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A taxa de crescimento está acelerando de tal maneira, que mais pessoas têm seguido a
Cristo nos últimos 100 anos do que somados todos os séculos anteriores juntos. Hoje,
há mais “cristãos” do que o número total de todas as gerações anteriores. A maioria
dos cristãos de hoje são do “Sul Global” (a Ásia, África e América Latina). O Cristianismo
hoje é um movimento global e as igrejas que mais crescem estão no Sul Global.
Este material pertence ao Movimento Perspectivas Brasil. A sua utilização é condicionada
única e exclusivamente para alunos matriculados no Curso Perspectivas Online. 1
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Guia de Estudo – Perspectivas no Movimento Cristão Mundial
Porém, houve tempos em que esta expansão fenomenal quase parou. A colheita era
grande e a multidão de novos crentes, cada vez mais, exigia cuidado, treinamento e
discipulado dos missionários. Isso tirava a atenção dos missionários de outras regiões
ou povos que ainda precisavam ouvir do Evangelho. Se não fosse a determinação
de alguns líderes, com mentes focadas em completar a tarefa de evangelização do
mundo, o movimento teria parado há tempo. Examinaremos algumas pessoas-chave
e as características que impulsionaram obreiros aos lugares menos evangelizados.
Por que estudar estes períodos? Justamente, por vivermos em um momento crítico. O
movimento cristão mundial está começando a penetrar as suas fronteiras finais. Mas,
os pedidos legítimos das igrejas locais podem nos dissuadir de avançar com sabedoria
estratégica em direção à conclusão da tarefa remanescente.
Durante seus primeiros 200 anos, o movimento protestante fez relativamente pouco
para levar o Evangelho às nações. Tratamos de Missões Modernas a partir de
William Carey, e nesta história, reconhecemos três períodos distintos. Para melhor
entender a dinâmica das missões durante esses três períodos, precisamos olhar para
as quatro etapas do relacionamento entre as agências missionárias e as igrejas que
foram plantadas.
Depois de formar as estruturas missionárias e agir nos campos com muito esforço, os
primeiros missionários protestantes começaram a ver o fruto do seu trabalho. Muito
do sucesso resultou em missionários cuidando dos novos convertidos, até o ponto
de eles serem impedidos de avançar nas áreas menos evangelizadas. Pela primeira
vez, os protestantes começaram a lidar com a realidade e as necessidades de igrejas
novas numa outra cultura, em terras distantes. Em contraste, surgiu uma liderança que
impulsionou o movimento protestante a reconhecer novas fronteiras e avançar ainda
mais.
A. QUATRO ETAPAS
A maior parte do esforço missionário passa por quatro etapas de desenvolvimento no
relacionamento entre as agências missionárias e as igrejas novas que foram plantadas.
Entender essas etapas nos ajudará a reconhecer por que as igrejas e o trabalho de
missões, muitas vezes, têm prioridades diferentes. Missionários lutam com a questão
B. TRÊS PERÍODOS
Winter descreve três avanços “explosivos” na atividade missionária protestante. Cada
um visou completar a tarefa inteira de evangelização do mundo, chamando a atenção
para as fronteiras ou partes não alcançadas do mundo.
Hudson Taylor e mais tarde foi, em grande parte, mobilizado pelo Movimento
Voluntário Estudantil (Student Volunteer Movement). Estruturas missionárias
independentes de qualquer vínculo denominacional foram chamadas de “missões
de fé”. Os recrutas mais novos, às vezes, ignoravam muito da sabedoria missiológica
desenvolvida no período anterior, mas acabavam plantando igrejas em todas as
áreas geográficas. Na década dos anos 40, este resultado foi celebrado como “o
grande fato novo do nosso tempo”. Igrejas tinham sido plantadas em todos os
países. Para muitos, a evangelização do mundo parecia praticamente finalizada.
Algumas estruturas começaram a chamar missionários de volta, presumindo que a
era das missões tivesse acabado.
D. SOMENTE UM MOVIMENTO
A tarefa sempre foi global, assim, podemos esperar que as missões não ocidentais
(ou seja, de outra origem sem ser europeia ou norte-americana) assumam um papel
cada vez maior no seu cumprimento. Isto deveria ser o “período final”, em que a tarefa
missionária essencial – estabelecer um movimento de igrejas em todos os povos – será
completa. Esta tarefa acontecerá como uma realização única na história, nunca antes o
movimento cristão esteve tão perto de completá-la.
2. AS PONTES DE DEUS
A. INDIVIDUALISMO OCIDENTAL
McGavran diz que o individualismo ocidental tem, por muito tempo, obscurecido a
maneira pela qual a maioria das pessoas se tornou cristã no decorrer da história. (No
texto completo do livro, o autor mostra isso através de muitos exemplos históricos.)
En- tretanto, já que os povos são dificilmente distinguidos, os movimentos de povos
são raramente reconhecidos.
C. MOVIMENTOS DE POVOS
Os movimentos marcados pela decisão de um grupo de povo de seguir a Cristo
e de manter a sua identidade e relacio- namentos sociais devem ser sustentados e
alimentados intencionalmente até amadurecerem. Alcançar um “movimento de povo
(ou popular) para Cristo” é a frase original de McGavran. É outra maneira de descrever
a tarefa missionária essencial como mencionada por Winter.
3. MISSÕES AO BRASIL
Assim como afirmamos que a Igreja consiste em duas estruturas, importa também
reconhecermos que a plantação de um movimento de igrejas requer a organização
de estruturas missionárias. Para que as igrejas cresçam de todas as formas, inclusive
transpondo barreiras culturais, estruturas missionárias precisam também ser
organizadas.
Bertil Ekström menciona várias destas organizações, como por exemplo, a Junta de
Missões Estrangeiras da Convenção Batista Brasileira, que iniciaram as missões a partir
do Brasil. O surgimento destas organizações seguiu o padrão notado anteriormente:
primeiro as denominacionais, depois as interdenominacionais (nem sempre de origem
brasileira) e finalmente, as missões especializadas.
O trabalho transcultural entre as tribos indígenas (no Brasil) mostra como houve uma
conscientização da importância de alcançar estes povos, desde a época da chegada
dos católicos ao país. Mas, infelizmente nesta fase inicial—e em muitos casos mais
tarde também—a contextualização deixou muito a desejar. Com exceção dos trabalhos
dos franceses e holandeses, mencionados no início do ponto anterior, as primeiras
missões protestantes entre povos indígenas começaram somente a partir do ano de
1928. Até hoje, permanece um grande número de tribos não alcançadas no Brasil.
5. A MISSÃO DO REINO