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FICHAMENTO CAP. 16 – Sem.

11: O Sujeito e o Outro: A Alienação

A dinâmica sexual/
Afânise/
O erro piagético/
Vel/
A bolsa ou a Vida?/
O por quê?

Psicanálise como “ciência” do inconsciente – ponto de partida: inconsciente é


estruturado como uma linguagem – daí deduzir uma topologia para dar conta da
constituição do sujeito
Dando a dominante à estrutura – não elude-se que essa dinâmica é
essencialmente sexual.

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Acentua a repartição em relação à entrada do inconsciente: 2 campos, Sujeito e
Outro
Outro é o lugar onde se situa a cadeia significante que comanda tudo que vai se
presentificar no vivo/ é o campo desse vivo onde o sujeito tem que aparecer
É do lado do vivo, chamado à subjetividade, que se manifesta a pulsão > pulsão
parcial > que não dá conta da “totalidade da tendência sexual”
As vias pelas quais se faz homem ou mulher não são designadas pela pulsão,
mas, são inteiramente abandonadas ao roteiro que se coloca no campo do Outro - Édipo
Pulsão > pulsão parcial > representante no psiquismo das conseqüências da
sexualidade > a sexualidade se representa no psiquismo por uma relação do sujeito que
se deduz de outra coisa que não da sexualidade mesma: A sexualidade se instaura no
campo do sujeito pela via da FALTA
Duas faltas que se recobrem: (a simbólica) Sujeito depende do significante e de
que o significante está primeiro no campo do Outro: “defeito central” em torno do qual
gira a dialética do advento do sujeito a seu próprio ser em relação ao Outro. //// (a Real)
falta anterior que se situa no advento do vivo, na reprodução sexuada: aquilo que o vivo
perde de sua parte de vivo por se reproduzir pela via sexuada. “Esta falta é real, porque
ela se reporta a algo de real que é o que o vivo, por ser sujeito ao sexo, caiu sob o gole
da morte individual”.
(((- Relação com o “entre duas mortes”?)))
Representação mítica do mistério do amor – busca pelo outro que é sua metade
sexual, buscada no amor. A experiência analítica substitui a procura, do sujeito pelo
complemento sexual, por uma busca da parte para sempre perdida dele mesmo –
constituída pelo fato de ser apenas ser vivo sexuado e não ser imortal.
Logro que introduz o vivo sexuado à realização sexual – pulsão parcial é
fundada na pulsão de morte e representa em si a parte da morte no vivo sexuado.
Libido como órgão irreal.
Movimento da pulsão: flecha que parte para o alvo preenche sua função à
medida que dele emana para retornar ao sujeito/// Dialética da pulsão se distingue
fundamentalmente do que é da ordem do amor, como do que é do bem do sujeito.

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Operações da classificação do sujeito em sua dependência significante ao lugar
do Outro!!!
Tudo surge da estrutura do significante! Essa se funda na função do corte (como
1º nomeou)/ função topológica da borda (nomeação posterior)
Hiância – engendra a relação $ e Outro// $ definido como efeito do significante
≠ reino animal, onde a captura do imaginário é suficiente para motivar toda sorte de
comportamento do vivo.
Um significante é o que representa um sujeito para outro significante// O
significante produzindo-se no campo do Outro faz surgir o sujeito de sua significação –
ele só funciona reduzindo o sujeito em instância a não ser mais que significante:
petrificando-o -> pulsação temporal/ institui o que é do inconsciente como tal,
fechamento.
Afânise – Jones – medo de ver desaparecer o desejo. Situada de modo mais
radical no movimento de desaparecimento “letal”: fading do sujeito
Rabinovich – “A falta primeira é a falta de sujeito, razão pela qual não se fala
com o sujeito, mas dele. O isso é o que fala dele e, num segundo momento, se introduz
o Outro. Nesse primeiro tempo, a regra é impessoal, que sela o sujeito com um S1 que o
transforma em “nada”, pura petrificação, incapaz de aceder à palavra; na medida em que
ela requer a articulação de pelo menos 2 significantes, é preciso que esse ‘nada’ se
sustente num apelo ao segundo significante do Outro”
Cisão do sujeito o divide em S1 e S2 – tal sincronia significante, que esse
movimento primeiro implica, culmina no fading ‘constituinte de sua identificação’, que
se articula numa temporalidade na qual rege a pulsação, que oscila entre a petrificação e
o fading.
Concatenação significante S1-S2: ‘apelo, feito no Outro, ao segundo
significante’.
S1, primeiro significante, designa o sujeito, mas não lhe dá sentido nenhum,
designa seu ser. O segundo significante lhe outorga sentido e, ao fazer isso, apaga ser,
produzindo a afânise ou fading do sujeito – identificada ao recalque primário freudiano//
S2 = representante da representação
Erro piagético – criança fala pra si/ “discurso egocêntrico”
Nascimento do sujeito no campo do Outro – sujeito do inconsciente está em um
lugar indeterminado, sob o significante que desenvolve suas redes, sua cadeia, sua
história.
“O inconsciente é entre ambos [$ e Outro], seu corte em ato”
A interpretação não se dobra a todos os sentidos, ela só designa uma única série
de significantes, mas, o sujeito pode ocupar diversos lugares conforme se ponha sob um
ou outro desses significantes.

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-- Desenhar o esquema dos 2 Vs e do conjunto
Processo de borda – circular – fantasia
Losango <> (setas para baixo e para cima) – relação com os matemas da fantasia
e da pulsão: $ <> a & $ <> D (grito)
V da metade inferior = Vel – constituído pela primeira operação essencial em
que se funda o sujeito: Alienação
A alienação consiste nesse vel que condena o sujeito a só aparecer nessa divisão
que “se ele aparece de um lado como sentido, produzido pelo significante, do outro ele
aparece como afânise”.
Vel = ou
Vel só se suporta pela forma lógica da reunião.
Vel da Alienação – se define por uma escolha cujas propriedades dependem que
haja na reunião, um elemento que comporte que qualquer que seja a escolha, se tenha
como conseqüência um “nem um, nem outro”
No vel alienante, se o sujeito escolhe o ser, perde o sentido e, se escolhe o
sentido, se produz sua afânise e perde o ser – na interseção, entre o campo do sujeito, o
do ser (S1-?), e o campo do Outro, o do sentido (S2-?), está o sem-sentido, onde se
situará o inconsciente.
((???))
Ilustração pelo “ser do sujeito” que está “ali sob o sentido”: Escolhendo o ser, o
sujeito desaparece, ele escapa, cai no não-senso// escolhendo o sentido - só subexiste
decepado dessa parte de não-senso –> que é o que constitui na relação do sujeito, o
inconsciente.
=
É da natureza desse sentido (como ele emerge no campo do Outro) ser eclipsado
pelo desaparecimento do ser – induzido pela função do significante.
(((- Relação com onde penso não sou e onde sou não penso (!!)))
ESQUEMA DA INTERSEÇÃO
A interpretação não visa tanto o sentido quanto reduzir os significantes a seu
não-senso, para que se possa reencontrar os determinantes de toda a conduta do sujeito
O “ou” alienante está na linguagem
Ex. A bolsa ou a vida! – se escolhe a bolsa, perde as duas, se escolhe a vida sem
a bolsa, tem uma vida decepada.// Hegel – primeira alienação, aquela pela qual o
homem entra na via da escravidão: A liberdade ou a vida?
Fator letal
Liberdade ou morte – efeito de estrutura diferente, pois, se tem os 2, se escolhe a
liberdade, tem-se a liberdade de morrer.

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A Segunda operação que termina a circularidade da relação $ e Outro
1º tempo – subestrutura da reunião// 2º subestrutura da interseção ou produto.
Na interseção dos conjuntos, se localiza a segunda operação: a separação
Duas operações – dupla determinação da divisão subjetiva: 1ª determinação dada
pelo par significante S1-S2 e 2ª dada pela operação dessa perda que se torna causa, que
é objeto a – vinculado a operação de separação descrita como interseção, o produto
lógico de ambos os conjuntos.
É aí que se vê despontar o campo da transferência (((?!)))
Escansão do separare ao se paprere que quer dizer engendrar-se.
O sujeito encontra uma falta no Outro – na própria intimação que o Outro lhe faz
por seu discurso > nos intervalos do discurso, aí, surge a experiência da criança “ele me
diz isso, mas o que é que ele quer?”
Nesse intervalo cortando os significantes, que faz parte da estrutura do
significante, está a morada da metonímia – de lá que se inclina, desliza, foge o desejo!
Desejo do Outro – que é apreendido pelo sujeito nas faltas do discurso do Outro
Enigma do desejo do adulto
Para responder a isso, o sujeito traz a resposta da falta antecedente de seu
próprio desaparecimento – que ele acaba por situar no ponto da falta percebida no Outro
-> o primeiro objeto que a criança propõe a esse desejo parental (cujo objeto é
desconhecido) é sua própria perda: Pode ele me perder? – a fantasia de sua morte,
desaparecimento, é o primeiro objeto que o sujeito tem a por em jogo nessa dialética
Anorexia mental
A fantasia de sua morte é brandida comumente pela criança em sua relação de
amor com os pais
Uma falta recobre a outra – daí a dialética dos objetos do desejo no que ela faz a
junção do desejo do sujeito com o desejo do Outro
(pergunta do Miller)

“Do lado da escolha forçada da alienação do ‘não penso’ situa-se a falta do


sujeito. Essa falta é produto da alienação e está vinculada ao significante afanístico, o
significante que obtura o que o significante pode dar de ‘ser ao sujeito’, o S1, que
permanece oculto por ação do S2. Essa falta, essa perda do S1, recupera-se com a
falta do sujeito como objeto para o Outro”
“A falta primeira do sujeito produzida pela alienação remete, na separação, à
perda do sujeito como objeto causa de desejo do Outro.”
“A conseqüência da separação é a passagem da alienação entre ser e sentido
para a estrutura do desejo como desejo do Outro.”
Che vuoi (!)

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