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OS GRUPOS NUTRICIONAIS QUE COMPÕEM A

DIETA DOS SERES HUMANOS: considerações e


posicionamentos dos estudantes para uma formação
cidadã

Franciele Dias Dordet1


Anelise Grünfeld de Luca2
Instituto Federal Catarinense - Campus Araquari

RESUMO
Este artigo é resultado da intervenção pedagógica (IP), parte integrante do Estágio Supervisionado,
do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Catarinense (IFC) - Campus Araquari,
realizada em uma turma do terceiro ano do curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio,
na disciplina de Química Orgânica, desenvolvida em duas aulas síncronas que aconteceram no dia
24/06/2021 e duas aulas assíncronas nos dias 29/06 e 01/07/2021, via ensino remoto. Tendo como
objetivo apresentar, discutir e analisar os dados coletados na IP sobre os grupos nutricionais que
compõem a dieta dos seres humanos. Os aportes teóricos que fundamentaram as discussões e análise
foram (MARTINÉZ, 2012; SOUZA, 2005; RONDÓ, 1998; SANTOS; SCHNETZLER, 1996), bem
como reflexões dos principais autores que discutem o enfoque Ciência - Tecnologia - Sociedade
(CTS), em articulação com a temática, grupos alimentares/dietas restritivas e a sua importância para
e no ensino de química por meio das controvérsias sociocientíficas (CSC). Metodologicamente a IP
utilizou os três momentos pedagógicos (DELIZOICOV: ANGOTTI, 1990). É possível perceber por
meio da análise dos resultados obtidos a partir do desenvolvimento da IP, que os estudantes se
apropriaram, de modo satisfatório, dos conhecimentos construídos durante as aulas sobre os grupos
nutricionais que compõem a dieta dos seres humanos. Durante a avaliação diagnóstica evidenciou-se
que tinham conhecimentos prévios sobre o tema relacionados a vivências em outros contextos de
aprendizagens, que podem ser tanto escolares quanto de discussões proporcionadas por suas
experiências em sociedade. Os resultados observados nas discussões sobre as CSC, revelam que os
estudantes conseguiram refletir e se posicionar quanto às proposições, de forma consciente e crítica.
Ainda os cartazes evidenciaram os critérios avaliativos de forma efetiva: clareza, organização,
objetividade, originalidade e criatividade, demonstrando que os estudantes comunicaram os
conhecimentos contextualizados, conectando as imagens e as informações solicitadas. Isso demonstra
que o objetivo principal foi alcançado, proporcionando tomada de decisão para a formação cidadã,
de forma consciente e crítica, no que diz respeito à percepção de aspectos históricos, sociais e
culturais envolvidos com a temática.

Palavras-chave: Estágio Supervisionado; Ensino Remoto; Controvérsias Sociocientíficas; Dietas


Restritivas.
1 INTRODUÇÃO

A necessidade de repensar o papel da escola e do professor, particularmente na formação


inicial de professores, é relevante e urgente, tendo em vista as mudanças culturais, econômicas,
políticas, sociais e tecnológicas, pelas quais tem passado a sociedade. As mudanças tiveram que ser
aceleradas desde março de 2020, onde muitas atividades foram repensadas devido à pandemia do
novo Corona vírus. Um dos setores mais atingidos foi a educação, que teve por um período as aulas
suspensas e posteriormente o retorno de forma remota. No IFC - Campus Araquari o mesmo
aconteceu, os licenciandos tiveram que vivenciar o estágio sob uma nova perspectiva, apoiados pelas
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s), no auxílio do planejamento das estratégias para
cumprir os objetivos propostos.
Este artigo é resultado da intervenção pedagógica (IP), parte integrante do Estágio
Supervisionado (ES), do curso de Licenciatura em Química do IFC - Campus Araquari, realizada em
uma turma do terceiro ano do curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio, na disciplina
de Química Orgânica, desenvolvida em duas aulas síncronas que aconteceram no dia 24/06/2021 e
duas aulas assíncronas nos dias 29/06 e 01/07/2021. Tendo como objetivo apresentar, discutir e
analisar os dados coletados na intervenção pedagógica sobre os grupos nutricionais que compõem a
dieta dos seres humanos
Inicialmente será apresentado o referencial teórico, que traz reflexões dos principais autores
(ZANOTTO; SCHNETZLER, 1996) que discutem o enfoque Ciência - Tecnologia - Sociedade
(CTS), em articulação com a temática, grupos alimentares/dietas restritivas e a sua importância para
e no ensino de química. Posteriormente será descrito os procedimentos metodológicos realizados por
meio dos três momentos pedagógicos (DELIZOICOV; ANGOTTI, 1990), seguido dos instrumentos
de coleta de dados e discussão dos resultados, fundamentados em MOREIRA, 2010; MARTINÉZ,
2012; GAUTHIER; BISSONNETTE; RICHARD, 2014, entre outros, finalizando com uma reflexão
qualificada sobre as aprendizagens a partir da IP.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

A articulação entre a teoria e a prática no exercício de ensinar e apreender o conhecimento, é


um dos enfoques da formação de professores nos cursos de Licenciatura, viabilizados pelo Estágio
Supervisionado (ES). Para Paula (2009), o ES configura-se como importante locus de construção dos
saberes docentes, tendo em vista sua característica, como espaço de interlocução entre a universidade
e o contexto da educação básica.
Em 2020, toda essa experiência de vivenciar a prática docente por meio do ES, teve que ser
repensada, devido a pandemia do novo Corona vírus, as medidas de isolamento social foram adotadas
no mundo todo, e um dos principais setores a paralisar temporariamente as atividades, foi o setor
educacional, já que este mantém um grande número de pessoas aglomeradas por um grande período
de tempo.
Todas essas alterações provocaram impactos no ES, uma vez que o momento em que os
licenciandos teriam para experimentar as vivências em sala de aula, os aspectos da rotina dos
estudantes e dos encontros em que ocorrem as trocas de experiências, foram interrompidos pela
pandemia. Por outro lado, esses mesmos impactos fizeram com que, os envolvidos nesse processo da
formação inicial, entre estes, os licenciandos, refletissem sobre novas formas de ensinar e aprender,
aliando a TICs a todo esse processo, fazendo com que o ES atingisse seu objetivo principal, a
articulação entre a teoria e a prática.
No desenvolvimento da IP, pensou-se na temática dos grupos alimentares, pois atualmente há
uma preocupação incessante com a saúde veiculada por reportagens divulgadas pela mídia,
ressaltando a prevenção e o tratamento de doenças crônicas, sem desconsiderar o padrão de beleza do
corpo (SOUZA, 2005).
Segundo Rondó (1998), muitos indivíduos procuram seguir uma dieta de emagrecimento
porque desejam conquistar uma aparência mais atraente. A questão da imagem corporal é um
problema complexo e não pode ser encarado apenas sob a ótica dos regimes e “dietas milagrosas”.
A alimentação adequada e saudável é um direito do ser humano previsto na Constituição
Federal Brasileira. Um dos caminhos para assegurar este direito é promover uma educação nutricional
conscientizadora. Para isso, faz-se necessário um novo olhar para a educação nutricional, sob uma
perspectiva que relaciona aspectos científicos, sociais, históricos, econômicos, culturais e
tecnológicos, favorecendo discussões e a tomada de decisão. E nesse sentido a abordagem da CTS é
pertinente e eficaz.
A perspectiva CTS no ensino de Química é uma forma de problematizar a visão científica da
ciência e da tecnologia, resgatando-lhes as implicações sociais, políticas, culturais, éticas e
ambientais, como aspectos relevantes para entender o empreendimento científico, como processo
histórico e humano, mediado por diversos interesses, ideologias e pontos de vista em disputa
(MARTÍNEZ, 2012).
E nesse viés de problematização, as controvérsias sociocientíficas (CSC) se fazem presentes,
como forma de viabilizar discussões pontuais que emergem de situações cotidianas e que causam
estranheza, suscitando debates e posicionamentos baseados em argumentos fundamentados
cientificamente ou não. As CSC exigem a formação de cidadãos dotados de conhecimentos e
capacidades para avaliar responsavelmente problemas científicos e tecnológicos na sociedade. Assim,
o futuro do conhecimento científico e tecnológico não pode ser responsabilidade apenas dos
cientistas, dos governos, de especialistas ou de qualquer outro ator social, sendo necessária a
constituição de uma cidadania ativa. Cidadania que não se ensina, mas se conquista, em um processo
que o sujeito vai construindo na medida em que luta por seus direitos e reivindica valores e princípios
éticos (MARTÍNEZ, 2012).
Santos e Schnetzler (1996), declaram mediante seus estudos e pesquisas, que não basta
apenas incluir alguns temas sociais ou dinâmicas de simulação ou debates em sala de aula. É preciso
ter claro que ensinar para a cidadania significa adotar uma nova maneira de encarar a educação, pois
o novo paradigma vem alterar significativamente o ensino atual, propondo novos conteúdos,
metodologias, organização do processo de ensino-aprendizagem e métodos de avaliação.
A viabilização de discussões sobre educação nutricional numa abordagem CTS pode ser
promovida na articulação de conteúdo desenvolvido com o contexto social em que o estudante está
inserido. É importante salientar não só informações químicas, de forma isolada, e sim, conectadas
com o manuseio e utilização de substâncias; o consumo de alimentos industrializados; a interpretação
de informações encontradas nos rótulos/embalagens e em meios de comunicação e a compreensão do
papel da química e da ciência na sociedade (SANTOS; SCHNETZLER, 1996).
Na perspectiva CTS é fundamental considerar que “[...] os estudantes precisam se apropriar
do conhecimento químico para argumentarem de maneira crítica e reflexiva sobre inter-relações entre
o desenvolvimento científico e tecnológico e a organização da sociedade, incluindo o ambiente onde
ela se insere” (FIRME: AMARAL, 2011, p. 384).

3 METODOLOGIA

A IP foi desenvolvida por meio de uma sequência didática, que teve como tema os grupos
nutricionais que compõem os alimentos para humanos, em uma turma do 3º ano do curso Técnico de
Química Integrado ao Ensino Médio, na disciplina de Química Orgânica II, do IFC - Campus
Araquari. Para o desenvolvimento da IP utilizou-se o total de 4 horas/aula, sendo duas síncronas e
duas assíncronas.
E nesse sentido a dinâmica denominada dos Três Momentos Pedagógicos - que foi proposta
por Delizoicov e Angotti (1990) e também investigada por Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2002),
que enfatiza uma educação dialógica, na qual o professor deve mediar uma conexão entre o que
estudante estuda cientificamente em sala de aula, com a realidade de seu cotidiano - se enquadra
perfeitamente.
Nessa perspectiva, Delizoicov e Angotti (1990) caracterizam a abordagem dos Três
Momentos Pedagógicos em três etapas: Problematização inicial, Organização do conhecimento e
Aplicação do conhecimento. E para fortalecer essa educação dialógica, usou-se das CSC, pois a
discussão de assuntos sociocientíficos controversos nas aulas de ciências tem sido amplamente
proposta em virtude das suas eventuais potencialidades. O recurso a problemas atuais e relevantes
desperta o interesse e a participação ativa dos estudantes, facilita o desenvolvimento de competências
necessárias à resolução dessas situações problemáticas e promove a construção de uma ideia mais
humana dos empreendimentos científico e tecnológico (REIS, 1997, 2004; ZEIDLER, 2003).
Para o primeiro momento durante as aulas síncronas de 45 minutos, houve a participação de
onze estudantes, com isso, a aula teve início com a apresentação de um questionário inicial para coleta
de dados, e para entendimento do conhecimento prévio dos estudantes sobre o tema. O formulário de
sondagem continha duas perguntas objetivas, sendo elas:
● Sobre os grupos nutricionais que compõem a dieta dos seres humanos, quanto você os
conhece? (Pouco, razoável, conheço, domino);
● Qual sua opinião sobre as dietas restritivas? (Auxilia na perda de peso, é prejudicial à saúde,
necessita de acompanhamento para ser eficaz, não tenho conhecimento para opinar).
Depois de analisar brevemente as respostas e discuti-las com os estudantes, a aula seguiu com
a problematização inicial. Para esse momento, os estudantes foram orientados a responder um
formulário que continha nove proposições caracterizadas como CSC eles precisavam se posicionar,
julgando cada uma das sentenças como verdadeiras ou falsas, após o término promoveu-se um debate.
Para o segundo momento, organização do conhecimento, apresentou-se os cinco grupos
nutricionais (carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais), suas características, funções e
classificações, além das consequências de uma dieta com restrição desses grupos, mediante uma
apresentação dinâmica e participativa desenvolvida no aplicativo Canva.
Para o terceiro e último momento pedagógico, aplicação do conhecimento, foi desenvolvido
duas atividades, uma síncrona, onde foi apresentado aos estudantes um quiz, via aplicativo Kahoot,
com 10 perguntas objetivas, sobre todo o conteúdo apresentado, ao final do quiz o pódio era montado
com os 3 primeiros colocados. O aplicativo levava em consideração a resposta correta e também o
menor tempo de resolução. Para a segunda atividade, de forma assíncrona, a turma foi dividida em
grupos de até 4 estudantes, foi solicitado que desenvolvessem um cartaz sobre um dos grupos
nutricionais. Nessa atividade foi avaliada a partir dos seguintes critérios: clareza, organização,
objetividade, originalidade e criatividade.
Os dados coletados na IP que serão discutidos e analisados referem-se às respostas da
avaliação diagnóstica, que objetivou identificar os conhecimentos prévios dos estudantes,
posicionamentos quanto às CSC e os cartazes/folders elaborados sobre os grupos nutricionais.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados analisados correspondem aos dados coletados na avaliação diagnóstica, na


atividade sobre CSC e nos cartazes/folders. As categorias de análise foram identificadas a priori a
partir dos questionamentos/atividades realizados: A mobilização dos conhecimentos prévios: o que
pensam os estudantes sobre dietas restritivas; os posicionamentos dos estudantes quanto às CSC e o
que os cartazes evidenciam como saberes e aprendizagens dos estudantes.

3.1 A mobilização dos conhecimentos prévios: o que pensam os estudantes sobre dietas
restritivas

O conhecimento prévio possibilita a relação do estudante com o que será ensinado e deve ser
aproveitado pelo professor, como forma de contribuir para o processo de aprendizagem. Os novos
conhecimentos serão construídos e apropriados a partir do que evidenciam por meio de conceitos e
saberes, Moreira (2010) apresenta essa relação, onde “os novos conhecimentos adquirem significado
para o sujeito e os conhecimentos prévios adquirem novos significados ou maior estabilidade
cognitiva”. Quanto mais o professor possibilitar a mobilização e atualização desses conhecimentos,
maiores serão as relações que o estudante poderá estabelecer entre o que ele já sabe e o que vai
aprender, e dessa forma, mais significativa torna-se a aprendizagem.

Aprendizagem significativa é aquela em que ideias expressas simbolicamente interagem de


maneira substantiva e não-arbitrária com aquilo que o aprendiz já sabe. Substantiva quer
dizer não-literal, não ao pé-da-letra, e não-arbitrária significa que a interação não é com
qualquer idéia prévia, mas sim com algum conhecimento especificamente relevante já
existente na estrutura cognitiva do sujeito que aprende (MOREIRA, 2010, p. 2)

Os gráficos 1 e 2, apresentam os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a temática dos


grupos nutricionais.
Gráfico 1 - Qual sua opinião sobre as dietas restritivas?

Fonte: elaborado pelas autoras, 2021.

Gráfico 2 - Sobre os grupos nutricionais que compõem a dieta dos seres humanos, quanto você os conhece?

Fonte: elaborado pelas autoras, 2021.


É possível perceber nas respostas apresentadas nos gráficos 1 e 2, que os estudantes já
conheciam - mesmo que pouco - o conteúdo a ser estudado, a partir dessas respostas foi possível
conhecer os diversos contextos e experiências que cada estudante possui sobre o tema.
As ideias evidenciadas nas respostas do gráfico 1, relacionam as dietas restritivas com perda
de peso, a questão de saúde e a falta de conhecimento, num mesmo patamar. É possível destacar um
dado expressivo, 8 estudantes responderam a necessidade de um acompanhamento de um profissional
quando se decide fazer uma dieta restritiva, isto é algo positivo e indica um posicionamento que está
de acordo com o que é recomendado por especialistas da área.
Já no gráfico 2, a maioria respondeu que conhece razoavelmente os grupos nutricionais,
justificando a escolha da resposta da questão anterior, a necessidade de acompanhamento nutricional
quando se resolve extinguir algum grupo alimentar da dieta. Os estudantes afirmaram que já haviam
estudado sobre os grupos nutricionais no ano anterior, na disciplina de Química Orgânica I, isso
comprova os conhecimentos apropriados quanto este tema.
A importância de identificar os conhecimentos prévios dos estudantes é que estes, são
confrontados com o novo aprendizado. Há uma difícil tarefa de mudar conceitualmente uma ideia/
imagem mental que foi construída com base em suas próprias observações, substituí-las por um
modelo explicativo científico, constitui-se num processo, que exige do professor, além do
diagnóstico, estratégias específicas de ensino para que se possa ter um efetivo aprendizado. Essa
tarefa não é trivial, pois os estudantes precisam desfazer toda uma estrutura mental de conhecimento
que eles usaram para entender o mundo. “[...] determinar conhecimentos prévios permite que o
professor escolha o máximo de exatidão possível os conhecimentos e habilidades necessários para
efetuar um novo aprendizado. [...] prever estratégias para reativar na memória dos estudantes o que
eles aprenderam anteriormente” (GAUTHIER; BISSONNETTE; RICHARD, 2014, p.128)
Os conhecimentos químicos vinculados aos conhecimentos prévios dos estudantes permitiram
um olhar mais específico da química, dessa forma muitas concepções equivocadas podem ser
desconstruídas, fazendo com que os estudantes observem o real sentido de se estudar a disciplina e
principalmente, o quanto a alimentação influencia em vários fatores da nossa vida.

3.2. Os posicionamentos dos estudantes quanto às CSC

Sabe-se que, o Ensino de Química deve levar em conta o contexto social, superando assim a
imagem da neutralidade e da imparcialidade. Dessa forma, desenvolver o pensamento crítico, a
capacidade dos estudantes à tomada de decisões e a formulação de argumentos é papel do Ensino da
Química. Neste sentido, a construção do conhecimento científico é uma atividade epistêmica, na qual
são importantes os critérios acerca do conhecimento elaborado e aceito pela comunidade.
Para Duzo e Hoffmann (2013), a discussão da importância das CSC na prática do professor
pode propiciar ao estudante maiores oportunidades para pesquisa de informações, detecção de
incoerências, análise crítica das fontes de pesquisa e seus pontos de vista, além da fundamentação de
opiniões. E essas questões ficam evidentes quando analisamos o quadro 1 com as respostas dos
estudantes sobre 9 CSC.

Quadro 1 - Controvérsias sociocientíficas apresentadas aos estudantes.

Sentenças Verdadeiro Falso

O colesterol pode ser considerado "bom" ou "mau", pois são


72,7% 27,3%
duas moléculas distintas.

O excesso de consumo de proteína pode causar prejuízos,


como a sobrecarga de trabalho no fígado e nos rins, aumento 81,8% 18,2%
da excreção de cálcio e de outros minerais

Os hábitos alimentares baseados em consumo vegetal


acabam enfraquecendo a absorção de proteínas, dificultando 0 100%
sua nutrição e prejudicando o desenvolvimento do corpo.

Para garantir uma alimentação rica em diversos nutrientes,


especialmente em vitaminas e minerais, é preciso ter uma
45,5% 54,5%
dieta colorida, isto é, com frutas e verduras de cores
diferentes.

A dieta Low Carb (sem carboidratos) não causa carência


27,3% 72,7%
nutricional.

Dieta restritiva é considerado o melhor método para a perda


9,1% 90,9%
de peso.

Para ter uma alimentação saudável preciso cortar o


0 100%
carboidrato.

Os óleos vegetais são melhores do que a gordura animal, pois


72,7% 27,3%
possuem menos colesterol.

Produtos com baixo teor de gordura ajudam a perder peso. 63,6% 36,4%
Fonte: elaborado pelas autoras, 2021.

Na primeira sentença, 72,7% dos estudantes responderam que acreditam que o colesterol pode
ser considerado "bom" ou "mau", pois são duas moléculas distintas. Isso deve-se ao fato de ser um
discurso bastante repetido por toda sociedade, até mesmo entre a sociedade médica, no sentido de
facilitar o entendimento das pessoas que não têm conhecimento científico, podendo causar essa ideia
equivocada. Cientificamente para que a molécula do colesterol possa circular no sangue é necessário
que esteja ligado a proteínas, formando assim um complexo colesterol-proteína (formado por uma
proteína e lipídios) designado de lipoproteína. Entre os vários tipos de lipoproteínas destacam-se:
LDL – lipoproteínas de baixa densidade (colesterol ruim) que transporta o colesterol para as células
e o HDL – lipoproteínas de alta densidade (colesterol bom) que carrega o colesterol para ser excretado
nos rins (LUDKE; LÓPEZ, 1999).
Na segunda sentença, sobre o excesso do consumo de proteínas, 81,8% dos estudantes
acertaram, ao declarar ser uma afirmação verdadeira. Segundo Araújo et al (2002), a ingestão
excessiva de alimentos proteicos pode futuramente levar o indivíduo a quadros patológicos de cetose,
gota, sobrecarga renal, desidratação, balanço negativo de cálcio e induzir a perda de massa óssea.
Portanto, por mais que o consumo de proteína auxilia ao maior teor de massa magra e menor
percentual de gordura, é uma dieta que necessita acompanhamento. Como a maioria dos estudantes
sabiam sobre essa informação, acredita-se que isso se deva ao fato, deste ser um assunto abordado
nas disciplinas de Biologia e Bioquímica que compõem a ementa do terceiro ano, além claro de
entender que os estudantes já tinham conhecimentos prévios sobre o tema.
A terceira sentença, assim como a segunda, obteve a maioria das respostas correta, nesse caso,
100% dos estudantes acertaram ao afirmar que sim, os hábitos alimentares baseados em consumo
vegetal acabam enfraquecendo a absorção de proteínas, dificultando sua nutrição e prejudicando o
desenvolvimento do corpo, já que a deficiência proteica é decorrente do baixo atendimento às
necessidades diárias de nutrientes, que afetam o corpo em longo prazo. A justificativa segue sendo a
mesma: conhecimento prévio aliado a conhecimento de outras disciplinas do curso.
Já na quarta sentença, que afirma que para garantir uma alimentação rica em diversos
nutrientes, especialmente em vitaminas e minerais, é preciso ter uma dieta colorida, isto é, com frutas
e verduras de cores diferentes, 54,5% dos estudantes afirmaram se tratar de uma afirmação falsa.
Acredita-se que essa resposta equivocada da maioria dos estudantes se deva ao fato das informações
amplamente difundidas nas mídias sociais a respeito de dietas restritivas, como por exemplo, a dieta
da proteína, onde os adeptos focam apenas em alimentos ricos em proteínas, deixando de lado outros
alimentos/nutrientes. O “culto ao corpo” tem sido amplamente difundido pelas mídias, levando a
prática indiscriminada de dietas restritivas e muitas vezes resultando em transtornos alimentares que
podem acarretar prejuízos biológicos e psicológicos, aumentando os riscos de morbidade e
mortalidade (NICOLAO et al., 2018).
Na quinta e sétima sentenças, a maioria dos estudantes assinalaram a resposta correta no que
diz respeito às dietas sem carboidratos, pois as mesmas causam carências nutricionais sim e, portanto,
não se faz necessário cortar o carboidrato da dieta. Segundo Brasil (2014), seja em sua quantidade ou
mesmo qualidade, as dietas muito restritivas deixam de fora da alimentação algum grupo de
alimentos. Isso pode ser perigoso para a saúde, pois a longo prazo pode causar a deficiência de alguns
nutrientes essenciais para o organismo, como vitaminas, minerais e aminoácidos. Além do que, dietas
com restrição de carboidrato podem prejudicar a capacidade do indivíduo de praticar atividade física,
por reduzir os estoques de glicogênio muscular e aumentar a fadiga durante o exercício (WHITE et
al., 2007).
Dieta restritiva é considerado o melhor método para a perda de peso, para essa sentença 90,9%
dos estudantes assinalaram-na como falsa, o que está correto. Como os estudantes sabem, seja por
senso comum, ou pelos conhecimentos adquiridos ao longo do curso em outras disciplinas, uma dieta
balanceada unida à prática de exercícios físicos, é ainda o método mais indicado para perda de peso.
Uma das maiores complicações em relação às dietas com restrição calórica é o ganho de peso
subsequente envolvido para os indivíduos com intervenções (LOWEI, 2015). O fenômeno catch up
fat é conhecido como o aumento do peso de gordura corporal após período de adaptação metabólica.
A oitava sentença mostra o quanto os conhecimentos prévios dos estudantes auxiliam na
construção do conhecimento, já que 72,7% acertaram ao afirmar que os óleos vegetais são melhores
do que o óleo animal, pois possuem menos colesterol. O consumo de gordura saturada (animal) é
classicamente relacionado com elevação do colesterol ruim (LDL) e aumento de risco cardiovascular.
Sua substituição na dieta por gordura insaturada (vegetal) é considerada uma estratégia para o melhor
controle dos níveis sanguíneos de colesterol e consequente redução da chance de eventos clínicos
adversos (CORDEIRO et al., 2017).
Na última sentença 63,6% dos estudantes responderam que produtos com baixo teor de
gordura ajudam a perder peso, mas na verdade essa é uma sentença falsa. O senso comum pode ser
considerado o vilão para essa confusão, já que muito se fala sobre como os alimentos com baixo teor
de gordura e açúcar, por exemplo, podem auxiliar na perda de peso. Porém os alimentos com baixo
teor de gordura ou açúcar utilizados em dietas para emagrecer nem sempre são as melhores escolhas,
pois para manter o sabor agradável para o consumidor, muitas vezes a indústria compensa a redução
de açúcar por gordura, por exemplo, deixando o alimento ainda mais calórico que a sua versão
'normal' (CORDEIRO et al., 2017).
É possível constatar que as CSC mobilizaram discussões e posicionamentos para a formação
cidadã, enquanto evidenciam saberes/conhecimentos sobre questões vivenciadas e debatidas por
esses estudantes. Martínez (2012, p. 60) enfatiza que “as controvérsias envolvidas nas discussões
públicas sobre QSC exigem a formação de cidadãos dotados de conhecimentos e capacidades para
avaliar responsavelmente problemas científicos e tecnológicos na sociedade atual”. Nessa perspectiva
os posicionamentos dos estudantes frente às proposições apresentadas a eles, viabilizou a reflexão e
a tomada de decisão.
É essencial que se desenvolva em sala de aula uma cidadania ativa, que não dependa de
governos, cientistas e especialistas. A cidadania precisa ser conquistada, num movimento processual
de construção, por meio da luta por direitos e reivindicação de valores e princípios éticos (SANTOS;
SCHNETZLER, 2010).

3.3 O que os cartazes evidenciam como saberes e aprendizagens dos estudantes

A linguagem visual passou a fazer parte do cotidiano das pessoas, imagens produzidas para
diversos fins, sejam elas educacionais para entretenimento ou comercialização, para o lúdico ou para
incitar o consumo. Moles (2001, p.15) considera que “a civilização contemporânea constitui uma
civilização da imagem”. Vive-se em mundo de imagens, as quais determinam grande parte das
relações no convívio social.
Com base nesses pressupostos foi solicitado aos estudantes a confecção de cartazes sobre o
tema sorteado entre as equipes, nas figuras 1 e 2 é possível evidenciar o resultado dessa avaliação.

Figura 1 - Cartaz sobre Carboidratos

Fonte: das autoras


Figura 2 - Cartaz sobre Proteínas

Fonte: Das autoras

Na intenção de analisar os cartazes, buscando evidências de saberes/conhecimentos


escolhidos pelos estudantes para a confecção dos mesmos, apresentar-se-á em duas subcategorias,
reveladas por meio do que chama atenção, que provoca a leitura e o entendimento do conteúdo:
aspectos visuais/gráficos: o que provoca atenção e aspectos conceituais: quais conteúdos foram
comunicados.
O cartaz é considerado como uma mídia de apoio mais comumente vista na forma impressa,
o cartaz está em constante processo de evolução, contando com a mais alta tecnologia tornou-se
interativo e ainda mais persuasivo para com o público alvo que se destina (BOTASSOLI, 2014). O
cartaz é considerado uma ferramenta/produto que explicita um percurso/processo. Enquanto
ferramenta/produto constitui-se material de apoio que serve a um determinado fim pedagógico, o que
pode denotar a ideia de cartaz didático.

[...] recurso de apoio criado para instruir ou ensinar uma determinada matéria; sob o ponto
de vista linguístico, (pela consistência das características que apresenta no contexto
profissional específico em que se insere) com um tipo de texto que contempla uma ou várias
sequências textuais (destacando-se a expositiva, a explicativa, a informativa, a descritiva e a
síntese); é constituído por linguagem verbal e não verbal, cuja finalidade é,
predominantemente, tornar mais acessível, sob o ponto de vista da compreensão, um
determinado conteúdo didáctico [...] (MATOS, 2006; p. 94).

O cartaz tem o objetivo de transmitir uma mensagem, deve chamar a atenção, mas não pode
ser exagerado nesse quesito. É preciso estar atento ao layout, na promoção da leitura e do
envolvimento do leitor com as informações presentes no cartaz.
Os aspectos que devem ser considerados na confecção do cartaz são: diversos tamanhos,
formatos, cores, além de inúmeras formas de se dispor as informações textuais. Isso depende da
finalidade da mensagem e quem ela espera alcançar. Todas essas características ficaram evidentes
nos cartazes apresentados nas figuras 1 e 2. Os estudantes usaram ferramentas que possibilitaram
atingir os critérios gerais de avaliação dos cartazes que eram clareza, organização, objetividade e
criatividade.

3.3.1 Aspectos visuais/gráficos: o que provoca a atenção?

Os aspectos visuais/gráficos consideram-se como conteúdo: letra, palavra, título, subtítulo,


legenda, assunto, texto, corpo do texto, tópico, frase, parágrafo, coluna, tabela, autor do cartaz;
numeração do cartaz, indicação da área curricular ou, indicação da coleção, ilustração, imagem,
fotografia, desenho, esquema. Quanto à forma visual gráfica, deve ser constituída por: limite do
cartaz; fundo; alinhamento do texto; composição/distribuição dos vários elementos gráficos;
características da letra – tipo, tamanho, inclinação, alinhamento, ligação das letras, espaçamento,
destacado, sublinhado, cor, entre outros (MATOS, 2006)
É possível constatar que nos dois cartazes (figuras 1 e 2) que os estudantes utilizaram muito
bem os espaços, as fontes e tamanho de letras estão adequados, com destaque das palavras que
designam os conceitos que precisam ser explicitados. As imagens expressam as ideias/mensagens
pretendidas e compõe de maneira harmônica a representação visual de forma inovadora e criativa.
Além de estimular a interação lúdica, explorando a visão, que permite uma comunicação clara e
objetiva. Um aspecto que não foi contemplado refere-se às referências bibliográficas, tão importantes
para se evidenciar as fontes consultadas.

3.3.2 Aspectos conceituais: quais conteúdos foram comunicados.

Na confecção de um cartaz é fundamental definir a mensagem principal que deseja transmitir,


no caso, o conteúdo conceitual que se pretende apresentar. Esse conteúdo deve ser muito claro e
simples de ser entendido, conectado ao tema solicitado e alinhado às imagens selecionadas, enfim
contextualizado.
A figura 1 mostra, que além dos critérios gerais o grupo atingiu os critérios específicos
solicitados para o grupo funcional dos carboidratos, que era apresentar a fórmula geral, as principais
funções, a classificação e os efeitos causados por uma dieta com restrição do carboidrato, além disso
os estudantes apresentaram algumas curiosidades, tudo isso aliando texto com imagens o que torna o
cartaz ainda mais atrativo.
Os estudantes que confeccionaram o cartaz sobre proteínas, também atingiram o objetivo geral
esperado, conforme evidencia a figura 2. O êxito foi alcançado pelo grupo no que se refere aos
objetivos específicos também, já que eles apresentaram as funções, descreveram como ocorre a
ligação peptídica e demonstraram quais as estruturas das proteínas, além de citar as principais funções
e fontes da mesma.
Do ponto de vista visual e conceitual coaduna-se com Matos (2006, p. 100) quando expressa
que “pequenos detalhes fazem grandes diferenças”; sob o ponto de vista da construção gráfica deste
tipo de material didático; nesta perspectiva, podemos dizer que “mais é menos”.
Nesse sentido percebe-se que os cartazes comunicaram as informações solicitadas de forma
contextualizada e objetiva, evidenciando conteúdos conceituais relevantes sobre os grupos
nutricionais, sua importância, representação química e curiosidade.

4 CONCLUSÃO

Mediante os resultados obtidos no desenvolvimento da IP, percebe-se que os estudantes do 3°


ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio, do IFC – Campus Araquari,
apropriaram-se, de modo satisfatório, dos conhecimentos discutidos durante as aulas sobre os grupos
nutricionais que compõem a dieta dos seres humanos.
Durante a avaliação diagnóstica evidenciou-se que tinham conhecimentos prévios sobre o
tema, acredita-se que sejam relacionados a vivências em outros contextos de aprendizagens, que
podem ser tanto escolares quanto de discussões proporcionadas por suas experiências em sociedade.
A identificação dos conhecimentos prévios promoveu um direcionamento e expectativas quanto ao
posicionamento frente às CSC propostas na problematização inicial.
Os resultados observados nas discussões sobre as CSC, revelam que os estudantes
conseguiram refletir e se posicionar quanto às proposições, que em alguns casos promoveu a divisão
de opiniões. Isso demonstra que o objetivo principal foi alcançado, proporcionando tomada de decisão
para a formação cidadã, de forma consciente e crítica, no que diz respeito à percepção de aspectos
históricos, sociais e culturais envolvidos com a temática. Ainda os cartazes evidenciaram os critérios
avaliativos de forma efetiva: clareza, organização, objetividade, originalidade e criatividade,
demonstrando que os estudantes comunicaram os conhecimentos contextualizados, conectando as
imagens e as informações solicitadas.
Defende-se, que seria importante em um momento de presencialidade e com a totalidade dos
estudantes retomar algumas discussões, até mesmo mediante as CSC, sobre a temática para que as
ideias e os conhecimentos sejam compartilhados, e assim seja ampliada a oportunidade para a
construção do trabalho em equipe, para o desenvolvimento de novas competências intelectuais e
atitudinais.

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