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#interna

A palestra de abertura do Congresso Brasileiro de Missões foi realizada pelo


pastor Ronaldo Lidório, que em sua primeira fala já apresentou dados
importantes sobre missões no Brasil e mundo. Ele apontou novos rumos e
informações inovadoras sobre o campo missionário. Para quem assistiu a
palestra não teve dúvida que foi a voz de Deus que mais uma vez por meio de
Lidório. Todos aqueles pensamentos que temos muitas das vezes sobre
pessoas, ou em nós mesmo, que se acham muito importantes por fazer missões,
foi exortado pelo palestrante. Entres muitos pontos fortes de sua fala, uma delas
foi apontar que os líderes estão falando muito mais de suas igrejas, seus
ministérios, seus trabalhos ou cargos e esquecendo de falar do principal que é
Jesus, se colocando acima de tudo por conta de um cargo.

Em cima do tema do Congresso que é “Realidades que não podemos ignorar”,


falando dos dias difíceis que vivemos hoje, A leitura bíblica inicial foi em cima da
carta enviada a Timóteo, quando Paulo fala da importância da igreja anunciar o
Evangelho. “Mesmo Paulo vivendo momentos difíceis, preso em um calabouço,
escuro, subterrâneo, como descreve Flávio Josefo, Paulo não deixou de
escrever para Timóteo, falando do da importância do Evangelismo, do
sofrimento, da permanência em Cristo e na pregação do evangelho”, lembrou o
preletor.

Fazendo um paralelo Lidório afirmou que os tempos eram difíceis e vão continuar
assim, “haverá aumento na perseguição cristã, multiplicação dos vulneráveis
sociais e proliferação da heresia”, apontou, lembrando que a 500 anos atrás os
crentes já eram perseguidos por ler a Bíblia e pregar o evangelho. No tempo da
Reforma Protestante, os cristãos eram queimados em praças públicas. É fato
que os reformadores entenderam e enfatizavam a grande comissão, “nós
perdemos a ideia de missões e ação missionária, o envio apostólico se perdeu
no 1º século, no avanço teológico, espiritual, missionário”, afirmou Ronaldo.

Ele lembrou ainda que em 1553 Calvino entrou em Genebra, e 1955 já haviam
cinco igrejas reformadas, no ano de 59, pulou para mil na França. Genebra
reformada em 1561 enviou 142 missionários e em um ano mais de 20 mil foram
alcançadas. Por esses e outros dados que ele afirma que os reformadores foram
defensores da Missão Transcultural. “Nossa obrigação continua sendo
proclamar, não podemos nos esconder, mas proclamar em todos os lugares.
Embora Deus seja capaz, Ele também ordenou a proclamação pública, Deus
descreve suas palavras pela boca dos homens. A verdade que não podemos
ignorar é que Deus sempre nos fortalece. Precisamos estar na hora certa, no
local certo, fazendo o que Deus quer. Prepare-se para viver dias difíceis,
prepare-se para viver pressão. O pecado irá pressionar nossa vida, nosso
coração”.

Após falar sobre a importância de continuar a grande missão indiferente dos


tempos difíceis, Ronaldo apresentou alguns dados de uma pesquisa realizada
pela Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB), que está sendo
apresentada durante o evento “Força Missionária Brasileira Transcultural”
https://pesquisasamtb.org.br/, que aponta quem somos, quantos somos e como
trabalhamos. Segundo dados hoje há cerca de 15 mil missionários brasileiros
envolvidos em trabalhos transculturais. Os organizadores afirmam ainda que de
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1986, quando foi realizada a primeira pesquisa sobre o mesmo tema, até hoje
(2017) houve um crescimento de 8,2 anual.

Outra informação importante que pesquisa apontou, foi que diferente do que se
pensa, as mulheres solteiras no campo são bem mais aceitas e têm 80% de
aprovação. Quebrando o tabu que mulher solteira no campo não é bom.As
Agências Interdenominacionais registraram crescimento relevante e estão se
especializando, para melhor o serviço.

Houve também um crescimento no número de missionários transculturais entre


1989-2017. Os motivos desse avanço apontado na pesquisa se dão a
perseverança das organizações missionárias transculturais tanto na expansão
do trabalho, quanto na transmissão de know-how para novas iniciativas. O
surgimento das Alianças evangélicas entre grupos minoritário como os Indígenas
do Nordeste, Quilombolas do Brasil e Ribeirinhos, além de novas iniciativas e
parcerias de trabalho entre ciganos, imigrantes, refugiados e sertanejos. Entre
outros motivos que estão descritos por completo na pesquisa está disponível no
site da AMTB.

Porém, nem tudo são flores e como o pregador da abertura do congresso


afirmou, os tempos são difíceis e vão continuar difíceis, a pesquisa também
apontou os motivos de tristeza que acontece no universo missionário. Entre os
pontos apresentados as áreas com mais dificuldade nas organizações estão:
Treinamento Missionário (9,2), Logística (14,4%), estratégica (15,8%),
comunicação (26,3%) administrativa (27,6%), cuidado missionário (28,9%),
mobilização (34,2%), falta de missionários (40,7%) e área financeira (65,8%).

Lidório apontou que 11% dos 15 mil missionários não tem nenhum treinamento,
e 30% apenas tem como formação educacional o Ensino Médio. “Vale ressaltar
que 71% dos missionários quando estão em campo são bem pastoreados,
contudo 26% quando voltam a origem têm problemas de apoio. Outra estatística
alarmante é que 70 a 80 por cento das organizações não se envolvem com plano
de saúde e previdência para os missionários, o que parece coincidir para o
declínio na contextualização plantio de igreja e ação social”, analisou.

Após dados e estáticas importante para o futuro de Missões Transculturais o


pastor fez uma oração no sentido de que a exaltação é para Deus e não para os
homens. ”Que no lugar de competição, haja colaboração, que a nossa palavra
não seja centralizada nas nossas vontades, nem na nossa capacidade, contudo
no poder do Espírito Santo de Deus, para que cada vez mais povos conheçam
a salvação.[…] Hoje o grande desafio é quebrantar nossos corações. A exaltação
deve ser voltada exclusivamente para o Senhor. Quando o desanimo, o cansaço,
a vontade de desistir chegar e dizer eu não aguento mais, Ele te fortalecerá.
Faça o que o Senhor deseja que você faça e diga ‘Senhor eu preciso de Ti’, que
o desejo sincero seja não só de clamar em prol de missões, mas também de
nossas vidas”, finalizou, sendo aclamado pelo público que lotou a noite de
abertura do evento.

http://www.radarmissionario.org/pastor-ronaldo-lidorio-mostra-pesquisa-sobre-
missao-transcultural-na-abertura-do-cbm2017/

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