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Resumo: A violência sempre esteve inserida no contexto da vivência humana. Através dos tempos, o homem
buscou utilizar estratégias cada vez mais lesivas e brutais, manifestando sempre a sua beligerância e hostilidade.
Diversas armas foram desenvolvidas e aprimoradas com este intuito. Entretanto, a despeito desta evolução
armamentista, o homem ainda tem demonstrado instintos primitivos no que tange às agressões interpessoais, utilizando
suas armas naturais como forma de expressar a sua inerente agressividade. Nesta perspectiva, a dentição tem sido
utilizada como parte do arsenal natural humano. A aparente inocuidade das mordeduras humanas é sobrepujada pelas
inúmeras sequelas e complicações descritas na literatura tais como: escoriações, lacerações, amputações, além da
transmissão de diversas patologias. As mordeduras humanas são feridas potencialmente perigosas e constituem uma
importante causa de morbidade devido à natureza polimicrobiana da saliva inoculada na ferida e o risco que representa
para a transmissão de doenças infecciosas. O objetivo do presente trabalho foi informar a respeito das principais
complicações decorrentes de mordeduras humanas, através de uma revisão da literatura.
Abstract: Violence has always been placed in the context of human experience. Through the ages, man has sought
to use strategies increasingly damaging and brutal, always expressing his belligerence and hostility. Several weapons
were developed and improved for this purpose. However, despite this evolution of weapons, the man still has
demonstrated primitive instincts when it comes to interpersonal aggression, using its natural weapons as a way to
express their inherent aggressiveness. In this perspective, the dentition has been used as part of the natural human
arsenal. The apparent innocuousness of human bites is overwhelmed by the numerous sequels and complications
described in the literature such as abrasions, lacerations, amputations, and the transmission of various diseases. The
human bites wounds are potentially dangerous and are a major cause of morbidity due to the polymicrobial nature of
saliva inoculated in the wound and the risk it poses to the transmission of infectious diseases. The aim of this paper was
to inform about the main complications of human bites through a literature review.
_________________________________
1
Cirurgião-dentista graduado pela UninCor. Especialista em Odontologia Legal. Especialista em Periodontia.
2
Cirurgiã-dentista graduada pela Unit. Especialista em Endodontia.
3
Advogada. Graduada pela ESUV. Especialista em Direito Público. Especialista em Direito e Processo do Trabalho.
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Introdução assume na atualidade, algumas especialmente
graves.
A violência, provavelmente, sempre
fez parte da experiência humana. Seu impacto Uma das formas de violência que vem
formas. A cada ano mais de um milhão de sociedade é a utilização dos dentes como
pessoas perdem a vida, e muitas mais sofrem armas de agressão.
(OMS, 1996) define a violência como “o uso cortes ou lacerações (Sweet & Pretty, 2001).
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As principais complicações (Richman & Rickman, 1993; Khajotia & Lee,
decorrentes das mordeduras humanas serão 1997; Quava-Jones et al., 2005; Patil et al.,
descritas neste trabalho através de uma 2009; Deshpande et al., 2011), hepatite B
revisão da literatura. (MacQuarrie et al., 1974; Hamilton et al.,
1976; Hui et al., 2005), hepatite C (Duscheiko
Métodos
et al., 1990; Figueiredo et al., 1994;
A pesquisa bibliográfica foi realizada Henderson, 2003), herpes simples (Rickman,
na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde 1989), tétano (Muguti & Dixon, 1992;
(BVS) e Google Acadêmico. Foram utilizados Agrawal et al., 1995), osteomielite (Gonzalez
os descritores: “Human bite”, “Human bite et al., 1993; Phillips & Robertson, 1997),
wounds”, Human bite and saliva infections”, fasceíte necrosante (Danino & Malka, 2004;
“Human and animal bite injuries” e Motsitsi, 2011), úlcera genital (Rosen &
“Violência e saúde”, sendo obtidos 2161 Conrad, 1999; Kaur et al., 2002), artrite
artigos para os termos associados às séptica (Resnick et al., 1985), sífilis primária
mordeduras humanas e 1749 artigos (Fiumara & Exner, 1981; Dorion, 1982) e a
associados à violência e saúde. Após as síndrome do choque tóxico (Long et al., 1988;
devidas exclusões, por motivos de Karody et al., 1988). Brook (2005), alerta que
duplicidade e por não se adequarem à complicações incomuns como endocardite,
proposta do artigo, foram utilizadas 44 meningite, abscesso cerebral e sepse também
referências bibliográficas na confecção deste podem ocorrer.
trabalho. Outras fontes foram utilizadas, como
A localização anatômica das
documentação eletrônica e literatura
mordeduras humanas é bem variável. Vale e
específica.
Noguchi (1983) analisaram 164 marcas de
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masculino foram mais encontradas nos braços indivíduos mordidos por pessoas infectadas
e ombros. pelo HIV permaneceram soronegativos. Os
autores salientaram ainda que foram
Nesta revisão, abordaremos as
publicados apenas dois casos em que a
patologias mais comumente encontradas e que
transmissão do HIV pode ter ocorrido através
possuem potencial de transmissibilidade
de mordeduras humanas. A presença de
através das mordeduras humanas.
sangue na saliva pode aumentar
AIDS potencialmente o risco teórico de transmissão
do HIV através de mordeduras humanas. Ante
Embora o consenso de que a
o exposto, concluíram que a transmissão do
transmissão do vírus da imunodeficiência
HIV através de mordeduras humanas é
humana (HIV) através de uma mordida seja
biologicamente possível, mas permanece
improvável, alguns relatos existem. A
improvável, sendo epidemiologicamente
exposição à saliva por si só não é considerada
insignificante.
um fator de risco para a transmissão do HIV,
embora possa estar presente na saliva (com Quava-Jones et al. (2005) destacaram
pouca frequência e em níveis baixos). o caso de uma criança de 3 anos de idade que
Inibidores salivares tornam o vírus não foi mordida no dedo médio da mão esquerda
infeccioso na maioria dos casos. A por seu pai, causando sangramento no local.
transmissão do HIV é um risco quando há Foi relatado que o pai tinha uma história de
sangue na boca da pessoa que morde e cárie dentária e sangramento gengival durante
quando há uma lesão na pele da vítima. (Patil anos. Ele foi diagnosticado HIV positivo, três
et al., 2009). anos após o incidente da mordida. A pesquisa
de anticorpo HIV da criança foi positiva por
Khajotia e Lee (1997) relataram o caso
ELISA e Western blot. Não havia história de
de um paciente asiático de 20 anos que
abuso sexual ou transfusão de sangue. A
contraiu o HIV através da saliva, após uma
causa da infecção retroviral da criança foi
mordida no lábio.
associada a mordida infligida por seu pai.
Richman e Rickman (1993) revisaram
Deshpande et al. (2011), apresentaram
o potencial de transmissão do HIV pelas
um caso de uma infecção primária pelo HIV
mordidas humanas. Os autores mencionaram
após uma mordida humana, onde a saliva não
que o HIV pode estar presente na saliva,
estava manchada de sangue.
embora com pouca frequência e em níveis
baixos. Em estudos prospectivos, treze
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HEPATITE B de casos de transmissão através de mordidas
humanas.
MacQuarrie et al. (1974) citaram um
caso de um professor que sofreu uma Já para Dusheiko et al., (1990) apenas
perfuração no dedo em decorrência de uma um único caso de infecção pelo vírus da
mordida causada por um de seus alunos que hepatite C foi atribuído a transmissão salivar
era portador crônico de hepatite B. Cinco no receptor de uma mordida humana.
meses mais tarde, o professor desenvolveu a
Figueiredo et al., (1994), destacaram a
doença.
transmissão do vírus da hepatite C pela saliva
Hamilton et al. (1976) descreveram o por intermédio de uma mordedura humana.
caso de um policial que desenvolveu hepatite
HERPES SIMPLES
B quinze semanas após ter sido mordido na
mão por um homem que estava resistindo à Rickman (1989) descreveu o caso de
prisão. uma infecção primária e recorrente de herpes
simples resultante de mordida humana em
Hui et al., (2005) sustentam que o
uma enfermeira pediátrica.
vírus da hepatite B pode ser detectado na
saliva de portadores. Estudos epidemiológicos TÉTANO
sugerem a mordida humana como uma
Muguti e Dixon (1992) apresentaram
possível rota de transmissão. Os autores
um caso incomum de uma mulher de 43 anos
mencionaram um caso de hepatite B aguda
de idade que desenvolveu tétano quatro dias
decorrente de uma mordedura humana. O
após ter sido vítima de uma mordida humana.
perpetrador foi diagnosticado como portador
Apesar do tratamento a que foi submetida na
de hepatite B crônica e o vírus estava presente
unidade de terapia intensiva, a paciente
em sua saliva. O vírus da hepatite B (HBV)
faleceu seis dias após a sua admissão no
em ambos os indivíduos possuía genótipo e
hospital.
sequência idênticos.
Agrawal et al. (1995) relataram um
HEPATITE C
caso de tétano generalizado após uma
Henderson (2003) salientou que a mordida humana no dedo de um indivíduo. A
hepatite C parece ser mais facilmente causa para a infecção foi a invasão secundária
transmitida que o HIV. O autor sustentou por Clostridium tetani.
ainda que existem pelo menos dois registros
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OSTEOMIELITE Kaur et al. (2002) salientaram que a
mordida humana na genitália é uma causa rara
Em um estudo realizado por Gonzalez
de ulceração peniana, entretanto observaram
et al. (1993), foram analisados vinte e quatro
que os relatos estão aumentando em virtude
casos de osteomielite da mão após mordidas
da elevada frequência de sexo orogenital. Os
humanas. Os autores concluíram que os
autores ainda descreveram um caso de uma
fatores que contribuem para o
ulceração peniana induzida por mordida
desenvolvimento de osteomielite incluem a
humana.
demora superior a 24 horas para a realização
do debridamento da área afetada ou o ARTRITE SÉPTICA
tratamento inicial inadequado.
Em um estudo implementado por
Phillips e Robertson (1997) Resnick et al., em 1985, os autores analisaram
destacaram um caso de osteomielite extensa os achados radiográficos de treze pacientes
da abóbada craniana ocasionada por uma vítimas de mordeduras humanas na mão.
mordedura humana. Pelas análises, constataram infecções ósseas e
articulares, compatíveis com o quadro de
FASCEÍTE NECROSANTE
artrite séptica.
Motsitsi (2011) relatou um caso muito
SÍFILIS
raro e fatal de um paciente de 37 anos de
idade que desenvolveu fasceíte necrosante no Fiumara e Exner (1981) descreveram o
antebraço após uma mordedura humana. caso de um homem de 34 anos de idade que
contraiu sífilis primária, onze semanas após
Danino e Malka (2004) observaram
ter sido vítima de uma mordida humana.
um caso fatal de fasceíte necrosante na perna
de um indivíduo, vítima de mordedura Dorion (1982) ressaltou a
humana. possibilidade de a vítima contrair infecções
secundárias à mordida como sífilis e hepatite.
ÚLCERA GENITAL
SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO
Rosen e Conrad (2004) citaram o
desenvolvimento de uma úlcera genital grave O primeiro caso conhecido da
associada a uma mordida humana no pênis. síndrome do choque tóxico resultante de uma
Foi verificada através de cultura, uma flora mordida humana foi relatado por Long et al.
oral de Eikenella corrodens. em 1988.
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Karody et al., (1988) comentaram um 1991; Goldstein, 1992) afirmam que as lesões
caso da síndrome do choque tóxico, onde um causadas por mordeduras humanas possuem
homem de 21 anos teve sua mão direita um maior potencial de infecção em relação à
mordida durante uma briga. O exame clínico mordida de animais em virtude do elevado
revelou um pequeno abscesso na articulação espectro polimicrobiano incorporado à saliva
interfalângica proximal direita, com edema humana.
nos quarto e quinto dígitos.
Já para Demetriades (1989) e Griego
ESPECTRO MICROBIOLÓGICO DAS et al. (1995), as mordidas humanas que
MORDEDURAS INFECTADAS ocorrem em qualquer outro lugar que não seja
a mão, não apresentam mais riscos de
A saliva humana é conhecida por
infecção do que qualquer outro tipo de
conter cerca de 50 espécies de bactérias com
mordida de mamíferos.
quase 108 micróbios / ml. Esta é uma das
razões pelas quais as mordidas humanas são Mordidas humanas diferem das
consideradas por ter as maiores taxas de mordidas de animais pela maior prevalência
infecção em relação a outras lesões (Patil et de Staphylococcus aureus e Eikenella
al., 2009). corrodens (Yaqub et al., 2004).
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