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DESCREVENDO SOBRE O PARAFUSO DE

ARQUIMEDES

Luis Bauer
Tutor Shaiana dos Santos Padilha

1. INTRODUÇÃO

Arquimedes nasceu no ano 287 a.C., em Siracusa, uma cidade -estado da Grécia Antiga.
Naquela época, os li mites da Grécia eram bem mais amplos do que os atuais, assim como
o poder político. Siracusa ficava onde atualmente se localiza a Sicília, na Itália. Pouco se
conhece sobre a vida pessoal de Arquimedes, devido aos poucos registros, porém sua obra foi
bastante e documentada e preservada.
Sabe -se que ele foi filho de Fídias, um astrônomo, e que na juventude estudou na Escola
de Alexandria, berço de grandes cientistas e filósofos, localizada em Alexandria no delta do
Nilo, no Egito

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em todas as áreas do conhecimento humano, o agregar de técnicas e suas evoluções é de


fundamental importância para o avanço da ciência. Segundo Ramalho (1989) as ciências e as
engenharias são processos evolutivos no qual conhecimentos passados são a matéria prima para as
tecnologias atuais.

01 – O PRINCÍPIO
A ideia mais popular e revolucionária de Arquimedes foi dada no campo da hidrostática,
sendo hoje denominada como ‘princípio de Arquimedes’. Tal princípio afirma que “todo corpo,
quando imerso total ou parcialmente em um fluido qualquer, sofre um empuxo vertical na direção
contrária à do movimento, com força proporcional ao peso do volume do fluido deslocado pelo
corpo e aplicado no centro do impulso”. São diversas as histórias cercando esta descoberta
científica. A mais popular dessas histórias afirma que Arquimedes descobriu esse importante
princípio de modo prosaico, enquanto tomava banho. Ao entrar na banheira, ele percebeu que a
água se deslocava a ponto de transbordar os limites da banheira; a partir dessa observação, ele
abstraiu que o volume de água deslocado deveria necessariamente ser igual ao peso de seu corpo.
Essa conclusão parte do princípio de que dois corpos não ocupam o mesmo espaço, com o empuxo

1 Luis Bauer
2 Shaiana dos Santos Padilha
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Turma: FLC9686ECE, Modulo III
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sendo a resistência do corpo apresentada ao afundar. Todas as experiências posteriores serviram


para comprovar que tudo está relacionado com a densidade dos materiais.
Para compreendermos com exatidão esse princípio teremos que entender primeiro sobre
flutuação. Esse próprio conceito de flutuação deveria ser surpreendente, afinal, sabemos que todos
os objetos sofrem a influência da gravidade e se descolam em direção ao centro da terra. A questão
é que, além do peso, quando estamos imersos em fluidos, existe uma outra força atuando chamada
empuxo. Graças a ela os navios, balões, etc, aparentemente, desafiam a gravidade.
Devemos lembrar de que um fluido é composto por um imenso número de partículas
continuamente em movimento e colidindo com outras partículas ao seu redor. Essas colisões dão
origem à pressão (Halliday, 2003). Quando um objeto está imerso em um fluido, ele é
constantemente bombardeado por partículas que, em conjunto, exercerão uma pressão sobre ele por
todos os lados. Quanto maior a profundidade em que nos encontrarmos no fluido, maior será a
pressão exercida pelas partículas.
Quando um objeto está a uma profundidade maior do que seu topo, sua extremidade mais
baixa sofrerá maior pressão do que sua extremidade mais alta (PAUL TRIPPLER, 2009). Como
pressão multiplicada pela área resulta em uma força, o objeto submerso sofre uma força resultante
verticalmente para cima, a qual chamamos de empuxo. Tanto a força peso quanto a força de
empuxo atuam ao mesmo tempo sobre o objeto e o resultado depende delas vencer essa disputa.
Disso tiramos duas inferências: se a força peso é maior do que o empuxo, a força resultante fará o
objeto acelerar para cima e se a força peso é menor do que o empuxo, a força resultante fará o
objeto acelerar para baixo e afundar.

A sacada do Arquimedes foi que a força de empuxo sempre tem um módulo igual ao peso de
um idêntico volume do fluido deslocado. Vamos entender da seguinte maneira: quando um objeto é
submerso, ele desloca uma determinada quantidade de fluido e passa ocupar seu lugar. O peso da
quantidade de fluido deslocada ( mf= pfV) é exatamente igual ao módulo da força empuxo.
Portanto: Fe= pf. V.g. em que o volume v é o volume do objeto submerso, enquanto que a
densidade Pf é a densidade do fluido. Isso é válido para qualquer fluido independentemente do
formato do objeto. Essa é a demonstração do conhecido princípio de Arquimedes.

2.0. O PARAFUSO DE ARQUIMEDES


O parafuso de Arquimedes é um maquinário que tem como meta transportar fluidos entre
dois pontos que possuem inclinações diferentes. No princípio essa máquina era feita introduzindo
um parafuso em um cilindro. A parte mais baixa do parafuso é colocada no fluído que se quer

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transportar e, através de alguma força, ele é girado. Na medida que o parafuso é girado, o objeto a
ser transportado sai de uma extremidade para outra. Dentro do aparelho o cilindro não pode ser
estagnado; este princípio é justificado pela quantidade de fluidos a ser transportado. Essa
quantidade está intimamente relacionada com a velocidade angular.
O interessante é que o parafuso não precisa necessariamente girar com o cilindro, mas
pode girar em relação um ao outro. A ligação espaço-cilindro-parafuso tem que ser fechada de
alguma forma, com alguma espécie de vedação. Caso isso não ocorra, a máquina terá que ser
construída com um material único; em casos mais gerais é utilizado bronze fundido. Em regiões
como o império romano, o parafuso foi utilizado com grande frequência em sistemas de irrigação.
Como é um sistema de fluidos, pode ser usado para retirar lamas e esgotos. Apesar desses terem
sólidos em sua composição, a depender da relação com a densidade não interfira na utilização do
aparelho.

4.0 APICAÇÕES DO PARAFUSO DE ARQUIMEDES.

Nas mais remotas civilizações este equipamento vem sendo utilizado de forma constante
fazendo transporte de diversos tipos de fluidos e sólidos. Esses transportes podem ser feitos de
forma horizontal ou vertical entre níveis diferentes.
Na antiguidade o parafuso foi amplamente utilizado para retirada de água das minas. Neste
caso, eram colocados diversos equipamentos em série cada um com cinco metros de comprimento.
Com o avanço das técnicas de produção, este princípio foi implementado no transporte de
grãos, tornando-se um método bastante difundido em todo o globo. Também houve grande
utilização dessa máquina, quando foi empregada para remover terra nas operações de escavações, e,
em um tamanho consideravelmente meais reduzido foi empregado em sistemas de moer alimentos.
Nos dias atuais, esse dispositivo ainda amplamente utilizado no bombeamento de sólidos
granulado e líquidos, tanto nos países mais industrializados quanto no terceiro mundo. Em países
subdesenvolvidos sua aplicação é na irrigação de campos agrícolas, uma vez que geralmente nessas
localidades ainda não adquiriram as bombas elétricas.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Utilize este campo para fazer a ligação da teoria com a prática de seu trabalho. Relacione o que
você encontrou e evidenciou durante a aplicação prática com os autores consultados e utilizados na
sua fundamentação teórica.
Você deverá apresentar no
mínimo dois parágrafos de
discussão a respeito das
contribuições do trabalho.
Você pode apresentar tabelas,
imagens e gráficos para
complementar sua discussão.

4. REFERÊNCIAS

HALLIDAY, D. RESNICK, R. KRANE, K. física 1. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC,2003, v 1.


TIPLER, P. A. física para cientistas e engenheiros. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.v.1.

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Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Turma: FLC9686ECE, Modulo III

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