COLEGIO ESTADUAL SAGRADA FAMILIA

CURSO TECNICO DE ENFERMAGEM

4º SEMESTRE

JOSIELI FRANÇOISE CARDOSO

TRATAMENTO PACIENTES ONCOLOGICOS

E
CUIDADOS PALIATIVOS

Trabalho apresentado como quesito em nota parcial

em estágio supervisionado de Assistência em
Enfermagem a Unidade de Tratamento Intensivo do
curso técnico em enfermagem do 4º semestre no
Colégio Estadual Sagrada Família.

Orientador: Prof. Cleverson Ferreira Pinto

CAMPO LARGO – PR
2022
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 Tratamentos oncológico e cuidados paliativos
Pacientes com câncer que são atendidos pelo SUS tem enfrentado
muita dificuldade para começar o tratamento existe no país uma lei
que determina que depois de confirmado o diagnóstico esse
tratamento tem que começar em até 60 dias só que tem pessoas que
para conseguir o diagnóstico tem que esperar até 1 ano.
Tanto por parte do Estado quanto por parte da União não há um
enfrentamento do tema, não há uma seriedade no cumprimento da lei
e um respeito pelas vidas das pessoas dos usuários do sistema unico
de saúde.
O câncer é uma doença agressiva é uma das doenças mais grave e
passados 10 anos não se tem sequer o controle, um sistema seguro
que saiba dizer quantos e quais são os pacientes que estão
aguardando o início do tratamento a mais de 60 dias.

LEI Nº 12.732, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2012

Dispõe sobre o primeiro tratamento de paciente com neoplasia maligna

comprovada e estabelece prazo para seu início.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu

sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O paciente com neoplasia maligna receberá, gratuitamente, no Sistema

Único de Saúde (SUS), todos os tratamentos necessários, na forma desta Lei.

Parágrafo único. A padronização de terapias do câncer, cirúrgicas e clínicas, deverá

ser revista e republicada, e atualizada sempre que se fizer necessário, para se
adequar ao conhecimento científico e à disponibilidade de novos tratamentos
comprovados.

Art. 2º O paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro

tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), no prazo de até 60 (sessenta) dias
contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico ou
em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em
prontuário único.
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O que é o Câncer?
O nosso corpo é feito de vários órgãos e cada
órgão é feito de alguns tecidos específicos a
pele é um tipo de tecido biológico, o rim é um
tipo de tecido biológico, só que cada órgão tem
vários tipos de tecido, ou seja, o intestino tem
vários tipos de tecido, a nossa pele tem várias
camadas de tecido, e esses tecidos da nossa
pele ou de qualquer órgão são feitos de
células, que são pequenas unidades
estruturais que formam cada tecido, são
microscópica que a gente não consegue ver a
olho nu só no microscópio mesmo.
Essas células normalmente tem um tempo de
vida e quando alcançam o seu tempo máximo
de vida elas morrem, quando elas morrem
novas células vão surgindo no nosso corpo
porque nossas células conseguem se dividir
formando uma célula nova e a célula velha
acaba morrendo no processo, então a gente o
tempo todo vai renovando as células dos
nossos órgãos.
Uma coisa importante é que a célula morre
porque ela alcançou o tempo máximo de vida,
por algum motivo vai perdendo as suas
funções, então precisa gerar uma célula nova
para que depois suma morra, e não acabe
fazendo alguma coisa errada no nosso
organismo.
Quando uma célula se torna imortal, ou seja,
alguma coisa dentro da genética da célula lá
dentro do núcleo que a parte mais interna da
célula alguma coisa acaba falhando no
processo de se auto destruir, ela se torna uma
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célula imortal e ao se tornar imortal ela fica se
reproduzindo várias e várias vezes, isso vai
fazendo com que o tecido em alguma região
comece a aumentar de tamanho formando um
tumor, e esse tumor se tiver alguma célula
imortal ali que acabe errando totalmente as suas
funções, ou seja, começa a reproduzir células
anormais, por exemplo, é uma célula do
intestino mas ela começa a fazer outras células
que não são do intestino, é uma célula da pele,
uma célula do esôfago, uma célula do
estômago, uma célula do pulmão, que não
deveriam estar ali então isso é o câncer, então,
as células se tornam imortais, começam a se
reproduzir demais como não deveriam fazer e
começam a formar células totalmente anormais
para aquela região, a célula da pele começa a
se reproduzir em outro lugar por exemplo, isso
que é o câncer.
Cada órgão tem vários tipos de câncer, então na
pele nós temos vários tipos de câncer, no
cérebro existem vários tipos de câncer, no
fígado, no intestino, no pâncreas, e cada órgão
quando tem um câncer específico vai ter
sintomas específicos, o foco do trabalho é tentar
explicar os tipos de tratamentos oncológicos que
existem, mas saber o que é câncer e como
surge é muito importante saber.
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 TRATAMENTOS ONCOLOGICO
O tratamento do câncer pode ser feito através de cirurgia, quimioterapia, radioterapia
ou transplante de medula óssea. Em muitos casos, é necessário combinar mais de
uma modalidade.

Imunoterapia

O que é: drogas que ensinam o próprio sistema imune a combater a doença

Como é feita: infusões intravenosas, injeções e comprimidos

Efeitos colaterais: fadiga, náuseas, coceira e constipação

Hormonioterapia

O que é: bloqueia a ação de hormônios que fazem o câncer se expandir

Como é feita: comprimidos e injeções subcutâneas

Efeitos colaterais: fogachos, impotência sexual e ganho de peso

Cirurgia

O que é: envolve a retirada do tecido doente por meio de uma operação

Como é feita: realizada em salas cirúrgicas no hospital

Efeitos colaterais: debilidade, dores, inchaço e sangramentos

Radioterapia

O que é: uso de doses de radiação para destruir as células cancerosas

Como é feita: uma máquina específica é utilizada

Efeitos colaterais: cansaço, perda de apetite e dores

Quimioterapia

O que é: bombardeia o tumor com substâncias químicas especiais

Como é feita: infusões venosas, injeções e comprimidos

Efeitos colaterais: queda de cabelo, náuseas e dores

Leia mais em: https://saude.abril.com.br/medicina/5-tipos-de-tratamento-contra-o-

cancer/
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 Cuidados paliativos seria uma competência que o profissional de saúde desenvolve
para cuidar do sofrimento, a definição ela é dada pela Organização Mundial de Saúde,
em 2002 a OMS redefiniu cuidados paliativo com esse sentido que é uma abordagem
para cuidar do sofrimento de quem tem uma doença grave.
A visão de cuidados paliativos é como uma área de atuação dentro da prática médica,
é área de atuação porque ela tem algumas interfaces com algumas especialidades
médicas, com a pediatria, com a clínica médica, com a gerontologia, com a neurologia,
razão pela qual ela é conceituada ainda não como uma especialidade médica, mas
como uma área de atuação.
No cuidado paliativo o objetivo não é apenas a parte física como nas outras áreas da
medicina, mas também espiritual, psicológica, social e emocional, por isso que quando
trabalhamos com uma pessoa paliativa trabalhamos em equipe, muito profissional,
muitos olhares, muita delicadeza, muita aproximação com essa pessoa, ou seja, eu
não estou ali para tratar a tua doença, mas eu estou para cuidar de você.
Nos cuidados paliativos estamos ali para dar qualidade de vida, dar esse suporte, aliviar
o sofrimento, é cuidar na sua máxima essência, é prolongar às vezes a vida do paciente
e prolongar da melhor forma possível.
Acredito eu que principalmente transformando o paciente em protagonista, então é ele
que vai dizer isso para a gente, ele que vai dizer o que ele precisa naquela hora naquele
momento, como nós podemos fazer para esse momento ser melhor, algumas vezes
será sintomas físicos que ele precisa que sejam diminuídos ou melhorados, outras
vezes ele quer o contato com o familiar distante, outras vezes ele só quer que a gente
fique ali ao lado, então é isso que os cuidados paliativos faz, ele olha para o paciente
e não para a doença.

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 INTRODUÇÃO

Cuidados paliativos são intervenções não resolutivas, realizadas por profissionais de

saúde com a finalidade de proporcionar conforto, aliviando o sofrimento de pessoas em
estado crítico de saúde decorrente de uma doença crônica, sem perspectiva de cura.
Portanto, são cuidados de caráter essencialmente humanístico, realizados sem o
propósito curativo dos demais procedimentos terapêuticos, consistem efetivamente de
ações de higiene, de apoio psicológico, de ajuda e acolhimento, de alívio da dor e do
sofrimento.
O termo paliativo deriva do latim pallium, que significa manto ou agasalho
assemelhando-se ao termo Hospice, o mesmo que abrigos e hospedarias que tem a
finalidade de abrigar e cuidar de peregrinos e viajantes.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), cuidados paliativos consistem na
assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria na
qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a
vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação
impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e
espirituais.
Ressalte-se que nas fases iniciais do câncer, o tratamento geralmente é agressivo, com
objetivo de cura ou remissão, e isso é compartilhado com o doente e sua família de
maneira otimista.
Quando a doença já se apresenta em estágio avançado ou evolui para esta condição
mesmo durante o tratamento com intenção curativa, a abordagem paliativa deve entrar
em cena no manejo dos sintomas de difícil controle e de alguns aspectos psicossociais
associadas à doença. Na fase terminal, o tratamento paliativo se impõe para garantir a
qualidade de vida.
O término de uma terapia curativa para o câncer não significa o final de um tratamento
ativo, mas mudanças em focos de tratamento. A OMS enfatiza que o tratamento ativo e
o tratamento paliativo não são mutuamente excludentes e propõe que muitos aspectos
dos cuidados paliativos devem ser aplicados mais cedo, no curso da doença, em conjunto
com o tratamento oncológico ativo, aumentando gradualmente como um componente
dos cuidados do paciente do diagnóstico até a morte.

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 A transição do cuidado ativo para o cuidado com intenção paliativa é um processo
contínuo e sua dinâmica difere para cada paciente. Os cuidados paliativos devem
incluir as investigações necessárias para o melhor entendimento e manejo de
complicações e sintomas estressantes tanto relacionados ao tratamento quanto à
evolução da doença.
Apesar da conotação negativa ou passiva do termo paliativo, a abordagem e o
tratamento paliativo devem ser eminentemente ativos, principalmente em
pacientes portadores de câncer em fase avançada, sendo algumas modalidades
de tratamento cirúrgico e radioterápico essências para o alcance do controle de
sintomas. A carga devastadora de sintomas físicos, emocionais e psicológicos que
se avolumam no paciente com doença terminal, exige um diagnóstico precoce e
condutas terapêuticas antecipadas, dinâmicas ativas, respeitando-se os limites do
próprio paciente.
Na assistência de enfermagem ao paciente oncológico deve-se promover alívio
para dor e outros sintomas estressantes, reafirmar vida e morte como processos
naturais, oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a situação
do paciente em seu próprio ambiente, pois o mesmo necessita de cuidados
específicos não apenas na clínica, mas sobretudo no apoio emocional.
O cuidado holístico durante todo o tratamento clínico oncológico é fundamental,
considerando-se os aspectos físico, psicológico, social, econômico, cultural e
espiritual, além de preconceitos e tabus concernentes ao câncer. O enfermeiro
tem papel fundamental nos cuidados paliativos, requerendo conhecimento
científico e habilidades técnicas, em todas as etapas do atendimento, com uma
comunicação adequada entre o enfermeiro e familiares.
Os cuidados de enfermagem nesta fase definidora da vida de qualquer indivíduo
poderão ser realizados dentro de padrões humanísticos baseados no conceito de
paliativo, trará ao paciente e sua família conforto diante da situação agressiva e
avassaladora que os mesmos vivenciam.

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