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PELO
EDIÇÃO
Obra adoptada officialmente
FRANCISCO ALVES Et
C.ª
RIO DE JANEIRO Rua do
Ouvidor, 1666
S. PAULO Rua de BELLO
S. Bento, 65 HORIZONTE Rua
«A EDITORA»
50, Largo do Conde Barão, 50
LISBOA
1910
Os exemplares serão rubricados pelo autor
PREFACIO
••
VII
TARQUINIO DE SOUZA.
As notas de aula, que o distincto quintannista Sr.
Alberto Biolchini compilou e agora reune em volume,
não têm, nem podem ter outro valor, senão o de licções
succintas, mais de caracter pratico do que theorico,
resumidas para, no estreitíssimo espaço do anno
lectivo, dar aos alumnos da Faculdade de Sciencias
Juridicas e Sociaes do Rio de Janeiro, algumas noções
do direito commercial brasileiro.
Colhidas de exposição oral desacompanhada de
qualquer auxilio que não o da memoria do lente, foram
em alguns pontos completadas na redacção que lhes
deu o compilador, mostrando assim não ser um simples
apanhador de postillas, mas ter estudo proprio e
consciencioso, no que muito bem o guiam a sua
intelligencia privilegiada e a excel-lente base que
possúe de humanidades.
Propriamente da cadeira é a doutrina, e essa mesma
carecia de maior desenvolvimento para a sua exacta
comprehensão, que o laconismo das notas por vezes
prejudica. Revendo-as nas provas typographicas não
houve tempo nem espaço para sanar o inconveniente,
roas como estes apontamentos são apenas destinados a
estudantes que de mais segura e abundante fonte hão de
posteriormente haurir completo conhecimento da
materia, aquiesci
XII
INGLEZ DE SOUZA.
S. Paulo, 6 de Agosto de 1906.
BRASILIO MACHADO.
Am.0 Snr. Biolchini.
LIMA DRUMMOND.
BERNARDES DA SELVA.
2
Direito Commercial; prelecções professadas pelo Sr. Dr. In-
glez de Souza, na Faculdade Livre de Sciencias Juridicas
e Sociaes do Rio de Janeiro, e compiladas por Alberto
Biolchini, 5.° annista, com revisão da Cadeira—S.Pau
lo, 1906.
Um bom serviço prestou o academico acima ci-
tado, publicando as eruditas prelecções do cathe-
dratico de Direito Commercial da Faculdade em
que faz o seo curso. Demonstrou assim que procura
aproveitar dos estudos que faz, e ao mesmo tempo
dissemina pelos estudiosos os elementos que lhe
serviram para seos proprios trabalhos.
As prelecções guardam a ordem do respectivo
programma, e, dest'arte, com o roteiro intelligente e
scientificamente preparado, são precioso auxilio,
quer aos discípulos, quer aos collegas, que por
necessidade de rapida consulta, procurarem o livro
para solução de um ou outro assumpto, em que seja
de bom conselho saber da licção dos mestres.
O professor Inglez de Souza revestiu as suas
prelecções de simples e modestos atavios; usou
nellas a linguagem sã e correcta dos que conhecem
o que seja estudar, sem soccorrer-se de fórmas
requintadas e pedantes, com que certos autores
procuram disfarçar a pouca valia das proprias
XIX
Rio —1906
ALBERTO BIOLCHINI.
■
Ao publicar a segunda edição deste modesto tra
balho, sinto-me no dever de confessar o meu pro
fundo reconhecimento pela benevola acceitação
que elle encontrou.
E si, depois disso, alguma cousa pudesse lison-jear-
me, seria certamente, o facto de terem appa-recido,
posteriormente, outras publicações da natureza desta, e
cujos autores não se dedignaram seguir de perto a trilha
que encontraram traçada.
Certo de que será devidamente apreciado o meu
esforço de bem servir aos estudiosos do Direito
Commercial, peço-lhes a continuação do seu favor.
Bio —1908.
ALBERTO BIOLCHINI.
INTRODUCÇÃO
•
Prelecções de Direito Commercial 25
\
Prelecções de Direito Commercial 33
'
38 Prelecções de Direito Commercial
I
Prelecções de Direito Commercial 49
Secção 1.ª
Das Pessoas VI
Commerciantes, pessoas individuaes
e collectivas. — Condições exigidas para
ser commerciante.—Capacidade.—Me
nores e mulheres casadas. — Obrigações
dos commerciantes. — Vantagens o pri-
vilegios.—Prova dos livros commerciaes.
-
Taes vêm a ser as condições intrinsecas e ge-raes de
todas as sociedades commerciaes.
32.—A grande maioria das sociedades commerciaes
têm alguma cousa de especial, que justifica a sua
inclusão entre as pessoas commerciaes: a sociedade,
baseando-se no contracto, assume uma feição que lhe dá
a apparencia de um organismo vivo, de uma verdadeira
pessoa, não de uma ficção do Direito apenas, como
pensavam os Romanos.
Com effeito: a) toda a pessoa civil se distingue das
outras pelo nome com que se faz conhecer, com que
contrahe obrigações, etc. Ora, as sociedades mercantis
têm um nome, que é essencialmente diverso do nome
dos indivíduos que as compõem: é o nome pelo qual
uma sociedade se distingue de qualquer outra, é, em
summa, o nome collectivo ou social.
b) A sociedade tem um domicilio, como qualquer
individuo e o domicilio social não se confunde com o
dos socios.
c) A sociedade (é este o ponto capital, essencial) tem
um patrimonio seu, que tambem não se confunde com o
dos socios. O art. 292 do Codigo Commercial distingue
claramente os bens da sociedade dos bens dos socios, e a
Lei das fallencias
Prelecções de Direito Commercial
6
9
7
VIII
Participações.—Parcerias marítimas.
Dos contractos
XI
■
130 Prelecções de Direito Commercial
1
132 Prelecções de Direito Commercial
RS. (6)
1:000$000
Rio de Janeiro, 11 de Agosto de 1909 (1)
A (2) 20 dias de vista pagará Vm.ce por esta primeira
(3)
em moeda
corrente. (5).
(1) Vencimento. (I) Clausula cambial. (3) Nome do portador. (4) Somma a pagar. (5)
Designação da especie de moeda. (6) Data da emissão. (7) Assignatura do emit-tente, (S)
Bailo devido.
Secção 1.ª
Do
Navio
XV
1
Prelecções de Direito Commercial 201
Dos Fretamentos
XX
Dos conhecimentos.
Do contracto de seguro
maritimo
XXII
Da natureza e fórma do contracto de
seguro marítimo.
I
268 Prelecções de Direito Commercial
1
272 Prelecções de Direito Commercial
J
276 Prelecções de Direito Commercial
I
Prelecções de Direito Commercial 279
-
Na perda ou na presumpção da perda total do
navio se baseia o abandono, e ha presumpção de
perda total quando a perda excede os 3/4 do valor do
objecto seguro, nullifícando-se o 1/4 restante. Em
todas as hypotheses do Codigo, ha sempre a perda
ou a presumpção da perda total e isto é que legitima
o abandono e o direito do segurado á indemnização
total.
l.° O art. 753 n. 1 falia na presa ou arresto por
ordem de Potencia estrangeira. Não ha razão
nenhuma para não conceder a faculdade do aban-
dono no caso de arresto pelo Governo da naciona-
lidade do navio. Neste caso, tambem, ha a perda ou
a presumpção da perda total e, por isso, a doutrina
extende o abandono a elle tambem.
Comprehende-se igualmente a presa feita pelo
corsario, porque este está, pela nação estrangeira,
legalmente autorizado a fazer presa.
As presas feitas pelo corsario têm o mesmo pro-
cesso que as feitas pelos navios armados e, para
consideração da perda total ou de 3/4, devem se
calcular as despezas effectuadas para a reclamação
da presa. Embora o apresador restitua a presa, o
processo a que deu lugar a reclamação, pode ter
occasionado despezas que absorvam mais de 3/4 do
valor do seguro. Neste caso o navio se considera
perdido e tem lugar o abandono.
Na hypothese de retomadia ou represa não se
pode deixar de levar em conta o premio da reto-
madia, que varia conforme vimos, isto é, conforme
seja feita por navio mercante ou navio de guerra.
Prelecções de Direito 287
Commercial
Das avarias
XXIV
XXV
I
Prelecções de Direito 333
Commercial
FIM
INDICE
Pags.
Prefacio. V
Introducção
I — Do commercio em geral, definição e historia. —
Evolução do contracto, parallelismo entre essa
evolução e a do commercio. — Theoria das obri
gações. — O contracto como fundamento racio
nal do Direito ......................................................
1
II— Industria e suas divisões — Objecto da indus
tria commercia! e do Direito Commercial.—
A unidade do Direito Privado. — Razões histo
ricas da formação especifica do Direito Mercan
til. — Tendencias do legislador brazileiro para
a unidade do Direito Privado ..............................
19
III — A autonomia do Direito Mercantil no estado
actual da Sciencia e da legislação. — Theoria
dos actos do commercio...................................... 29
IV — Historia da legislação commercial e das suas
fontes actuaes. — Usos, costumes e convenções 37
V — Relações do Direito Mercantil com a Economia
Politica e outros ramos do Direito.—Direito
Civil. — Direito Administrativo. — Direito Pe
nal. — Direito Publico Internacional: a) em
tempo de paz; b) em tempo de guerra.—Di
reito Internacional Privado. — Theoria dos Es
tatutos. — Regime Consular ........................................ 47
Parte Primeira
DO COMMERCIO EM GERAL
Secção 1.ª—Das Pessoas
VI — Commerciantes, pessoas individuaes e collecti-vas.—
Condições exigidas para ser commercian-te.—
Capacidade.—Menores e mulheres casadas. —
Obrigações dos commerciantes. — Vantagens e
privilegios. — Prova dos livros commerciaes 57
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