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23/03/2023 aula 3

Recapitulando:

O eu é o ponto de onde eu me enuncio. Ao me enunciar, eu tento capturar o que eu sou. E o


que sou, eu nunca chego lá. Somos também objeto da linguagem.

Diferença de JE e MOI

Eu (moi) = MIM -> falo de mim, eu como um objeto

Eu falo de mim.

Je=eu, moi=mim

Para eu dizer quem sou, há um campo de determinação que me antecede. E isso é transmi�do
pelo outro.

-Hospitalismo: se as crianças não forem inves�das com afeto e linguagem, as crianças morrem,
mesmo com as necessidades de alimentação estejam sendo oferecidas.

Algo do campo do outro vai projetar nessa criança o que ela gostaria de ser. Ela se fixa em
algum ponto ideal (eu ideal). Ela não vai responder a isso que falta ao outro. E ela passa a ser a
ter que ser aquilo que falta ao outro. (ideal de eu).

Supereu x isso

Drama eu x supereu x isso

Base freudiana do conflito

O sintoma aparece como um acordo de compromisso para “resolver” esse embaraço.

SOBRE A TOPOLOGIA DO EU

ESQUEMA L
Lugares com relações pre estabelecidas. Esses lugares determinam funções. Cada uma dessas
funções estabele relações com os outros lugares. E essas relações determinam o modo como o
o inconsciente vai funcionar.

Lacan considera isso o mínimo para ter um Eu.

Um sujeito (S) se dirige aos outros (a) do mundo.

Entre eu e o outro (a-a’) crio uma relação especular. Uma imagem do outro sobre a qual eu me
projeto.

Imaginário= eu me projeto no outro. Parte dele que eu reconheço como semelhante. Não é o
outro. O outro é um anteparo sobre a qual eu me projeto.

o eu se estrutura a par�r da falta do outro. Ter que ser o que falta ao outro. E é nesse ponto
que o sujeito goza. E repete, e atua.

Grande Outro é o anteparo simbólico, discursivo, que eu recortei do mundo para me alojar
nele. A castração me chamou para ser algo no mundo.

ESQUEMA R

ESQUEMA I
NEUROSE- recalque- sintoma - fantasia (recalque retorna por meio do simbólico)

PERVERSÃO – recusa – fe�che – ato

PSICOSES – foraclusão (rejeição) – alucinação (o que é foracluído retorna no real) O delírio é a


tenta�va de cura, pra tentar explicar o que retorna como alucinação. SEMPRE FALTA O EU na
psicose.

Ficar de olho em duas coisas pra descobrir a psicose:

A linguagem não desliza. O significante não desliza. A linguagem é muito rígida. Se a pessoa
quer ser direita, ela vai cursar Direito.

Fenômeno de corpo.

Ler barreto: reforma psiquiátrica e movimento lacaniano. Ar�go clínica das psicoses

Zenoni: revista abre campos. Número 0. Mostra como evitar o desencadeamento na psicose

O recalque separa a ideia do afeto. Recalca a ideia. O afeto se liga ao corpo ou a outra ideia.

O que interessa na clínica é entender o ponto de gozo do sujeito.

Psicose é o retorno da falha das defesas: alucinação. A palavra começa a falar. Passa a ser
habitado pela linguagem. Começa a ouvir vozes. A base disso é a ausência de um eu.

O problema da psicose é a ausência do significante central no campo simbólico.

O que aconteceu não é registrado no simbólico e volta no real.


A metáfora delirante subs�tui a falta de eu, por um novo nome. Subs�tui a falta do nome do
pai. A metáfora delirante faz as vezes do Nome-do-Pai.

O psicó�co não consegue amarrar as pontas da estrutura simbólica que fixa o eu.

carência metafórica gerados pela ausência da


significação fálica, diante da foraclusão do significante
do Nome-do-Pai.

É possível notar, como traço comum aos três tipos de


externalidade, que a psicose ordinária se deixa reconhecer
no nível de uma falha da operação que manteria coesas as
experiências de ter um corpo, uma identificação simbólica e
uma função social determinada.

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