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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

IZOMAR BARRETO DA SILVA

Características agronômicas de alface (Lactuca sativa) sob diferentes coberturas mortas


no município de Paragominas-Pa.

PARAGOMINAS
2016
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

IZOMAR BARRETO DA SILVA

Características agronômicas de alface (Lactuca sativa) sob diferentes coberturas mortas


no município de Paragominas-Pa.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de


Engenharia Agronômica da Universidade Federal Rural da
Amazônia como requisito para obtenção do grau de Bacharel em
Engenharia Agronômica.
Área de Concentração: Horticultura
Orientador: D.Sc.: Luciana da Silva Borges

PARAGOMINAS
2016
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal Rural da Amazônia
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Silva, Izomar Barreto da
Características agronômicas de alface (Lactuca sativa) sob diferentes coberturas
mortas no município de Paragominas-Pa. / Izomar Barreto da Silva_ Paragominas,
2016.

38 f.

Orientadora: Profº Drª. Luciana da Silva Borges

Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Agronomia) – Universidade


Federal Rural da Amazônia - UFRA, Paragominas - PA, 2016.

1. Horticultura 2. Olerícolas 3. Plantas daninhas 4. Técnicas I. Silva, Izomar


Barreto da. II. Borges, Luciana da Silva, Orient. III. Título.

CDD 23.ed. 633.5698115


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IZOMAR BARRETO DA SILVA

Características agronômicas de alface (Lactuca sativa) sob diferentes coberturas mortas no


município de Paragominas-Pa.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal Rural
da Amazônia – Campus Paragominas como requisito para a obtenção do grau de Bacharelado em Engenharia
agronômica.

Data da aprovação: 13 de outubro de 2016

Banca Examinadora:

________________________________ Orientadora
D.Sc. Luciana da Silva Borges
Universidade Federal Rural da Amazônia

________________________________ Membro 1
D.Sc. Luis de Sousa Freitas
Universidade Federal Rural da Amazônia

________________________________ Membro 2
D.Sc. Rafaelle Fazzi Gomes
Universidade Federal Rural da Amazônia
À Deus que sempre esteve nessa jornada da minha
vida. Às pessoas de maior significado em minha
vida, meus pais que sempre estiveram do meu lado
nesta árdua jornada, e a todos os meus irmãos.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que me deu o dom da vida e por ter me dado força de
vontade para nunca desistir e por ter proporcionado a oportunidade de estar realizando um dos
meus sonhos apesar das inúmeras dificuldades.

É com muita satisfação que dedico este trabalho a minha família em especial ao meu pai
Iberno da Silva (In memoriam) e a minha mãe Iracema Barreto, pela vida, amor,
ensinamentos, infinitas orações, compreensão e pelo grande incentivo que recebi ao longo de
minha vida.

A Universidade Federal Rural da Amazônia, pela grande oportunidade de tornar este sonho
em realidade.

A todos os meus queridos irmãos, em especial Ismael Barreto, Iraneide Barreto, por sempre
me motivar em todos os momentos, ao meus amados tios e tias, em especial Ary de Sousa
Barreto, por me apoiar em tudo, a minha amada namorada Mayara Oliveira pela paciência,
dedicação e compreensão em todos os momentos. Foram pessoas especiais que durante este
longo período sempre pude contar.

Aos verdadeiros e eternos amigos em especial Adenil Mescouto, José Raimundo, Márcio
Oliveira, Suzane Cardoso, Lia Soares, Pedro Lima, Rafael Pimentel, ao parceiros e amigos de
experimento Cleyton Monteiro e Camile Bastos pela grande força, a Rita Silva Viana pelos
sábios conselhos, a Georgiane Titan (Sebrae) pelas oportunidades de conhecimentos. Aos
demais amigos de classe que compartilharam os bons e difíceis momentos.

A todos os professores que contribuíram para esta conquista, em especial a minha orientadora
Luciana da Silva Borges pelos ensinamentos e paciência, e ao Professor Luís de Sousa
Freitas, pela amizade e incentivo.

A dona Maria Gomes, minha segunda mãe nesta cidade, que sempre me apoiou em tudo no
decorrer deste período, pessoas especiais que me apoiaram na alegria e na tristeza, e que
fazem parte da minha vida, aos amigos da turma de AGRONOMIA 2011 e a todos os amigos
que conquistei neste longo trajeto.

Aos funcionários em geral da UFRA em especial Tia Neia, Junior, Michele, e a coordenação
geral do campus.
RESUMO

A cultura da alface é de origem asiática pertencente ao grupo das folhosas mais populares no
mundo, seu consumo se dá principalmente na forma in natura, em saladas. A alface é rica em
vitaminas A, B1, B2 e C, além de possuir concentrações de ferro, cálcio e fósforo. Seu cultivo
é de grande importância para a economia nacional, pois é fonte de geração de emprego e
renda para os agricultores. No Brasil, o plantio e comercialização está baseado nas pequenas
propriedades rurais, onde os maiores produtores nacionais encontram se nas regiões Sul e
Sudeste, e a base comercial da cultura são as feiras livres e os grandes centros de distribuição.
O trabalho foi realizado na Universidade Federal Rural da Amazônia- campus Paragominas-
Pa, e teve por objetivo avaliar os diferentes tipos de coberturas mortas no cultivo de alface,
onde foram avaliadas as coberturas mortas capim brachiaria, capim elefante, capim panincum,
palha de arroz, grama estrela, serragem de madeira, e testemunha (sem cobertura). As
características avaliadas foram, o diâmetro do colo, tamanho das folhas, número de folhas,
peso da massa fresca da parte aérea, peso da massa seca da parte aérea, produtividade,
temperatura do solo nos tratamentos, incidência de plantas daninhas. Os resultados mostraram
que as coberturas mortas utilizadas no experimento obtiveram resultados satisfatórios em
relação as características avaliadas, bem como a importância do uso de coberturas mortas para
o solo.
Palavras-chaves: Horticultura. Olerícolas. Plantas daninhas. Técnicas.
ABSTRACT

The lettuce culture is from asia, belonging to the group of the most popular harwoods in the
word, its consumption is mainly in natura in salads. Lettuce is rich in vitamins A, B1, B2 and
C, as well as waving high concentrations of iron, calcium and phosphourus, being an
important source of employment and income for farmers. In Brazil planting and marketingis
is basead on small farms, where the biggest domestic producers are found (South and
Southeast), and the commercial basis of this kind of culture are the fairs and large distribution
centers. This work aimed to evaluate different types of mulches ongrowing lettuce in the
municipality of Paragominas - Pa. The mulches valuate dwere brachiaria grass, elephant
grass, panincum grass, rice straw, star grass, sawdust and control (no cover). The evaluated
characteristics were the diameter, of the colo, size of leaves, leaf number, fresh weight, dry
weight, productivity and soil temperature in the treatments, weeds incidence. The results
showed that the mulches used in the experiment obtained satisfactory results for the
characteristics evaluated, as well as the importance of using mulches to appropriate soil
management.
Keywords: Horticulture. Vegetable crop. Technique. Weed.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Limpeza da área. ..................................................................................................... 20


Figura 2 - Revolvimento do solo e levantamento dos canteiros. ............................................. 21
Figura 3 - Calagem dos canteiros. ........................................................................................... 21
Figura 4 - Semeadura da alface em bandejas de poliestireno, com 128 células cada. ............ 23
Figura 5 - Implantação da cultura. ........................................................................................... 23
Figura 6 - Transplante das mudas para os canteiros, de forma manual. .................................. 24
Figura 7 - Diâmetro do colo. ................................................................................................... 25
Figura 8 - Medida das folhas da cultura da alface. .................................................................. 25
Figura 9 - Massa fresca da parte aérea da alface. .................................................................... 26
Figura 10 - Massa seca da parte aérea da alface. ..................................................................... 26
Figura 11 - Levantamento de plantas daninhas no cultivo da alface. ...................................... 27
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resultados de análise química do solo da área experimental ................................. 20


Tabela 2 - Dados do diâmetro do colo, número de folhas, tamanho de folhas, massa fresca da
parte aérea, e massa seca da parte aérea em plantas de alface cultivadas sob diferentes
coberturas mortas no Município de Paragominas - Pa 2016 .................................................... 28
Tabela 3 - Incidência de plantas daninhas no cultivo de alface sob diferentes coberturas
mortas, no Município de Paragominas - Pa .............................................................................. 32
Tabela 4 - Temperatura do solo sob diferentes tipos de coberturas mortas no cultivo de alface
no Município de Paragominas - Pa ........................................................................................... 33
Tabela 5 - Análise de macronutrientes na cultura da alface, produzidas sob diferentes
coberturas mortas no Município de Paragominas - Pa 2016 .................................................... 33
Tabela 6 - Análise de micronutrientes na cultura da alface produzidas sob diferentes
coberturas mortas no Município de Paragominas - Pa 2016. ................................................... 34
LISTA DE SIGLAS

ABCSEM – Associação Brasileira de Comércio de Sementes e Mudas


CEAGESP – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBRA – Instituto Brasileiro de Análises
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 14
2.1 Geral ............................................................................................................................... 14
2.2 Específicos...................................................................................................................... 14
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 14
3.1 Importância econômica e social ................................................................................... 14
3.2 Caracterização da cultura ............................................................................................ 15
3.3 Botânica ......................................................................................................................... 15
3.4 Cultivares ....................................................................................................................... 16
3.5 Preparo do solo e adubação ......................................................................................... 16
3.6 Clima .............................................................................................................................. 17
3.7 Implantação e propagação ........................................................................................... 17
3.8 Colheita .......................................................................................................................... 18
3.9 Cobertura Morta ........................................................................................................... 18
3.10 Interferência de Plantas Daninhas no cultivo de Hortaliças ................................... 19
4 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 19
4.1 Localização e implantação do experimento ................................................................ 19
4.2 Resultados de análise do solo ....................................................................................... 20
4.3 Limpeza da área ............................................................................................................ 20
4.4 Levantamento dos canteiros ........................................................................................ 21
4.5 Calagem e adubação ..................................................................................................... 21
4.6 Delineamento experimental e parcelas ....................................................................... 22
4.7 Tratamentos .................................................................................................................. 22
4.8 Cultivar utilizada .......................................................................................................... 22
4.9 Semeadura da alface ..................................................................................................... 22
4.10 Tratos culturais nas mudas ........................................................................................ 23
4.11 Implantação e condução do experimento ................................................................. 23
4.12 Transplante das mudas .............................................................................................. 24
4.13 Tratos culturais na alface ........................................................................................... 24
4.14 Colheita da alface ........................................................................................................ 24
4.15 Características avaliadas ............................................................................................ 25
4.15.1 Diâmetro do colo ................................................................................................................ 25
4.15.2 Tamanho de folhas ............................................................................................................. 25
4.15.3 Números de folhas por planta ............................................................................................. 26
4.15.4 Massa fresca da parte aérea ................................................................................................ 26
4.15.5 Massa seca da parte aérea................................................................................................... 26
4.15.6 Incidência de plantas daninhas ........................................................................................... 27
4.15.7 Temperatura do solo nos tratamentos ................................................................................. 27
4.15.8 Produtividade da alface ...................................................................................................... 27
4.15.9 Análise de macro e micro nutrientes da área foliar da alface ............................................. 27
4.15.10 Análise estatística ............................................................................................................. 28
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 28
6 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 35
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 36
13

1 INTRODUÇÃO
A produção e o consumo de alimentos, são fatores para explicar a adaptação e fixação
do homem aos mais distintos ambientes do globo terrestre. Devido à baixa demanda
demográfica, era permitido que frutas e hortaliças fossem adquiridos na natureza, sendo
desnecessário seu cultivo. Mas, evidenciou-se a necessidade de maior complementação na
dieta alimentar diária à base de produtos vegetais não cozidos (ANDRIOLO, 2002).
De acordo com estudos realizados pela Associação Brasileira do Comércio de
Sementes e Mudas (ABCSEM), estima-se que o cultivo e a produção de hortaliças gerem 2,4
milhões de empregos diretos, onde os maiores produtores são de micro e pequeno porte (até
dez hectares) concentrados próximos aos grandes centros urbanos, principalmente nas
Regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste (FLOSS, 2012).
A produção de hortaliças no país aumentou consideravelmente, enquanto que a área
foi reduzida, evidenciando dessa forma, incremento na produtividade. A produção em
pequenas áreas, o número de empregos que gera e o rápido retorno financeiro, caracterizam a
expansão da olericultura no Brasil, além do grande valor nutricional das hortaliças, por serem
fontes ricas de minerais e vitaminas (MELLO; VILLELA, 2007).
Segundo HENZ e VILELA (2000), considera-se que as hortaliças são culturas
temporárias, e dependendo da espécie, época de cultivo e região, os níveis de investimentos
por hectare podem variar significativamente. Os autores certificam que o produtor obtém um
lucro razoável, mas que tudo depende do valor agregado ao produto, sendo difícil mensurar
médias de lucros em uma atividade sujeita a tantos altos e baixos.
O desafio dos produtores brasileiros de hortaliças ainda é grande, e para suprir a
demanda do mercado consumidor em quantidade, qualidade e regularidade, torna - se
necessário o uso de sistemas de cultivo que melhorem a produtividade e a qualidade das
hortaliças (FURLANI; PURQUEIRO, 2010).
A alface adapta-se em diversas partes do mundo sendo apreciada por milhares de
pessoas. Suas exigências maiores são quanto ao clima, principalmente a luminosidade. Resiste
a baixas temperaturas e geadas leves. Normalmente, as temperaturas ótimas de crescimento
encontram se entre 15 e 20ºC favorecem a formação de cabeça. A fase reprodutiva é
favorecida por dias longos e temperaturas acima de 20ºC (YURI, 2000).
A evolução de cultivares e sistemas de manejo, tratos culturais, irrigação,
espaçamentos, técnicas de colheita e de conservação pós-colheita e as mudanças de hábitos na
14

alimentação impulsionaram o cultivo e tornou a hortaliça mais consumida no país (RESENDE


et al., 2007).
A busca por técnicas que aumentem a produtividade e qualidade das culturas com o
uso racional dos recursos é cada vez mais intensa, sendo o principal objetivo da agricultura
moderna, que se preocupa em investir cada vez mais em tecnologia para ampliar a
produtividade, reduzir custos e melhorar a qualidade do produto de forma sustentável
(ALMEIDA, 2013).
A cobertura do solo é uma técnica utilizada há muitos anos pelos agricultores com
intuito principal de evitar a lixiviação de nutrientes, o ressecamento do solo, a elevação ou
redução extrema da temperatura e o controle de plantas daninhas. A prática consiste na
deposição, sobre a superfície do solo, de uma camada protetora formada por materiais de
origem vegetal (SAMPAIO; ARAÚJO, 2001).

2 OBJETIVOS

2.1 Geral
O trabalho tem por objetivo avaliar a produção de alface sob diferentes coberturas
mortas no município de Paragominas-Pa.

2.2 Específicos
 Avaliar os índices morfofisiológicos da cultura da alface em diferentes coberturas
mortas;
 Mensurar a temperatura do solo sob as coberturas mortas;
 Determinar o teor de macro e micronutrientes da alface;
 Avaliar a incidência das plantas daninhas sob diferentes coberturas mortas.

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Importância econômica e social


A olericultura tem destaque no País como atividade de importância social e econômica
e na segurança alimentar, gerando 2,4 mil de empregos diretos, possibilitando a ocupação
média de 3,5 pessoas por hectare cultivado. Estimativas apontam para uma área de 700 mil
hectares, cultivando as 17 principais espécies hortícolas. O lucro médio estimado para a
atividade é de R$ 10.183,00 milhões por hectare (ABCSEM, 2011).
15

A área plantada de hortaliças no Brasil é estimada em 890 mil hectares, o valor da


produção é de R$ 17 bilhões e o volume, de mais de 19 milhões de toneladas (IBGE, 2011).
Devido à crescente demanda e à necessidade de produção constantes para os produtos da
olericultura a mão de obra neste setor não passa por grandes oscilações tendo em vista a
necessidade de tratos culturais constantes (JUNQUEIRA, 2011).
O setor de horticultura tem significativa importância do ponto de vista social, pois
proporciona geração direta de empregos e necessita de mão de obra intensiva (MELLO;
VILELA, 2000). A importância do setor da olericultura no agronegócio é incontestável do
pequeno varejo até as grandes redes de supermercados, o setor tornou - se um dos principais
responsáveis pelo atual faturamento desse segmento (MENDES, 2013).

3.2 Caracterização da cultura


Segundo ABAURRE (2004) a alface cultivada (Lactuca sativa L.) pertence à família
(Asteraceae), originária do Oriente Médio; é uma planta dicotiledônea, consumida in natura
durante a sua fase vegetativa. Hoje é uma das oleráceas mais consumidas e cultivadas em
todas as regiões geográficas. É a hortaliça preferida pelos brasileiros para compor saladas
devido ao sabor agradável e facilidade de preparo (MARCHI, 2006).
O volume de alface produzido no sistema convencional varia ao longo do ano de
acordo com as características climáticas regionais, na região Sul do Brasil, o seu cultivo está
sujeito a condições desfavoráveis no inverno, reduzindo o crescimento e danificando as
plantas, no verão as temperaturas elevadas e a intensa radiação solar tendem favorecer o
pendoamento precoce (BOARETTO, 2005).
As cultivares de alface do grupo solta-crespa atualmente dominam o mercado
brasileiro devido apresentarem, nas condições climáticas das principais regiões de cultivo,
maior resistência ao pendoamento precoce em relação aos demais grupos. (SALA; COSTA,
2012).

3.3 Botânica
A alface (Lactuca sativa L) é uma planta herbácea, anual, pertencente à família
(Asteraceae), sendo considerada a hortaliça folhosa mais importante na alimentação do
brasileiro, com expressiva importância econômica (CARVALHO et al., 2005). Sendo
produzida durante o ano inteiro, em períodos que ocorrem elevadas temperaturas e radiação
solar, que favorece o pendoamento precoce das plantas e, no período de precipitações, que
podem retardar o crescimento e danificar as plantas (FILGUEIRA, 2008).
16

O sistema radicular da alface é do tipo pivotante, atingindo até 60 cm de profundidade.


É importante avaliar o sistema radicular nos diferentes estágios de desenvolvimento da
cultura, para um melhor conhecimento da profundidade efetiva. Dessa forma, quando as
características do solo e do sistema radicular são levadas em conta, o manejo da irrigação
pode ser ajustado às condições momentâneas da cultura (SANTOS, 2002).

3.4 Cultivares
Os tipos de alface mais comuns e consumidos no Brasil, atualmente se concentra em
três tipos principais, a alface de folhas lisas, a alface de folhas crespas e soltas e a alface de
folhas crespas repolhuda (americana). Até a década de 1980 predominava a produção e
consumo da alface do tipo lisa, com as exigências e preferências do mercado foram mudadas
houve o crescimento dos outros tipos, como a repolhuda- crespa (americana), repolhuda
manteiga e solta crespa (FILGUEIRA, 2008).
Como exemplo, na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo
(CEAGESP), como destaque para o período entre 1995 e 2005, o volume de alface lisa
comercializado passou de 51% para 12%, correspondendo a cerca de 11% em 2011 (Sala,
2012). Atualmente, o segmento mais comercializado no Brasil é do tipo crespa de folhas
soltas, que corresponde a 48% do total comercializado no ano de 2010 (ANUÁRIO, 2012).
Segundo FILGUEIRA (2008), as cultivares são agrupadas conforme as características
das folhas e a formação ou não de cabeça conforme a seguir:
 Tipo Repolhuda – crespa (Americana): as folhas são consistentes, crespas e imbricam
formando uma cabeça compacta sendo as folhas internas mais crocantes e preferidas
em relação as externas. Apresenta boa resistência ao transporte e conservações;
 Tipo Repolhuda- manteiga: forma cabeça, no entanto as folhas são lisas e delicadas
com aspecto amanteigado;
 Tipo Solta – lisa: não forma cabeça, sendo as folhas lisas, soltas e macias;
 Tipo Solta crespa: não forma cabeça e as folhas são crespas e soltas;
 Tipo Mimosa: não forma cabeça e as folhas possuem aspecto arrepiado e delicadas.
Está entre as mais apreciadas pelos consumidores;
 Tipo Romana: forma cabeça não compacta e as folhas são alongadas.

3.5 Preparo do solo e adubação


O preparo do solo consiste em realizar a gradagem, o uso da enxada rotativa ou
somente levantar o canteiro sem revolvimento, o local deverá ser ensolarado e ventilado, a
17

largura dos canteiros geralmente é de um a dois metros. Segundo o autor, a adubação orgânica
pode ser realizada à lanço, antes do preparo dos canteiros, em solos já enriquecidos
(ALMEIDA, 2006).
Para o primeiro ano de manejo, recomenda se abrir covas e adubar de forma
localizada, após o canteiro definitivo ser preparado, recomenda – se a aplicação de 200
gramas de composto úmido ou 100 gramas de esterco curtido por cova. Na fertilização
química, é recomendado a aplicação de 50 a 130 Kg de Nitrogênio e 30 a 50 kg de Potássio
por hectare. O Nitrogênio deve ser fracionado em 3 a 4 aplicações. (SOUSA e RESENDE,
2006).
A alface pode ser cultivada em vários tipos de solos, mas com melhores resultados em
solos argilosos e ricos em matéria orgânica, solos com pH 6,0, já em solos ácidos há a
necessidade de aplicação de calcário, mediante análise de solo, que possibilita aplicar a
quantidade necessária do mesmo (ALMEIDA, 2006).

3.6 Clima
A alface é uma hortaliça que se desenvolve melhor em climas mais amenos, existindo,
porém materiais genéticos com boa tolerância ao cultivo de verão, de forma que em regiões
de altitude é possível cultivar o ano todo, as temperaturas de 20 e 25ºC, são consideradas
ideais (SOARES, 2010).
A alface adapta-se em diversas partes do mundo sendo apreciada por milhares de
pessoas. Suas exigências maiores quanto ao clima são principalmente e luminosidade. Resiste
a baixas temperaturas e geadas leves. Normalmente, as temperaturas ótimas de crescimento
encontram se entre 15 e 25ºC. A fase reprodutiva é favorecida por dias longos e temperaturas
acima de 20ºC, sendo acelerada à medida que a temperatura aumenta (YURI, 2000).

3.7 Implantação e propagação


A alface pode ser plantada em sementeiras ou diretamente no canteiro, sendo o plantio
em sementeiras mais indicado por permitir um melhor controle sanitário das mudas e uma
seleção das mudas mais vigorosas para o transplante. As mudas são transplantadas com 4 a 6
folhas definitivas, o que ocorre aproximadamente de 30 a 40 dias após o semeio. Logo após o
transplante, e nas primeiras semanas, deve ser fazer irrigações diárias. Posteriormente, a cada
2 a 3 dias, de forma a manter a umidade do solo constante (EMBRAPA, 2003).
18

3.8 Colheita
As plantas ao entrarem em estádio reprodutivo tornam se amargas, devido á maior
concentração de ácido laturônico, resultando em baixa aceitação comercial, antes deste
estágio é realizado a colheita, com o máximo desenvolvimento vegetativo, as plantas são
cortadas rentes ao solo ou retiradas com as raízes, é feita uma limpeza das folhas impróprias
ao consumo, o período entre a semeadura e colheita é de aproximadamente 80 dias (VEZON;
PAULA JÚNIOR, 2007).
O volume de alface produzido no sistema convencional varia ao longo do ano de
acordo com as características climáticas regionais, na região Sul do Brasil, o seu cultivo está
sujeito a condições desfavoráveis no inverno, reduzindo o crescimento e danificando as
plantas, no verão as temperaturas elevadas e a intensa radiação solar tendem favorecer o
pendoamento precoce (BOARETTO, 2005).
As cultivares de alface do grupo solta-crespa atualmente dominam o mercado
brasileiro devido apresentarem, nas condições climáticas das principais regiões de cultivo,
maior resistência ao pendoamento precoce em relação aos demais grupos. (SALA; COSTA,
2012)

3.9 Cobertura Morta


Nas últimas décadas, diversas técnicas foram incorporadas ao cultivo das hortaliças,
destacando - se a cobertura morta ou mulching, em que se aplica ao solo material orgânico ou
inorgânico como a cobertura de superfície (SOUZA; RESENDE, 2003).
A cobertura morta é uma pratica cultural pela qual se aplica, ao solo material orgânico
como cobertura da superfície, sem que a ele seja incorporado, no qual procura influenciar
positivamente as qualidades físicas, químicas e biológicas do solo (Souza et al., 2006).
Alguns tipos de resíduos orgânico desempenham funções adicionais especificas nos
cultivos orgânicos, a exemplo da palha de café, palhada de bananeira e palhada de capim
brachiaria, que podem mobilizar potássio e complementar a oferta deste nutriente para a
nutrição das hortaliças (ANDRADE JUNIOR et al., 2005).
Em solos com cobertura morta ocorre, durante a noite, rápido, resfriamento da
superfície atingindo antecipadamente a temperatura de condensação do vapor de água,
resultando em maior duração do período de molhamento foliar, favorecendo a ocorrência de
doenças (PERREIRA et al., 2002).
19

A cobertura do solo propicia aumento de rendimento das culturas devido à maior


conservação de água e nutrientes no solo, proteção contra erosão, menor amplitude térmica,
aumento da atividade microbiana, efeito repelente sobre insetos e maior influência sobre a
germinação de plantas daninhas (SAMPAIO; ARAÚJO, 2001).
Dentre as espécies utilizadas para a cobertura morta do solo, destacam se
representantes de leguminosas e gramíneas. As primeiras, pela capacidade de se associarem as
bactérias fixadoras de nitrogênio, possibilitam elevado aporte desse elemento aos sistemas de
produção (AITA; GIACOMINI,2003).
3.10 Interferência de Plantas Daninhas no cultivo de Hortaliças
O termo interferência refere-se à ação conjunta da competição pelos fatores de
crescimento e da alelopatia nas comunidades de plantas (RADOSEVICH; HOLT, 1996). Este
termo é usado para descrever os efeitos depressivos que uma planta tem ou exerce sobre a
outra, é importante entender e explorar os efeitos positivos das plantas daninhas sobre as
culturas, assim como, os efeitos das culturas sobre as plantas daninhas (PERREIRA, 2008).
A interferência das coberturas mortas, geradas pela deposição da palha nas condições
especificas das comunidades infestantes, é atribuída fundamentalmente aos efeitos físicos e
alelopático, estes feitos físicos referem - se às alterações nas amplitudes das variações
térmicas e hídricas do solo e à filtragem da luz que atinge a palhada, afetando a dormência e,
consequentemente, a germinação das sementes de plantas daninhas (GRAVENA et al., 2004).
As plantas daninhas são hábeis em produzir aleloquímicos em seus órgãos, a qualidade
dos compostos produzidos e a composição destes dependem da espécie e das condições
ambientais, essas substâncias alelopáticas são liberadas dos tecidos da planta para o ambiente,
através de volatilização, exsudação radicular, lixiviação e decomposição dos resíduos da
planta, a presença de aleloquímicos na cobertura morta é benéfica no controle de plantas
daninhas (TREZZI et al., 2004).

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Localização e implantação do experimento


O experimento foi conduzido na área de horticultura da Universidade Federal Rural da
Amazônia- UFRA-Campus Paragominas- Pa, Rodovia Pa 256, Km 6- Setor Industrial,
localizado sobre as seguintes coordenadas geográficas 2º 59’ 22.1 S 47º24’.0” W, o clima da
região é do tipo Awi, segundo a classificação de Köppen, isto é, tropical chuvoso com estação
20

seca bem definida, com temperatura média anual de 26,5º C. A umidade relativa do ar varia
de 70% a 90% (IBGE, 2008).
O experimento foi realizado entre os meses de janeiro e maio de 2016, foram feitas
coletas de amostras de solo na camadas de 0 a 20 cm para posterior análise no laboratório do
Instituto Brasileiro de Análises- IBRA, localizado no estado de São Paulo.
De acordo com a Embrapa (2006) o solo da área experimental é classificado como
Latossolo Amarelo distrófico.

4.2 Resultados de análise do solo

Tabela 1 - Resultados de análise química do solo da área experimental.

Prof. pH P K Na Ca Ca+Mg Al H+Al Ctc Mo


V%

Cm água -----mg/dm3--- ------cmolc/dm3------

0-20 4,9 32 1,9 7 12 5,2 0,3 42 7,8 47,5 22

Fonte: IBRA - Instituto Brasileiro de Análises (2016).

4.3 Limpeza da área


Foi realizada uma limpeza na área, onde foram retiradas as plantas invasoras
existentes no local, com o auxílio de enxada, ancinhos e carro de mão (Figura 1).

Figura 1 - Limpeza da área.

Fonte: Arquivo pessoal.


21

4.4 Levantamento dos canteiros


Foi realizado o revolvimento do solo e posteriormente o levantamento de dois
canteiros de 1x1m, com 20cm de altura, e no total de 14 m cada, na área do experimento, com
o auxílio de enxadões e enxadas (Figura 2).

Figura 2 - Revolvimento do solo e levantamento dos canteiros.

Fonte: Arquivo pessoal.

4.5 Calagem e adubação


Diante dos resultados das análises de solo foi feito a adubação dos canteiros usando a
mistura de terra preta e esterco de ave curtido na proporção de 2kg/m² e fertilizante químico
(NPK, 10-28-20) na medida de 100g/m². Para a correção do pH foi usado 100g/m² de calcário
dolomítico que foram incorporado nos canteiros, passados 20 dias foram feitas capinas
manuais periódicas entre os canteiros para o combate de plantas invasoras no local (Figura 3).

Figura 3 - Calagem dos canteiros.

Fonte: Arquivo pessoal.


22

4.6 Delineamento experimental e parcelas


O experimento foi conduzido em blocos casualisados com quatro repetições e sete
tratamentos, as dimensões de cada tratamento nos canteiros foram de 1x1m, com 20 cm de
altura, as dimensões de cada canteiro foi de 14m.

4.7 Tratamentos
Os tratamentos utilizados no experimento foram constituídos dos seguintes resíduos:
palhada de capim brachiaria (Brachiária decumbens), palhada de capim elefante (Pennisetum
purpureum ), palhada de capim panincum (Panincum maximum), palha de arroz (Oryza
sativa), a grama estrela (Cynodon nlemfuensis), serragem de madeira e testemunha (sem
cobertura), sendo que os materiais como o capim brachiaria, capim elefante, capim panincum
foram adquiridos na área de horticultura, onde os mesmos foram cortados e picotados com o
auxílio de facões e depois colocado próximo dos canteiros para posterior secagem por 30 dias
consecutivos, a palha de arroz, a grama estrela e a serragem de madeira, foram adquiridos em
propriedades particulares próximas a Universidade Federal Rural da Amazônia.

4.8 Cultivar utilizada


A cultivar testada no experimento foi a Mônica SF 31, solta crespa lisa, de coloração
verde- médio, textura macia, germinação de 3 a 5 dias, sem formação de cabeça, tamanho
médio de 30 a 40 cm, ciclo 60 a 70 dias após a semeadura, a cultivar foi escolhida, pois possui
características de adaptação a diversos climas e temperaturas.

4.9 Semeadura da alface


No dia 21/03/2016 foi realizado a semeadura das sementes da cultivar Mônica SF 31
crespa lisa, foram semeadas em três bandejas de poliestireno expandidas, de 128 células cada,
usando 3 sementes por cada célula sendo usado o substrato industrial Trostrato vida verde
com a composição: casca de arroz, vermiculita, casca de pinus, superfosfato simples, nitrato
de potássio, PG mix 14-16-18). As bandejas foram colocadas no viveiro de mudas, com
sombrite de 50% de sombreamento, a irrigação foi realizada diariamente no início da manhã e
no final da tarde, com o auxílio de regador plástico manual, e após quatro dias houve a
emergência completa da alface (Figura 4).
23

4.10 Tratos culturais nas mudas


Após 12 dias da emergência das plântulas, foi realizado um desbaste para descartar as
mudas de pequeno porte, ainda foram realizada três aplicações de ureia a cada 15 dias nas
mudas na proporção de 3g/l água, sendo aplicado com o auxílio de regador manual.

Figura 4 - Semeadura da alface em bandejas de poliestireno, com 128 células cada.

Fonte: Arquivo pessoal.

4.11 Implantação e condução do experimento


Após 30 dias de secagem do material (cobertura mortas) em campo, as parcelas foram
distribuídas em blocos casualisados nos canteiros, sendo feita uma cobertura uniforme de 5cm
de cada material (tratamentos) no local de cada tratamento (Figura 5).

Figura 5 - Implantação da cultura.

Fonte: Arquivo pessoal.


24

4.12 Transplante das mudas


Aos 42 dias após a emergência, as mudas de alface foram transplantada para os
canteiros, sendo adotado os espaçamentos de 15cm entre plantas e 25cm entre linhas, com 2
linhas em cada tratamento com total de 12 plantas por tratamento (Figura 6).

Figura 6 - Transplante das mudas para os canteiros, de forma manual.

Fonte: Arquivo pessoal.

4.13 Tratos culturais na alface


Foi realizada a irrigação nas mudas transplantadas, no início da manhã e no final da
tarde, com o auxílio de regador manual.
Com 15 dias após o transplante das mudas foram observados que algumas plantas de
alface não estavam com um desenvolvimento adequado, diante disto foi feita uma segunda
adubação química com NPK(10-28-20), na proporção de 5g/planta, foram observados a
incidência de plantas invasoras entre os canteiros, sendo necessária uma capina manual para o
controle efetivo das plantas daninhas.

4.14 Colheita da alface


Decorridos 62 dias após a semeadura da alface, a mesma foi colhida e levada ao
laboratório da Universidade Federal Rural da Amazônia, para serem realizadas as
características.
25

4.15 Características avaliadas

4.15.1 Diâmetro do colo


Foram realizada as medidas do diâmetro do colón de cada planta (parte da planta que
acima das raízes), expressada em centímetros (cm), com o auxílio do paquímetro digital com
precisão de 0,02 milímetros (mm) (Figura 7).

Figura 7 - Diâmetro do colo.

Fonte: Arquivo pessoal.

4.15.2 Tamanho de folhas


Foram medidas de cada planta 10 folhas aletoriamente, expressadas em centímetros
(cm), com o auxílio de régua plástica (Figura 8).

Figura 8 - Medida das folhas da cultura da alface.

Fonte: Arquivo pessoal.


26

4.15.3 Números de folhas por planta


Determinando o total de folhas de cada planta de cada tratamento, partindo sempre das
folhas basais até a última folha aberta.

4.15.4 Massa fresca da parte aérea


Avaliada por meio da pesagem da massa fresca da parte aérea das plantas, expressa em
gramas/plantas (Figura 9).

Figura 9 - Massa fresca da parte aérea da alface.

Fonte: Arquivo pessoal.

4.15.5 Massa seca da parte aérea


Determinada a partir das amostras anterior, após secagem em estufa de circulação
forçada de ar a 65° C por 48 h, até atingir peso constante em seguida as amostras foram
pesadas e determinou se a matéria seca expressado em gramas/ planta (Figura 10).

Figura 10 - Massa seca da parte aérea da alface.

Fonte: Arquivo pessoal.


27

4.15.6 Incidência de plantas daninhas


Avaliou se a incidência de plantas daninhas nos tratamentos pelo método de
levantamento do tipo quadrado inventariado, com o auxílio de moldura de madeira, com área
interna de 0,25 m², colocado no centro de cada parcela, nesta avaliação foram identificadas e
contabilizadas as espécies de plantas daninhas nos tratamentos e referiu - se as espécies com
maior incidência nos tratamentos, no final do ciclo produtivo da cultura da alface (Figura 11).

Figura 11 - Levantamento de plantas daninhas no cultivo da alface.

Fonte: Arquivo pessoal.

4.15.7 Temperatura do solo nos tratamentos


Houve a avaliação da temperatura nos diferentes tratamentos, com o auxílio de
termômetro digital, as medições foram realizadas no período da manhã ás 10:00 h e a tarde às
16:00 h, durante 15 dias antes do período da colheita, foram coletados dois pontos diferentes
de cada tratamento.

4.15.8 Produtividade da alface


Foi calculada através da massa fresca da parte aérea de cada planta nos sete tratamentos
com quatro repetições, sendo 12 plantas por cada tratamento, com total de 368 plantas no
experimento.

4.15.9 Análise de macro e micro nutrientes da área foliar da alface


As análises de macro e micronutrientes, foram realizadas nas amostras da alface, nas
coberturas mortas com a palha de arroz e palhada de capim brachiaria, as amostras foram
enviadas para o Laboratório de Análises Químicas, Físicas e Biológicas- IBRA, localizado no
estado de São Paulo.
28

4.15.10 Análise estatística


Todos os dados obtidos foram analisados estatisticamente através da análise de
variância, com teste F. Quando houve significância para o fator foi aplicado teste de Tukey
(5%) para a comparação de médias. Todas as análises realizadas foram feitas pelo programa
SISVAR® (Ferreira, 2000).

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verifica-se na (Tabela 2), efeito significativo a nível de 1% para as características de
massa fresca (MF); massa seca (MS); número de folha (NF), diâmetro do colo (DC), tamanho
de folhas (TF) e produtividade (Prod.) na cultura da alface produzida em diferentes coberturas
mortas.
Estudo realizado por FURLAN et al (2015), onde foram analisadas diversas
variedades de alface produzidas em diferentes coberturas mortas, os resultados mostraram que
a cobertura morta foram superiores em relação ao solo descoberto. Os autores demostram que
a cobertura morta é usada, pois reduz a perda de água da superfície do solo, diminui a
temperatura, controla a emergência de plantas invasoras, maior precocidade de colheita,
aumento dos rendimentos da cultura, se comparado ao uso do sistema convencional (sem
cobertura).
Tabela 2 - Dados do diâmetro do colo, número de folhas, tamanho de folhas, massa fresca da parte aérea, e
massa seca da parte aérea em plantas de alface cultivadas sob diferentes coberturas mortas no Município de
Paragominas-Pa 2016.

Tratamentos D.C. N. folhas T. F. M. F. M.S. Prod.


(mm) (mm) (g) (g) (Kg/m2)
C. elefante 3,97 c 18,05 b 16,40 c b a 30,50 a 4,15 b 3,66 a
Serragem 5,17 a 11,47 d 11,90 d 10,90 e 2,725 c 1,31 d
P. Arroz 4,62 b a 21,02 a 17,67 b a 29,80 a 4,45 b a 3,57 b a

4,17c b 13,32 d c 17,87 a 18,10 d 5,20 a 2,17 c d


C.Brachiaria
C.Panincum 4,47 c b 14,70 c 15,20 c 18,50 d 3,70 b 2,22 c d
Testemunha 4,02c b 20,70 b a 15,95 c b 22,65 c 3,72 b 2,71 b c
G. Estrela 4,12 c b 20,60 b a 16,20 c b a 26,20 b 3,82 b 3,14 b
Teste F ** ** ** ** ** **

CV (%) 6,19 7,27 4,90 3,13 8,88 1,65


Letras minúsculas comparam médias dos tratamentos. Médias seguidas das mesmas letras não diferem
estatisticamente entre si pelo teste de Tukey à 1% de probabilidade. D.C. Diâmetro do colo; N.F: Número de
folha; T.F. Tamanho de folha; M.F.: Massa Fresca; M. S.: Massa seca; Prod. Produtividade.

Fonte: Elaboração do autor, 2016.


29

Com relação ao diâmetro do colo verifica-se (Tabela 2), que a cobertura morta com
serragem e palha arroz, foram superiores em relação aos demais coberturas mortas (grama
estrela, capim elefante, C. panicum, C. brachiaria) e a testemunha, isso provavelmente pode
ter ocorrido devido ao seu melhor desenvolvimento radicular da cultura. Resultados diferentes
foram encontrados por ZIECH et al (2014), revelam que não houve diferença significativa no
diâmetro de caule da cultura, em ambos os ciclos da cultura. No presente trabalho a
testemunha (sem cobertura), obteve um número médio de diâmetro do colo menor em
comparação com os outros tratamentos, onde foi possível observar uma grande incidência de
plantas invasoras que dificultaram o desenvolvimento da cultura neste tratamento (Tabela 3).
Para a característica número de folhas, a cobertura morta com palha de arroz foi
superior as coberturas com capim elefante, serragem, capim brachiaria e capim panincum
(Tabela 2). Os resultados para esta característica avaliada não está de acordo com outro
experimento realizado por MACHADO et al (2008), no qual foi usado diversas coberturas
mortas no cultivo da alface cv. Cinderela, onde a cobertura com serragem apresentou
melhores resultados se comparado com as outras coberturas.
Em estudos sobre os efeitos positivos na utilização de diversas coberturas mortas em
canteiros com alface, que são relatados por ANDRADE JÚNIOR et al (2005), as médias de
folhas foram de 22 a 27 folhas por planta, respectivamente para a alface do tipo lisa cv. Elisa
e Regina, diferindo das médias encontradas no presente trabalho.
Outro experimento realizado por CARVALHO et al (2005), obteve para a cultivar cv.
Regina 2000 cultivadas sobre a cobertura de capim, palha de arroz, palha de café e serragem,
médias entre 35 e 40 folhas por planta, resultados contrários encontrados no presente trabalho.
Para PORTO et al (1999) os autores observaram que o menor número de folhas podem
ser causados pela temperatura e luminosidade elevada no período em que se realiza o
experimento, constatando desta maneira que a temperatura e a luminosidade são fatores que
interferem diretamente sobre o desenvolvimento da cultura.
Estudos feitos por ZIECH et al (2014) relatam que o número de folhas por planta
respondeu de forma diferenciada, aos sistemas de manejo de cobertura do solo, no qual
resultou em um maior número médio de folhas, se comparado ao cultivo convencional (sem
cobertura), Resultados semelhantes ao presente trabalho, segundo os autores, para que a
utilização da cobertura morta seja viável é necessário o uso de novas alternativas e que as
mesmas estejam disponíveis na região de cultivo, garantindo desta maneira o aumento da
produtividade. Concordando no presente trabalho que a palha de arroz, utilizada como
30

cobertura morta, apresentando bons resultados, além de ser um material disponível na região
do Município de Paragominas.
Avaliando a característica do diâmetro de folhas, os tratamentos que obtiveram uma
maior significância no experimento, foram o capim brachiaria e palha de arroz, em relação
aos tratamentos com a grama estrela e testemunha (Tabela 2), os resultados encontrados no
trabalho está em acordo com estudos realizados por MACHADO et al. (2008) que evidenciam
que o capim brachiaria por pertencer a classe das leguminosas, tem grande facilidade de
decomposição e por possuírem uma associação com as bactérias fixadoras de nitrogénio,
possibilitam elevado teor a cultura, atribuindo desta maneira para uma melhor absorção de
nutrientes no solo para a cultura.
Na característica da massa fresca, a cobertura morta com capim elefante e palha de
arroz, obtiveram valores significativos em relação aos demais tratamentos (Tabela 2). Em
concordância com BRITO et al. (2015), constataram que a massa fresca diferenciou entre os
tratamentos, tendo resultados mais elevados as coberturas com bagana de carnaúba (cobertura
morta) e o plástico (mulching), 66,72g e 57,56g, respectivamente. Ainda no mesmo estudo, as
coberturas proporcionaram um ambiente mais favorável para o crescimento e
desenvolvimento da planta.
Verifica-se na (Tabela 2), que houve diferença significativa para a característica de
massa seca, onde a planta de alface produzida nas cobertura morta com capim brachiaria e
com palha de arroz, apresentaram os melhores resultados, em comparação as demais
cobertura mortas utilizadas e a testemunha. Resultados semelhantes foram encontrados por
BLIND et al (2015), que verificaram que houve diferença para a matéria seca comercial, com
destaque para as cultivares implantadas sobre o canteiro com mulching. As cultivares
Gloriosa, Kaiser e Ironwood, não diferiram entre sí, apresentando medias superiores entre
342g a 359g planta.
Por outro lado, SANTOS et al (2015), avaliaram a influência de coberturas mortas na
produção de alface, e constaram que a massa seca no tratamento testemunha foi superior ao
tratamento com cobertura de capim, os autores atribuíram este dados a época no qual o
experimento foi realizado. Resultados diferentes obtidos nesse trabalho no qual a testemunha
obteve menores valores, se comparado aos demais tratamentos.
Enquanto que CARVALHO (2005) e BRITO et al (2015) mostraram que para todos os
tratamentos com diversas coberturas mortas, não houve diferença significativa para a
característica de massa seca. Fato este explicado pelos autores que a alta incidência de plantas
daninhas no tratamento com a testemunha afetaram diretamente no desenvolvimento da
31

cultura. Resultados contrários ao do presente trabalho, onde os tratamentos com capim


brachiaria e capim elefante obtiveram índices superiores aos demais tratamentos.
Na característica de produtividade, mostra que nos tratamentos com o capim elefante e
palha de arroz, obtiveram melhores resultados se comparado ao tratamento com a serragem
(Tabela 2).
O ganho de produtividade nestes tratamentos está relacionado por uma maior
decomposição do material no solo e com isto houve o aumento da absorção de nutrientes,
devido ao estimulo da atividade radicular, os índices de umidade, e controle da temperatura,
controlando de forma satisfatória as plantas daninhas nos tratamentos. Esses resultados são
contrários aos encontrados por MACHADO et al (2008), que obtiveram os maiores pesos
comerciais da alface na cobertura com a serragem, de 531,78g/planta.
Na (Tabela 3), é observado que a maior incidência de plantas daninhas foi na
testemunha, que obteve o maior índice de números de indivíduos da espécie Cyperaceae
(tiririca), seguido da espécie Brassicaceaea (sojinha) e Amaranthaceae (Carurú). Os demais
tratamentos obtiveram índices satisfatórios para o controle das plantas daninhas. A incidência
solar e o revolvimento do solo na área contribuíram para o surgimento das plantas daninhas na
área experimental, em concordância com estudo realizado por OLIVEIRA et al (2008), sob
avaliação de coberturas mortas no cultivo da alface, onde houve grande incidência da espécie
Cyperius rotundus (tiririca), o mesmo estudo indicou que todas as coberturas mortas
utilizadas mostraram se eficientes no controle das plantas daninhas.
No mesmo estudo, a testemunha apresentou o maior índice de plantas daninhas, com
média de 189 plantas/m², se comparado aos demais tratamentos que ficaram na média de 31 a
58 plantas/m².
No presente trabalho foram encontrados 331 plantas Cyperus iria L. (tiririca), na
testemunha (sem cobertura) resultados superiores aos trabalhos dos autores mencionados,
demostrando dessa forma a necessidade de fazer cobertura morta no solo na região de
Paragominas, para o cultivo de alface.
No trabalho, verifica-se na (Tabela 3), que a palha de arroz e capim elefante,
obtiveram menores incidências de plantas invasoras. Isso provavelmente contribuiu para uma
maior produção de alface nessas coberturas (Tabela 2). Resultado semelhante foi encontrado
por FERREIRA et al (2009), cultivando alface em diferentes coberturas, e constataram que a
cobertura com palha de arroz, obteve bons resultado em relação ao controle de plantas
daninhas.
32

Segundo REGHIN et al (2002), observaram que entre todas as coberturas foram


eficazes no controle das plantas daninhas, com a redução significativa sobre as diferentes
espécies de plantas daninhas, fato este comprovado no trabalho, onde houve redução na
emergência de plantas daninhas nos tratamentos.
Na (Tabela 3), é possível verificar que a cobertura com capim Elefante apresentou em
média 99 plantas de tirica (Cyperus iria L.), enquanto que a testemunha apresentou 331de
tiririca (Cyperus iria L.). Isso provavelmente contribuiu para produção de massa fresca nos
tratamentos.

Tabela 3 - Incidência de plantas daninhas no cultivo de alface sob diferentes coberturas mortas, no Município de
Paragominas- Pa.

Tratamento Nome vulgar Fam. Botânica N. Cientifico N° Indivíduos


Testemunha Carurú Amaranthaceae Amaranthus deflexus L. 4
Pé de galinha Poaceae Eleusine indica L. 18
Sojinha Brassicaceae Cleone affinis DC. 4
Tiririca Cyperaceae Cyperus iria L. 331
Palha de arroz Tiririca Cyperaceae Cyperus iria L. 85
Sojinha Brassicaceae Cleone affinis DC. 2
C.Brachiaria Tiririca Cyperaceae Cyperus iria L. 100
Sojinha Brassicaceae Cleone affinis DC. 4
C.Elefante Tiririca Cyperaceae Cyperus iria L. 99
Sojinha Brassicaceae Cleone affinis DC. 2
Fonte: Elaboração do autor, 2016.

Na avaliação da temperatura do solo nos tratamentos na (Tabela 4), observar-se que


não houve diferença média entre os tratamentos, porém o tratamento com serragem foi o que
obteve um aumento superior da temperatura em comparação aos demais, causando o aumento
da temperatura e reduzindo a evaporação. Em estudos realizados por NETO et al (2014), os
autores obtiveram resultados similares ao presente trabalho, entre temperaturas com diferentes
coberturas de solo, onde a cobertura com serragem obteve temperatura média de 26,3C°.
A temperatura próxima ao solo no tratamento com a serragem evidenciaram o
aumento médio da temperatura devido a espessura do material, sendo resultados semelhantes
encontrados por OLIVEIRA et al (2005), que comprovaram que a temperatura próxima do
solo está diretamente relacionado com a sua cobertura, no qual intercepta os raios solares que
se dirigem para a superfície, criando desta forma um microclima especifico sob a mesma,
evidenciando a importância da cobertura morta na diminuição das flutuações térmicas durante
o dia.
33

Tabela 4 - Temperatura do solo sob diferentes tipos de coberturas mortas no cultivo de alface no Município de
Paragominas- PA.

Temperatura G.E C.PAN TEST. SERR. P.ARROZ C.BRACH C.ELEF.

R1 26,5 27,5 25,9 27,5 27,6 27,8 28,2


R2 28,2 29,0 26,8 28,8 28,3 28,3 28,3
R3 26,3 26,9 27,0 27,4 26,8 27,2 27,3
R4 27,2 27,3 27,4 29,0 27,6 27,1 25,5
MÉDIA 27,0 27,6 26,7 28,1 27,5 27,6 27,3
G.E. Grama Estrela; C. PAN. Capim Panicum; C.BRACH .capim brachiaria, C.ELEF. capim elefante,
P.ARROZ: palha de arroz; SERR. serragem de madeira e TEST. testemunha (sem cobertura).
Fonte: Elaboração do autor, 2016.

Verifica-se nas (Tabela 5) e (Tabela 6), os teores de macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg


e S) e micronutrientes (B, Cu, Fe, Mn e Zn) nas plantas de alface cultivadas, sob cobertura
morta palha de arroz e capim elefante, destaca-se que somente essas duas coberturas foram
quantificadas o teor, pois a planta de alface apresentou maior produtividade nessas duas
coberturas, como mostra na (Tabela 2).
Pelos resultados comprovam que os nutrientes Nitrogênio, fósforo, potássio, Cálcio,
Magnésio, apresentaram maiores teores nas plantas de alface, nas cobertura com palha de
arroz em comparação com a cobertura com capim elefante (Tabela 5). Isso provavelmente
está relacionado a liberação dos nutrientes que a palhada disponibilizou no solo, sendo
aborvido em maior quantidade pela alface. No entanto, o nutriente enxofre apresentou maior
teor plantas de alface cultivadas em cobertura morta sob capim elefante em comparação a
palha de arroz.

Tabela 5 - Análise de macronutrientes na cultura da alface, produzidas sob diferentes coberturas mortas no
Município de Paragominas- Pa 2016.

Cobertura morta N P K Ca Mg S
M
g/Kg
Palha de Arroz 37,06 4,37 60,25 12,75 3,7 1,91

Capim elefante 26,12 3,57 42,5 12,5 3,25 2,3


Fonte: IBRA- Instituto Brasileiro de Análise, 2016.
34

Com relação ao teor de micronutrientes nas plantas de alface verifica-se na (Tabela 6),
que na cobertura morta a base de palha de arroz, houve maior teor de cobre, Manganês, zinco,
e alumínio em comparação com a cobertura a base de capim elefante. No entanto, o teor de
sódio foi maior nas plantas de alface cultivadas sob cobertura morta a base de capim elefante
em comparação com as plantas cultivadas, sob cobertura morta a base de palha de arroz.

Tabela 6 - Análise de micronutrientes na cultura da alface produzidas sob diferentes coberturas mortas no
Município de Paragominas-Pa. 2016.

Cobertura morta B Cu Fe Mn Zn Na Al
mg/Kg
Palha de Arroz 66,99 11 785 180 38,5 215 2676,6

Capim elefante 75,11 8 820 165 30 735 2587,5

Fonte: IBRA- Instituto Brasileiro de Análise, 2016.


35

6 CONCLUSÃO

O uso de coberturas mortas no cultivo de hortaliças é de grande importância, ela


mostra ser viável, pois reduz a incidência de plantas daninhas nas áreas de plantio, retém a
umidade, reduz a lixiviação de nutrientes pela erosão, disponibiliza nutrientes no solo, desta
forma eleva o aumento médio da produção de hortaliças, e reduz os gastos com insumos
agrícolas, além do que são materiais que estão disponível nas propriedades rurais, podendo ser
usados no plantio de diversas hortaliças.
36

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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