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Este trabalho consiste em um resumo a respeito da temática: O Pensamento Algébrico.

Para isso, nos basearemos em analise dos textos dos autores: Ana Paula Canavarro (O
Pensamento algébrico na Aprendizagem da Matemática nos primeiros anos), Neusa
Cristina Vicente Branco (O Estudo de Padrões e Regularidades no Desenvolvimento do
pensamento algébrico), Jadilson Ramos de Almeida e Marcelo Câmara dos Santos
(Pensamento Algébrico: em busca de uma definição), Romulv Campos Lins (o Modelo
Teórico dos Campos Semânticos: Uma análise epistemológica da álgebra e do
pensamento algébrico), Dario Fiorentini, Fernando Luís Pereira Fernandes e Eliane
Matesco Cristovão (Um Estudo das Potencialidades Pedagógicas das Investigações
Matemáticas no Desenvolvimento do Pensamento Algébrico).
Canavaro, A. P. (2007), citando (Blanton & Kaput, 2005, p. 413), afirma que o
pensamento algebrico é “processo pelo qual os alunos generalizam ideias matemáticas
a partir de um conjunto de casos particulares, estabelecem essas generalizações através
de discurso argumentativo, e expressam-nas de formas progressivamente mais formais e
adequadas à sua idade”.
De maneira semelhante Almeida, J. R. d., & Santos, M. C. (2017) afirmam que
pensamento algébrico é composto pelas seguintes características: “estabelecer relações”;
“modelar”; “generalizar”; “operar com o desconhecido”; e “construir significado”.
A partir dessa concepção a Álgebra deixa de ser encarada apenas como uma técnica,
tornando-se uma forma de pensamento e raciocínio acerca de situações matemáticas.
Assim, o foco do pensamento algébrico está na actividade de generalizar.
Portanto pensar algebricamente é uma maneira, entre outras, de produzir significado
para a álgebra, ou seja, aluno está pensando algebricamente quando constrói significado
para os objetos e a linguagem algébrica.
Em sua pesquisa, Lins (1992), apresenta três vertentes dessa forma de pensar, são elas:
“pensar aritmeticamente” (aritmeticismo)- o objeto de trabalho é exclusivamente
números, operações aritméticas e uma relação de igualdade; “pensar internamente”
(internalismo)- considerar os números e as operações apenas segundo as suas
propriedades, possivelmente envolvendo igualdade e desigualdade; e “pensar
analiticamente” (analiticidade)- o pensamento algébrico é caracterizado como um
método de procura de verdades no qual o “desconhecido é tratado como conhecido”.
Kieran (2006) refere que a investigação realizada no âmbito do estudo das dificuldades
que envolvem a transição entre os pensamentos aritmético e algébrico esteve
na base da iniciação da exploração algébrica nos primeiros anos de escolaridade
(Branco, N. C. V. 2008).
Deste modo introdução do pensamento algébrico nos primeiros anos de escolaridade
representa um passo em frente muito significativo pela possibilidade que inspira de uma
abordagem à Matemática mais integrada e interessante, na qual os alunos desenvolvam
as suas capacidades matemáticas motivados por uma actividade rica e com sentido, que
lhes possibilita a construção de conhecimento relevante, com compreensão (Canavaro,
A. P. 2007), o que vem a ser confirmado pela pesquisa de Branco, pois o seu estudo
com alunos dos anos iniciais de escolaridade mostrou que os alunos desenvolveram
alguns aspectos do pensamento algébrico, nomeadamente a capacidade de generalizar e
de usar a linguagem algébrica para expressar as suas generalizações
Com isso, é evidente que fazer ou usar álgebra é algo distinto de pensar algebricamente,
tornando-se urgente que se invista em uma educação matemática que se preocupe com o
desenvolvimento do pensamento algébrico, de modo que os alunos consigam visualisar
significados no estudo da matemática.

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