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LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO

SIMULADO 06
Escola: ____________________________________ doenças do coração, obesidade, diabetes e reduzir o
Nome: ____________________________________ risco de câncer, osteoporose, hipertensão e
Leia o texto e, a seguir, responda. depressão.
Já temos esse remédio. E não custa nada.
Homem não chora
Está a serviço de ricos e pobres, jovens e idosos. É a
Frejat/Alvin L.
Homem não chora atividade física.
Nem por dor (Gro Harlem Brundtland, diretora geral da OMS – Organização Mundial
Nem por amor da Saúde) Folha de São Paulo, 6 abr. 2002.
E antes que eu me esqueça 02. (D1) De acordo com o texto, o remédio que não
Nunca me passou pela cabeça custa nada e está a serviço de ricos e pobres, jovens
Lhe pedir perdão
E só porque eu estou aqui e idosos
Ajoelhado no chão (A) é uma pílula fabricada pela indústria
Com o coração na mão farmacêutica.
Não quer dizer
Que tudo mudou (B) só é encontrado nas farmácias.
Que o tempo parou (C) é a atividade física.
Que você ganhou (D) ainda não existe.
Meu rosto vermelho e molhado
É só dos olhos pra fora Leia o texto e, a seguir, responda.
Todo mundo sabe
Que homem não chora
Esse meu rosto vermelho e molhado
É só dos olhos pra fora
Todo mundo sabe
Que homem não chora
Homem não chora
Nem por ter
Nem por perder
Lágrimas são água
Caem do meu queixo
E secam sem tocar o chão
E só porque você me viu
Cair em contradição
Dormindo em sua mão
Não vai fazer
A chuva passar
O mundo ficar
No mesmo lugar
Meu rosto vermelho e molhado...
Disponível em: <http://letras.mus.br/frejat/65523/>. Acesso em: 09 mar.

2016.

01. (D2) Pode-se inferir que o eu do texto é um


homem
(A) solitário.
(B) desiludido. Disponível em: <http://tiras-do-calvin.tumblr.com/image/
21287745730>. Acesso em: 24 ago. 2016.
(C) rancoroso.
(D) apaixonado. 03. (D22) Na tira, a fala do menino no último
quadrinho (“Ele não é demais, pessoal? Palmas
Leia o texto abaixo.
para ele”) sugere
Vamos imaginar que a indústria farmacêutica (A) ironia.
desenvolveu uma pílula que pudesse prevenir (B) satisfação.
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(C) atenuação. contentes, riam muito; como se fazia café e se
(D) indiferença. tomava café tarde da noite! E às vezes o rio
Leia o texto e, a seguir, responda. atravessava a rua, entrava pelo se tomava café tarde
Primeiros Erros da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava
Kiko Zambianchi pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos,
Meu caminho é cada manhã torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a
Não procure saber onde vou favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha
Meu destino não é de ninguém quando, mal saltando da cama, íamos correndo para
Eu não deixo os meus passos no chão ver que o rio baixara um palmo - aquilo era uma
[...] traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes
Se um dia eu pudesse ver Meu passado inteiro E chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do
fizesse parar chover Nos primeiros erros Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas
O meu corpo viraria sol Minha mente viraria Mas só nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a
chove e chove Chove e chove. enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/kiko-zambianchi/46827/ que aquela fosse a maior de todas as enchentes.
Acesso em: 20 maio 2016.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do
04. (D21) A repetição do verbo “chove” no texto Autor, 1962. p. 157.
sugere 05. (D3) Que função desempenha a expressão
(A) a intensificação dos sentimentos do eu lírico. destacada no texto “... o volume do rio cresceu
(B) o contentamento do eu lírico com o seu passado. TANTO QUE a família defronte teve medo.”
(C) o distanciamento do eu lírico em relação as (A) adição de ideias.
pessoas. (B) comparação entre dois fatos.
(D) a modificação da visão do eu lírico em relação a (C) consequência de um fato.
sua vida. (D) finalidade de um fato enunciado.

Leia o texto e responda. Leia o texto e, a seguir, responda as questões 6,7 e

As enchentes de minha infância 8.

Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com A arte de ser avó
uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os Rachel de Queiroz
que moravam do outro lado da rua, onde as casas
Netos são como heranças: você os ganha
dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins,
sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de
como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros,
repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses,
depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha
um ato de Deus. Sem se passarem as penas do
dando para o rio.
amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as
Quando começavam as chuvas a gente ia toda
dores da maternidade. E não se trata de um filho
manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a
apenas suposto, como o filho adotado: o neto é
enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a
realmente o sangue do seu sangue, filho de filho,
altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras,
mais filho que o filho mesmo...
vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais
Quarenta anos, quarenta e cinco... Você
de uma vez, no meio da noite, o volume do rio
sente, obscuramente, nos seus ossos, que o tempo
cresceu tanto que a família defronte teve medo.
passou mais depressa do que esperava. Não lhe
Então vinham todos dormir em nossa casa.
incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem suas
Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar
alegrias, as suas compensações - todos dizem isso,
camas nas salas, aquela intimidade improvisada e
alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas
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embora você, pessoalmente, ainda não as tenha involuntariamente! - bateu com a bola nele. Está
descoberto - mas acredita. quebrado e remendado, mas enriquecido com
Todavia, também obscuramente, também preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os
sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e
nostalgia da mocidade. Não de amores nem de depois o sorriso malandro e aliviado porque
paixões: a doçura da meia-idade não lhe exige essas “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesmo,
efervescências. A saudade é de alguma coisa que não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro.
você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague...
mocidade. Bracinhos de criança no seu pescoço. Disponível em: <http://joaosilvaeducarpraserfeliz.blogspot.com
br/2012/03/19-cronicas-interessantes-para.html>. Acesso em: 08 mar.
Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao 2016.
seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas 06. (D19) “Netos são como heranças (...) de repente
crianças? Naqueles adultos cheios de problemas que lhe caem do céu”. A expressão “caem do céu”
hoje são os filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, atribui a ideia de que, para a autora, os netos são
emprego, apartamento a prestações, você não (A) algo assustador porque surgem de forma
encontra de modo nenhum as suas crianças inesperada na vida.
perdidas. São homens e mulheres - não são mais (B) algo bom, como tudo aquilo que é relacionado à
aqueles que você recorda. imagem do céu.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse (C) um momento de saudade que a faz se lembrar
imposta nenhuma das agonias da gestação ou do dos próprios filhos.
parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. (D) um momento ruim, pois atrapalha os planos do
Completamente grátis - nisso é que está a maravilha. merecido descanso.
Sem dores, sem choros, aquela criancinha da sua
07. (D14) No trecho “... todos lhe reconhecem o seu
raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou
direito de o amar com extravagância”. O termo “o”
penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha,
na frase anterior, refere-se ao
longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe
(A) estranho.
é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe
(B) símbolo.
reconhecem o seu direito de o amar com
(C) menino.
extravagância; ao contrário, causaria escândalo e
(D) doutor.
decepção se você não o acolhesse imediatamente
com todo aquele amor recalcado que há anos se 08. (D17) No trecho “Sem dores, sem choros, aquela
acumulava, desdenhado, no seu coração. criancinha da sua raça, da qual você morria de
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida.
netos para nos compensar de todas as mutilações Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é
trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e um menino seu que lhe é ‘devolvido’.”, o termo
felizes, que vêm ocupar aquele lugar vazio, “pois”, em relação à oração anterior, estabelece uma
nostálgico, deixados pelos arroubos juvenis. relação de
[...] (A) oposição.
E quando você vai embalar o menino e ele, (B) condição.
tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e (C) explicação.
diz: “Vó!”, seu coração estala de felicidade, como pão (D) conformidade.
ao forno. [...]
Leia o texto abaixo.
Até as coisas negativas se viram em alegrias
quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de O cachorro
estimação que se quebrou porque o menininho -
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As crianças sabiam que a presença daquele – Só o ômi qui ganhô.
cachorro vira-lata em seu apartamento seria alvo da – E o qui ocê feiz?
mais rigorosa censura de sua mãe. Não tinha – Devorvi os 2 reá dele, uai!
qualquer cabimento: um apartamento tão pequeno (História da tradição popular, recontado por Fausto Wolff, Coluna do
Fausto, Jornal do Brasil, set. 2007.)
que mal acolhia Álvaro, Alberto e Anita, além de seus
pais, ainda tinha de dar abrigo a um cãozinho! Os 10. (D11) A forma de expressão escrita da fala dos
meninos esconderam o animal em um armário dois personagens da história teve a intenção de
próximo ao corredor e ficaram sentados na sala à (A) mostrar a diferença entre eles.
espera dos acontecimentos. No fim da tarde a mãe (B) criticar um modo errado de falar.
chegou do trabalho. Não tardou em descobrir o (C) separar a fala de cada personagem
intruso e a expulsá-lo, sob os olhares aflitos de seus (D) representar um modo regional de falar.
filhos.

Granatic, Branca. Técnicas Básicas de Redação.

09. (D2) No texto, fica claro que haverá um conflito


entre as crianças e a mãe, quando as crianças
(A) resolvem levar um cachorro para casa, mesmo
sabendo que a mãe seria contra.
(B) levam para casa um cachorro vira-lata, e não um
cachorro de raça.
(C) decidem esconder o animal dentro de um
armário.
(D) não deixam o animal ficar na sala.

Leia o texto abaixo.

Dois mineiros, das Minas Gerais mesmo,


encontraram-se na porta do armazém. Um comprara
uma mula do outro, no dia anterior, e o que vendera
lhe dizia que não podia entregar a mercadoria,
porque o bicho tinha morrido.
– Morreu é? Intão mi adevorve os cem reá qui
paguei, uai!
– Mas si já gastei tudim...
– Intão mi traz a mula morta mermo, qui eu vô
rifá ela.
– E quem é o doidipedra qui vai querê compra
rifa di mula morta, ômi?
– É só num falá qui tá morta, uai!
Outro dia, o que vendeu a mula morta,
perguntou para o que tinha ficado de rifar o bicho:
– Como foi a rifa, cumpadi?
– Foi boa. Vendi quinhentos biêti a 2 reá
cada. Faturei 998 reá!
– Eita! E ninguém recramô?

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