Você está na página 1de 34

Ciclo Online de Palestras de Engenharia e Desenvolvimento Social organizado pelo PET Engenharia Civil FURG

EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS-
DESEMPENHO
NBR 15.575/2013

Prof. Dra. Flávia Costa de Mattos


 Primeira versão: 2008 (sem exigibilidade)

 Publicação: 19/02/2013

 Exigibilidade: 19/07/2013

 Atualmente em processo de revisão.

 Aplicação: Edificações habitacionais com qualquer


número de pavimentos, geminadas ou isoladas,
construídas com qualquer tipo de tecnologia.

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Desempenho de uma construção atender requisitos dos
usuários, independentemente dos materiais constituintes e do sistema
construtivo, em função das condições de exposição.

Comportamento no uso e operação

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Agentes envolvidos

Incorporador Construtor

Projetista

Usuário

Fornecedor
Profª Drª Flávia Costa de Mattos
Escola de Engenharia - FURG
NBR 15.575/2013
Parte 1: Requisitos gerais;

Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;

Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações


verticais internas e externas;

Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas;

Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Estrutura da NBR 15575
REQUISITOS DE DESEMPENHO: Condições que
expressam qualitativamente os atributos que a
Necessidades
edificaçãodos habitacional
e seus sistemasCondições
devemde
usuários Exposição
CRITÉRIOS DE DESEMPENHO:
possuir, a fim de que possam atender aos requisitos
Especificações quantitativas dos requisitos
do usuário.
MÉTODO DE AVALIAÇÃO:
de desempenho, expressos em termos de
Ex: Funcionalidade eAnálise
acessibilidade Qualitativos
de projeto
quantidades mensuráveis, a fim de que
Requisito: Altura mínima de pé direito
possam ser objetivamente determinados.
Apresentar altura mínima de pé-direito dos
Ex: Critério – Altura mínima de pé-direito Quantitativos
ambientes da habitação compatíveis com as
A altura mínima de pé-direito não pode ser
necessidades humanas.
inferior a 2,50 m. Em vestíbulos, halls,
Análises de projeto, ensaios
corredores, instalações sanitárias e
laboratoriais, protótipos, simulação
computacional.
despensas é permitido que o pé-direito seja
reduzido ao mínimo de 2,30 m.
Sistemas

Cobertura

Vedações

Estrutura

Hidrossanitário
Pisos

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Sistemas de vedações verticais, conjunto de
paredes e esquadrias (portas, janelas e
fachadas) - referem- se a requisitos como
estanqueidade ao ar, à água, à ação do
vento e ao conforto acústico e térmico. Além
de desempenho estrutural e segurança ao
fogo.

COMPONENTE ELEMENTO SISTEMA

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Nível de Desempenho
Mínimo
(obrigatório)
Revisão da norma com alteração da
nomenclatura
Intermediário

Superior

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Vida Útil de Projeto

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Vida Útil – VU: Período de tempo em que
um edifício e/ou seus sistemas se
prestam às atividades para as quais
foram projetados e construídos.

Vida Útil de Projeto – VUP: Período


estimado de tempo para o qual um
sistema é projetado a fim de atender
aos requisitos de desempenho
estabelecidos nesta Norma.

Manual de Uso, Operação e


Manutenção

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
DURABILIDADE
Capacidade da edificação ou de seus sistemas de desempenhar satisfatoriamente suas funções
ao longo do tempo, sob condições de uso e manutenção especificadas.

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Requisitos Gerais:
Estrutural:
Estabilidade e resistência do sistema estrutural,
Deslocamentos e falhas no sistema de vedação vertical,
Impacto de corpo duro e corpo mole,
Ações atuantes em parapeitos,
Suporte de cargas suspensas,
Ações transmitidas por portas e janelas,
Segurança Solicitações em pisos e coberturas,
Sobrecarga em tubulações.

No uso e operação:
Segurança na utilização de pisos,
Segurança na utilização e manutenção de coberturas,
Segurança contra choques e queimaduras,
Segurança na utilização de louças e metais.

Contra incêndio:
Dificultar princípio de incêndio,
Dificultar a propagação do incêndio,
Equipamentos de extinção,
Facilidade de fuga,
Desempenho estrutural em situações de incêndio,
Dificultar a inflamação e limitar a fumaça.

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Segurança estrutural
Impacto de corpo duro e corpo mole

• Estrutura ;
• Vedações verticais internas e externa;
• Pisos e coberturas acessíveis;
• Tubulações aparentes;

Guarda- corpo e parapeitos


Cargas suspensas

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Segurança estrutural
Ação do vento

• Estrutura;
• Vedações verticais externas;
• Coberturas.

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Pisos/Paredes internas e
fachadas/Coberturas
Estanqueidade
(Ação do vento de acordo com as
regiões)

Desempenho térmico
(em revisão)

Habitabilidade Desempenho acústico


(em revisão)

Desempenho lumínico
(em revisão)

Saúde, higiene e qualidade


do ar

Funcionalidade e
acessibilidade

Conforto tátil e
antropodinâmico

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Profª Drª Flávia Costa de Mattos
Escola de Engenharia - FURG
Simplificado: Envelopamento da
Estanqueidade obra com base na U e CT

Desempenho térmico-
envoltória/clima/uso Simulação computacional: valores
de U e CT forem insatisfatórios
(em revisão)

Habitabilidade Desempenho acústico Medição in loco: medições em


edificações existentes ou
(em revisão) protótipos.

Desempenho lumínico
(em revisão)

Saúde, higiene e qualidade


do ar

Funcionalidade e
acessibilidade

Conforto tátil e
antropodinâmico

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Desempenho térmico sofre influência:
▪ Envelope- paredes, esquadrias e coberturas.
▪ Clima- microclima local.
▪ Uso- número de pessoas, equipamentos, horário de uso dos ambientes.

Simplificado U da cobertura U-Transmitância térmica: fluxo de calor que


atravessa a área unitária de um componente
ou elemento quando existe um gradiente
térmico de 1°K entre suas faces opostas

CT- Capacidade térmica: quantidade de calor


U e CT das por área unitária necessária para variar em
paredes uma unidade a temperatura de um
componente

Simulação

¨ Habitação como um todo


¨ Unidades representativas
¨ Dia típico de verão e de inverno de acordo com
a região bioclimática
¨ Absotâncias-0,3; 0,5 e 07 (cor clara, média e
escura)
Profª Drª Flávia Costa de Mattos
Escola de Engenharia - FURG
Estanqueidade

Desempenho térmico
Habitabilidade (em revisão)

Isolamento aos ruídos aéreos medidos no


Desempenho acústico campo (Dnt,w) e medidos em laboratório (Rw)
(em revisão) Isolamento ao ruído de impacto (L’nT,w)

Desempenho lumínico
(em revisão)

Saúde, higiene e qualidade


do ar

Funcionalidade e
acessibilidade

Conforto tátil e
antropodinâmico

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Profª Drª Flávia Costa de Mattos
Escola de Engenharia - FURG
Estanqueidade

Desempenho térmico
(em revisão)

Habitabilidade
Desempenho acústico.
(em revisão)
Iluminação natural: Simulação e
Medição in loco
Desempenho lumínico
(em revisão)
Iluminação artificial

Saúde, higiene e qualidade


do ar

Funcionalidade e
acessibilidade

Conforto tátil e
antropodinâmico

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Simulação

Mínimo: 60 lux
§ latitude e a longitude do local da obra, dias com
nebulosidade média
§ desativada a iluminação artificial
§ centro dos ambientes, na altura de 0,75 m acima do nível do
piso
§ conjuntos habitacionais constituídos por casas ou sobrados:
orientações típicas das diferentes unidades
§ conjuntos habitacionais constituídos por edifícios multiplico:
orientações típicas, os diferentes pavimentos e as diferentes
posições dos apartamentos nos andares
§ sombreamentos de edificações vizinhas, taludes, muros e
outros possíveis anteparos

Mínimo: 0,5%
FDL=% iluminância interna In loco
iluminância externa à sombra

Emprego de luxímetro portátil ente 9 h e 15 h:


§ medições em dias com cobertura de nuvens maior que 50 %
§ conjuntos habitacionais constituídos por casas ou sobrados: orientações típicas
das diferentes unidades
§ conjuntos habitacionais constituídos por edifícios multipiso: orientações típicas,
diferentes pavimentos e as diferentes posições dos apartamentos nos andares

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Estanqueidade

Desempenho térmico
(em revisão)
Habitabilidade
Desempenho acústico
(em revisão)

Desempenho lumínico
(em revisão)

Salubridade na edificação/Não
Saúde, higiene e qualidade emissão de poluentes por
do ar materiais, equipamentos e
sistemas/Não emissão de gases

Funcionalidade e
acessibilidade

Conforto tátil e
antropodinâmico

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Estanqueidade

Desempenho térmico
(em revisão)
Habitabilidade
Desempenho acústico
(em revisão)

Desempenho lumínico
(em revisão)

Saúde, higiene e qualidade


do ar
Altura mínima de pé-direito
Espaços mínimos para acomodação e utilização
de móveis
Funcionalidade e Adequação das áreas privativas e das áreas
acessibilidade comuns para que sejam acessíveis a pessoas
com deficiências físicas ou com mobilidade
reduzida
Possibilidade de ampliação
Conforto tátil e
antropodinâmico

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Estanqueidade

Desempenho térmico
(em revisão)
Habitabilidade
Desempenho acústico
(em revisão)

Desempenho lumínico
(em revisão)

Saúde, higiene e
qualidade do ar

Funcionalidade e
acessibilidade
Planicidade dos pisos
Adequação antropodinâmica dos elementos de
manobra
Conforto tátil e
antropodinâmico Força necessária para o acionamento de
dispositivos de manobra
Adaptação ergonômica de acionadores de
louças e metais sanitários

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Sustentabilidade Estabelecer a VUP mínima de cada um
Durabilidade dos sistemas construtivos

Manual de uso, operação e manutenção


Manutenibilidade
Gestão da manutenção predial-

Implantação do empreendimento
Consumo racionalizado de recursos
Adequação ambiental naturais
Sistema de gestão de resíduos no canteiro
de obras

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Parâmetros para determinação da VUP
Efeito das falhas no desempenho

Categoria de VUP

Custo de manutenção e reposição

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Decorridos 50% dos prazos de VUP sem histórico de necessidade de
intervenções significativas, a VUP será considerada atendida.

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Incumbências
Incorporador
• Definição do projeto, riscos, estudos técnicos direcionando a ação dos projetistas. Estabelece juntamente
com projetistas ou coordenadores de projeto os níveis de desempenho (M, I e S) .

Construtor
• Elaboração do Manual de Uso, Operação e Manutenção e a proposta de modelo de gestão da
manutenção. Registra os correspondentes prazos de Vida Útil de Projeto (VUP).

Fornecedor
• Caracterização do desempenho do componente, elemento ou sistema fornecido, previsão do prazo de
vida útil para o produto, cuidados na operação e na manutenção.

Projetista
• Estabelecer e indicar nos respectivos memoriais e desenhos a Vida Útil de Projeto de cada sistema que
compõe a obra, especificando materiais, produtos e processos que, isoladamente ou em conjunto,
venham a atender ao desempenho requerido.

Usuário
• Utilizar corretamente a edificação, não realizando sem prévia autorização da construtora e/ou do poder
público alterações na sua destinação, nas cargas ou nas solicitações previstas. Realizar as manutenções
preventivas e corretivas de acordo com o estabelecido no Manual de Uso, Operação e Manutenção
Profª Drª Flávia Costa de Mattos
Escola de Engenharia - FURG
Normas importantes no ciclo de vida da edificação

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Principais propostas de alteração da norma
Desempenho térmico:
Mudança de dia típico de inverno e verão, para carga térmica anual;
Alinhamento com programa Brasileiro de Eficiência Energética – PROCEL;
Mudança do modelo computacional.

Desempenho lumínico:
Mudança do modelo computacional.
Revisão geral sobre a conceituação, requisitos e critérios de iluminação natural;
Definição clara dos pontos de medição em ambientes compostos.

Desempenho acústico:
Melhor definição do enquadramento nas zonas de ruído;
Eliminação das medições de campo, exceto quando existir evidentes problemas de execução.

Segurança contra incêndio:


Aderência entre as diversas normas e as Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros;
Normatização e ensaios laboratoriais para edifícios em alvenaria estrutura com muito andares;
Selagem, proteções passivas, compartimentação vertical, sistemas construtivos diversos.

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG
Considerações finais

Projeto

Desempenho

Materiais Execução

Projeto que nasce certo, a obra não nasce morta!


Eng. Civil Maria Cristina Ferraz Maulaz
Profª Drª Flávia Costa de Mattos
Escola de Engenharia - FURG
Obrigada!
fcmattos@vetorial.net
fcmattos@furg.br

Profª Drª Flávia Costa de Mattos


Escola de Engenharia - FURG

Você também pode gostar