


5-10m 20-25m 8-15m
Observações Observações Observações
Exótica Nativa Nativa
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ESPÉCIES DE PALMEIRAS
Espécie Espécie Espécie
Roystonea regia Syagrus coronata Mart. Oenocarpus bacaba Mart.
Nome comum Nome comum Nome comum
Palmeira imperial licuri bacaba
Porte médio Porte médio Porte médio
12-15m 3-10m 20-30m
Observações Observações Observações
Exótica Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Dypsis lutescens Wendel Copernicia prunifera Millar Syagrus romanzoffiana
Cham.
Nome comum Nome comum Nome comum
areca bambu carnaúba Coqueiro-jerivá
Porte médio Porte médio Porte médio
3-8m 7-10m 10-15m
Observações Observações Observações
Exótica Nativa Nativa

Espécie Espécie Espécie


Mauritia flexuosa Mart. Euterpe oleracea Mart. Acrocomia aculeata Jacq.
Nome comum Nome comum Nome comum
buriti açaí macaúba
Porte médio Porte médio Porte médio
15-25m 10-20m 10-15m
Observações Observações Observações
Nativa Nativa Nativa
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ESPÉCIES DE PALMEIRAS

Espécie Espécie Espécie


Allagoptera arenaria Kuntze Euterpe edulis Mart. Syagrus cearensis
Noblick
Nome comum Nome comum Nome comum
buri-de-praia juçara catolé
Porte médio Porte médio Porte médio
1-3m 5-12m 4-10m
Observações Observações Observações
Nativa nas restingas e praias Ameaçada em seu habitat Nativa
litorâneas. natural na Mata Atlãntica.

Espécie Espécie Espécie


Bactris ferruginea Burret Syagrus schizophylla Mart. Butia odorata Barb.
Rodr.
Nome comum Nome comum Nome comum
tucum licuriroba butiá-da-praia
Porte médio Porte médio Porte médio
4-9m 3-6m
Observações Observações Observações
Nativa; Ocorre na costa Nativa Nativa
litorânea
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V.2 - Padrão da muda adequada


- As mudas devem ser produzidas em embalagens que comportem no
A qualidade da muda a ser implantada é um dos aspectos mínimo 10 litros de substrato.
primordiais para o sucesso da arborização. Antes da aquisição de mudas ou
da sua produção alguns aspectos devem ser observados e as recomendações - Todas as mudas devem está devidamente tutoradas a fim proporcionar
devem ser seguidas a fim de potencializar o sucesso do plantio: um desenvolvimento retilíneo do caule e evitar danos mecânicos.

- Alturas e dimensões: - Ilustração do padrão e forma de plantio da muda:

PALMEIRAS
Altura do estipe Altura total Diâmetro mínimo
2,0m 4,0m 0,15m
ESPÉCIES ARBÓREAS
Altura do fuste Altura total Diâmetro mínimo
1,80m 2,0m 0,03m
Fonte: Adaptado do Plano Diretor de Arborização Urbana de Porto Alegre-RS, 2007

- As raízes devem apresentar uma boa formação sem enovelamentos e sem


o ataque de pragas.
- As mudas devem apresentar uma boa qualidade fitossanitária estando
livres de praga ou doenças que possam prejudicar a sobrevivência destas
após a sua implantação.
Fonte: Plano Diretor de Arborização urbana de Porto Alegre-RS, 2007.
- Possuir fuste retilíneo, sem deformações ou tortuosidades que possam
comprometer o seu bom desenvolvimento no campo;
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V.3 Critérios para a definição dos locais de plantio revitalização e construção de novas praças. Nos últimos anos observou-se
em Aracaju que as novas praças construídas ou que foram revitalizadas vêm
É primordial para o planejamento a identificação dos espaços apresentando uma diminuição do seu espaço permeável e
disponíveis para a arborização como praças, avenidas, parques, parques, consequentemente uma diminuição do potencial de implantação de uma
rotatórias, bosques, áreas privadas e etc. É recomendável a arborização de
locais onde as condições físicas permitam a sua implantação. Por exemplo, massa arbórea mais significativa.
os locais de plantio, a serem descritos para a implantação devem ser Logo, percebe-se a importância de se determinar o percentual
adequados ao porte das árvores e à largura de ruas e passeios. A máximo de impermeabilização da praça e alocar nos projetos a máxima
Identificação das áreas a serem arborizadas será definida nos programas quantidade de árvores possível, as quais estejam distribuídas por toda área
anuais de arborização, que serão apresentados pela secretaria do meio da praça.
ambiente.
b) Vias públicas
a) Praças públicas
As praças públicas são um dos espaços mais importantes para o As vias públicas são os locais mais complexos para a implantação
lazer da população de alguns bairros do município de Aracaju-SE. Além de da arborização, devido a serie de impedimentos e conflitos que existem:
ser um espaço destinado ao lazer, a pratica de esportes e a interação social largura reduzida, presença de fiação, redes subterrâneas e etc. Ao arborizar
de uma comunidade, constituem uma categoria do sistema de áreas verdes uma via pública deve-se previamente realizar um cadastramento da avenida
de uma cidade que quando estão associadas à vegetação (principalmente de e definir de acordo com as carcteristicas dimensionais da via qual a espécie
porte arbóreo) proporcionam um conforto térmico mais agradável que será utilizada, assim quando as equipes de campo quiserem consultar
qual o tipo de espécie a plantar em determinada avenida, quarteirão ou
(microclima) e embelezam a estética da paisagem urbana. Nesses espaços
canteiro devem consultar o programa de arborização do ano em vigência
deve-se sempre prevalecer à visão integrada de que é preciso harmonizar para se certificar sobre o tipo de espécie que foi definido para o local.
todas essas funções da melhor forma possível. Deve-se preve também a substituição dos indivíduos comprometidos
Alguns aspectos precisam ser observados dentro da temática praça fisiologicamente, por meio do inventário.
pública, principalmente, no que diz respeito aos projetos arquitetônicos de
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Concepção do Mini Bosque:


Na arborização de algumas vias será incentivado e lançado o
programa de adoção de mudas por empresas que tenham interesse em usar
o espaço disponivel nos Cachepois (grades de proteção) para publicidade.

c) Mini bosques

A instituição de mini bosques tem como principal concepção o


aumento das áreas verdes da cidade de forma mais rápida e financeiramente
mais rentável. Como as praças demandam altos recursos para serem
implantadas, A ideia do mini bosque é trazer um novo conceito de área
verde para a cidade de Aracaju, onde tem-se o mínimo de intervenção
infraestrutural e privilegia-se o componente verde. Dessa forma, diminuem-
se os custos de implantação. O objetivo principal é aumentar
significativamente a cobertura arbórea da cidade associada a um conceito de
sustentabilidade. Conforme esquematizado na ilustração a implantação de
um mini bosque deve seguir alguns conceitos:
1. Percentual minimo de compactação do solo (apenas nas passarelas de
circulação principal);
2. Pisos permeáveis (Terra batida, saibros, seixos rolados e etc.);
3. Maçicos florestais;
4. Área central para uso infantil.
5. Implantação de bancos.

Ilustração e planejamento: Arquiteto Rômulo Cesar Gomes, 2014.


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V.4 Locais e distâncias:


Além da observação desses valores deve-se registrar a existência de
PASSEIOS PÚBLICOS fiação sob o local, essa informação também define o porte da árvore a ser
LARGURA Entre 1,5 e 2,0m Árvores de pequeno porte. implantada. Em locais onde há presença de fiação deve-se plantar apenas
Largura Entre 2,0 e 2,5m Árvores de médio porte. árvores de pequeno a médio porte.
Largura Acima de 3m Árvores de grande porte. O levantamento dos locais a serem arborizados, complementados
Espaço livre mínimo para a passagem do pedestre 1,2m. ou adaptados, são fudamentais para que se possa harmonizar todos esses
Recuo mínimo da muda em relação ao meio fio 0,5m. aspectos. Após a definição dos locais deve-se planejar as etapas e os
Distância mínima entre árvore e entradas de 1,0m. cuidados que devem ser tomados para a implantação da arborização.
garagem
Área permeável ao redor da muda - 2m²/árvores de pequeno
porte.
- 3m²/árvores de grande
porte.
- o valor mínimo é de 1m².
CANTEIROS CENTRAIS DAS AVENIDAS
Canteiros com Largura mínima de 1,0m Árvores de pequeno porte.
Canteiros com largura acima de 2,0m Árvores de médio e grande
porte.
SUGESTÃO DE ESPAÇAMENTO ENTRE ÁRVORES
Pequeno porte 3-5,0m
Médio porte 8,0m
Grande porte 10 a 12m
Fonte: adaptado de MATOS, 2009.
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VI.1 Época de plantio VI. IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO


A melhor época de plantio corresponde ao inicio do período As covas devem ser adubadas1 antes do pantio definitivo da mudas.
chuvoso, que em Aracaju concentra-se entre os meses de abril e julho.
Quando há disponibilidade de recursos para a irrigação o período de plantio
pode estender-se para qualquer época do ano. Em cidades muito quentes
mesmo as mudas sendo plantadas na época adequada pode existir a
necessidade de irrigação, logo o planejamento dessa atividade deve prevê
custos para a irrigação nesses períodos.

VI.2 Coveamento Área do coleto

O tamanho mínimo das covas deve ser de 60cmx60cmx60cm, Fonte:google imagens, 2014.
caso o solo esteja muito compactado ou apresente uma grande quantidade
de pedregulhos o tamanho deve ser de 1,0m x 1,0m x 1,0m. Antes do VI.4 Tutoramento
plantio realizar a limpeza da cova.
Essa operação consiste em colocar um tutor que serve como
VI.3 Plantio sustentação para que a muda tenha um crescimento retilíneo, sem
inclinação. O amarrio deve ser de um material que se deteriore com o
- A muda deve ser colocada na região central da cova, tempo e deve ser feito em forma de oito em no minimo dois pontos (ver
preenchendo os espaços vazios com o solo de preenchimento;Antes de ilustração da muda padrão).
colocar a muda na cova o recipiente deve ser removido;
- Durante o plantio deve-se certificar que a região entre a parte
área e a raiz fique no mesmo nivel do terreno evitando que as raízes fiquem
expostas ou queo coleto seja “afogado” 1
Preferencialmente usar adubos orgânicos, como estercos e compostagens.
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VII. MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO


O processo de arborização de uma cidade não finaliza com o
plantio da muda, após a sua implantação deve-se planejar o programa de estratégias, tendo sempre em vista a melhoria das ações que estão sendo
monitoramento dessas mudas. executadas pela gestão pública em relação à arborização da cidade.
Para que o monitoramento possa ser realizado de forma satisfatoria
as mudas devem ser georreferenciadas e alocadas em croquis que possam
Exemplo do croqui para monitoramento:
facilitar a localização da muda. CROQUIS DE MONITORAMENTO
Durante o monitoramento deve-se relatar se a muda está viva ou Local:
Data de plantio:
morta, informação que servirá para o cálculo do índice de sobrivencia das Nº Espécie Estado
mudas, e aspectos do seu desenvolvimento deve ser observado registrando- V M
1
se as necessidades de tratos silviculturais como rega, adubação, controle 2
fitossanitárioa e ocorrências de atos de vandalismo 3
Ao final de cada mês a equipe técnica responsável pelo 4
5
monitoramento deve apresentar relatório de atividades contendo o croqui de 6
localização do que foi monitorado e o percentual de mortalidade das mudas 7
8
em cada área visitada. Ao se observar mudas mortas a reposição será 9
solicitada, por isso será previsto no computo total das mudas a serem 10
produzidas ou adquiridas, reserva do quantitativo necessário para a TOTAL
Observações e recomendações
reposição. Os locais onde os atos de vandalismo são constantes deve-se
solicitar a Secretaria de Defesa Social a presença de Guardas Municipais.
Fonte: PARANÁ, 2012.
Ao final de cada ano será disponibilizado o relatorio final sobre as ações de
monitoramento e manutenção da arborização. Essas informações serão
fundamentais para a otimização do planejamento e readequação das
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VIII. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Educação Ambiental constitui-se de instrumentos de implantada, fazendo-se um trabalho de porta em porta, onde os
entendimento e transformação do meio ambiente no qual todos os cidadãos serão incentivados a fortalecer a cultura de preservação do
indivíduos de uma comunidade estão imersos e esta deve estar meio ambiente e melhoria da qualidade de vida.
presente dentro de todos os níveis educacionais, com o objetivo de
atingir a todos. Das ações
Nesse contexto programas de educação ambiental voltados A primeira ação, nomeada como “Plantando sementes,
para orientar a população sobre a importancia da conservação da germinando qualidade e colhendo saúde” será realizada em todas
arborização urbana são fundamentais para o processo de reabilitação as escolas da rede municipal. Esta ação traz uma preocupação com a
da arborização de Aracaju, tendo em vista, também, o alto indice de alimentação dos estudantes, onde, através da plantação de hortaliças
vandalismo empreendido às mudas plantadas no ano de 2013. e plantas medicinais nos espaços escolares e mudas de árvores
As ações de educação ambiental terão como principal objetivo levar frutíferas, pretende-se auxiliar na construção de uma alimentação
a toda população informações esclarecedoras sobre a importância da saudável. Nas escolas em que não
arborização. O processo educativo buscará despertar o interesse dos houver espaços para arborização
vários segmentos da sociedade, bem como esclarecer a comunidade e plantação de quaisquer mudas,
por meio de material didático, comunicações e espaço na midia, receberão a chamada “horta
contendo informações que possam contribuir com esse processo. As vertical”. A horta vertical é
ações de educação ambiental serão desenvolvidas incialmente no construída com garrafa pet
âmbito das escolas e nas localidades onde a arborização será colocada de forma suspensa na parede de maneira que permite a
germinação de hortaliças e plantas medicinais.
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A segunda ação nomeada de “Guardião Ambiental”


consiste em incentivar técnicos e cidadãos que queiram participar
dessa atividade como voluntários indo às ruas, porta a porta, para
abordar de forma lúdica a população, conscientizando as pessoas da
importância das árvores para um microclima mais agradável na
cidade e convidando-as para participarem dos plantios e adotarem as
mudas que forem plantadas proximo as suas residências. Um selo
será distribuído com o emblema:
“Sou Guardião do Meio Ambiente, Sou guardião da VIDA!”.

GUARDIÃO AMBIENTAL
Secretaria do Meio Ambiente
Aracaju-SE
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IX. ROTEIRO DOS PROGRAMAS ANUAIS DE


ARBORIZAÇÃO

Todos os aspectos apresentados neste plano devem servir de


base para a elaboração dos programas anuais que é uma das metas
gerais do plano, para isso os seguintes itens devem atendidos na
durate a sua elaboração:

a. Definição das espécies e da quantidade de mudas que serão


adquiridas ou produzidas. O quantitativo das mudas deve prevê
e descrever:

O platio propriamente dito;


As doações aos cidadãos;
O percentual para o replantio;
E as compesaçãoes das supressões autorizadas pela
SEMA no ano anterior.

b. Caracterização e definição dos locais, descritos por bairro;


X. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS, A. L.; RANGEL, M. S. A. Lista de espécies indicadas para arborização de Aracaju. Comitê consultivo de arborização urbana, 2012.

ESTADO DO PARANA. Manual para elaboração do plano municipal de arborização urbana. 2012.

FERREIRA, R. A.; PLÁCIDO, D.; SANTOS, C. Z. A., GRAÇA, D. A. S.; JUNIOR, P. P. A.; BARRETTO, S. S. B.; DANTAS, J. D. M.; SILVA, T.
L., SOUZA, A. L.L.; GOMES, L. P. S. Manual de Arborização Urbana de Aracaju: praças. 2011.

MATOS, E. MATOS, ELOINA; PAGANUCCI, Q. L. Árvores para cidades. ED. SOLISLUNA, 2009.

PORTO ALEGRE. Plano Diretor de arborização urbana. 2007.

SANTOS,C.Z.A.; Levantamento florístico de 25 vias públicas de Aracaju-SE. Revista da sociedade brasileira de arborização urbana.

OLIVEIRA, A. C. A. Avaliação da Qualidade de Mudas de Espécies Arbóreas Destinadas à Arborização de Vias Públicas de
Aracaju-Sergipe. Universidade Federal de Sergipe/Curso de Engenharia Florestal. 2013.

SANTOS, C. Z. A.; FERREIRA, R. A.; SANTOS, L. R.; SANTOS, L. I.; GOMES, S. H.; GRAÇA, D. A. S. Análise qualitativa da arborização urbana de 25
vias públicas da cidade de aracaju-se. Revista Ciência Florestal, Santa Maria, no prelo.

SANTOS, C. Z. A. Aspectos para o planejamento das áreas verdes públicas de Aracaju-SE. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de
Sergipe, 2013.

Fonte das imagens:

GOOGLE IMAGENS, 2014.

www.florabrasileira.

www.ojardineiro.net

Av. Pedro Paes Azevedo, 575 – Salgado Filho – Aracaju-SE - CEP. 49020-450
(079) 3246-6461
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AGRADECIMETOS

Agradecemos aos membros do Cômite Consultivo de Arorização Urbana de Aracaju que vem
contribuindo com discussões e sugestões para a melhoria e readequadação da arborização de Aracaju.
Em especial agradecemos aos membros que diretamente contribuiram com a elaboração e melhoria
deste documento:

Antonino Campos de Lima


Maria Salete Alves Rangel
José Waldson Costa Andrade

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