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PARAGOMINAS
2016
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
PARAGOMINAS
2016
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal Rural da Amazônia
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Silva, Izomar Barreto da
Características agronômicas de alface (Lactuca sativa) sob diferentes coberturas
mortas no município de Paragominas-Pa. / Izomar Barreto da Silva_ Paragominas,
2016.
38 f.
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal Rural
da Amazônia – Campus Paragominas como requisito para a obtenção do grau de Bacharelado em Engenharia
agronômica.
Banca Examinadora:
________________________________ Orientadora
D.Sc. Luciana da Silva Borges
Universidade Federal Rural da Amazônia
________________________________ Membro 1
D.Sc. Luis de Sousa Freitas
Universidade Federal Rural da Amazônia
________________________________ Membro 2
D.Sc. Rafaelle Fazzi Gomes
Universidade Federal Rural da Amazônia
À Deus que sempre esteve nessa jornada da minha
vida. Às pessoas de maior significado em minha
vida, meus pais que sempre estiveram do meu lado
nesta árdua jornada, e a todos os meus irmãos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus que me deu o dom da vida e por ter me dado força de
vontade para nunca desistir e por ter proporcionado a oportunidade de estar realizando um dos
meus sonhos apesar das inúmeras dificuldades.
É com muita satisfação que dedico este trabalho a minha família em especial ao meu pai
Iberno da Silva (In memoriam) e a minha mãe Iracema Barreto, pela vida, amor,
ensinamentos, infinitas orações, compreensão e pelo grande incentivo que recebi ao longo de
minha vida.
A Universidade Federal Rural da Amazônia, pela grande oportunidade de tornar este sonho
em realidade.
A todos os meus queridos irmãos, em especial Ismael Barreto, Iraneide Barreto, por sempre
me motivar em todos os momentos, ao meus amados tios e tias, em especial Ary de Sousa
Barreto, por me apoiar em tudo, a minha amada namorada Mayara Oliveira pela paciência,
dedicação e compreensão em todos os momentos. Foram pessoas especiais que durante este
longo período sempre pude contar.
Aos verdadeiros e eternos amigos em especial Adenil Mescouto, José Raimundo, Márcio
Oliveira, Suzane Cardoso, Lia Soares, Pedro Lima, Rafael Pimentel, ao parceiros e amigos de
experimento Cleyton Monteiro e Camile Bastos pela grande força, a Rita Silva Viana pelos
sábios conselhos, a Georgiane Titan (Sebrae) pelas oportunidades de conhecimentos. Aos
demais amigos de classe que compartilharam os bons e difíceis momentos.
A todos os professores que contribuíram para esta conquista, em especial a minha orientadora
Luciana da Silva Borges pelos ensinamentos e paciência, e ao Professor Luís de Sousa
Freitas, pela amizade e incentivo.
A dona Maria Gomes, minha segunda mãe nesta cidade, que sempre me apoiou em tudo no
decorrer deste período, pessoas especiais que me apoiaram na alegria e na tristeza, e que
fazem parte da minha vida, aos amigos da turma de AGRONOMIA 2011 e a todos os amigos
que conquistei neste longo trajeto.
Aos funcionários em geral da UFRA em especial Tia Neia, Junior, Michele, e a coordenação
geral do campus.
RESUMO
A cultura da alface é de origem asiática pertencente ao grupo das folhosas mais populares no
mundo, seu consumo se dá principalmente na forma in natura, em saladas. A alface é rica em
vitaminas A, B1, B2 e C, além de possuir concentrações de ferro, cálcio e fósforo. Seu cultivo
é de grande importância para a economia nacional, pois é fonte de geração de emprego e
renda para os agricultores. No Brasil, o plantio e comercialização está baseado nas pequenas
propriedades rurais, onde os maiores produtores nacionais encontram se nas regiões Sul e
Sudeste, e a base comercial da cultura são as feiras livres e os grandes centros de distribuição.
O trabalho foi realizado na Universidade Federal Rural da Amazônia- campus Paragominas-
Pa, e teve por objetivo avaliar os diferentes tipos de coberturas mortas no cultivo de alface,
onde foram avaliadas as coberturas mortas capim brachiaria, capim elefante, capim panincum,
palha de arroz, grama estrela, serragem de madeira, e testemunha (sem cobertura). As
características avaliadas foram, o diâmetro do colo, tamanho das folhas, número de folhas,
peso da massa fresca da parte aérea, peso da massa seca da parte aérea, produtividade,
temperatura do solo nos tratamentos, incidência de plantas daninhas. Os resultados mostraram
que as coberturas mortas utilizadas no experimento obtiveram resultados satisfatórios em
relação as características avaliadas, bem como a importância do uso de coberturas mortas para
o solo.
Palavras-chaves: Horticultura. Olerícolas. Plantas daninhas. Técnicas.
ABSTRACT
The lettuce culture is from asia, belonging to the group of the most popular harwoods in the
word, its consumption is mainly in natura in salads. Lettuce is rich in vitamins A, B1, B2 and
C, as well as waving high concentrations of iron, calcium and phosphourus, being an
important source of employment and income for farmers. In Brazil planting and marketingis
is basead on small farms, where the biggest domestic producers are found (South and
Southeast), and the commercial basis of this kind of culture are the fairs and large distribution
centers. This work aimed to evaluate different types of mulches ongrowing lettuce in the
municipality of Paragominas - Pa. The mulches valuate dwere brachiaria grass, elephant
grass, panincum grass, rice straw, star grass, sawdust and control (no cover). The evaluated
characteristics were the diameter, of the colo, size of leaves, leaf number, fresh weight, dry
weight, productivity and soil temperature in the treatments, weeds incidence. The results
showed that the mulches used in the experiment obtained satisfactory results for the
characteristics evaluated, as well as the importance of using mulches to appropriate soil
management.
Keywords: Horticulture. Vegetable crop. Technique. Weed.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 14
2.1 Geral ............................................................................................................................... 14
2.2 Específicos...................................................................................................................... 14
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 14
3.1 Importância econômica e social ................................................................................... 14
3.2 Caracterização da cultura ............................................................................................ 15
3.3 Botânica ......................................................................................................................... 15
3.4 Cultivares ....................................................................................................................... 16
3.5 Preparo do solo e adubação ......................................................................................... 16
3.6 Clima .............................................................................................................................. 17
3.7 Implantação e propagação ........................................................................................... 17
3.8 Colheita .......................................................................................................................... 18
3.9 Cobertura Morta ........................................................................................................... 18
3.10 Interferência de Plantas Daninhas no cultivo de Hortaliças ................................... 19
4 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 19
4.1 Localização e implantação do experimento ................................................................ 19
4.2 Resultados de análise do solo ....................................................................................... 20
4.3 Limpeza da área ............................................................................................................ 20
4.4 Levantamento dos canteiros ........................................................................................ 21
4.5 Calagem e adubação ..................................................................................................... 21
4.6 Delineamento experimental e parcelas ....................................................................... 22
4.7 Tratamentos .................................................................................................................. 22
4.8 Cultivar utilizada .......................................................................................................... 22
4.9 Semeadura da alface ..................................................................................................... 22
4.10 Tratos culturais nas mudas ........................................................................................ 23
4.11 Implantação e condução do experimento ................................................................. 23
4.12 Transplante das mudas .............................................................................................. 24
4.13 Tratos culturais na alface ........................................................................................... 24
4.14 Colheita da alface ........................................................................................................ 24
4.15 Características avaliadas ............................................................................................ 25
4.15.1 Diâmetro do colo ................................................................................................................ 25
4.15.2 Tamanho de folhas ............................................................................................................. 25
4.15.3 Números de folhas por planta ............................................................................................. 26
4.15.4 Massa fresca da parte aérea ................................................................................................ 26
4.15.5 Massa seca da parte aérea................................................................................................... 26
4.15.6 Incidência de plantas daninhas ........................................................................................... 27
4.15.7 Temperatura do solo nos tratamentos ................................................................................. 27
4.15.8 Produtividade da alface ...................................................................................................... 27
4.15.9 Análise de macro e micro nutrientes da área foliar da alface ............................................. 27
4.15.10 Análise estatística ............................................................................................................. 28
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 28
6 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 35
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 36
13
1 INTRODUÇÃO
A produção e o consumo de alimentos, são fatores para explicar a adaptação e fixação
do homem aos mais distintos ambientes do globo terrestre. Devido à baixa demanda
demográfica, era permitido que frutas e hortaliças fossem adquiridos na natureza, sendo
desnecessário seu cultivo. Mas, evidenciou-se a necessidade de maior complementação na
dieta alimentar diária à base de produtos vegetais não cozidos (ANDRIOLO, 2002).
De acordo com estudos realizados pela Associação Brasileira do Comércio de
Sementes e Mudas (ABCSEM), estima-se que o cultivo e a produção de hortaliças gerem 2,4
milhões de empregos diretos, onde os maiores produtores são de micro e pequeno porte (até
dez hectares) concentrados próximos aos grandes centros urbanos, principalmente nas
Regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste (FLOSS, 2012).
A produção de hortaliças no país aumentou consideravelmente, enquanto que a área
foi reduzida, evidenciando dessa forma, incremento na produtividade. A produção em
pequenas áreas, o número de empregos que gera e o rápido retorno financeiro, caracterizam a
expansão da olericultura no Brasil, além do grande valor nutricional das hortaliças, por serem
fontes ricas de minerais e vitaminas (MELLO; VILLELA, 2007).
Segundo HENZ e VILELA (2000), considera-se que as hortaliças são culturas
temporárias, e dependendo da espécie, época de cultivo e região, os níveis de investimentos
por hectare podem variar significativamente. Os autores certificam que o produtor obtém um
lucro razoável, mas que tudo depende do valor agregado ao produto, sendo difícil mensurar
médias de lucros em uma atividade sujeita a tantos altos e baixos.
O desafio dos produtores brasileiros de hortaliças ainda é grande, e para suprir a
demanda do mercado consumidor em quantidade, qualidade e regularidade, torna - se
necessário o uso de sistemas de cultivo que melhorem a produtividade e a qualidade das
hortaliças (FURLANI; PURQUEIRO, 2010).
A alface adapta-se em diversas partes do mundo sendo apreciada por milhares de
pessoas. Suas exigências maiores são quanto ao clima, principalmente a luminosidade. Resiste
a baixas temperaturas e geadas leves. Normalmente, as temperaturas ótimas de crescimento
encontram se entre 15 e 20ºC favorecem a formação de cabeça. A fase reprodutiva é
favorecida por dias longos e temperaturas acima de 20ºC (YURI, 2000).
A evolução de cultivares e sistemas de manejo, tratos culturais, irrigação,
espaçamentos, técnicas de colheita e de conservação pós-colheita e as mudanças de hábitos na
14
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
O trabalho tem por objetivo avaliar a produção de alface sob diferentes coberturas
mortas no município de Paragominas-Pa.
2.2 Específicos
Avaliar os índices morfofisiológicos da cultura da alface em diferentes coberturas
mortas;
Mensurar a temperatura do solo sob as coberturas mortas;
Determinar o teor de macro e micronutrientes da alface;
Avaliar a incidência das plantas daninhas sob diferentes coberturas mortas.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.3 Botânica
A alface (Lactuca sativa L) é uma planta herbácea, anual, pertencente à família
(Asteraceae), sendo considerada a hortaliça folhosa mais importante na alimentação do
brasileiro, com expressiva importância econômica (CARVALHO et al., 2005). Sendo
produzida durante o ano inteiro, em períodos que ocorrem elevadas temperaturas e radiação
solar, que favorece o pendoamento precoce das plantas e, no período de precipitações, que
podem retardar o crescimento e danificar as plantas (FILGUEIRA, 2008).
16
3.4 Cultivares
Os tipos de alface mais comuns e consumidos no Brasil, atualmente se concentra em
três tipos principais, a alface de folhas lisas, a alface de folhas crespas e soltas e a alface de
folhas crespas repolhuda (americana). Até a década de 1980 predominava a produção e
consumo da alface do tipo lisa, com as exigências e preferências do mercado foram mudadas
houve o crescimento dos outros tipos, como a repolhuda- crespa (americana), repolhuda
manteiga e solta crespa (FILGUEIRA, 2008).
Como exemplo, na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo
(CEAGESP), como destaque para o período entre 1995 e 2005, o volume de alface lisa
comercializado passou de 51% para 12%, correspondendo a cerca de 11% em 2011 (Sala,
2012). Atualmente, o segmento mais comercializado no Brasil é do tipo crespa de folhas
soltas, que corresponde a 48% do total comercializado no ano de 2010 (ANUÁRIO, 2012).
Segundo FILGUEIRA (2008), as cultivares são agrupadas conforme as características
das folhas e a formação ou não de cabeça conforme a seguir:
Tipo Repolhuda – crespa (Americana): as folhas são consistentes, crespas e imbricam
formando uma cabeça compacta sendo as folhas internas mais crocantes e preferidas
em relação as externas. Apresenta boa resistência ao transporte e conservações;
Tipo Repolhuda- manteiga: forma cabeça, no entanto as folhas são lisas e delicadas
com aspecto amanteigado;
Tipo Solta – lisa: não forma cabeça, sendo as folhas lisas, soltas e macias;
Tipo Solta crespa: não forma cabeça e as folhas são crespas e soltas;
Tipo Mimosa: não forma cabeça e as folhas possuem aspecto arrepiado e delicadas.
Está entre as mais apreciadas pelos consumidores;
Tipo Romana: forma cabeça não compacta e as folhas são alongadas.
largura dos canteiros geralmente é de um a dois metros. Segundo o autor, a adubação orgânica
pode ser realizada à lanço, antes do preparo dos canteiros, em solos já enriquecidos
(ALMEIDA, 2006).
Para o primeiro ano de manejo, recomenda se abrir covas e adubar de forma
localizada, após o canteiro definitivo ser preparado, recomenda – se a aplicação de 200
gramas de composto úmido ou 100 gramas de esterco curtido por cova. Na fertilização
química, é recomendado a aplicação de 50 a 130 Kg de Nitrogênio e 30 a 50 kg de Potássio
por hectare. O Nitrogênio deve ser fracionado em 3 a 4 aplicações. (SOUSA e RESENDE,
2006).
A alface pode ser cultivada em vários tipos de solos, mas com melhores resultados em
solos argilosos e ricos em matéria orgânica, solos com pH 6,0, já em solos ácidos há a
necessidade de aplicação de calcário, mediante análise de solo, que possibilita aplicar a
quantidade necessária do mesmo (ALMEIDA, 2006).
3.6 Clima
A alface é uma hortaliça que se desenvolve melhor em climas mais amenos, existindo,
porém materiais genéticos com boa tolerância ao cultivo de verão, de forma que em regiões
de altitude é possível cultivar o ano todo, as temperaturas de 20 e 25ºC, são consideradas
ideais (SOARES, 2010).
A alface adapta-se em diversas partes do mundo sendo apreciada por milhares de
pessoas. Suas exigências maiores quanto ao clima são principalmente e luminosidade. Resiste
a baixas temperaturas e geadas leves. Normalmente, as temperaturas ótimas de crescimento
encontram se entre 15 e 25ºC. A fase reprodutiva é favorecida por dias longos e temperaturas
acima de 20ºC, sendo acelerada à medida que a temperatura aumenta (YURI, 2000).
3.8 Colheita
As plantas ao entrarem em estádio reprodutivo tornam se amargas, devido á maior
concentração de ácido laturônico, resultando em baixa aceitação comercial, antes deste
estágio é realizado a colheita, com o máximo desenvolvimento vegetativo, as plantas são
cortadas rentes ao solo ou retiradas com as raízes, é feita uma limpeza das folhas impróprias
ao consumo, o período entre a semeadura e colheita é de aproximadamente 80 dias (VEZON;
PAULA JÚNIOR, 2007).
O volume de alface produzido no sistema convencional varia ao longo do ano de
acordo com as características climáticas regionais, na região Sul do Brasil, o seu cultivo está
sujeito a condições desfavoráveis no inverno, reduzindo o crescimento e danificando as
plantas, no verão as temperaturas elevadas e a intensa radiação solar tendem favorecer o
pendoamento precoce (BOARETTO, 2005).
As cultivares de alface do grupo solta-crespa atualmente dominam o mercado
brasileiro devido apresentarem, nas condições climáticas das principais regiões de cultivo,
maior resistência ao pendoamento precoce em relação aos demais grupos. (SALA; COSTA,
2012)
4 MATERIAL E MÉTODOS
seca bem definida, com temperatura média anual de 26,5º C. A umidade relativa do ar varia
de 70% a 90% (IBGE, 2008).
O experimento foi realizado entre os meses de janeiro e maio de 2016, foram feitas
coletas de amostras de solo na camadas de 0 a 20 cm para posterior análise no laboratório do
Instituto Brasileiro de Análises- IBRA, localizado no estado de São Paulo.
De acordo com a Embrapa (2006) o solo da área experimental é classificado como
Latossolo Amarelo distrófico.
4.7 Tratamentos
Os tratamentos utilizados no experimento foram constituídos dos seguintes resíduos:
palhada de capim brachiaria (Brachiária decumbens), palhada de capim elefante (Pennisetum
purpureum ), palhada de capim panincum (Panincum maximum), palha de arroz (Oryza
sativa), a grama estrela (Cynodon nlemfuensis), serragem de madeira e testemunha (sem
cobertura), sendo que os materiais como o capim brachiaria, capim elefante, capim panincum
foram adquiridos na área de horticultura, onde os mesmos foram cortados e picotados com o
auxílio de facões e depois colocado próximo dos canteiros para posterior secagem por 30 dias
consecutivos, a palha de arroz, a grama estrela e a serragem de madeira, foram adquiridos em
propriedades particulares próximas a Universidade Federal Rural da Amazônia.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verifica-se na (Tabela 2), efeito significativo a nível de 1% para as características de
massa fresca (MF); massa seca (MS); número de folha (NF), diâmetro do colo (DC), tamanho
de folhas (TF) e produtividade (Prod.) na cultura da alface produzida em diferentes coberturas
mortas.
Estudo realizado por FURLAN et al (2015), onde foram analisadas diversas
variedades de alface produzidas em diferentes coberturas mortas, os resultados mostraram que
a cobertura morta foram superiores em relação ao solo descoberto. Os autores demostram que
a cobertura morta é usada, pois reduz a perda de água da superfície do solo, diminui a
temperatura, controla a emergência de plantas invasoras, maior precocidade de colheita,
aumento dos rendimentos da cultura, se comparado ao uso do sistema convencional (sem
cobertura).
Tabela 2 - Dados do diâmetro do colo, número de folhas, tamanho de folhas, massa fresca da parte aérea, e
massa seca da parte aérea em plantas de alface cultivadas sob diferentes coberturas mortas no Município de
Paragominas-Pa 2016.
Com relação ao diâmetro do colo verifica-se (Tabela 2), que a cobertura morta com
serragem e palha arroz, foram superiores em relação aos demais coberturas mortas (grama
estrela, capim elefante, C. panicum, C. brachiaria) e a testemunha, isso provavelmente pode
ter ocorrido devido ao seu melhor desenvolvimento radicular da cultura. Resultados diferentes
foram encontrados por ZIECH et al (2014), revelam que não houve diferença significativa no
diâmetro de caule da cultura, em ambos os ciclos da cultura. No presente trabalho a
testemunha (sem cobertura), obteve um número médio de diâmetro do colo menor em
comparação com os outros tratamentos, onde foi possível observar uma grande incidência de
plantas invasoras que dificultaram o desenvolvimento da cultura neste tratamento (Tabela 3).
Para a característica número de folhas, a cobertura morta com palha de arroz foi
superior as coberturas com capim elefante, serragem, capim brachiaria e capim panincum
(Tabela 2). Os resultados para esta característica avaliada não está de acordo com outro
experimento realizado por MACHADO et al (2008), no qual foi usado diversas coberturas
mortas no cultivo da alface cv. Cinderela, onde a cobertura com serragem apresentou
melhores resultados se comparado com as outras coberturas.
Em estudos sobre os efeitos positivos na utilização de diversas coberturas mortas em
canteiros com alface, que são relatados por ANDRADE JÚNIOR et al (2005), as médias de
folhas foram de 22 a 27 folhas por planta, respectivamente para a alface do tipo lisa cv. Elisa
e Regina, diferindo das médias encontradas no presente trabalho.
Outro experimento realizado por CARVALHO et al (2005), obteve para a cultivar cv.
Regina 2000 cultivadas sobre a cobertura de capim, palha de arroz, palha de café e serragem,
médias entre 35 e 40 folhas por planta, resultados contrários encontrados no presente trabalho.
Para PORTO et al (1999) os autores observaram que o menor número de folhas podem
ser causados pela temperatura e luminosidade elevada no período em que se realiza o
experimento, constatando desta maneira que a temperatura e a luminosidade são fatores que
interferem diretamente sobre o desenvolvimento da cultura.
Estudos feitos por ZIECH et al (2014) relatam que o número de folhas por planta
respondeu de forma diferenciada, aos sistemas de manejo de cobertura do solo, no qual
resultou em um maior número médio de folhas, se comparado ao cultivo convencional (sem
cobertura), Resultados semelhantes ao presente trabalho, segundo os autores, para que a
utilização da cobertura morta seja viável é necessário o uso de novas alternativas e que as
mesmas estejam disponíveis na região de cultivo, garantindo desta maneira o aumento da
produtividade. Concordando no presente trabalho que a palha de arroz, utilizada como
30
cobertura morta, apresentando bons resultados, além de ser um material disponível na região
do Município de Paragominas.
Avaliando a característica do diâmetro de folhas, os tratamentos que obtiveram uma
maior significância no experimento, foram o capim brachiaria e palha de arroz, em relação
aos tratamentos com a grama estrela e testemunha (Tabela 2), os resultados encontrados no
trabalho está em acordo com estudos realizados por MACHADO et al. (2008) que evidenciam
que o capim brachiaria por pertencer a classe das leguminosas, tem grande facilidade de
decomposição e por possuírem uma associação com as bactérias fixadoras de nitrogénio,
possibilitam elevado teor a cultura, atribuindo desta maneira para uma melhor absorção de
nutrientes no solo para a cultura.
Na característica da massa fresca, a cobertura morta com capim elefante e palha de
arroz, obtiveram valores significativos em relação aos demais tratamentos (Tabela 2). Em
concordância com BRITO et al. (2015), constataram que a massa fresca diferenciou entre os
tratamentos, tendo resultados mais elevados as coberturas com bagana de carnaúba (cobertura
morta) e o plástico (mulching), 66,72g e 57,56g, respectivamente. Ainda no mesmo estudo, as
coberturas proporcionaram um ambiente mais favorável para o crescimento e
desenvolvimento da planta.
Verifica-se na (Tabela 2), que houve diferença significativa para a característica de
massa seca, onde a planta de alface produzida nas cobertura morta com capim brachiaria e
com palha de arroz, apresentaram os melhores resultados, em comparação as demais
cobertura mortas utilizadas e a testemunha. Resultados semelhantes foram encontrados por
BLIND et al (2015), que verificaram que houve diferença para a matéria seca comercial, com
destaque para as cultivares implantadas sobre o canteiro com mulching. As cultivares
Gloriosa, Kaiser e Ironwood, não diferiram entre sí, apresentando medias superiores entre
342g a 359g planta.
Por outro lado, SANTOS et al (2015), avaliaram a influência de coberturas mortas na
produção de alface, e constaram que a massa seca no tratamento testemunha foi superior ao
tratamento com cobertura de capim, os autores atribuíram este dados a época no qual o
experimento foi realizado. Resultados diferentes obtidos nesse trabalho no qual a testemunha
obteve menores valores, se comparado aos demais tratamentos.
Enquanto que CARVALHO (2005) e BRITO et al (2015) mostraram que para todos os
tratamentos com diversas coberturas mortas, não houve diferença significativa para a
característica de massa seca. Fato este explicado pelos autores que a alta incidência de plantas
daninhas no tratamento com a testemunha afetaram diretamente no desenvolvimento da
31
Tabela 3 - Incidência de plantas daninhas no cultivo de alface sob diferentes coberturas mortas, no Município de
Paragominas- Pa.
Tabela 4 - Temperatura do solo sob diferentes tipos de coberturas mortas no cultivo de alface no Município de
Paragominas- PA.
Tabela 5 - Análise de macronutrientes na cultura da alface, produzidas sob diferentes coberturas mortas no
Município de Paragominas- Pa 2016.
Cobertura morta N P K Ca Mg S
M
g/Kg
Palha de Arroz 37,06 4,37 60,25 12,75 3,7 1,91
Com relação ao teor de micronutrientes nas plantas de alface verifica-se na (Tabela 6),
que na cobertura morta a base de palha de arroz, houve maior teor de cobre, Manganês, zinco,
e alumínio em comparação com a cobertura a base de capim elefante. No entanto, o teor de
sódio foi maior nas plantas de alface cultivadas sob cobertura morta a base de capim elefante
em comparação com as plantas cultivadas, sob cobertura morta a base de palha de arroz.
Tabela 6 - Análise de micronutrientes na cultura da alface produzidas sob diferentes coberturas mortas no
Município de Paragominas-Pa. 2016.
Cobertura morta B Cu Fe Mn Zn Na Al
mg/Kg
Palha de Arroz 66,99 11 785 180 38,5 215 2676,6
6 CONCLUSÃO
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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