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CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA INDÚSTRIA ELECTRÓNICA

Curso de Técnico de Gestão Técnica Centralizada e Domótica


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1 UNIDADES DE PRODUÇÃO DE ENERGIA TÉRMICA

1.0 GENERALIDADES

As unidades de produção de energia térmica, são máquinas que


produzem frio ou aquecimento de acordo com as condições para
que foram projectadas.

O objectivo de uma instalação de climatização é garantir condições


de conforto termo-higrométrico para os utentes ou condições
especiais de temperatura e de humidade para equipamento
informático ou electrónico.

As suas potências ou capacidade de produzir frio ou aquecimento


está de acordo com as cargas térmicas a serem removidas dos
espaços a climatizar, na forma de calor total, ou seja o calor
sensível mais o calor latente.

Existem dois sistemas de produção de energia térmica,


independentemente de serem unidades centrais ou de split´s, de
grande ou pequena capacidade, sejam para frio ou para
aquecimento, fundamentalmente são sistemas de expansão
directa ou expansão indirecta.

Conforme o próprio nome indica, expansão tem haver com os


evaporadores das unidades de produção de energia térmica, como
já vimos, é onde se realiza a expansão do líquido refrigerante.

Ser na forma directa ou não tem haver com o fluido utilizado para
processo de expansão. Se o fluido for o ar, estamos na presença de
um evaporador cuja troca de calor é freon/ar e é este ar que vai
climatizar o espaço destinado, então diz-se que a expansão é
directa.

Se o fluido for a água, estamos na presença de um evaporador cuja


troca de calor é freon/água e é esta água que vai transportar a
energia térmica que lhe foi transferida para unidades terminais de
climatização, ventiloconvectores ou unidades de tratamento de ar.

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Estas unidades de climatização que têm câmaras de ventilação,


funcionam com permutadores água/ar, transferindo depois de uma
forma indirecta a energia térmica produzida pela unidade produtora
para o ambiente destinado, então diz-se que a expansão é
indirecta.

Sistema de expansão directa de condensação a água

Sistema de expansão directa de condensação a ar

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Sistema de expansão indirecta de condensação a ar

Sistema de expansão indirecta de condensação a água

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1.1 GRUPOS DE PRODUÇÃO DE ÁGUA GELADA/QUENTE


PERMUTADOR
TORRE DE
ARREFECIMENTO

CIRCUITO DE ÁGUA
REFRIGERADA

CONDENSADOR

COLECTOR COLECTOR
CIRCUITO DE DE RETORNO DE PARTIDA
CONDENSAÇÃO

EVAPORADOR

CHILLER DE PRODUÇÃO
CISTERNA PARA DE ÁGUA GELADA
VOLANTE TÉRMICO

PERMUTADOR

CÃMARA DE
VENTILAÇAÕ

COLECTOR COLECTOR
EVAPORADOR DE RETORNO DE PARTIDA

CHILLER DE PRODUÇÃO
DE ÁGUA QUENTE CONDENSADOR
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QUADRO DE
QUADRO DE COMPRESSOR
CONTROLO
POTÊNCIA

EVAPORADOR

ASPIRAÇÃO

VOLUTA A DESCARREGAR O COMPRESSOR CENTRÍFUGO


FREON P/ O CONDENSADOR
DE UM ANDAR

CONDENSADOR

DEPÓSITO E
BOMBA DE ÓLEO ECONOMIZADOR

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LIGAÇÃO DO CONDENSADOR À
TUBAGEM DA ÁGUA DA TORRE
DE ARREFECIMENTO

ELECTROBOMBAS DE RECIRCULAÇÃO LIGAÇÃO DO EVAPORADOR À


DA ÁGUA REFRIGERADA ENTRE O TUBAGEM DE ÁGUA REFRIGERADA
EVAPORADOR E O COLECTOR DE
PARTIDA

TORRES DE ARREFECIMENTO
VENTILAÇÃO FORÇADA
VENTILADORES
CENTRÍFUGOS

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O ciclo de refrigeração está esquematizado nesta figura, trata-se se


um Chiller de produção de água gelada, com compressor centrífugo
de dois estados.

O evaporador, situado sob a linha de aspiração do compressor,


mantém uma temperatura e uma pressão mais baixa que dentro do
condensador.

O fluido frigorigénio líquido entra dentro do evaporador e expande-


se através de uma série de placas perfuradas, vaporiza-se e
arrefece-se à temperatura de evaporação

Esta mistura do fluido frigorigénio líquido e gasoso reparte-se dentro


do evaporador a todo o comprimento da tubagem de cobre. Os
orifícios agrupados sequencialmente dentro do distribuidor,
projectam a mistura líquido/gás contra os deflectores, obtendo-se
um efeito de dispersão que permite uma irrigação uniforme na
superfície dos tubos.

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A transferência de calor dos tubos ao fluido frigorigénio provoca a


evaporação do mesmo. Este processo permite arrefecer a água
dentro dos tubos à temperatura desejada.

Água esta que é distribuída pelos permutadores das unidades


terminais de climatização do ambiente, unidades de tratamento de
ar (UTA´s) ou unidades ventiloconvectoras, removem a carga
térmica desse mesmo ambiente.

A água refrigerada nos permutadores destas unidades não


arrefecem o ambiente, retira-lhe é o calor, para depois no retorno ao
evaporador transferir esse calor ao gás para este vaporizar-se,
cedendo este à água o seu calor latente de vaporização, porque a
temperatura de evaporação mantém-se constante.

O fluido frigorigénio gasoso passa agora através de um eliminador


de gotas situado na parte superior do evaporador, onde as gotículas
do fluido frigorigénio são travadas.

O gás proveniente do difusor da secção superior do evaporador


está a ser aspirado pelo compressor. Este gás à baixa pressão
passa sucessivamente pelos dois estágios do compressor onde, por
centrifugação, ele é comprimido até à pressão de condensação
antes de ser descarregado para o condensador.

O condensador possui uma chicane perfurada, que impede o jacto


directo do gás sobre os tubos de cobre. O gás reparte-se ao longo
da área espaçosa e se condensa em contacto com os tubos de
cobre onde circula a água relativamente fria.

Esta é a água que é arrefecida nas Torres de Arrefecimento, para


permitir que o gás refrigerante absorva o calor latente de
vaporização, condensado-se e liquefazendo-se.

O refrigerante condensado é recolhido dentro da parte inferior do


condensador de onde passa por um orifício para dentro do
economizador.

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O economizador é uma câmara à media pressão entre a alta e a


baixa em comunicação com a aspiração do segundo estágio do
compressor.

Porque a pressão na aspiração do segundo estágio do compressor,


é inferior à pressão dentro do condensador, e uma parte do fluido
frigorigénio líquido se vaporiza.

Este fenómeno acontece pelo efeito do arrefecimento do restante


líquido dentro do economizador à temperatura correspondente à
pressão de aspiração do segundo estagio de compressão.

1º ESTÁGIO DE
COMPRESSÃO 2º ESTÁGIO DE
COMPRESSÃO

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CIRCUITO DE LUBRIFICAÇÃO

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1.2 BOMBAS DE CALOR

A bomba de calor não é em si só nenhuma novidade técnica. O


processo de funcionamento é igual a qualquer unidade de
climatização das que já falámos, pode-se mesmo dizer que não
existe qualquer diferença entre ela e a máquina frigorífica.

A bomba de calor é uma unidade de climatização que permite


produzir arrefecimento no Verão e aquecimento no Inverno, ou seja,
o permutador de calor que funciona no Verão como Evaporador,
funciona no Inverno como Condensador.

O processo de mudança de regímen de funcionamento deste tipo


de unidades de climatização, baseia-se num sistema de controlo
automático que permita dar a ordem de inversão de ciclo
Verão/Inverno através de sondas de temperatura ambiente.

Estas sondas informarão o controlador da variação da temperatura


ambiente e, este fará actuar uma válvula de quatro vias que definirá
o regímen de funcionamento da bomba de calor.

A grande vantagem deste processo de aquecimento do ambiente


tem a haver com a economia da energia eléctrica para tal fim.

Antes de existir o sistema de Inversão de ciclo, na insuflação das


unidades de climatização, existiam, como em algumas instalações
ainda existem, baterias de resistências eléctricas para ao
aquecimento do ambiente, só que para produzir 1 kW térmico
gasta-se 1 kW eléctrico e na bomba de calor para o mesmo 1kW
eléctrico produz-se 3 kW térmicos.

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