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CAMPINA GRANDE –
PB 2022
THIAGO ANTONNY DE AZEVEDO GOMES
CAMPINA GRANDE – PB
2022
THIAGO ANTONNY DE AZEVEDO GOMES
APROVADO EM: / /
BANCA EXAMINADORA:
Prof.º da UniFacisa,
Prof.º da UniFacisa,
Dedico este trabalho a meus pais, fulano e ciclano, minha namorada,
beotrana, à todos meus professores, que foram essenciais na minha
formação, aos meus instrutores de voo, que colaboraram com seus
ensinamentos, e à Deus, que esteve sempre presente durante todo este
processo.
AGRADECIMENTOS
“No meio da dificuldade, encontra-se a oportunidade”
Albert Einstein
RESUMO
MODELO SHELL
O diagrama para representar as interações entre esses diferentes componentes foi por ele
nomeado com as letras iniciais de cada fator “SHEL” (S = Software; H = Hardware; E =
Environment e L = Liveware), conforme abaixo:
Figura 2.1 - Modelo SHEL ilustrando a interação entre os três tipos de sistemas e o ambiente (EDWARDS, 1972).
Foi feita modificação gráfica das arestas recortadas de cada bloco para enfatizar que
neste modelo o desencaixe ou desencaixe de um dos blocos é também as próprias
características de cada bloco, demonstrando que outros componentes do
sistema devem ser cuidadosamente combinados. Para Hawkins, a incompatibilidade entre
interfaces pode representar erro humano. Este diagrama funcional não abrange interfaces que
não são fatores humanos (E-S; H-E e H-S) e destina-se apenas como uma ajuda básica para
entender as interfaces que estão associadas. Vamos ver como este modelo é apresentado no 238-
NA/143 (ICAO, 1992).
O operador humano está no centro do modelo SHELL. Como já mencionado , este
componente é geralmente considerado o componente mais crítico, mas também o sistema mais
flexível. A disciplina de Fatores Humanos busca identificar variações de desempenho e
limitações de pessoas para prever e mitigar erros indesejáveis. Comportamentos indesejáveis do
operador, como estresse por devem ser evitados para que não haja possibilidade do sistema.
Assim, entender as características deste componente central torna-se perceber a combinação
entre este fator e os demais. Abaixo apresentamos alguns exemplos de características
importantes do componente humano que devem ser analisados.
Fadiga e Estresse
FADIGA
Segundo Montadon (2007), a fadiga de voo é um estado que resulta na diminuição das
habilidades no trabalho e prejuízo do estado de alerta, em função, dentre outros fatores, de
atividades profissionais longas e cansativas, esgotamento físico e mental, sendo uma ameaça à
segurança operacional, por degradar o desempenho dos tripulantes.
Sendo assim, esses fatores influenciam nas interpretações de informação em meio às
operações, tomadas de decisão e atos inseguros. Um bom estado de alerta corresponde a uma
condição ótima do cérebro, permitindo ao ser humano captar informações que julgar
importantes ou excluí-las. O grau de alerta vai estipular como será executada a tarefa, sendo
assim, quando o estado de alerta estiver deteriorado, o desempenho do piloto pode ser
substancialmente afetado (CNFH; CNPAA, 2017).
De acordo com Lyra (2018), o tema relacionado à fadiga merece atenção na aviação.
Muitos estudiosos, psicólogos e profissionais da área, em conjunto, estão criando soluções e
pesquisas com o intuito de mitigar os riscos da fadiga humana e minimizar a ocorrência de
acidentes e incidentes aeronáuticos.
Fatores como a brutal jornada de trabalho apenas a legislação pode solucionar. Porém,
outros problemas decorrentes do estresse ocupacional podem ser resolvidos por meio de
orientação psicológica.
Glina e Rocha (2000) afirma que o estresse não é uma doença, mas uma tentativa de
adaptação e não está relacionado apenas ao trabalho, mas ao cotidiano de vida experimentado
pelo sujeito. Segundo essas autoras a importância conferida
ao trabalho se deve a sua relevância neste cotidiano, transformando-o em um dos principais
fatores desencadeantes do estresse.
ESTRESSE
Finalizando o que já foi amplamente discutido, pode-se dizer que a automação dentro
da cabine de comando possibilitou melhoras em diversos aspectos, como economia de
combustível, operações mais eficientes e a redução da carga de trabalho da tripulação ao
diminuir a quantidade de tarefas. Entretanto, há as consequências desses benefícios, como a
diminuição da habilidade para realizar voo manual, tal como, o aumento da carga de estresse
devido a esse gerenciamento de informações excessivas. Consequentemente, evoluindo para
um quadro posterior de fadiga aérea ao longo do tempo, dificultando a percepção cognitiva
dos pilotos na cabine de comando em meio a situações adversas e emergência, ou até mesmo,
agravando suas reações naturais nas tomadas de decisão e consciência situacional, culminando
ao quadro de "visão de túnel", onde em grandes casos de acidentes este conceito tem se
apresentado com frequência.
Dentre os outros fatores que podem trazer riscos à segurança aérea, e de acordo com
esta análise que foi apresentada, podemos compreender a importância de como a percepção
cognitiva de um ser humano está ligada à "atenção" e diretamente aos índices de
fadiga, assim como, altos níveis de cargas de estresse também se mostram presentes,
aumentando a probabilidade de erro humano em meio às situações adversas e de emergência,
desde que a capacidade humana de cometer erros está presente por natureza e não pode ser
excluída, apenas controlada por técnicas estabelecidas como barreiras mitigadoras, assim
como, podem ser gerenciados esses riscos e ameaças de cometer erros, através de programas
de gerenciamento, treinamentos, avaliações periódicas recomendadas e estimuladas pela
Organização Internacional de Aviação Civil (OACI/ICAO), agências reguladoras do
transporte aéreo e operadores aéreos.
Portanto, a conclusão, resume-se às consequências da automação na segurança de voo,
onde a: diminuição da consciência situacional das tripulações, a complexidade dos sistemas, a
falta de compreensão dos mesmos pelos pilotos, o comprometimento da capacidade de manter
voo manual e a produção de um ambiente de complacência, que por sua vez, podem ser
controlados e mitigados ao máximo tais índices de falhas e erros, se forem
estimulados e gerenciados de forma correta.
REFERÊNCIAS
ICAO. Doc 9966, Manual for the Oversight of Fatigue Management Approaches.
Montreal, 2016.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blucher, 1990. 465
p.
LICATI, Paulo. A vez do FRMS. Revista Aero Magazine, Montreal, 17 out. 2011.
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frms_71.html>. Acesso em: 25 maio. 2021.
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p. 768-770, 2000.
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ROBBINS, S. P; JUDGE, T. A.; SOBRAL, F. Comportamento Organizacional –
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WIEGMANN, D.A., & SHAPPELL, S.A. (2003). A human error approach to
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