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Certifique–se de que as folhas estão em ordem e que todas as contas estão devidamente contidas na
digitalização. Soluções imcompletas, com passagens faltando ou partes cortadas podem ter redução na
nota.
Organize as páginas de sua solução e as digitalize. Você pode enviar fotos da solução, mas use preferen-
cialmente um aplicativo de celular como o CamScanner ou outro similar, que gera um único arquivo pdf
com todas as páginas digitalizadas.
Nomeie o arquivo pdf gerado com seu nome e sobrenome, por exemplo ”jacksonitikawa.pdf”.
Envie a solução digitalizada para itikawa@unir.br até o dia 7 de março de 2022 às 12:00hs (meio-dia).
NÃO SERÃO ACEITOS EXERCÍCIOS ENVIADOS APÓS A DATA E HORA ESTIPULADOS ACIMA.
a λ2 + b λ + c = 0 (2)
De fato, y(t) = eλ t é uma solução de (1) se, e somente se, λ for uma raı́z de (2).
As raı́zes de (2) são: √ √
−b + b2 − 4ac −b − b2 − 4ac
λ1 = , λ2 =
2a 2a
√
Existem três possibilidades para o discriminante b2 − 4ac.
As duas primeiras possibilidades, isto é, (i) b2 − 4ac > 0 e (ii) b2 − 4ac = 0 já foram discutidas durante
os encontros sı́ncronos.
No que se segue, vamos nos dedicar à terceira possibilidade, isto é, analisaremos o caso (iii) b2 − 4ac < 0.
Neste caso, temos duas raı́zes complexas conjugadas e podemos escrever as raı́zes da equação caracterı́stica (2)
como
λ1 = α + i β, λ2 = α − i β
em que α, β > 0, i2 = −1.
1
Desta maneira, tal como no caso (i) temos y1 (t) = e(α+i β)t e y2 (t) = e(α−i β)t como duas soluções da equação
(1) e portanto, a solução geral pode ser escrita como
y(t) = C1 e(α+i β)t + C2 e(α−i β)t , C1 , C2 ∈ R
Entretanto, buscamos soluções reais para nossas EDO’s e a solução geral apresentada é complexa. Para obtermos
soluções no domı́nio dos reais, usamos a fórmula de Euler dada por
ei θ = cosθ + i senθ
com θ um número real qualquer. Segue desta fórmula (fazendo θ = β t e θ = −β t, respectivamente) que
eiβ t = cosβt + i senβt
(3)
e−iβ t = cos(−βt) + i sen(−βt) = cosβt − i senβt
pois cosβt = cos(−βt) (função par) e sen(−βt) = −senβt (função ı́mpar).
Agora, somando e subtraindo as duas equações em (3), obtemos respectivamente
eiβ t + e−iβ t = 2 cosβt,
(4)
eiβ t − e−iβ t = 2i senβt
Por outro lado, como já dissemos antes, a solução geral de (1) neste caso é dada por
y(t) = C1 e(α+i β)t + C2 e(α−i β)t
isto é, qualquer solução de (1) é desta forma, para algum valor de C1 e de algum valor de C2 .
1
Fazendo C1 = C2 = , obtemos a solução
2
e(α+i β)t + e(α−i β)t
y1 =
2
1 1
Fazendo C1 = , C2 = − , obtemos a solução
2 2
e(α+i β)t − e(α−i β)t
ȳ2 =
2
Mas
ei βt + e−i βt
(4) 2 cosβt
y1 = eαt = eαt = eαt cosβt
2 2
(5)
ei βt − e−i βt
(4) 2i senβt
ȳ2 = eαt = eαt = i eαt senβt
2 2
Em outras palavras, este último resultado nos mostra que y1 = eαt cosβt e ȳ2 = i eαt senβt são soluções para
(1), no caso em que as raı́zes da equação caracterı́stica são complexas conjugadas. Observe que ȳ2 ainda é uma
solução complexa. Entretanto, pelo fato de que qualquer múltiplo de uma solução de uma equação homogênea
(inclusive múltiplos complexos!) também é uma solução (verifique!), segue que y2 = eαt senβt é solução para
(1).
Resumindo, após os cálculos acima, obtemos duas soluções reais para (1): y1 = eαt cosβt e y2 = eαt senβt.
Além disso, temos
eαt cosβt eαt senβt
W (t) = αt
αt αt αt
α e cosβt − βe senβt α e senβt + β e cosβt
= (eαt cosβt) (α eαt senβt + β eαt cosβt) − (α eαt cosβt − βeαt senβt) (eαt senβt)
= β e2α t cos2 β t + β e2α t sen2 β t
= β e2α t 6= 0, β>0
2
Portanto, y1 e y2 formam um conjunto fundamental de soluções.
Em resumo, no caso em que as raı́zes da equação caracterı́stica (2) são complexas conjugadas da forma
λ1 = α + i β, λ2 = α − i β
a solução geral da equação diferencial de segunda ordem homogênea a coeficientes constantes (1) é dada por
2 Exercı́cios
1. Estude a teoria desenvolvida na Seção 1
2. Estude o exemplo dado no material enviado a vocês sobre o assunto “Equações Diferenciais Ordinárias de
Segunda Ordem Homogêneas a Coeficientes Constantes, Caso (iii) b2 − 4ac < 0. ”
ÿ − 2ẏ + 5y = 0,
y( π2 ) = 0
ẏ( π2 ) = 2