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 Máxima intercuspidação habitual

Conceitos básicos de oclusão (MIH):

O que é oclusão?
Corresponde ao momento onde ocorre o maior
É a relação estática (intercuspidação dentária) e número de contatos oclusal entre os dentes
dinâmica (movimentos mandibulares) entre as superiores e inferiores independentemente da
superfícies oclusais dos dentes superiores e posição condilar.
(posição variável podendo ser alterada por: abrasão dental,
inferiores, que devem estar em equilíbrio e restauração, mobilidade dental, perda dentária)
harmonia com as demais estruturas do sistema
estomatognático.  Relação de oclusão cêntrica (ROC):
Posição intermaxilar onde ocorre o maior número
Princípios de oclusão ideal de contatos dentários com os côndilos na posição
mais anterossuperior, apoiados nas vertentes
- transmissão das forças para o longo eixo dos posteriores das eminências articulares e com os
dentes posteriores discos devidamente interpostos.
- contatos dentários posteriores bilaterais e
simultâneos - quando há coincidência entre a posição de RC e a
- dimensão vertical de oclusão adequada posição de MIH = temos uma ROC
- padrão de oclusão mutuamente protegida - apenas 10% da população tem essa ROC
- RC coincidindo com MIH - Quando se tem ROC temos ausência de contatos
- mov. de lateralidade são promovidos pelos prematuros, dentes em MIH e côndilos em RC
caninos
- guia anterior imediata  Dimensão vertical
É a medida vertical da face, entre dois pontos
POSIÇÕES MANDIBULARES quaisquer, arbitrariamente selecionados e
convenientemente localizados um acima e outro
São as posições básicas que a mandíbula assume abaixo da boca, normalmente na linha média da
em relação à maxila. face.
Ex: base do nariz e base do mento
 Relação cêntrica (RC): é a relação da maxila e
mandíbula em posições normais. É classificada em:
É definida como sendo a relação maxilomandibular Dimensão vertical de oclusão (DVO) e Dimensão
onde os côndilos estão em suas posições mais vertical de repouso (DVR)
anterossuperiores nas fossas mandibulares,
apoiados sobre as vertentes posteriores das  Dimensão vertical de oclusão (DVO):
eminências articulares, com os respectivos discos É a altura vertical da face mantida pela oclusão das
articulares devidamente interpostos. Independe da cúspides de contenção cêntrica dos dentes
do relacionamento dentário. posteriores inferiores e posteriores superiores,
- Jig (anteparos anteriores) auxilia na quando ocluem em MIH.
desprogramação oclusal. - raramente a DVO diminue, no entanto, a ausência
dos dentes posteriores, próteses inadequadas,
 Posição de máxima intercuspidação reabsorções dos rebordos devido à perda de dente e
(PMI): as atrições severas podem levar à redução desta
- é a posição dentária que ocorre quando o distância.
indivíduo possui todos os dentes com o máximo de - confecção de próteses dentárias e placas, extrusão
contato dentário e ausência de má oclusão. É dentárias podem levar ao aumento da DVO.
através dela que se obtém a DVO. Não é
encontrado com muita frequência.
 Cúspides da contenção cêntrica: posição de máxima intercuspidação (PMI).
- Também denominadas de cúspide de suporte, (cobrindo)
cúspide de apoio ou cúspide de trabalho. São as
cúspides que ocluem contra a fossa ou crista  Overjite (sobresaliência)
O mesmo que trepasse horizontal, distancia em que
marginal do dente antagonista, são as cúspides se projetam horizontalmente a vestibular dos
vestibulares dos dentes inferiores e as cúspides incisivos inferiores e a palatina dos incisivos
palatinas dos dentes superiores- VIPS. Essas superiores, quando em posição de máxima
cúspides ao ocluírem estabelecem e mantêm a intercuspidação (PMI).
dimensão vertical de oclusão (DVO).
- Os valores normais variam de +/-1 a 4 mm, acima
 Cúspides excêntricas: disso já é considerado má oclusão
- Também denominadas de cúspides de balanceio
ou de não trabalho. Não ocluem com os dentes  Contato prematuro
antagonistas, sendo as cúspides linguais dos dentes São contatos não fisiológicos entre dentes
inferiores e as faces vestibulares dos dentes antagonistas que impedem ou dificultam o
superiores – LIVS. Fisiologicamente tem a fechamento mandibular em ROC sem causar
propriedade de proteger a língua e a bochecha, desvio. Ocorre entre a ponta da cúspide e a fossa
durante a mastigação. do dente antagonista.

Posição postural (PP):  Oclusão mutuamente protegida


Caracteriza-se por uma posição muscular, que É uma oclusão que proporciona contato oclusal
depende do tônus muscular. Através dela chega-se máximo em certos dentes ou grupos de dentes
a uma das relações mandibulomaxilares mais enquanto outros dentes têm leve contato.
importantes, que é a DVP.
 Contatos oclusais normais:
 Dimensão vertical de repouso/postural - os contatos oclusais são marcas registradas em
(DVP): acidentes anatômicos das superfícies oclusais/
É a dimensão vertical da face, quando a mandíbula bordas incisais dos dentes, após intercuspidação
se encontra sustentada pela posição postural ou de destes com um carbono interposto.
repouso fisiológico dos músculos do sistema - entender a natureza, a forma e a distribuição dos
estomatognático e com os lábios em leve contato, contatos interoclusais significa também entender a
não havendo contato interoclusal. estabilidade oclusal. A estabilidade oclusal é
- independe da presença ou não de dentes. compreendido como o máximo contato entre os
dentes bem distribuídos no arco, sem sobrecarregar
 Espaço funcional livre (EFL): também nenhum dente isoladamente.
chamado de espaço funcional de fala - características de contatos oclusais clinicamente
A distância existente entre as superfícies oclusais e aceitáveis:
incisais dos dentes antagonistas, quando a  Ser puntiforme
mandíbula se encontra sustentada pela posição  Aproximar ao máximo do centro do dente
postural ou de repouso muscular fisiológico.  Não ser percebido pelo paciente
- Aprox 3mm, mas varia de 1-4mm  Ser suave nos dentes anteriores e mais
DVR – DVO = EFL intenso nos dentes posteriores
 Ter o maior número e distribuição possível
 Overbite (sobremordida) em cada arco
O mesmo que trepasse vertical, distância em que se  Prender a fita de carbono com a mesma
projetam verticalmente os incisivos superiores intensidade dos dentes adjacentes
cobrindo os incisivos inferiores, quando em  Não impedir ou dificultar os movimentos
excursivos da mandíbula
 Interferência oclusal: - o côndilo vai para baixo, para dentro, para frente
É o contato oclusal anormal que dificulta ou e em direção a linha média.
impede a realização os movimentos excursivos
mandibulares (protusão e lateralidade) 1. Lado de trabalho:
harmoniosos. Ex: perdas dentárias e mau É o lado pelo qual a mandíbula se movimenta,
posicionamento (giroversões, extrusões)... onde as cúspides com mesmos nomes se
relacionam.

 Relação oclusal dente a dois dentes (1x2) 2. Lado de balanceio


(tropoidismo); oclusão do tipo cúspide- É o lado oposto ao lado de trabalho, onde as
fossa. cúspides com nomes diferentes adotam uma
É a oclusão mais encontrada na dentição natural, relação de alinhamento.
cada dente oclui com dois antagonistas, exceto os
incisivos inferiores e os terceiros molares - No lado de trabalho podem ser encontrados
superiores. As cúspides funcionais cêntricas dois tipos de guias de desoclusão
contactam com as cristas marginais e fossas
oclusais dos dentes antagônicos. Guias de desoclusão

 Grau de abertura bucal - tem a função de diminuir e equilibrar as forças


- estabelecem-se dois padrões de grau de abertura musculares nos movimentos excursivos da
de acordo com a predominância do movimento mandíbula.
condilar.
1ª etapa: predomina o movimento de rotação  Guia canina (desoclusão pelo canino)
condilar no compartimento inferior. Em que a
distância intercisal corresponde a uma abertura Durante o movimento de lateralidade da
aproximada de 18 a 22 mm. mandíbula, há o deslizamento natural do vértice do
2º etapa: predomina o movimento de translação canino inferior na face palatina do canino superior
condilar no compartimento superior. Em que a do mesmo arco, desocluindo os demais dentes,
distância intercisal se situa em uma faixa de 36 a tanto do lado de trabalho quanto do lado de
44 mm. balanceio.
Abertura bucal máxima= medida entre as
bordas incisais + trepasse vertical  Desoclusão em grupo ou função em
grupo
MOVIMENTOS MANDIBULARES
Durante o movimento de lateralidade, os caninos e
São de suma importância para o sistema um ou mais pares adjacentes de dentes posteriores
estomatognático, pois auxiliam na fala, deglutição (canino a molar) no lado de trabalho ficam em
e mastigação. No entanto, alterações advindas de contato oclusal simultâneo, desocluindo os dentes
problemas oclusais corroboram para o do lado de balanceio.
desenvolvimento de movimentos parafuncionais, - desoclusão por função em grupo completo:
como bruximos e apertamento dentário. deverão se tocar do lado de trabalho todos os
dentes, progressivamente, a partir dos caninos,
 Lateralidade: ficando os demais dentes anteriores e os do lado de
- Devido à forma anatômica do complexo temporo- não-trabalho fora da oclusão.
mandibular, a mandíbula não apresenta movimento - desoclusão por função em grupo parcial
de lateralidade pura, desta forma, essa ação só é (incompleta): tocam-se, do lado de trabalho, os
possível para frente e para o lado, caracterizando caninos e alguns dentes posteriores, ficando alguns
uma lateroprotusão. sem contato. De modo semelhante à desoclusão por
função em grupo completa, os demais dentes
anteriores e os do lado de não-trabalho, deverão - no primeiro momento, os músculos abaixadores
ficar fora de oclusão. da mandíbula puxam o mesmo para baixo até 1 ou
2 cm, o que corresponde à rotação. No segundo
 Protusão: momento ocorre a translação, isto é, o côndilo e o
- É o movimento que a mandíbula faz no sentido menisco são levados para frente e para baixo até se
posteroanterior. relacionar pelo seu versante anterior com o
- o movimento protusivo envolve o deslocamento versante posterior do côndilo do temporal.
condilar para frente, devido a ação dos músculos Continuando a ação dos abaixadores, a boca é
pterigoideos laterais, e para baixo, segundo o totalmente aberta, ou seja, os arcos dentários
ângulo ditado pela vertente anterior da fossa afastados aproximadamente 4cm.
mandibular e pelo padrão de deslocamento do - o movimento inicia-se com o relaxamento dos
disco articular. músculos elevadores (masseter, temporal e
pterigoideo medial), ao mesmo tempo ocorre a
 Retrusão: contração dos pterigoideos laterais inferiores,
Retorno da mandíbula em sentido oposto. seguido de uma ação forte dos supra-hioideos,
principalmente o digástrico, proporcionando uma
 Guia anterior ou incisiva trajetória condilar para frente e para baixo, até que
- é o relacionamento das bordas incisais dos dentes se atinja a abertura máxima.
anteriores inferiores com a face palatina dos dentes
anteriores superiores, durante os movimentos  Fechamento da mandíbula:
protusivos e retrusivos da mandíbula, sem que haja - o movimento de fechamento é o movimento de
contato nos dentes posteriores. elevação da ATM, parte da boca totalmente aberta
(abertura máxima) até a oclusão cêntrica. Também
acontece em dois tempos. No primeiro tempo a
mandíbula é levada para trás e para cima até a
fossa mandibular, ficando 2cm entre os arcos
dentários. No segundo tempo, o côndilo roda em
torno do seu eixo transversal até a oclusão cêntrica,
e consequente relação cêntrica.
- o fechamento se inicia com o relaxamento dos
músculos depressores (pterigoideos e digástrico),
- os contatos dos dentes anteriores em excursão de forma sincrônica ocorrem a contração dos
afetam os movimentos da mandíbula. Isto por fim músculos elevadores (masseter, pterigoideos
afeta a localização e a altura das cúspides e a mediais e temporal), determinando o fechamento
direção de profundidade dos sulcos. Restaurações inicial com o movimento ascendente da mandíbula,
em dentes anteriores devem ser feitas levando o conjunto côndilo/disco a deslizar pela
cuidadosamente, pois mudanças no aspecto face articular em direção à face profunda da fossa
anatômico, destes dentes, podem mudar a guia mandibular, numa trajetória pra cima e pra trás.
anterior, com possível efeito deletério sobre a
oclusão posterior. Observação:
Durante o movimento de fechamento e abertura o
 Abertura da mandíbula : músculo pterigoideo lateral superior e inferior
- o movimento de abertura é o movimento de atuam antagonicamente. Durante a abertura o m.
abaixamento da ATM, sendo este a combinação de pterigoideo inferior fica ativo, propiciando a
dois movimentos fundamentais. Há primeiramente abertura bucal e, durante o fechamento, o m.
uma rotação da mandíbula e depois uma pterigoideo superior fica ativo, evitando que o
translação. disco articular volte para a sua posição
repentinamente e lesione a zona bilaminar, que é
rica em vasos, nervos e artérias.
Movimentos da ATM

1. Rotação:
- ocorre quando o côndilo se movimenta em torno
de um eixo fixo, se articulando contra a superfície
2. Curva de Wilson
inferior do disco articular. Portanto, este
movimento ocorre na cavidade ou compartimento
- Curvatura no plano frontal, no sentido vestíbulo-
inferior da articulação.
lingual, passando pelas cúspides vestibulares e
linguais dos dentes posteriores de ambos os lados.
2. Translação
- A curvatura é côncava no arco inferior e convexa
- a translação pode ser definida como um
no arco superior, resultando principalmente devido
movimento de um corpo em que todas as partes
as diferentes inclinações axiais dos dentes
têm, em cada instante, a mesma velocidade e
posteriores de ambos os arcos.
direção.

- a translação ocorre no compartimento articular


superior, entre a superfície superior do disco
articular e a superfície inferior da fossa
mandibular.

PLANOS OCLUSAIS
- Essas curvas devem garantir que os dentes
- Refere-se a uma superfície imaginária que está estejam alinhados paralelamente às forças de
relacionada anatomicamente com o crânio e que, fechamento da mandíbula, de modo que as forças
teoricamente toca as bordas incisais dos incisivos e sejam transmitidas ao longo do eixo do dente e,
as pontas das cúspides das superfícies oclusais dos assim, minimizar qualquer dano à dentição e ao
dentes posteriores. periodonto.

1. Plano de Frankfurt
Passa pela borda superior do trágus a borda inferior
da órbita.

2. Plano de Camper
Passa pela borda superior do trágus a asa do nariz.

Linhas do plano oclusal

1. Curva de Spee
- Curvatura anatômica do alinhamento oclusal dos
dentes, partindo do ângulo incisal do canino
inferior, passando pela vestibular dos pré-molares e
molares, continuando em direção à borda anterior
do ramo ascendente da mandíbula. (alinhamento
dos dentes visto lateralmente)
Confecção do modelo de gesso Articulador semi-ajustável

1. Moldagem da arcada superior e inferior Tomada do arco facial


com material hidrocolóide irreversível Material necessário:
(alginato). Lamparina, isqueiro, godiva, garfo, arco facial e
2. Obtenção dos modelos de gesso, com gesso borracha
tipo pedra IV. Iniciar o preenchimento
pelas cúspides, realizando movimentos de 1° Registro oclusal do garfo
vibração para evitar a formação de poros,
em seguida completa o restante. - Esquenta godiva de baixa fusão – 3 pontos no
2.1 – confeccionar ao redor barreira com garfo - 2 na posterior de cada lado do arco; 1 na
cera 7 em volta do molde de alginato para região anterior do arco.
deixar o modelo de gesso alto. - em seguida posicionar o garfo na oclusal dos
3. Acabamento do gesso. dentes superiores; centralizando o garfo de acordo
com a linha média facial do paciente; pressionando
Confecção do Jig sobre a oclusal dos dentes; segura até a presa da
(desprogramador oclusal) godiva.
- após isso, remove o garfo e avalia o registro
1. Passar vaselina nos dentes ICS na incisal (estabilidade do modelo sobre o registro realizado
vestibular e palatina no garfo)
2. Encaixar um papel alumínio nos incisivos
centrais superiores pela vestibular e 2° demarcação da localização do forame infra-
palatina orbritário
3. Manipular a resina duraley com líquido da
resina acrílica autopolimerizável em um - pontos de referencia:
pote dappen, em seguida tampa, (Canto do olho a asa do nariz e linha da pupila)
aguardando as fases, até chegar na fase O ponto de intersecção entre as duas linhas=
plástica forame infra-orbritário (palpação= gerar
4. Em seguida, fazer uma bolinha com a sensibilidade)
resina duraley na mão e coloca-la sobre os
dentes ICS pela vestibular e um pouco pela 3° posicionamento do arco facial no paciente
palatina
5. Encaixar discos de lixa na oclusal dos - coloca o conjunto garfo e mordida novamente na
molares do paciente boca do paciente, solicitando que o paciente segure
6. Pedir para ele ocluir o garfo com os polegares sobre a maxila
7. Aguardar tempo de presa da resina duraley - posiciona o násio na parte central do arco facial
8. Em seguida, fazer o acabamento com broca - coloca o conjunto arco facial no paciente
maxicut (adaptando ao garfo)
9. Ir testando no paciente, fazendo a oclusão - abri todos os parafusos do arco facial
com o jig e papel carbono para ir se - encaixa as olivas no meato acústico externo do
guiando paciente D e E
- posiciona os braços laterais do arco facial
Montagem da RC na cera 7 paralelo ao plano de Frankfurt
(paciente ajuda a segurar/manter o arco na posição)
- sobre uma lâmina de cera 7 posiciona o modelo
superior recortando a referente ao seu tamanho 4° apertar os parafusos inferiores e determinar
- realiza o recorte na área dos incisivos a distância intercondilar em valores médios
- posiciona o registro da cera sobre a arcada
superior do paciente
- realiza o ajuste do násio (deve ficar na glabela do - inserção do arco facial no ramo superior do
paciente) articulador
- aperta parafusos laterais e depois o central  remove o elástico
 remove o násio
5° apertar os parafusos inferiores e determinar  encaixa o arco facial no ramo superior do
a distância intercondilar em valores médios articulador (nos orifícios)
 aperta o parafuso central do arco facial
- também conhecidos como borboletas; aperta os  aperta os parafusos laterais do arco facial
dois parafusos e em seguida, obtém-se a distância
intercondilar e o arco devidamente montado Finalizado isso temos o arco facial inserido no
ramo superior
6° Remoção do arco facial do paciente
3° Posicionar o conjunto (arco+ramo superior)
- abre parafuso do násio no ramo inferior do articulador
- abre parafuso central
(paciente abre a boca e você puxa os braços laterais 4° Montagem do modelo superior no ramo
do arco) superior do articulador semi-ajustável

7° preparo do arco facial para a montagem do - encaixar o modelo superior no registro oclusal do
modelo superior no articulador semi-ajustável garfo
- fina camada de gesso na base do modelo superior
- remove o násio e posiciona-o arco facial de - fina camada de gesso na placa de montagem
cabeça para baixo  fecha o articulador semi-ajustável
(aguardar o tempo de presa do gesso)

Montagem dos modelos em articulador semi-


ajustáveis MODELO INFERIOR

MODELO SUPERIOR
**Deve ter o modelo superior já montado no
1° Individualização do articulador semi- articulador semi-ajustável
ajustável
1° posicionar o pino incisal no ramo superior
- de acordo com as distâncias intercondilar que (marca zero)
obtivemos no registro do arco facial (P,M,G) 1.2 vira o modelo superior de cabeça para baixo
 Individualização do ramo inferior (G,M,P)
 Individualização do ramo superior 2° posicionar o registro oclusal na oclusão do
- remoção do pino incisal modelo superior
(observar a correta adaptação)

3° posiciona o modelo inferior no registro


- ajustar estojos condilares de acordo com a oclusal que está no modelo superior
distância obtida no registro do arco facial
 Ângulo da eminência= 30° Observar estabilidade= modelo superior + registro
 Ângulo de Bennet= 15° oclusal + modelo inferior

2° Posicionamento do arco facial no articulador 4° fixar o modelo inferior


semi-ajustável
- com palito de picolé e godiva
- 2 palitos de cada lado (esquenta a godiva na
lamparina)

5° montagem do modelo inferior

- hidratação da base do modelo inferior


- fina camada de gesso na base do modelo inferior
- fina camada de gesso na placa de montagem do
modelo inferior
- posiciona o ramo inferior nos estojos do ramo
superior
- fecha o conjunto do articulador (pino incisal deve
tocar a mesa oclusal)
- conferir a posição dos côndilos nos estojos
(aguardar o tempo de presa do gesso)
Anatomia descritiva da região
cervicocraniofacial

Ossos

- ossos da cabeça que possuem relação direta com


o aparelho mastigatório:

Temporal, esfenóide, zigomático, maxilar e


mandíbula

Temporal

- osso par e complexo, importante porque no seu


interior encontra-se o aparelho auditivo.
- órgão irregular do neurocrânio que contém órgãos
envolvidos na audição e no equilíbrio da cabeça e
pescoço.
- dividido em 4 porções: timpânica, petrosa, - acidentes anatômicos importantes que
mastóidea (processo mastoideo) e escamosa (fossa contribuem para a união do côndilo com a base
mandibular) do crânio;
Eminência articular, fossa mandibular, fissura
petrotimpânica, fissura timpanoescamosa, processo
estilóide, tubérculo retroarticular, raízes transversa
e horizontal do pocesso zigomático do temporal,
pois é neles que se inserem a cápsula articular e
ligamentos da ATM

Cavidade glenoide= fossa mandibular: porção


mais profunda do osso temporal onde fica abrigado
o côndilo.

Maxila

- osso par, plano e irregular.


- A maxila que é dividida em maxila direita e Mandíbula
esquerda, se junta e forma todo o maxilar superior.
Formam parte do teto da cavidade oral e do - Osso impar que contém a arcada dentária inferior.
assoalho da cavidade nasal, orbita e seios nasais. 

Processos da maxila

Alveolar: cavidades que alojam os dentes


Palatino: horizontal e projeta-se medialmente da
face nasal do osso Osso esfenóide
Zigomático: eminência triangular e áspera,
localizada no ângulo de separação das faces - é um osso impar.
anterior, infratemporal e orbital - é dividido em 4 partes: corpo, asas menores, asas
Frontal: lâmina que parte do limite lateral do nariz maiores e processos pterigoideos
Zigomático

- é um osso par.
Articulação Temporomandibular (ATM) As superfícies articulares são revestidas por
cartilagem articular

- classificação: Tecido:
 Sinovial (presença de líquido sinovial) - fibrocartilagem, que tem potencial regenerativo,
 Bicondilar, pois o côndilo (convexo capaz de suportar as forças de movimento e, de
elíptico) além de ter uma intima relação acordo com as exigências funcionais
com a fossa mandibular (côncava), ela remodeladoras das superfícies articulares,
também se relaciona com o tubérculo proporcionar mudanças estruturais no côndilo
articular que também é convexo elíptico. mandibular, fossa mandibular e tubérculo articular.
 Bilateral (uma só mandíbula tem duas
articulações com os temporais) Espessura:
 Ginglimo/plana e complexa (abre e fecha, - variada, sendo mais espessa na porção inferior do
além de deslizar entre si) tubérculo articular/no plano inclinado da fossa
mandibular e na vertente anterior da cabeça do
- nos componentes da ATM, ocorre toda a resposta côndilo, acredita-se que deve ser devido ao maior
biomecânica muscular durante a distribuição de contato entre essas porções e relações funcionais,
cargas, o que resulta na harmonia proprioceptiva garantindo assim maior aptidão desse tecido para
do processo de mastigação. suportar maior incidência de força e maior
- são elementos relacionados a ATM: ossos frequência de movimentos.
temporais, mandíbula, tecido de revestimento da
superfície articular, disco articular, cáspsula Nutrição:
articular e ligamentos da ATM. - banhado pelo liquido sinovial

Superfície articular Fibrocartilagem articular


 Cabeça da mandíbula
 Fossa mandibular - é um tecido fibroso, denso e com esparsas células
condróides que reveste toda a superfície articular.
 Tubérculo articular
- a formação da fibrocartilagem articular, diferente
das outras articulações sinoviais, possui o
Cabeça da mandíbula
revestimento intra-articular formado por cartilagem
hialina, funcionando como verdadeiro amortecedor
- dois polos (medial e lateral)
do movimento articular.
- colo
- esse revestimento tecidual estar disposto em
- elíptica convexa
quatro camadas distintas:
Fossa mandibular
 Camada calcificada:
- a fossa mandibular termina em uma fissura, - mais profunda,composta por condrócitos e
chamada fissura petrotimpânica que limita a condroblastos, que proporcionam a atividade
superfície com a parte timpânica com o osso remodeladora do osso, em resposta à continua
temporal. atividade endosteal quando exigida
funcionalmente.
Tubérculo articular
 Camada fibrocartilaginosa:
- parece um V - de fibras colágenas distribuídas radialmente em
- vertente anterior voltada para superfície relação às superfícies ósseas, oferecendo assim
infratemporal do crânio e vertente posterior resistência contra as forças compressivas dos
voltada para a fossa mandibular outros componentes da articulação.
 Camada celular: Disco articular
- responsável pela proliferação de condrócitos em
resposta a exigência funcionais durante os - é um componente acessório da articulação
movimentos de força mastigatória. temporomandibular que se interpõe:
 Inferiormente: o côndilo da mandíbula
 Camada superficial:  Superiormente: tubérculo articular e fossa
- composta por fibras colágenas paralelas às mandibular
superfícies articulares, possibilitando assim um
maior deslizamento entre o côndilo, fossa e - sua composição, é de tecido fibrocartilaginoso, e
tubérculo articular. em suas inserções, de tecido fibroso ou
fibroelástico.
Cápsula articular - tem como função:
 Amortecedor de impactos dos movimentos
- é um envoltório que reveste externamente a da mandíbula
articulação, mantendo as superfícies unidas e  Melhora a adaptação entre as superfícies
evitando o extravasamento do liquido sinovial. articulares durante os movimentos da
- a cápsula é um envoltório cônico superficial mandíbula.
composto por um tecido fibroso frouxo que se
insere:
 Superiormente:
- na periferia da superfície articular do temporal
 Inferiormente:
- nas bordas da superfície articular do côndilo
mandibular
 Porção posterior:
- no colo da mandíbula

- composta por duas membranas:

1. membrana fibrosa: Porção superior:


- duplo relevo na superfície superior. Sendo
- externamente, mais resistente e fibrosa anteriormente côncavo para se adaptar ao tubérculo
articular e posteriormente convexo para se adaptar
2. membrana sinovial: a fossa mandibular

- é composta por um tecido conjuntivo frouxo Porção inferior:


revestido por células endoteliais especializadas na Completamente côncava para se encaixar na
produção de um liquido viscoso, a sinóvia. superfície convexa do côndilo mandibular
- interna, mais fina, delicada, bastante irrigada
(vascularização), composta por células endoteliais, Inserções do disco articular:
contém células capazem de produzir a partir do
sangue o liquido sinovial, que tem função de Anterior: fibras do músculo pterigoideo lateral e
nutrição e lubrificação. cápsula articular
- lubrificação: diminui a fricção dos componentes Posterior: cápsula articular
intra-articulares, principalmente durante os Lateralmente: pólos
movimentos articulares.
- nutrição: nutre principalmente a porção central
das superfícies articulares, que é avascular.
O disco articular divide a cavidade articular em
dois compartimentos independentes:

- compartimento superior:
Geralmente possui o maior volume do liquido

- compartimento inferior:
Possui o menor volume

a maioria dos autores corroboram para a ideia de


que numa articulação temporomandibular saudável
o liquido sinovial do compartimento superior não
se mistura com o liquido do compartimento
inferior.
Sistema ligamentar 1. superficial e oblíqua: se insere no tubérculo
articular e na porção posterior do colo da
- os ligamentos vão reforçar diretamente ou mandíbula.
indiretamente a cápsula articular, porque eles vão 2. profunda e horizontal: se insere no tubérculo
favorecer a união mais estáveis dos ossos, evitando articular e no processo zigomático, indo até a parte
movimentos indesejados, como a luxação. posterior do disco e o polo lateral do côndilo
- são considerados agentes limitantes dos mandibular.
movimentos.
- Tem como função reforçar a posição do côndilo
- 5 ligamentos: mandibular junto à fossa mandibular, e também de
3 funcionais - colaterais (discais) permitir a rotação desse côndilo na fase de abertura
- capsular mínima sem que ocorra deslocamento anterior do
- temporomandibular côndilo.
- auxilia no movimento de retrusão da mandíbula,
2 acessórios - esfenomandibular evitando a compressão de estruturas atrás da
- estilomandibular cabeça da mandíbula, como a zona bilaminar.

Funcionais Acessórios

Ligamentos discais - não estão diretamente inseridos (reforçam) na


cápsula, porém tem a função de sustentar a
- dois espessamentos internos à cápsula articular, mandíbula, evitando movimentos indesejados,
formados basicamente por fibras colágenas. como luxação.
- inserem-se no disco articular (superiormente) e
nas extremidades medial e lateral do côndilo da Ligamento esfenomandibular
mandíbula (inferiormente).
- permite os movimentos rotacionais do côndilo. - se estende da espinha do osso esfenoide até à
língula da mandíbula.
Ligamento posterior - não interfere nos movimentos mandibulares, no
entanto, sua porção inferior protege o forame
- é um tecido continuo à porção posterior do disco mandibular.
articular que se estende superiormente na fissura
timpanoescamosa e inferiormente no colo da Ligamento estilomandibular
mandíbula.
- devido a tal disposição pode ser denominado - se insere superiormente nas proximidades do
“zona bilaminar” ou “coxim retrodiscal” ápice do processo estiloide, terminando
- movimentos excursivos póstero-anteriores. inferiormente na margem posterior do ramo da
mandíbula.
Ligamento capsular (cápsula articular) - considera-se que ele limita os movimentos
protusivos excessivos da mandíbula.
- recobre toda a ATM, bastante vascularizada e
inervada, limita o deslocamento inferior do Ligamento mandibular do martelo
côndilo.
- insere-se no colo do martelo, que, juntamente ao
Ligamento temporomandibular (Lig. Lateral) nervo corda do tímpano, sai pela orelha média pela
fissura petrotimpânica até a porção póstero-medial
- possui o aspecto superficial de uma bandagem de da cápsula articular.
fibras colágenas, tendo duas direções:
- apesar das qualidades ligamentares dessa
estrutura, esse ligamento não interfere nos
movimentos mandibulares, mas tensiona os
ossículos do ouvido e membrana timpânica,
provavelmente transferindo forças mecânicas da
área da ATM para esses ossículos.
Músculos do sistema estomatognático Porção média:
fibras de disposição oblíqua em direção à inserção
Músculos da mastigação óssea (ELEVAÇÃO E RETRAÇÃO)
Porção posterior: fibras de direção horizontal para
- responsáveis por movimentar a mandíbula o processo coronóide da mandíbula (RETRAÇÃO
(abertura e fechamento) e possibilitar a fala e DO CÔNDILO NO INTERIOR DA FOSSA
mastigação. MANDIBULAR, NA DEGLUTIÇÃO)
- dispostos em dois grupos:
- a ação conjunta das porções musculares do
1. que promovem o fechamento da boca: temporal leva ao movimento de fechamento da
- m. temporal, m. masseter e pterigoideo medial boca através da elevação da mandíbula, fazendo
com que os dentes antagonistas contatem entre si, o
2: que promove a abertura da boca: que leva à quebra do alimento.
- m. pterigoideo lateral superior e inferior
Masseter
A ação combinada ou isolada dessas unidades e
subunidades musculares é que permite os diversos - possui configuração retangular
movimentos da mandíbula, principalmente a
mastigação, PORÉM isoladamente desempenham  origem: processo zigomático e osso
outros movimentos. zigomático da maxila
 inserção: face externa da metade inferior
Fechamento da boca do ramo até o ângulo da mandíbula

- levantamento da mandíbula - possui duas porções:


- o movimento de fechamento é o movimento de
elevação da ATM, parte da boca totalmente aberta Porção superficial: fibras oblíquas do osso
(abertura máxima) até a oclusão cêntrica. Também zigomático e no arco zigomático ao ângulo da
acontece em dois tempos. 1. No primeiro tempo a mandíbula (ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA EM
mandíbula é levada para trás e para cima até a DIREÇÃO MAIS ANTERIOR)
fossa mandibular, ficando 2cm entre os arcos Porção profunda: fibras verticais do arco
dentários. 2. No segundo tempo, o côndilo roda zigomático até o ramo da mandíbula
em torno do seu eixo transversal até a oclusão (ESTABILIDADE DO CÔNDILO
cêntrica, e consequente relação cêntrica. MANDIBULAR, PRINCIPALMENTE NOS
MOVIMENTOS TRANSLATÓRIOS DESTE
Temporal CÔNDILO)

- possui forma de leque Pterigoideo medial

 origem: osso temporal (parte escamosa) - semelhante ao masseter, possui aspecto retangular
 inserção: processo coronoide e no trígono
retromolar  origem: fossa pterigoidea e no processo
- nesse músculo se destacam 3 porções: piramidal do osso palatino
 inserção: ângulo da mandíbula
Porção anterior: fibras direcionadas a inserção
óssea verticalmente (ELEVAÇÃO) - se destacam duas porções:

Porção superficial: fibras verticais menos


volumosas no sentido superior-inferior
(ESTABILIZA O CÔNDILO)
Porção profunda: fibras oblíquas mais volumosas 2. Contração unilateral: traciona o côndilo
no sentido médiolateral (MOV. mandibular no sentido médioinferior
MEDIOTRUSIVO DA MANDÍBULA) promovendo o movimento de lateralidade
do lado oposto.
Abertura da boca 3. Contração simultânea: sem envolvimento
com os elevadores da mandíbula: promove
- abaixamento da mandíbula o movimento de depressão da mandíbula,
- o movimento de abertura é o movimento de ou seja, a abertura máxima.
abaixamento da ATM, sendo este a combinação de
dois movimentos fundamentais. Há primeiramente
uma rotação da mandíbula e depois uma Músculos Hióideos
translação.
- 1. no primeiro momento, os músculos - são chamados assim devido a suas inserções e
abaixadores da mandíbula puxam o mesmo para principais ações ocorrem no osso hioide.
baixo até 1 ou 2 cm, o que corresponde à rotação. - são classificados em dois grupos: os supra-
2. No segundo momento ocorre a translação, isto hióideos (possuem origem acima do osso hióide) e
é, o côndilo e o disco articular são levados para os infra-hióideos (possue origem abaixo do osso
frente e para baixo até se relacionar pelo seu hioide)
versante anterior com o versante posterior do
côndilo do temporal. Continuando a ação dos Músculos supra-hióideos
abaixadores, a boca é totalmente aberta, ou seja, os
arcos dentários afastados aproximadamente 4cm. - estão dispostos em duas direções:

Pterigoideo lateral superior 1. No sentido súpero-inferior:

 origem: face infrantemporal da asa maior Músculo estilo-hióideo


do esfenoide  Origem: no processo estiloide
 inserção: disco articular, cápsula articular e
porção anterior do colo da mandíbula Músculo digástrico (ventre posterior)
 Origem: incisura mastoidea, medialmente
ação: estabilização articular e permite o ao processo mastóideo
deslocamento do côndilo da mandíbula sob a
eminência articular e a fossa mandibular ocorra 2. No sentido ântero-posterior:
simultaneamente ao disco articular.
Músculo digástrico (ventre anterior)
Pterigoideo lateral inferior  Origem: fossa digástrica da mandíbula

 origem: face lateral da lâmina lateral do Músculo milo-hióideo


processo pterigoide  Origem: linha milo-hióidea
 inserção: fossa condilar da mandíbula
Músculo gênio-hióideo
ações: Origem: processo geniano da mandíbula
1. contração simultânea: juntamente com os
demais músculos das mastigação: o dois
pterigoideos laterais inferiores (direito e
esquerdo), tracionam os côndilos da
mandíbula, promovendo a projeção
pôstero-anterior de protusão.
Músculos infra-hióideos

- É composto por quatro pares musculares,


dispostos entre o osso hioide e abertura superior do
tórax, na frente de órgãos cervicais como traqueia,
laringe e glândula tireoide.
- a denominação de cada par de músculos é dada da
acordo com suas inserções ósseas ou
cartilaginosas.
- são eles o m. esterno-hióideo, esternotireóideo,
omo-hióideo e tire-hióideo.

Músculos posturais da cabeça e pescoço

- desempenha a função de estabilização dessas


regiões, facilitando o movimento da mandíbula
durante a mastigação.

1. Esternocleidomastóideo
2. Escaleno
3. Trapézio
Interação anatomofuncional do sistema - o movimento inicia-se com o relaxamento dos
mastigatório músculos elevadores (masseter, temporal (fibras
anteriores e médias) e pterigoideo medial),
seguido do relaxamento dos músculos retratores
 Músculos elevadores (fechamento): (ventre posterior do digástrico e fibras
Temporal (fibras anteriores e médias), masseter, posteriores dos temporais). ao mesmo tempo
pterigoideo medial ocorre a contração dos pterigoideos laterais
inferiores, seguido de uma ação forte dos supra-
 Músculos depressores: hioideos, principalmente o digástrico (ventre
Supra e infra-hióideos e ventre anterior do anterior), proporcionando uma trajetória condilar
digástrico e pterigoideo lateral inferior para frente e para baixo, até que se atinja a abertura
máxima.
 Músculo propulsor (protusão):
Pterigoideo lateral inferior auxiliado pelo  Fechamento da mandíbula:
pterigoideo medial - o movimento de fechamento é o movimento de
elevação da ATM, parte da boca totalmente aberta
 Músculos retrusor (retrusão): (abertura máxima) até a oclusão cêntrica. Também
Temporal posterior, ventre posterior do digástrico acontece em dois tempos. No primeiro tempo a
mandíbula é levada para trás e para cima até a
 Músculos de lateralidade: fossa mandibular, ficando 2cm entre os arcos
Pterigoideo lateral inferior do lado oposto àquele dentários. No segundo tempo, o côndilo roda em
em direção ao qual ocorre o mov mandibular, torno do seu eixo transversal até a oclusão cêntrica,
auxiliado pelo pterigoideo medial, temporal e consequente relação cêntrica.
posterior (ipsilateral), ou seja, do mesmo lado do - o fechamento se inicia com o relaxamento dos
movimento músculos depressores (pterigoideos laterais
inferiores e ventre anterior do digástrico), de
 Obtenção de DVP (tônus muscular), com forma sincrônica ocorrem a contração dos
adequado EFL: músculos elevadores (masseter, pterigoideos
Contração das fibras anteriores e médias do m. mediais e temporal/ fibras anteriores e médias),
temporal, masseter (elevadores), ventre anterior do determinando o fechamento inicial com o
digástrico e supra-hióideos (depressores) movimento ascendente da mandíbula, levando o
conjunto côndilo/disco a deslizar pela face articular
 Abertura da mandíbula : em direção à face profunda da fossa mandibular,
- o movimento de abertura é o movimento de numa trajetória pra cima e pra trás. Na face final,
abaixamento da ATM, sendo este a combinação de as fibras posteriores do temporal se contraem,
dois movimentos fundamentais. Há primeiramente além do pterigoideo lateral superior, provocando
uma rotação da mandíbula e depois uma a retrusão final da mandíbula.
translação.
- no primeiro momento, os músculos abaixadores Observação:
M. pterigoideo lateral superior e inferior atuam
da mandíbula puxam o mesmo para baixo até 1 ou antagonicamente
2 cm, o que corresponde à rotação. No segundo Durante o movimento de fechamento e abertura o
momento ocorre a translação, isto é, o côndilo e o músculo pterigoideo lateral superior e inferior
menisco são levados para frente e para baixo até se atuam antagonicamente. Durante a abertura o m.
relacionar pelo seu versante anterior com o pterigoideo inferior fica ativo, propiciando a
versante posterior do côndilo do temporal. abertura bucal e, durante o fechamento, o m.
Continuando a ação dos abaixadores, a boca é pterigoideo superior fica ativo, evitando que o
totalmente aberta, ou seja, os arcos dentários disco articular volte para a sua posição
afastados aproximadamente 4cm. repentinamente e lesione a zona bilaminar, que é
rica em vasos, nervos e artérias.
Articulador Articulador totalmente ajustável

Qual a utilidade dos articuladores? - mecanismo condilar complexo, permitindo um


ajuste oclusal nos três pontos
 Estudo e análise da oclusão - movimento de Bennet e distancia intercondilar
 Confecção de próteses totais, parciais fixa e são ajustáveis
removíveis, placas oclusais estabilizadoras - podem ter mesas incisais também ajustáveis
 Planejamento de tratamento ortodôntico, - esses articuladores conseguem reproduzir todos
protéticos e ortocirúrgicos os determinantes da morfologia oclusal,
propiciando a construção de elementos protéticos
Classificação mais fieis as condições de oclusão da boca do
paciente
 Articuladores não ajustáveis (ANA) - como desvantagem apresenta complexidade na
 Articuladores semi-ajustáveis (ASA) montagem e elevado custo dos aparelhos
 Articuladores totalmente ajustáveis (ATA)
- esferas condilares presas ao ramo inferior Articuladores semi-ajustáveis
(Bio-Art)
- esferas condilares presas ao ramo superior - apresenta condições de trabalhar com valores
médios preestabelecidos para a guia condilar (30°)
Articulador não ajustável e para o ângulo de Bennet (15°), podendo ser
ajustados através de registros especificos de cada
- apresentam características e movimentos que não paciente, para valores individuais.
são capazes de reproduzir as condições da boca do - permite a reprodução mais satisfatória dos
paciente. movimentos mandibulares
- encontra-se o charneira e o verticulador - é o instrumento eleito para o diagnóstico oclusal e
ortodôntico, tratamentos protéticos e restauradores
 Charneiras e, também casos de próteses totais.
- apresenta o mecanismo de abertura e fechamento
em torno de um longo eixo de bisagra, que se - são classificados em arcon e não-arcon
localiza muito próximo e ligeiramente acima do
plano de oclusão, o que produz arcos de  Tipo Arcon:
fechamento totalmente diferentes daqueles - imita as relações anatômicas humanas dos ossos
executados na boca (arco de abertura e fechamento maxilar e mandibular.
incorreto) - ou seja, apresenta as esferas condilares no ramo
- incapacidade de movimentação lateral inferior e a caixa glenóide e os dispositivos de
- alteração no posicionamento das cúspides, trajetória condilar (superfícies articulares) no ramo
fazendo com que as restaurações ou outros superior do articulador.
aparelhos protéticos neles realizados fiquem altos
na boca.  Tipo não-Arcon:
- tempo clinico em ajustes do trabalho muito - mecanismo invertido.
grande - com as esferas condilares no arco superior e a
caixa glenóide e o dispositivos de trajetória
condilar (superfícies articulares) no ramo inferior.
 Verticulador
- realiza apenas movimentos verticais de abertura e
fechamento, permitindo só montagem de modelos
parciai, como prótese parcial fixa
Avaliação clínica e funcional do sistema Facetas de origens diversas
estomatognático
Facetas de perimólise
- história médica e queixa principal
- faces e perfil do paciente - ocorre com mais frequência nas superfícies
- relações dentárias (oclusão) vestibulares dos dentes superiores, em virtude da
- relações dentárias (desvio de linha média) ingestão de sustâncias ácidas orgânicas e/ou
- overbite e overjet inorgânicas.
- grau de abertura bucal - também ocorre na superfície palatina/lingual dos
- desoclusão lateral (guia canina ou função em incisivos inferiores, em decorrência de vômitos e
grupo) regurgitamento de ácidos frequentes (como os que
- guia incisiva ocorrem com frequência na bulimia e anorexia)
- contatos oclusais normais e anormais
- posições e relações maxilomandibulares Desgastes produzidos pelas abfrações
RC, PMI, MIH, DVO, DVP, EFL,
- localizam-se na região cervical, tem forma de
Facetas de desgaste na oclusão cunha e não possuem evidência de lesão de cárie
ativa.
Facetas de bruxismo - etiologia mais aceita: ocasionado por grandes
esforços oclusais (bruxismo e apertamento) que
- superfície achatada, altamente polida, lisas e gerariam forças laterais, causando microfraturas
brilhantes e se localizam em pontos bem definidos nos prismas de esmalte da região cervical.
(pontas de cúspides, bordas incisais) de dentes Consequentemente, ocorre desagregação dos
antagonsistas. prismas de esmalte, que são posteriormente
- para sua identificação são necessários desalojados pelo atrito da escova e do abrasivo do
movimentos excursivos mandibulares no âmbito creme dental.
funcional e às vezes no âmbito parafuncional.
Hábitos parafuncionais
Facetas de apertamento
- parafunção: apertamento dentário, bruxismo do
- são resultante do hábito parafuncional de sono, movimentos mandibulares atípicos
apertamento dentário. - condições de hábitos parafuncionais: mascar
- são irregulares, frequentemente não-coincidentes gomas, gelo, morder objetos...
e sem brilho.
Lado de predominância mastigatória
Facetas funcionais
- pode vir a ocasionar a trajetória de abertura bucal
- não se caracterizam por hábitos parafuncionais. desviada para um dos lados.
Circunscrevem a ampliação de um ponto de - o indicado é mastigar bilateralmente.
contato, oclusal ou proximal, resultante do desgaste
causado pela atrição natural entre dentes adjacentes Postura incorreta do sono
ou antagonistas, decorrente de atividades
funcionais normais. - o correto é dormir em decúbito dorsal ou lateral,
- são normalmente regulares, não coincidentes e visando não forçar a mandíbula, ATM e músculos
sem brilho. da mastigação.
Ascultação e palpação da ATM

- ruídos da ATM: de estalidos, ruídos e saltos.


- coloca-se o indicador a frente do trágus

Palpação dos músculos

- palpação bidigital sobre o músculo

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