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SOBRE O
Os ensinamentos de
30 especialistas em saúde
integrativa sobre tratamento
e prevenção do câncer
Os ensinamentos dos 30
maiores especialistas em saúde
integrativa sobre prevenção e
tratamento do câncer
A Verdade sobre o Câncer
© 2020 Copyright by
Jolivi
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem a prévia autorização do
autor, por escrito, sobre pena de constituir violação do copyright (Lei 5.988)
Capítulo 02
Toxinas ambientais e açúcar: vilões que a quimioterapia não mata....23
Capítulo 03
Odontologia biológica: nos dentes também está a raiz do tumor....34
Capítulo 04
O segredo de Hitler sobre a causa número 1 do câncer....................44
Capítulo 05
O que os chimpanzés ensinam sobre tumores e os cientistas não
aprendem................................................................................................................................48
Capítulo 06
Por que logo eu? As razões do adoecimento e as saídas para ele....58
Capítulo 07
Erro científico: Câncer não é só uma doença genética.........................96
Capítulo 01
A lista essencial que derruba o câncer............................................................110
Capítulo 02
Terreno biológico: a causa secreta do câncer que a faculdade ignora....127
Capítulo 03
Plantas medicinais que reduzem até 99% os tumores.......................146
Capítulo 04
Como os nutrientes podem barrar o câncer (até os letais)................176
Capítulo 05
Cardápio anticâncer: simples e poderoso...................................................195
Capítulo 06
Intestino é a Polícia Federal contra o câncer.............................................205
Capítulo 02
50+: arsenal contra o câncer de próstata.......................................................242
Capítulo 03
Cannabis medicinal: efeito raio laser contra a bazuca tradicional...254
Capítulo 04
Óleos essenciais que aliviam efeitos tóxicos da quimio...................263
Capítulo 05
Garfo: a arma mais poderosa para vencer o câncer...........................275
Capítulo 01
As lições da medicina chinesa para vencer o câncer..........................292
Capítulo 02
Os aprendizados da medicina indiana no adoecimento.......................307
Capítulo 03
Protocolo Banerji: a revolução homeopática no câncer...................316
Capítulo 04
Curas pelo mundo: o benefício da integração..........................................337
Capítulo 05
Ozonioterapia, os desafios para o Brasil aceitar a técnica.................358
Capítulo 02
Corpo-mente, a ligação para autocura...........................................................391
Capítulo 03
“Nenhum médico pode acabar com a esperança de cura”............404
Capítulo 04
O ambiente ácido que atrai o câncer (e o alcalino que o destrói).....418
Capítulo 02
Uma história da casa....................................................................................................457
Capítulo 03
Me curei na metade do tempo previsto e faço da minha vida um
exemplo.................................................................................................................................461
Capítulo 04
Eu sou um milagre e estou vivo graças aos meus estudos............474
INTRODUÇÃO
Boa leitura.
A ORIGEM
DO CÂNCER
PARTE I
Dr. José de Felippe Júnior
Eu me formei por essa via. E fiz a medicina intensiva, né? Só que não
existia especialidade de medicina intensiva. Então, o que eu fiz?
A virada.
Só que chega uma hora que você pega doentes tão jovens, com in-
farto, com câncer, com tantas doenças e eu fiquei pensando: “acho que
está na hora de você pensar mais em uma prevenção de doenças do que no
tratamento delas”.
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Capítulo 01 | Dr. José Felippe Júnior
E esse tipo de medicina cuida das células. É uma coisa muito bonita,
porque quando eu aprendi medicina, os meus professores ensinavam
a tratar de doenças.
Agora, não.
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PARTE i | A origem do Câncer
E, olha que coisa linda, nós aprendemos, por exemplo, que não há
forma de diminuir uma próstata grande, só cirurgia.
Não, não. Errado. Se você tirar o metal tóxico, tirar o agrotóxico, co-
locar nutrientes em ordem, afastar alergia alimentar, cuidar das glân-
dulas, afastar zona geopatogênica, a próstata diminui.
Ateroma (placa de gordura nos vasos) só com cirurgia. Não, não. Você
consegue mexer no ateroma, não pode estar calcificado, mas tem jeito
na fase inicial, na fase média.
Não, não vai ficar com esteatose não. Vamos tratar isso, vamos cui-
dar desse indivíduo.
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Capítulo 01 | Dr. José Felippe Júnior
Então, com isso na minha mente, eu comecei tratar com muito cui-
dado os pacientes.
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PARTE i | A origem do Câncer
São sofistas, sabe? São sofistas gregos voltando para a nossa era.
E infelizmente existe isso na medicina. Mas não são todos. Não são
todos.
Se você for pensar, nesse trabalho que eu falei para vocês, com 250
mil pessoas, que mostra que a quimioterapia citotóxica é eficaz em
apenas 2,1%, você ia responsabilizar todos esses laboratórios pela bai-
xa eficácia e pelo alto custo. É uma coisa séria. Seríssima.
Mais forte. Daqui um ano, volta. E volta bem forte. É por isso que
existe a recidiva.
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Capítulo 01 | Dr. José Felippe Júnior
Aí, comecei a tratar os pacientes que tinham passado por várias qui-
mioterapias, radioterapias, cirurgia e nada funcionava, coitados.
Não todos, é claro que não, porque tem pessoas que já chegam num
estado muito ruim, muito no final, num ponto de não-retorno. Mas
para as pessoas que ainda mantinham o status quo, tirando a causa,
o efeito desaparecia.
Se você atende um paciente que não tem câncer, mas tem metal
tóxico, chumbo, mercúrio, arsênico e níquel ou agrotóxicos e tira todos
esses tóxicos, o que vai acontecer?
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PARTE i | A origem do Câncer
Você vai diminuir o risco desse paciente ter câncer, vai diminuir o ris-
co de ele ter depressão (geralmente o chumbo dá depressão). Isso é a
verdadeira medicina preventiva, é aí que está a beleza dessa medicina.
Tem pessoas assim, sabe, não são todos, não são médicos, né?
Como se chama uma pessoa que faz isso? Existe muita desinforma-
ção. A pessoa acha que se tem câncer vai morrer.
Imagina. Mentira.
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Capítulo 01 | Dr. José Felippe Júnior
Faça exercício, 40 minutos por dia. Tome sol, por 20 minutos, das
11h às 14h.
Mas a falta de sol causa outros tipos de câncer. Então pegue sol,
fique vermelho. O sol não só vai produzir a vitamina D, mas vai te dar
fótons, os fótons do sol, a luz ultravioleta, que é antineoplásica, anti-
proliferativa.
Quando uma célula sofre e começa a sobreviver, sabe o que ela faz
em primeiro lugar? Ela suprime genes, faz parar de funcionar genes
supressores de tumor.
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PARTE i | A origem do Câncer
lam a zona CPG, que é a zona do gene que funciona. Então, uma das
primeiras coisas a serem feitas é acordar os genes.
Não é do Google, nada disso. E tem que passar pelo meu crivo, viu?
Eu li uns 20 mil artigos, separei 8 mil.
Quando eu vejo uma coisa que funciona, no Japão, quero ver se tem
uma na Austrália. Tem que ter vários trabalhos mostrando a mesma
coisa. Aí eu uso.
Tudo o que eu uso é para não maltratar a célula, não fazê-la sofrer
mais. Quando você pára o sofrimento de uma célula e tira a causa,
essa célula morre sozinha em quatro meses.
20
Capítulo 01 | Dr. José Felippe Júnior
Eu li uma coisa num livro velho de radiestesia que dizia que, se você
colocar uma manta térmica de alumínio (que você compra em casa de
material de construção) embaixo da cama, embaixo do assento, do lu-
gar que você trabalha, você diminui o risco de câncer.
21
Dr. Fred Pescatore
Então, você conserta. É por isso que posso diferir quando penso
como o câncer se forma, porque quero chegar ao câncer antes de ele
se formar em vez de esperar que ele apareça para tratá-lo.
23
PARTE i | A origem do Câncer
Plástico é cancerígeno.
24
Capítulo 02 | Dr. Fred Pescatore
O medo do câncer.
Há certas coisas que podemos consertar e que são curáveis por qui-
mioterapia convencional. Com certeza, isso deve ser feito.
Eu concordo que você deve fazer isso. Mas não são todos os tipos de
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PARTE i | A origem do Câncer
É claro que você também deve fazer coisas para que seu sistema
imune fique saudável.
Há uma diversa gama de coisas que podemos fazer para nos man-
termos saudáveis e, assim, para que as células de câncer não assu-
mam o controle.
Você não pega câncer de outra pessoa, você não vai pegar câncer.
26
Capítulo 02 | Dr. Fred Pescatore
Por isso estou tão feliz de que estejamos nessa onda do jejum inter-
mitente. É uma febre nos Estados Unidos, tenho certeza de que tam-
bém já chegou ao Brasil.
As pessoas só comem por seis horas ao dia. E acho que isso é muito
útil.
Nós tendemos a comer demais. Quando você come demais, seu cor-
po libera muita insulina, então você tem muito açúcar.
É por isso que acho que a dieta cetogênica funciona tão bem na pre-
venção e no controle do câncer. A maioria das células de câncer depen-
de da glicose para seu metabolismo.
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PARTE i | A origem do Câncer
E genético não significa que certamente você os terá, mas que você
terá pré-disposição.
Então essa coisa com BRCA2 e mulheres tirando seus seios e fazen-
do histerectomia é uma histeria. É uma loucura.
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Capítulo 02 | Dr. Fred Pescatore
Ela é minha paciente há dois anos. Ela vê o outro médico, faz quimio-
terapia de vez em quando.
E ele finalmente disse: eu quero falar com seu outro médico, eu quero
saber o que ele está fazendo porque você é minha única paciente que
viveu tanto assim.
Eu disse: finalmente, alguém quer saber o que estou fazendo por es-
sas pessoas. E não apenas dizer: vá em frente, faça seu vodu, mas não
quero saber disso.
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PARTE i | A origem do Câncer
Eu acho que a primeira coisa que se deve fazer é não entrar em pâni-
co. Você começa a pesquisar quem está fazendo o quê, o que hospitais
estão fazendo. Pergunte por aí, não corra para qualquer tratamento.
Esse é o passo número um: faça sua lição de casa e fale com seus
médicos de forma firme, não tenha medo de segundas e terceiras opi-
niões porque é sua vida em jogo. Não aceite a palavra de apenas um
médico.
30
Capítulo 02 | Dr. Fred Pescatore
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PARTE i | A origem do Câncer
Então você junta tudo para criar algo melhor para o paciente. Não
são coisas que vão entrar em choque, porque queremos que elas se
complementem.
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Dr. Olympio Faissol
“Acho que estamos agora numa era em que vai haver um enorme
clash, um choque, entre a odontologia e a medicina que a gente espera
que seja para o bem”
Meus pais eram ambos dentistas. Minha mãe era enfermeira do meu
pai. Lá em Ituiutaba. Estado de Minas Gerais. No triângulo mineiro. E
papai tratava todos os pacientes, da fazenda, da cidade da mesma
maneira.
Um dia, foi trazida uma paciente de 14 anos para meu pai examinar.
E ela tinha um número grande de obturações de amálgama.
Ela estava com a gengiva muito inflamada, ele retirou todos os amál-
gamas e colocou restaurações de ouro 22.
34
Capítulo 03 | Dr. Olympio Faissol
Ele clinicou por mais uns 20, 30 anos até eu ir para os Estados Uni-
dos.
Quero uma bolsa de estudos para os meus filhos. Fui para Washing-
ton e meu irmão para Nova York. Minha irmã foi para o Alabama.
Eu acho que estamos numa época em que vai haver um enorme cho-
que entre a odontologia e a medicina.
Espero que seja para o bem, que seja para gerar uma associação,
uma união de interesses em que o médico vai ajudar o dentista e o
dentista vai ajudar o médico a detectar a origem da doença.
35
PARTE i | A origem do Câncer
Quando você corta a ponta do nervo, pela ponta seca do nervo co-
meçam a entrar toxinas, toxinas na boca inteira. Você coloca spray de
barata na sala, você respira aquele negócio.
É uma química, e ela vai pelas mucosas. Se tiver porta aberta, ela
chega a órgãos vitais. A maioria dos pacientes com válvula do coração
defeituosa estão em uma segunda etapa do dente infeccionado.
Tem que ser uma equipe olímpica. Uma equipe de nível de Olimpíada.
Tem que ser o melhor médico, o melhor dentista, o melhor neurologis-
ta, o melhor virologista.
A avenida errada.
Você não cura com intoxicação. Pode até apagar os sintomas do cân-
cer, pode até diminuir o tumor, mas você mata mais depressa.
Peço perdão aos colegas médicos que não tiverem a percepção ne-
cessária para entender.
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Capítulo 03 | Dr. Olympio Faissol
Em 1972, meu professor foi convidado a dar uma aula no 15º con-
gresso mundial de odontologia. Era um salão com 1.200 dentistas do
mundo inteiro.
Nós estamos a 36 graus. Então, sem fazer nada, só de ter uma obtu-
ração de mercúrio na boca, já há a evaporação de gás de mercúrio. Ele
atravessa mucosas como se fosse uma bruxa feiticeira.
37
PARTE i | A origem do Câncer
Qualquer coisa que reaja com a capa de gordura, gruda na célula e in-
terfere no metabolismo. O mercúrio, muito pior do que o coronavírus,
reage com 300 substâncias.
Então ele entra na capa da célula, reage com 300 substâncias e pa-
ralisa tudo.
A pessoa não morre na hora porque arruinou uma célula, tem outra
na produção. É igual uma fábrica de automóveis: está sempre fabri-
cando.
Se faltar insumos, chega uma hora que não se pode fabricar mais. Aí
a pessoa adoece.
38
Capítulo 03 | Dr. Olympio Faissol
É um veneno universal.
Então, quem tiver uma obturação de mercúrio, tem que parar tudo
e ir tirá-la. E tomar todas as vitaminas necessárias para desintoxicar
o organismo.
Porque assim como ele está no dente, ele evapora e vai para o cére-
bro, vai para o fígado e vai para o rim, vai para o busto. Ele armazena
e deposita e age como os galhos, o lixo, as coisas que descem o rio
acabam represando numa curva.
Esse é o câncer.
Se você tiver apenas uma refeição por dia, por 30 dias, no final pro-
vavelmente você vai estar com uma deficiência.
39
PARTE i | A origem do Câncer
As células começam a roubar uma das outras até que o sistema não
se mantém.
Às vezes, um diagnóstico é tão fácil que você tira uma gota de san-
gue põe num microscópio, vê a aglutinação de hemácias.
Então você começa a fazer coágulos, você pode fazer infoco numa
válvula do coração.
40
Capítulo 03 | Dr. Olympio Faissol
E sabe de outra coisa? Ninguém fala isso porque quando você entra
num estudo, os caminhos se desviam em várias direções.
41
PARTE i | A origem do Câncer
está numa dieta rica em frutas, verduras, coisas da natureza que não
são capazes de fermentar e produzir ácido na boca.
O ataque aos tecidos do corpo humano entra por muitas portas. En-
tão é importante.
42
Dr. Carlos Schlischka
O medo de Hitler.
44
Capítulo 04 | Dr. Carlos Schlischka
45
PARTE i | A origem do Câncer
A alimentação anticâncer.
Uma dieta pobre em açúcar, pobre em glicose, que hoje nós chama-
mos de dieta cetogênica, na qual o paciente tenha a sua energia a par-
tir da utilização das gorduras saudáveis.
Isso foi muito importante, foi uma grande contribuição dos estudos
de Warburg e, já na época, ele começou a demonstrar os efeitos dele-
térios que o excesso de açúcar causam na população em geral, princi-
palmente em relação ao metabolismo das células cancerosas.
E, quanto a isso, não tem matérias diárias nos jornais, ninguém fala
sobre isso.
Ninguém se preocupa com isso. Quando você olha para a causa, fica
óbvio.
46
Thomas N. Seyfried
Eles provaram que o Sol era o centro do sistema solar. E, dessa for-
ma, toda a matemática faz sentido agora. Essa é a chamada teoria
heliocêntrica do sistema solar em oposição à teoria geocêntrica, que
coloca a Terra no centro do sistema solar. E isso era obviamente erra-
do.
Então a teoria do ar ruim foi substituída pela teoria dos germes. As-
sim como a teoria geocêntrica foi substituída pela teoria heliocêntrica.
48
Capítulo 05 | Thomas N. Seyfried
Essas são duas coisas opostas. Você tinha a evolução dos organis-
mos pela seleção natural ou você tinha a criação divina.
Tão sólida quanto a evolução. E tão sólida quanto a teoria dos ger-
mes.
Nos nossos estudos recentes, que saíram no ano passado, nos últi-
mos anos, nós encontramos mutações condutoras em nossos tecidos
normais, que nunca se transformam em câncer.
49
PARTE i | A origem do Câncer
Por que eles não têm câncer? E mulheres em todo o mundo sofrem
com e morrem de câncer de mama o tempo todo? O que é diferente
entre o chimpanzé e o ser humano?
50
Capítulo 05 | Thomas N. Seyfried
Não sei se foi no Brasil, sei que foi em algum lugar da América do
Sul.
Você tem que juntar tudo isso e, quando tiver feito isso, poderá ver
claramente que o câncer é uma doença mitocondrial-metabólica.
51
PARTE i | A origem do Câncer
Sem parecer doente, sem cabelo e todo esse tipo de coisa. Por que o
seu cabelo cai quando você faz o tratamento de câncer?
Você está tentando matar a célula de câncer. Por que seu cabelo cai?
Os problemas da quimioterapia.
Elas causam queimação e outras coisas. Por que fazer isso quando
podemos mirar na fermentação? Glicose e glutamina.
52
Capítulo 05 | Thomas N. Seyfried
Por que eles fazem isso? Eles dizem que é porque precisam saber se
o câncer é benigno ou maligno.
E você não precisa fazer todas essas coisas. É claro que muitas pes-
soas ficam irritadas com isso.
Então por que eles fazem isso? Você precisa saber de todas essas
coisas.
53
PARTE i | A origem do Câncer
Tem o caso do Pablo Kelly. Pablo Kelly foi diagnosticado com glioblas-
toma em 2014 de uma amostra de biópsia.
54
Capítulo 05 | Thomas N. Seyfried
Sua esposa acabou de ter um bebê. E já faz cinco anos. Mas sem
radiação e quimio.
Então o que eles estão fazendo? O que acontece quando você faz ci-
rurgia e radiação e quimio, é que você cria um ambiente rico em glicose
e glutamina.
Por que fazer isso quando você não precisa fazê-lo? E isso causa
uma grande quantidade de ansiedade e raiva no campo da oncologia.
55
PARTE i | A origem do Câncer
Você está dizendo para as pessoas que o que estão fazendo está
facilitando a morte do paciente. Sem dúvidas, nenhum médico quer
repetir isso.
Não, por favor, você vai morrer, se você for lá. E eles não querem
ouvir isso.
56
Dr. Gustavo Vilela
Tinha um paciente com uma doença grave, vinha aquela minha em-
polgação de que queria reverter a doença, ajudar o paciente, mas, de
alguma forma, não dava certo.
Lógico que eu já sabia que era uma área difícil desde a residência,
mas, no dia a dia, me incomodava fazer apenas aquilo que tinha apren-
dido.
Eu queria algo de forma mais rápida, uma visão mais ampliada. Por
isso, fui buscar outros caminhos. Fui estudar sem preconceito.
58
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Eu tinha uma visão padrão do câncer e passei a ter uma visão mais
ampliada. Quando adquire mais conhecimento, você ganha outra
perspectiva e outro ponto de vista.
59
PARTE i | A origem do Câncer
Acontece às vezes. Não tome isso que ele te deu porque isso vai te
fazer mal. Mesmo vendo o benefício que o paciente está mostrando.
60
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Existe um distanciamento.
61
PARTE i | A origem do Câncer
Então isso mostra que o centro inteligente da célula, que seria o nú-
cleo, onde tem todo o código genético, por mais danificado que esteja,
ao ser transplantado para outra célula, não faz com que ela se torne
tumoral.
Os genes nem sabem que eles têm esse nome. Esses genes que
“supostamente” provocam o câncer na célula. Na natureza, não tem
62
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Por exemplo, se você faz um corte na pele, as células da pele vão ter
que se proliferar num ritmo acelerado para poder cicatrizar o ferimen-
to.
Até um tempo atrás, achávamos que era só isso, que intestino, pele,
mucosas, vagina e o pênis eram áreas que continham bactérias.
63
PARTE i | A origem do Câncer
Ou seja, são bactérias que não têm uma atividade proliferativa, você
pode colocar essa bactéria no meio de cultura e ela não vai crescer,
parece até que está morta, ela tem uma aparência de bactéria morta,
mas, se houvesse condições específicas, ela conseguiria replicar de
novo, se multiplicar e ficar realmente de novo ativa.
64
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Microbioma e câncer.
Não é para ficar estressado com isso, toda a nossa biologia tem.
Por isso digo que, se você tem uma emoção, um conflito alterado
65
PARTE i | A origem do Câncer
O microbioma que está ali, ele se torna mais agressivo, com menor
imunidade, já há um ambiente de expossoma ali que também é lesivo,
então você cria um ambiente favorável para causar inflamação e célu-
las tumorais.
66
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
67
PARTE i | A origem do Câncer
O cano quebrado.
Fica lindo por um tempo. Aquele processo foi corrigido, mas o vírus
continua lá dentro, o paciente continua com o mercúrio, continua co-
mendo errado, com insulina alta. Você não corrigiu as causas. Então o
mofo vai voltar a aparecer na parede.
A quimioterapia não vai matar vírus, não vai matar bactéria, não tira
mercúrio. Não corrige atua insulina, entendeu. Se você corrigir esses
fatores, passar massa corrida e, ao mesmo tempo, corrigir o vazamen-
to tem o melhor dos mundos.
Então ele passou a ver que mulheres que tinham conflito X com o
marido, tinham um câncer de mama daquela forma, ou pessoas que ti-
68
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Eu tive uma paciente que teve um câncer de mama, e ela havia tido
um problema com seu marido.
Ela usava sua mama, a mostrava com orgulho e dizia: “olha o que ele
fez comigo”.
69
PARTE i | A origem do Câncer
Para mim era muito claro como esse padrão mental realmente pro-
vocou a doença porque o Dr. Hamer mostrou isso lá atrás, que o con-
flito com o lado masculino, com o marido, cônjuge etc, pega muitas
vezes o lado direito, a mama direita.
Um dia, ela me disse: “eu não posso sarar, ele tem que aprender o
mal que ele fez em mim, pra mim”.
Quer dizer, veja como ela nutria aquele sentimento negativo contra
o marido e como aquilo afetou seu próprio tratamento. Então a mente
tem um poder absurdo de gerar a doença e de atrapalhar o desfecho
de tratamento de sucesso.
E se você vai analisar com cuidado cada paciente com este tipo de
câncer, a gente vê frequentemente esse padrão.
Ele dizia: “vamos dar uma voltinha com o pai ali, vamos passear no
shopping” e ia com a filha, ela era pequeninha, para encontrar com a
amante, e a menina vivenciava isso, ela via, viveu isso na infância in-
teira e na adolescência inteira sem se dar conta de como estava sendo
manipulada. Depois que ganhou consciência da questão, ela se sentiu
culpada, de certa forma conivente, em permitir que o pai mantivesse
uma relação com a amante às custas dela, conclusão: câncer de cólon.
70
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Ele via tanto isso se repetir que passou a quase que achar que, ao
resolver aquele conflito, o câncer se curaria.
Várias vezes ele falava para o paciente: “não faça quimio, não faça
radio, não opere, você tem que rever seu conflito, então se você se deu
mal com seu marido, com seu filho, com o que é que tenha acontecido,
vamos resolver isso.”
Eu acho que esse foi o grande erro dele porque as coisas não são
tão fáceis de se desfazer assim. Eu acho que ele acertou muito em
categorizar o padrão de conflito com o tipo de câncer, mas isso não se
71
PARTE i | A origem do Câncer
A mente e o corpo são uma coisa, então faz parte da cura do paciente
tratar a emoção e o conflito, mas não se pode falar para ele não fazer
a quimio achando que isso vai ser o suficiente, não é.
Foi por isso que ele perdeu vários pacientes, foi processado várias
vezes porque desestimulava a quimioterapia para provar a sua teoria.
Mas, se retirar esse equívoco dele de não tratar pacientes com quimio,
ele teve um mérito enorme de poder entender como as emoções im-
pactam na formação do câncer e no tipo de tecido específico.
72
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Não é alho como a malária que é algo que veio de fora, que você se
contaminou externamente e provocou aquilo.
73
PARTE i | A origem do Câncer
Tenho uma história individual para contar. Minha história. Fui para
os Estados Unidos encontrar o professor Omura, que já está bem ve-
lhinho. Ele é professor da universidade New York Medical College e faz
pesquisas lá. Ele trabalha com uma tecnologia que nós utilizamos no
Brasil atualmente que tenta detectar o câncer numa situação ainda
sub-radiológica.
74
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
O que eu percebi em mim e vejo nos pacientes que fazem parte dessa
pesquisa é que um dos principais fatores que colaboram para provocar
o câncer, além das emoções, é a participação muito grande de toxinas
ambientais na produção do câncer e do microbioma, do conjunto de
micróbios que habitam em nós, sejam parasitas, protozoários, helmin-
tos, vermes, bactérias, vírus, microbactérias.
75
PARTE i | A origem do Câncer
Você pode usá-los por via oral, o que eu acho que deve ser feito com
muita cautela, porque é um medicamento.
E tem o uso inalatório, que é um uso muito mais seguro. Tem uma
superfície alveolar é enorme.
76
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Eu acho que pode ser uma ferramenta simples, que o paciente pode
fazer em casa, que não vai ter interferência com a quimioterapia e ina-
la um cheirinho que é agradável.
77
PARTE i | A origem do Câncer
Se você tem um paciente com câncer, qualquer câncer que seja, que
tenha uma insulina muito alta, não faz sentido manter a insulina alta,
78
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
concorda?
Porque você pode operar as pessoas várias vezes, mas se ela conti-
nuar com um ambiente hormonal desfavorável, vai ter a chance de re-
fazer aquele tumor ali. E uma chance maior de não responder à quimio
e à rádio. Mais uma vez.
É preciso ter essa visão de que você vai tratar o paciente com a qui-
mio, a radio ou a cirurgia, mas se você só olhar para a célula tumoral e
não olhar para o entorno, está perdendo uma grande parte do trata-
mento.
Então o ideal é que você tenha essa visão metabólica de forma am-
pla para agir de formas para agir a partir de várias frentes e ter mais
sucesso.
79
PARTE i | A origem do Câncer
Eu tenho uma formação grande nisso então meu bom senso é dife-
rente do bom senso dos outros. Mas, para as pessoas levarem como
uma lição para casa, a primeira coisa: vegetal. Nossa dieta hoje em dia
é pobre em vegetais.
Para começar, você tem que comer folha verde, que tenha cor, roxa,
verde-escuro, que são os que têm caroteno, os fitonutrientes impor-
tantes.
Para mim, a base da nossa alimentação deveria ser essa. E aí, depois
disso, que você já comeu bastante vegetais, já cumpriu o “dever de
casa”, você pode partir para outras coisas.
80
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Açúcar.
81
PARTE i | A origem do Câncer
Não é só o açúcar que faz insulina. Proteína também pode fazer al-
guns aminoácidos. Então, o leite e os derivados são insuliméricos. O
leite é cheio de GF1, cheio de testosterona, cheio de estrogênio, que a
fêmea produz.
Por que tem isso no leite e nos derivados? Quando eu falo de leite,
é leite e derivados, a classe geral. Mas por que tem essa bomba hor-
monal no leite?
Porque o leite foi feito para a fêmea nutrir sua cria. Você pega um
nenenzinho, que acabou de nascer, um bezerrinho, um mamífero
qualquer, um bichinho mamífero. Ele está lá desse tamaninho. Você dá
leite para ele como uma dieta exclusiva. A fêmea dá o leite para a cria
dela. Em poucas semanas ou meses, o bichinho já está três vezes o
tamanho dele original. Só com o leite da mãe. Como ele consegue isso?
82
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
A dieta Gerson.
Max Gerson foi um alemão, que descreveu um método. Foi uma die-
ta que nasceu nos anos 1940. Quando eu vi os relatos, li o livro e vi
documentários, fiquei fascinado pela teoria do Dr. Gerson.
Mais uma vez, sem nenhum preconceito, peguei um avião, fui para
San Diego, na Califórnia, para o Instituto Gerson. E fiz um curso de for-
mação.
83
PARTE i | A origem do Câncer
Muita fruta, verdura, legume. E sol. É uma dieta saudável. Por não ter
proteína animal, sempre tem o risco de deficiência de vitamina B12,
mas isso é facilmente contornável se você está com acompanhamen-
to médico.
Então ela percebeu que o enema de café tinha uma ação analgésica.
E todas começaram a utilizá-lo como uma alternativa aos analgésicos.
84
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Max Gerson foi muito famoso na época. Ele conseguiu mostrar vá-
rios relatos de reversão de câncer dessa forma. Eu testei esse método
em vários pacientes que o queriam utilizar.
Você tem que ficar nisso o tempo inteiro. Tem que tomar suco verde
feito em casa na hora, no mínimo seis vezes por dia. É uma rotina pra-
ticamente impraticável nos dias de hoje.
Eu posso dizer, por experiência pessoal, que não consegui ver rever-
são no protocolo Gerson. Isso é um ponto.
Não acho que ele tenha mentido, ele tinha casos ilustrativos bem
documentados. Eu acho que o que aconteceu, com o tempo, foi que o
protocolo perdeu a sua potência. Naquela época, os solos eram mais
ricos. Hoje os solos estão mais pobres. Nós temos um ambiente tóxi-
co muito maior do que tínhamos naquela época, nos anos 1940. Hoje
tem 5G aparecendo aí. Então, radiações, tóxicos ambientais, alimentos
mais empobrecidos, vidas urbanas mais estressantes. Estamos em
outro contexto.
85
PARTE i | A origem do Câncer
Mesmo assim, eu acho que ele poderia ser muito bem um protocolo
de base para você fazer o tratamento convencional hoje em dia.
Os resultados do jejum.
Como você não tem alimento, o corpo fala: “vamos comer o que está
aqui dentro que não está precisando mais, uma reciclagem”. Então, ele
começa a comer e a destruir células anormais, células velhas, células
senescentes, autofagia.
Ele faz mais reparo de DNA. Existe um reparo mais eficaz nessa fase.
O corpo para de produzir proteínas, produz menos proteínas. Existe
menos anabolismo, menos síntese de proteínas, menos síntese de cé-
lulas, produção de células. Antioxidantes aumentam, nossa resistência
ao estresse aumenta.
Então nós ficamos num estado de antiproliferativo e de autorrepa-
ração, de faxina e de auditoria interna. Vamos arrumar a casa. É isso o
que acontece. Quando você come, acontece o oposto.
Ora, o que faz mais sentido para você se a gente pensa que o pacien-
te tem um processo proliferativo dentro dele, um câncer?
86
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
E ela falou: “não quero ficar sem fazer nada, quero fazer alguma coi-
sa”. E procurou um médico na cidade dela, nos Estados Unidos, que faz
pesquisa com jejum. E ele propôs para ela: “vamos fazer jejum”.
Ela fez duas semanas de jejum. O que ela podia comer nessas duas
semanas? Nada. Zero. Apenas água. Água o dia inteiro. E ela tinha
87
PARTE i | A origem do Câncer
Ela fez três semanas de jejum. Vinte e um dias. Três semanas se pas-
saram, ela fez uma realimentação gradual, sucos, dieta líquida, dieta
pastosa. Foi realimentando normalmente e adotou uma dieta vegana.
Saiu do jejum prolongado para uma dieta vegana. Isso durou dois me-
ses.
88
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Eu fiquei impressionado de ver. Claro que ele vai operar, vai seguir o
padrão normal do protocolo que tem que ser feito quando o hospital
reabrir. Mas isso me mostrou muito o poder do protocolo de jejum. E
mudou hábitos de vida, mexemos no microbioma, no expossoma. A
gente fez um global também, não foi só isso.
A banalização do detox.
Por exemplo, você toma um antibiótico agora, daqui seis horas tem
que tomar de novo porque o fígado o depurou. Nosso corpo tem me-
canismos de autodepuração, isso faz parte da gente.
89
PARTE i | A origem do Câncer
Os pesticidas? Quem que criou isso foi o ser humano. Esses são tóxi-
cos altamente afins por gordura corporal, eles entram no nosso corpo,
ficam presos e não saem facilmente, ficam amalgamados lá dentro.
O que podemos fazer já que não estamos em uma situação não fi-
siológica, se é que é possível, utilizar uma ferramenta para acelerar
ou para auxiliar os órgãos excretores a se depurarem melhor, esse é o
primeiro ponto.
90
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Acho que, aí nesse caso você tem que tomar até medicamentos alo-
páticos apropriados para auxiliar nesse sentido.
91
PARTE i | A origem do Câncer
92
Capítulo 06 | Dr. Gustavo Vilela
Eu acho que o ozônio pode tanto fazer bem quanto fazer mal, como
tudo em medicina, qualquer medicamento faz isso, qualquer trata-
mento pode fazer isso. O ozônio gera estresse oxidativo, gera radicais
livres no sistema, o que pode ser bom ou ruim.
Pode ser bom porque, se você irrita o sistema com um pouco de ra-
dical livre, você estimula toda uma resposta antioxidante que vem por
consequência, que é o que traz mais vantagem para a pessoa.
Ela fica mais resistente ao estresse oxidativo e produz uma ação an-
tioxidante como consequência.
Nós precisamos fazer estudos clínicos para ter uma noção cada vez
mais precisa de como usar a ozonioterapia.
93
PARTE i | A origem do Câncer
94
Dr. Vitor Azzini
É médico-oftalmologista e es-
tudioso da Nutrologia, Medicina
Preventiva e Medicina Funcional.
Atualmente, seu foco de pesquisas
abrange células tronco, terapias re-
generativas, modulação hormonal,
suplementação, longevidade celu-
lar, precision medicine e biohacking.
PARTE i | A origem do Câncer
Acho que, como médico, é nosso dever estar sempre nos questio-
nando porque a medicina é a ciência do questionar hipóteses. Sobre o
câncer, a gente também tem que questionar a hipótese.
96
Capítulo 07 | Dr. Vitor Azzini
Existe outra hipótese que me atraiu muito, que fazia sentido dentro
de um todo que eu estava estudando, que é a hipótese de que o câncer
é uma doença genética e metabólica, é uma doença mitocondrial.
E quando você pega uma célula doente, uma célula cancerosa, tira o
núcleo doente e coloca um núcleo saudável, essa célula toda doente
com um núcleo saudável continua doente.
97
PARTE i | A origem do Câncer
Claro que eu não tenho a pretensão de falar que sei qual é a cura do
câncer. Mas o fato é que entendendo como ele tem uma assinatura
metabólica, podemos fazer algo para diminuir sua progressão.
A gente precisa ter consciência, parar, olhar para trás e falar: olha, a
gente não mudou a sobrevida, na verdade a gente até mudou a sobre-
vida porque o diagnóstico está sendo mais precoce. Agora, a letalidade
dos tipos de câncer continua a mesma.
O que é que custa tentar uma terapia que não vá excluir a terapia
convencional e pode, talvez, ser a bala de prata? A gente não sabe, o
que a gente precisa é testar. O que estudos em animais mamíferos
mostram é que isso talvez seja uma revolução no câncer.
98
Capítulo 07 | Dr. Vitor Azzini
O que eu posso fazer no meu dia a dia para diminuir essa oferta?
Existe outra forma de produzir energia sem precisar usar glicose? Sim,
existe. Você pode lançar mão de uma dieta cetogênica, uma dieta na
qual você consome pouco carboidrato. A base da sua alimentação é a
proteína e gordura, o que otimiza a utilização de beta-oxidação. Atra-
vés dos corpos cetônicos, você produzirá energia de forma a otimizar
o funcionamento da mitocôndria.
99
PARTE i | A origem do Câncer
100
Capítulo 07 | Dr. Vitor Azzini
101
PARTE i | A origem do Câncer
Não vai fazer mal porque quando você entra em cetose e fica um
tempo sem comer carboidrato, você está fazendo bem para o seu cor-
po, está fazendo bem para o seu cérebro.
A aposta na gordura.
O pior que pode acontecer é nada mudar. Agora, na melhor das hi-
póteses, se você pegar esse grupo que fez tratamento convencional,
quimioterapia, radioterapia, cirurgia (que movimenta bilhões e bilhões,
cerca de 2% a 3% do PIB mundial é o câncer) e adicionar uma terapia
metabólica, uma terapia que melhore o condicionamento mitocondrial
dele, o pior que pode acontecer é nada.
102
Capítulo 07 | Dr. Vitor Azzini
Por exemplo, uma célula doente, uma célula com uma infecção, de
uma bactéria ou uma célula de varize, de úlcera, quando recebe essa
avalanche de oxigênio, ela “entra nos trilhos” porque o oxigênio em
avalanche força uma correta respiração, uma correta forma de produ-
zir energia da célula.
E aquela que está doente, que não está adequada, vai morrer por
aquele estresse oxidativo que o oxigênio faz.
103
PARTE i | A origem do Câncer
104
Capítulo 07 | Dr. Vitor Azzini
mente, se você está frente a frente com o paciente e você precisa falar
aquilo pra ele...
Por pior que seja o tipo de câncer que a pessoa tenha, simplesmen-
te fazer o diagnóstico e não oferecer alternativas é a pior coisa que a
pessoa pode ouvir, soa como uma condenação.
O médico precisa oferecer alternativa: olha, tem esse livro, têm es-
ses estudos, têm esses vídeos, têm esses pesquisadores.
Porque muitas vezes o paciente, por ter tempo, por estar fazendo só
aquilo, ele sabe muito mais profundamente.
Não que eu saiba tanto quanto você, mas eu acho que nessa linha
você foi um pouco longe demais”.
Você não precisa saber tudo sobre o câncer, mas saiba o outro lado
da moeda antes de dar uma condenação. Saiba que o outro lado da
moeda existe.
Você não está falando que vai curar nem que vai resolver o proble-
ma, mas talvez seja uma linha que pode beneficiar sem afetar o tra-
tamento.
105
PARTE i | A origem do Câncer
E essa bagunça, esse barulho que fica na nossa cabeça acaba dei-
xando a gente sem poder.
A gente não está aqui deixando a solução para tudo, mas o questio-
namento. Questione, vá buscar o conhecimento.
106
Capítulo 07 | Dr. Vitor Azzini
Entender ele como leigo, que é possível sim, qualquer leigo entender.
Assim, é possível, sim, perder o medo. Mas à medida que você vai
perdendo o medo, você vai acabar tendo atitudes no seu dia a dia que
vão te ajudar a prevenir a doença.
107
ALIMENTAÇÃO
ANTICANCERÍGENA
PARTE II
Dr. Alberto Gonzalez
110
Capítulo 01 | Dr. Alberto Gonzalez
A maior parte dos oncologistas diz: “olha que fantástico, fico muito
feliz que você o está atendendo dessa maneira. a gente aqui não pode”.
Eu digo isso porque a gente tem que fugir dessas soluções milagro-
sas e desses milagreiros que andam por aí.
Todo mundo tem que ter muita responsabilidade quando fala
do câncer.
111
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
tem um câncer, você tem uma doença crônica”. Isso já pega as pessoas
de surpresa.
Não digo que é uma doença que vai matar. Não é “você tem câncer e
vai morrer”. Eu não tenho câncer e vou morrer também.
Calma, durante muito tempo vai haver uma convivência com essa
doença, mas nós estamos aqui para aumentar sua permanência entre
nós por muito tempo.
A gente quer te apoiar sim, mas você precisa saber que precisará to-
mar medidas.
Isso é uma das coisas que mais costumo visualizar: o que esse pa-
ciente usa como outro remédios para outras doenças. Raramente o
paciente com câncer vem só com câncer, ele vem com diabetes, hiper-
tensão e uma série de outros quadros.
112
Capítulo 01 | Dr. Alberto Gonzalez
Ela vai te dar como você vai preparar uma fruta, um vegetal, uma
berinjela, por exemplo, uma berinjela é um enigma, uma esfinge… se
você olha pra berinjela e tem uma habilidade culinária de transformar
ela numa caponata, que você põe a na boca e desmancha.
Então você ensina a pessoa até a usar as PANCs, que são as plantas
alimentícias não convencionais.
113
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Eu fico ali um certo tempo conversando com ele e dizendo que ele
precisa fazer algum tipo de atividade física. A verdade é que cada as-
sunto desses, o assunto culinária, bioflavonóides, agentes antitumo-
rais contidos nos alimentos naturais, fitoquímicos, antioxidantes, vita-
minas, etc…
114
Capítulo 01 | Dr. Alberto Gonzalez
Eu tenho filha adolescente e tenho que falar: sai daí, sai dessa ma-
quininha diabólica, vai dar uma volta, vai se mexer. Há um risco grande,
com essa geração que está chegando, do sedentarismo aumentar ain-
da mais.
Mesmo que você não tenha o diagnóstico de diabetes, você tem todo
o comportamento metabólico semelhante ao diabético. Isso vai favo-
recer o desenvolvimento da doença.
Durante essas sete, oito horas de sono que todos nós precisamos
ter, a parte do sono REM, que é o sono mais profundo, são as horas
mais importantes do teu corpo se livrar desse câncer.
Eu tenho um livro alemão que diz que a gente forma 1.000 células
cancerosas por dia, isso em uma pessoa saudável. Mas o nosso siste-
115
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Do mesmo jeito que você tem que nadar ou caminhar, você precisa
tirar sua alma para passear.
Meditar não é dormir? Não. Meditar não é dormir. Você medita, e de-
pois dorme. E pode fazer deitado.
116
Capítulo 01 | Dr. Alberto Gonzalez
Quando a pessoa fala: “por que eu? Tanta gente para pegar esse cân-
cer, por que eu?”
Porque você foi escolhido para se aperfeiçoar e se tornar um
ser humano melhor.
117
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Houve um estudo feito com uma tribo africana com alta incidência de
câncer de fígado que concluiu que sua população estava consumindo
um amendoim que ficava no silo construído de forma primitiva, tradi-
cional.
Essa quantidade de aflatoxina que você vai comer numa paçoca, num
milkshake da lanchonete, fará você produzir microtoxina numa quanti-
dade ínfima. São microgramas, picogramas de microtoxina.
Mas imagine isso diariamente, imagine isso todo dia sendo jogado no
seu sangue, uma microdose de aflatoxina e de microtoxinas.
Você acha que não vai ter influência no surgimento de células tumo-
rais em alguma parte do seu corpo?
Eu vejo que não existe tumor, eu digo assim para meus pacientes: “os
médicos oncologistas têm que olhar o tumor.
118
Capítulo 01 | Dr. Alberto Gonzalez
Se você cai na mão de uma pessoa que diz para tirar todo o açúcar,
todos os carboidratos, o paciente definha.
E eu diria pra você que está ouvindo e não quer ter a vivência do câncer
na sua vida: consuma, de hoje em diante, todos os seus carboidratos
originados de frutas, de mandioca, de uma série de vegetais que você
prepare em casa e coma. É muito mais saudável obter o carboidrato de
uma fonte natural, do que de uma fonte altamente processada.
Escolha o alimento que você descasca e não o alimento que você tira
do pacote. Escolha o alimento in natura, essa é sempre uma escolha
melhor para você que está com essa dificuldade, que espero que seja
passageira.
Eu repito: câncer é uma doença crônica, você tem que lidar com ela e
pode continuar acompanhando isso.
119
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
E tenha esperança.
120
Capítulo 01 | Dr. Alberto Gonzalez
Se você gosta de paçoca, coma uma paçoca que foi feita na roça. O
pessoal socou o amendoim fresco e misturou com o açúcar. Será mais
seguro, o amendoim é uma oleaginosa.
121
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Sobre a minha prescrição, é claro que eu não posso dizer uma forma
generalizada, já que ela é totalmente individualizada.
Mas há uma lista que eu sempre dou para meus pacientes dizendo
quais são os alimentos mais importantes na prevenção e na vigência
do câncer.
Esse é o elemento para ter todos os dias na dieta. Pelo menos duas
maçãs ao dia é recomendado para que você tenha quantidade suficien-
te de quercetina, resveratrol e outros fitoquímicos da maçã que têm
ação direta sobre o câncer.
122
Capítulo 01 | Dr. Alberto Gonzalez
Eu ensino a fazer o golden milk. Por isso que eu falo que é uma ginca-
na, a gincana do que o Dr. Alberto propõe para o paciente. Ele vai atrás
de genbibre em pó, cúrcuma em pó, pimenta, e faz o golden milk, que é
uma bebida anticâncer, anti-inflamatória.
Logo depois dessa lista vai entram as folhas verdes. Elas são anti-
câncer, mas precisam ser escolhidas com cuidado.
123
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Vamos para o alho, cebola, alho poró. Esse grupo todo que tem sul-
fídios, que recebem esse nome porque existe o enxofre que dá aquele
cheiro típico do alho, da cebola. Cortamos e vem aquele cheiro forte
que nos faz chorar.
É muito mais gostoso e você, com o livro na mão, andar pela floresta
e eu estou identificando.
Já fiz vários pratos com ele e você vê que é uma coisa pra ser desco-
berta ainda, o famoso haritaki.
124
Capítulo 01 | Dr. Alberto Gonzalez
Até agora, se você não havia percebido, vou me identificar, sou ve-
gano. Joaquin Phoenix, o Coringa se identificou como vegano, para o
mundo ouvir, e estamos tendo cada vez mais liberdade de dizer: tor-
ne-se vegano.
Deixe de comer carne, de beber leite, de comer essas proteínas
que vêm dos laticínios.
Não apenas por conta dos prejuízos que a gente obtém com esses
alimentos, mas pelo fato de eles serem adicionados de uma quanti-
dade de hormônios que hoje em dia podem estar na lista dos maiores
causadores de câncer.
125
Dr. Dayan Siebra
“Foi ali que eu percebi que existia uma lavagem cerebral da indús-
tria farmacêutica dentro daquele jovem médico. É um grande crime.
É como se você pegasse e desse cocaína para uma criança na escola”
Mas ninguém me disse que todas essas doenças tinham uma causa.
A gente pode falar nesse vídeo sobre a causa da maior parte das do-
enças.
127
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Não se entendia. E uma das coisas que mais me chocou foi estagiar
num hospital psiquiátrico e perceber que aqueles pacientes viviam
acorrentados a medicações psiquiátricas controladas e nunca se cura-
vam.
128
Capítulo 02 | Dr. Dayan Siebra
É assim: ele tenta tudo que existe na tradicional, que não é muita
coisa, tenta tudo, é desenganado.
129
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Nós temos vários casos, no Brasil e fora também. Por exemplo, Steve
Jobs. Não conseguiu curar um câncer de pâncreas.
Com certeza, a fama muitas vezes ruim, eu diria assim, dos médicos
da medicina complementar, vem de eles só pegarem o paciente quan-
do ele está em estágio terminal. Isso é o que a gente tem que evitar.
Fui ridicularizado por colegas: “ah, você está usando zinco, ah cura
minha gastrite com molibdênio.”
130
Capítulo 02 | Dr. Dayan Siebra
131
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Às vezes o paciente iria morrer todo jeito, mas morre na mão dele. E
a medicina complementar leva a má fama. Então que a gente ande de
mãos dadas, as duas medicinas. Ninguém tem que abandonar médico
de ninguém.
Eu vejo uma relação muito grande entre o medo das pessoas e alguns
fatores dos médicos que atrapalham a integração das duas medicinas
no tratamento do câncer.
A física quântica, por exemplo, que hoje é uma grande área da ciência,
as pessoas não acreditam em nada da física quântica. E a física quân-
tica por quê?
132
Capítulo 02 | Dr. Dayan Siebra
Pode parecer loucura, mas um dia vão falar: “olha, esse médico já
falava isso”. Mas, um belo dia, o médico vai ser apenas um consultor.
133
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
O que temos que entender é que o câncer cresce porque nós temos
uma coisa chamada terreno biológico.
Não adianta lavar o peixe e colocá-lo na água suja.
134
Capítulo 02 | Dr. Dayan Siebra
precisa ser avaliada todos os dias. É preciso ver se está suja, se está
limpa qual é seu pH. E quem cria peixe sempre olha o pH, pinga um azul
de metileno, melhora a condição da água, oxigena. Caso contrário, o
peixe adoece ou morre.
Muitas vezes, ele não morre de uma hora para outra, ele adoece e vai
morrendo aos pouquinhos.
No nosso corpo, isso tudo também existe, essa água, que é o nosso
terreno biológico. Não adianta pegar o peixe, lavá-lo, tirar sua sujeira e
colocá-lo na água suja de novo.
Os pacientes que não têm a visão de como melhorar seu terreno bio-
lógico, sofrem muito porque não se curam do câncer.
135
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
O que é uma cura? É você se curar por cinco anos? É você se curar
por dez anos? Cura, a meu ver, é o câncer desaparecer junto com a
tendência de ter outros cânceres.
Como você deixa uma pessoa com câncer ficar comendo fritura?
Como você deixa uma pessoa com câncer ficar comendo achocolata-
do? Industrializados. Temperos prontos. Como você deixa as pessoas
comendo queijo processado? Presunto, arroz, leite e derivados? Uma
dieta extremamente inflamatória.
Uma pessoa que tem câncer ou que quer prevenir o câncer precisa
ser uma dieta basicamente alcalina. Essa dieta alcalina faz seu pH subir.
E uma das coisas que a gente deve priorizar na dieta alcalina são ve-
getais ou frutas verdes.
Limão, por exemplo. Você não pode abrir mão da água com limão.
Você pode ter um filtro de água alcalina em casa? Pode, é barato. Mas
você pode usar limão constantemente, que ajuda a alcalinizar seu cor-
po apesar de o limão ser ácido.
136
Capítulo 02 | Dr. Dayan Siebra
Tudo que é verde vai alcalinizar seu corpo. Verde é natureza. Você tem
que abusar do limão, do abacate, do brócolis, da couve-flor. Devemos
nos aproximar da melhor dieta que existe: a dieta do mediterrâneo.
Sua energia virá basicamente dos vegetais, das plantas, das prote-
ínas, dos elementos dos vegetais. Mas o seu corpo vai aprender uma
nova forma de gerar energia, que não seja do carboidrato simples com
o qual se costuma se alimentar.
137
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Se você consome muito açúcar, vai acidificar seu corpo. Está tudo
baseado nesse controle de pH.
Ele falou muito da água com limão. Eu pensei, mas por que eu vou
acreditar num cara que não é médico, que não tem nem faculdade?
Mas mal sabia eu que aquele cara era um estudioso prático, que tinha
aprendido muita coisa com um dos maiores médicos de todos os tem-
pos, chamado Dr. Deepak Chopra, um indiano.
138
Capítulo 02 | Dr. Dayan Siebra
sal de cozinha, o sal branco. Ele colocava água com limão e fazia essa
dieta alcalina.
Eu fiz um teste depois desse evento e passei dez dias usando água
com limão e colocando essas frutas, legumes e folhas verdes na minha
vida.
Mas, quando você junta uma alimentação com uma boa suplementa-
ção, com mudanças de hábitos e comportamentos e com mudança da
mente, é muito difícil você não conseguir uma cura de qualquer doença.
Desde que seja feito em tempo hábil.
A melhor suplementação contra o câncer.
Temos que entender que não é assim, que a suplementação pode ser
uma coisa maravilhosa desde que bem indicada.
139
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
O ozônio, o ozônio via retal é uma coisa que pode ajudar bastante.
140
Capítulo 02 | Dr. Dayan Siebra
Nós passamos oito, nove, dez horas por dia em casa estudando.
Como era antes de todo esse processo?
141
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
A chlorella é uma substância verde, uma alga que pode nos ajudar,
um ser unicelular que pode nos ajudar a fazer detox, a alcalinizar nosso
corpo.
142
Capítulo 02 | Dr. Dayan Siebra
Se a pessoa não aprender onde foi o erro, ela tem que se perguntar
constantemente: onde eu gerei esse câncer? Foi muito refrigerante
que eu tomei? Isso tem que ser corrigido e não apenas usar uma ma-
quiagem naquele tumor.
Temos que olhar para o mundo com um filtro muito mais amplo. Nós
temos que descobrir a nossa missão. Nós temos que descobrir qual é
o nosso propósito de vida.
Pessoas estão angustiadas vivendo uma vida só por viver sem mo-
tivo. Por que eu vivo? Isso dá um senso de pertencimento ao mundo,
de conexão.
E não uma vida de Instagram, uma vida de vaidade, uma vida de fu-
tilidade.
Eu acho que a pessoa que tem câncer tem que entender a palavra
“calma”. Tudo vai dar certo.
Existe possibilidade de cura. Ela tem que abrir a sua mente para tudo.
143
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Ela tem que estudar, porque esse tratamento vai depender muito
dela.
Não adianta um médico investir num paciente que tem câncer se ele
não investe nele mesmo. Se ele acha que vai dar tudo errado. Se ele é
negativo constantemente e se ele não pesquisa porque nem sempre
vai encontrar um médico que pensa como um todo.
E ele tem que entender que a vida não é o fim, que a morte não é o
fim, que nem tudo acaba quando ele acaba.
A morte é uma coisa tão temida por nós que nós temos medo de
falar sobre ela.
O mais importante, depois que tudo passar, talvez alguém que esteja
passando por isso agora, depois que tudo passar, tire os aprendizados,
mude a sua vida e leve as boas novas para as pessoas entenderem por
que você se curou do câncer e por que o câncer apareceu em você.
144
Daniel Forjaz
Daniel Forjaz
E talvez você nesse momento possa pensar: “Daniel, essa é uma re-
alidade possível para você que estudou as plantas medicinais. Mas não
para mim ou para qualquer outra pessoa que não tenha essa informa-
ção.”
Mas nem sempre foi assim. Para chegar até aqui, eu tive que me de-
dicar ao estudo das plantas.
146
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
doentes.
147
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Essa pesquisa não existe, mas o que eu posso dizer é que, quanto
mais cedo você começa o tratamento com as plantas, melhores resul-
tados você tem.
Como com qualquer outro tratamento. Se você chega para mim e diz:
“Daniel, eu tenho um tumor no meu fígado.” Nós vamos tratar o seu
fígado e provavelmente conseguiremos resolver esse problema.
148
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
149
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Ela é uma planta que não é tão paisagística. Ela não é utilizada em
jardins, em praças, em calçadas. Mas é uma planta de excelentes pro-
priedades medicinais.
O que significa isso? Significa que ela evita que as células do câncer
de mama cresçam, que elas se desenvolvam, que elas se multipliquem,
que elas se dividam e aumentem o tamanho do tumor.
150
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
O que significa isso? Ela tem uma ação antitumoral. Ela evita a for-
mação de tumores.
Imagine estar tratando um câncer de pele e sair dele com uma leu-
cemia? Não é isso que ninguém procura. E a pata-de-vaca pode trazer
esse potencial protetor para o nosso material genético.
Por essas pesquisas, e são algumas das pesquisas que podemos en-
contrar sobre a pata-de-vaca, ela é uma grande aliada no tratamento
do câncer.
Aí você vai me perguntar: “na minha cidade não tem uma pata-de-
-vaca dessa nacional, não tem Bauhinia Forficata. Aqui na minha cidade
tem aquela da flor roxa, que nasce na rua, e as pessoas plantam na cal-
çada. Aquela serve também?” Aquela é uma espécie africana chamada
Bauhinia Variegata.
151
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Ela tem a cor branca e tem a cor roxa. Apesar de as pessoas acredi-
tarem que ela seja tóxica, ou que não possa ser utilizada, essa planta,
na verdade, tem um potencial medicinal impressionante, inclusive no
tratamento do câncer.
Então, sim, você também pode usar essa planta que nasce nas calça-
das, como paisagística.
152
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
Já nas zonas rurais e nas áreas de floresta você vai encontrar mais
a nacional mesmo, que é a Bauhinia Forficata. Duas espécies irmãs
de pata-de-vaca com resultados diferentes no tratamento do câncer,
mas ambas podem ser utilizadas. E é um potencial que está disponível
democraticamente para todas as pessoas em ruas, parques, praças e
calçadas e nós podemos nos valer disso no tratamento do câncer.
153
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
muito impressionantes.
Quando ela destrói o DNA, a nossa célula tem um erro na sua função,
na sua estrutura e começa a produzir cópias estragadas, cópias ruins,
cópias tumorais. Então o câncer pode, na maioria das vezes, começar
através do processo de oxidação.
Uma pessoa que fuma e tem câncer de laringe, o teve pela alta pro-
dução de radicais livres causada pelo cigarro. Uma pessoa que conso-
me gordura vegetal hidrogenada e tem câncer no fígado, o tem porque
a gordura vegetal hidrogenada produz alta concentração de radicais
livres no nosso organismo.
Uma pessoa que consome açúcar demais e acaba tendo algum tipo
de câncer, o tem porque a oxidação do açúcar também causa grande
154
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
Quando você utiliza uma planta que é antioxidante, nós temos a fun-
ção da vitamina C, por exemplo, na prevenção e tratamento de câncer,
há uma melhora significativa no quadro.
155
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
As pessoas têm uma ideia de que algumas plantas são muito pode-
rosas e acabam até as utilizando descontroladamente.
O caso do noni.
156
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
Por que acontece a hipocalemia? Porque o noni atua nos rins aumen-
tando a eliminação de potássio no nosso organismo. E nós devemos
lembrar que o potássio é uma ferramenta importantíssima, é um ele-
mento importantíssimo no nosso impulso nervoso.
157
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Lógico que isso não impede que as pessoas plantem e tenham uma
árvore de noni na sua casa e consuma a fruta por conta própria.
É uma árvore que produz até 140 quilos de fruta por ano. Uma única
árvore. Isso é suficiente para muitas pessoas fazerem seu tratamento.
Assim, criou-se o mito de que o noni com o suco de uva é muito mais
eficiente. E não é uma verdade.
158
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
Se você observar essas duas condições, está tudo bem, você pode
utilizar o noni sem problema nenhum. Logicamente você vai ter que
encontrar um pé de noni para colher visto que no Brasil é proibida a
comercialização dos produtos à base de noni.
Para começar, tem uma pesquisa realizada nos Estados Unidos que
demonstrou a capacidade do suco de noni como preventivo do desen-
volvimento de tumores por indução química.
Ainda tem uma pesquisa indiana que demonstrou que o suco de noni
causou a apoptose, a morte espontânea da célula de câncer, em células
de câncer de colo do útero.
159
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Outra coisa que nos faz ter melhores resultados com as plantas me-
dicinais é entender realmente que elas estão em qualquer lugar.
A gente tem N plantas medicinais com potente ação que estão sendo
ignoradas, sendo usadas somente na alimentação.
160
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
Vou citar alguns exemplos disso. O inhame pode ser utilizado tanto
para elevar a atividade do sistema imunológico, o que traz melhores
resultados em tratamentos. Ou seja, previne N doenças infecciosas e
tumorais porque o seu sistema imunológico está funcionando.
Por isso nós não temos câncer o tempo todo. Se as nossas células fi-
cam loucas em algum momento, isso pode acontecer. Na pele, no fíga-
do, na medula óssea, mas quando essas células NK estão muito ativas,
elas vão até os locais onde as células tumorais estão se desenvolvendo
e fagocitam, ou seja, engolem a célula tumoral e a destroem.
161
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
162
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
163
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Faça isso todos os dias, tome de um a dois copos se estiver com cân-
cer. Um copo se estiver fazendo uma prevenção.
164
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
Mas eu quero lembrar que você come a beterraba crua e ela tem oxa-
lato. Você come carambola crua e ela tem oxalato. Você come espinafre
cru e ele tem oxalato. Você come nabo e ele tem oxalato. Você come
cenoura e ela tem oxalato.
Evidentemente, uma pessoa que é alérgica aos oxalatos não vai po-
der consumir o inhame dessa maneira. Como saber se você é alérgico
ou não? Pegue o seu copo de suco de inhame com limão, molhe o dedo
nesse suco, passe na parte interna dos lábios e aguarde alguns mi-
nutos. Se pinicar ou coçar, que é um efeito passageiro, provavelmente
você é alérgico ao inhame.
Se você não sentir nada, pode tomar o suco de inhame sem problema
nenhum. Evite o processo alérgico caso você seja sensível ao inhame.
Como os oxalatos são agressivos para os rins, pessoas que têm qual-
quer tipo de problema renal, seja pedra no rim, seja insuficiência renal,
seja nefrite qualquer coisa nesse sentido, não deve consumir o inhame
165
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Mas, se você não tem nada, seu rim é perfeito, é saudável, é uma
belezinha, então não tem problema nenhum, você pode consumir o
inhame nessa proporção.
166
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
Muitas pessoas reclamam “ah, mas veio da plantação, está suja, con-
taminada, agrotóxicos.”
Bom, nós vamos ter que lidar com isso da melhor maneira possível. A
primeira é: pegue o abacaxi, antes de descascá-lo, tire sua coroa, pegue
uma escova e use sabão neutro.
Se você quiser ir além, pode pegar uma bacia de água na qual caiba o
abacaxi e colocar mais ou menos uma colher de sobremesa de hipoclo-
rito, que é aquela água sanitária que você usa para lavar a roupa.
Você deixa o abacaxi ali por uns dez ou quinze minutos e depois lava
em água corrente para retirar o hipoclorito agregado.
Você retira a casca do abacaxi, e é essa parte que você vai utilizar. E
com a polpa, o que eu faço? Manda para a criançada comer, faça ge-
leias, compotas, faça doces, bolos, faça o que você quiser.
167
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Nesse caso, esse tratamento não se aplica a você. Pessoas que têm
problemas de coagulação, que sangram muito facilmente, as mulheres
em período menstrual, pessoas que passaram por cirurgias ou que es-
tão tomando medicamentos para trombose, anticoagulantes... devem
utilizar o abacaxi com muita moderação ou talvez nem utilizá-lo.
168
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
Normalmente ela vem toda desfibrada para fazer chás. Como auxiliar
no tratamento do câncer, ela foi testada contra células de câncer de
mama e demonstrou a capacidade de inibir até 91% de desenvolvimen-
to do tumor após trinta dias de uso, ou seja, ele não se desenvolveu.
169
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
E com certeza você deve ficar curioso em saber , mas no final alguém
realmente conseguiu um resultado positivo ou eficiente no tratamento
do câncer utilizando plantas medicinais?
Não existe. Seria leviano se eu dissesse para você que existe uma
promessa de uma cura através das plantas medicinais.
170
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
Quando o médico olha para ela e diz: olha eu não tenho mais o que
fazer. A gente vai tentar a quimioterapia, mas a gente não tem garan-
tias de que vai funcionar.
171
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
172
Capítulo 03 | Daniel Forjaz
Quando seu estômago dói, é o seu corpo falando com você. Quando
você acorda de madrugada, é o seu corpo falando com você. Quando a
sua coluna dói, é o seu corpo falando com você. Quando a gente deixa
de ouvir o nosso corpo e atropela todo esse processo com uma alimen-
tação inadequada, baixo consumo de água, estresse, falta de atividade
física, um sono ruim... tudo isso vai culminar na perda de qualidade de
vida, na perda de saúde.
173
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
nós. Nós deveríamos estar olhando para isso e criando esse novo es-
tado de saúde.
Pegue essa possibilidade, mude a maneira como você lida com a sua
vida e transforme isso em verdade para você.
174
Gabriel de Carvalho
Gabriel de Carvalho
O medo do brasileiro.
Não sentem que podem ter qualquer papel ativo contra a doença. E,
isso, acredito que seja um dos grandes responsáveis por esse grande
medo que as pessoas têm.
176
Capítulo 04 | Gabriel de Carvalho
177
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Temos que entender que não existe bandido nem mocinho. Cada um
defende seus interesses.
Só que ele tem que estar ciente disso que eu acabei de dizer. Se ele
não está ciente, terá a ilusão de que nutrição não existe, de que só me-
dicamentos existem. Ou de que não há evidências dos nutrientes, só
dos medicamentos.
178
Capítulo 04 | Gabriel de Carvalho
de achar culpados de uma forma simplista. Acho que todos têm o seu
papel e o trabalho deveria ser muito mais integrado do que é hoje, com
certeza.
Para se combater os radicais livres tem que haver uma dieta antirra-
dicais livres, antioxidante. O que é isso? É uma dieta com muitas vita-
minas, muitos minerais, alimentos crus, alimentos verdes.
179
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
gânicos, não fritos, não queimados, não hidrogenados, você está ad-
quirindo todos os ingredientes para que o corpo acelere quando tem
que acelerar e freie quando tem que frear. Aí as células vão funcionar
em harmonia e com saúde.
Mesmo sem saber sobre sua genética, conhecer o seu histórico fami-
liar já é de grande auxílio.
A mudança de rota.
Quando fui para lá fiz parte da segunda turma e fui o primeiro latino-
180
Capítulo 04 | Gabriel de Carvalho
No final daquele ano, eu, que era supertímido e gago, estava dando
aula para um público de 130 pessoas, num lugar onde cabiam apenas
120.
181
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Não são apenas as calorias. Elas são um fator que deve ser levado
em consideração, mas outros fatores do próprio metabolismo do in-
divíduo fazem cada vez mais diferença quando falamos de pequenos
detalhes como poucos quilos.
É óbvio que um indivíduo que está com 160 quilos tem uma demanda
calórica e, nesse caso, qualquer corte faz diferença.
182
Capítulo 04 | Gabriel de Carvalho
183
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
O que eu quero dizer? Temos que atingir, no nosso sangue, níveis óti-
mos de vários nutrientes, vitaminas e minerais para que alcancemos a
maior chance possível de prevenção.
Em média duas castanhas por dia, vai ter um aporte de selênio mui-
to significativo, que é um mineral anticâncer fundamental e essencial
para a saúde imunológica.
É uma forma barata — já que uma castanha por dia é algo muito
barato — e eficiente de prevenção.
184
Capítulo 04 | Gabriel de Carvalho
Quem vai definir não ter esse segundo câncer ou não complicar esse
primeiro é você, por meio dos seus hábitos.
185
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Ou seja, aquilo que você fez ao longo da sua vida causou o que acon-
teceu com você.
Se você quer mudar, avalie seu sono, a sua atividade física, a sua ali-
mentação, a sua fé, os seus pensamentos e as suas emoções e os seus
relacionamentos.
Avalie tudo isso porque esses elementos são a chave, são o segredo
para você conseguir entender por que você teve um câncer e o que tem
que fazer para não ter outro.
É a mesma coisa que tem que ser feita para se curar desse
tumor.
186
Capítulo 04 | Gabriel de Carvalho
187
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
188
Capítulo 04 | Gabriel de Carvalho
Ou seja, pra mim isso mostra de forma clara que não importa apenas
eu retirar o ataque mas sim aumentar a defesa.
189
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Pral é uma sigla para PRAL, que significa Potential Renal Acid Load, ou
Carga Ácida Potencial Renal. É o equilíbrio que o rim precisa fazer entre
todas as substâncias alcalinizantes ou acidificantes do nosso metabo-
lismo.
190
Capítulo 04 | Gabriel de Carvalho
Atenção às bactérias.
191
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
E como a maioria das pessoas, eu não como nem cereais com glúten
e nem lácteos de vaca. Esse é o primeiro elemento.
192
Capítulo 04 | Gabriel de Carvalho
193
Rafaela Eugênia
“O paciente que chega no consultório dizendo que estava livre para co-
mer o que ele queria. Se ele está livre para comer de tudo, ele vai con-
tinuar tendo os mesmos hábitos inadequados que levaram ao câncer”
Rafaela Eugênia
A nutricionista anticâncer.
195
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Isso gera uma confusão muito grande porque, se pode comer tudo,
vai continuar tendo os mesmos hábitos inadequados que levaram ao
desenvolvimento do câncer.
Se não têm diabetes, mas fizer a curva glicêmica, estará alterada. São
pacientes anêmico que, quando fazem o exame bioquímico, o médico
diz que eles estão normais.
Mostrar o que aconteceu, saber que não existe uma relação causal
196
Capítulo 05 | Rafaela Eugênia
Não existe aquele alimento que eu vou comer todos os dias e que vai
prevenir o câncer.
197
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Ele evita, ele corta, ele induz a apoptose celular, que é a indução da
morte programada da célula. Isso porque a célula tumoral é uma célula
imortal.
Ele também pode ser introduzido nos refogados, nos alimentos, nas
refeições, na moqueca.
198
Capítulo 05 | Rafaela Eugênia
199
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Ele previne a formação dos radicais livres uma vez que consegue evi-
tar a lesão celular. É a partir da lesão celular que se tem a formação do
tumor. Isso precisa ficar bem claro. Então qual seria a dose de ingestão
desse chá?
200
Capítulo 05 | Rafaela Eugênia
Só que a introdução do alho não pode ser feita como nossos avós
faziam, que é pegar o dentinho e engolir com água.
A utilização do alho é benéfica no dia a dia, mas tem que ser bem
colocada e é melhor crua: amassar o alho, colocar na salada, amassar o
alho e colocar na água do arroz.
Você pode fazer o refogado como você sempre fez. Na água do arroz,
você coloca um punhado do alho amassado e deixa cozinhar. Como ele
não vai levar a alta temperatura, você não perde tanto na quantidade
de alicina que vai estar ali presente.
Veja que é uma gama de alimentos bem interessantes que nós utili-
zamos normalmente no dia a dia. Por incrível que pareça, muita gente
201
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Ele precisa saber o que é uma couve, um brócolis, um nabo. Ele pre-
cisa ir para a cozinha. Ele precisa sentir o sabor daquele alimento, fa-
zer preparações. Entender que alimentos têm, sim, melhores sabores,
além de serem muito mais saudáveis.
202
Capítulo 05 | Rafaela Eugênia
Isso é muito importante para ele possa trazer benefícios para a sua
saúde, ainda mais quando ele precisa ter uma nova relação com o ali-
mento, uma relação que precisa ser amigável, evitando assim uma re-
cidiva tumoral, evitando agravos dentro do próprio tratamento.
203
Dra. Denise de Carvalho
“Você não pode falar a palavra câncer, que é a mesma coisa que
sentença de morte, tem muito medo que envolve”
Hoje, ter câncer não quer dizer que eu vou morrer amanhã. Às vezes,
eu posso viver mais tempo com um câncer do que eu viveria até sem
ele. Tem muito mito ainda que envolve.
Eu acho que esse medo ainda que tem a ver com imprensa, com
reportagens, com: “olha, tal coisa não pode ser consumido porque dá
câncer”. Então a palavra câncer assusta demais o brasileiro.
Você não pode falar a palavra câncer, que é a mesma coisa que sen-
tença de morte.
Eu tenho pacientes que falam assim: “eu fui diagnosticado com uma
neoplasia”, que é um termo muito específico do profissional de saúde.
Ele ouviu alguém falar esse termo e prefere falar essa palavra do que
a palavra câncer. Ou usa a palavra tumor, mas não fala câncer, ou, ain-
da, usa CA.
205
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Eu sempre falo o seguinte: “eu também vou morrer e não sei o que
está reservado para mim. Eu posso atravessar a rua hoje à tarde e ser
atropelada. Posso estar parada num ponto de ônibus e um carro subir
a calçada e me pegar.”
A gente não sabe o que nos espera amanhã, mas tudo o que eu puder
fazer para que esse meu curso seja o mais leve, o que estiver ao meu
alcance, eu vou fazer.
206
Capítulo 06 | Dra. Denise de Carvalho
Eu não posso tratar esse templo como a gente realmente não trata
nossa casa. Você chega em casa e quer uma casa arrumada, quer uma
casa limpa, você limpa.
Por que você não faz isso com você? E eu não estou só falando de
trocar de roupa e estar bonito vestido.
Isso é externo, você não pinta só sua casa por fora, você cuida dela
por dentro. Você limpa seu banheiro uma vez por semana, você lava a
sua roupa, você passa sua roupa. Por que você não faz isso com você
mesma?
E vamos conversar, vamos ler um livro, vamos fazer uma oração, fa-
lar sobre como foi o nosso dia, voltar a olhar um no olho do outro, saber
o que o outro está pensando.
O que estamos fazendo aqui, pode mudar muitas vidas, mas tem
hora para tudo.
Então, voltar a fazer exercício físico, alguma coisa de que você goste,
estimular o seu corpo, se autoconhecer e se olhar no espelho.
207
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
São pequenas coisas que podemos fazer e não precisa fazer tudo de
uma vez. Algumas pessoas vão assistir isso e vão falar assim: “ah, para
você é muito fácil”.
Não é fácil.
Não é fácil. Mas, hoje, para mim, é algo orgânico, mas houve um tem-
po de transição, não foi de um dia para o outro. Eu não acordei um
dia e falei: “agora vou fazer tudo desse jeito”, foram pequenas coisas
devagar, e que você também pode fazer isso em casa.
Mas a gente tem que tentar olhar para si. Dói, mas a gente só vai se
curar quando encarar o problema de frente.
208
Capítulo 06 | Dra. Denise de Carvalho
Na verdade eles dizem um número, não sei como chegam a esse nú-
mero, mas seis tumores por life steam, ou período de vida. Mas a maio-
ria das pessoas não manifesta esses tumores, porque o sistema imune
reconhece essa célula anômala e combate antes que ela se multiplique.
209
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
Quando eu estico tudo isso, a área seria mais ou menos de uma qua-
dra de tênis. Em cada pessoa.
Todo nosso sistema imune tem que estar nessa fronteira controlan-
do quem entra e quem sai. Então eu falo assim: “imagine uma situação
hipotética em que nosso país está em fronteira com outro país em que
há uma tensão muito grande, uma guerra civil ou coisa assim”. É essa
tensão que existe no sistema digestivo. Por quê?
Eu tenho que deixar entrar o nutriente, mas não posso deixar entrar
uma coisa que vai me agredir. Ao mesmo tempo, eu tenho que deixar
sair, porque eu tenho que produzir enzimas digestivas para digerir tudo
que eu como, eu produzo anticorpos para controlar aquela população
desse país hipotético.
É uma zona de muita tensão, a zona mais tensa do nosso corpo. Você
imagina que, por isso, 80% do sistema imune está no sistema digestivo.
Eu imagino que estamos nessa fronteira desse país hipotético, eu te-
nho a polícia federal, a gente, quando vai sair do país, sai como? Passa
pela polícia federal, pela imigração, mostro meu passaporte, checo se
eu não estou sendo procurada pela polícia, aí eu entro.
210
Capítulo 06 | Dra. Denise de Carvalho
Quando eu estou com estresse muito alto, por exemplo, todo o pro-
cesso digestivo diminui, toda secreção de enzimas, toda a absorção de
nutrientes diminui, mas o que acontece com o sistema imune dentro
do sistema digestivo?
Como eu posso fazer para que ele fique menos preocupado com o
sistema digestivo e acabe cuidando de todo o resto? Inclusive de iden-
tificar as células anômalas e impedir que elas se multipliquem?
211
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
O tratamento convencional.
Então a gente não trata o terreno, tratamos a erva daninha, que preci-
sa realmente ser tratada, mas do ponto de vista mais holístico — esse
termo acabou se tornando muito vulgar — porque quando falamos de
uma forma holística, que é enxergar o ser humano como um todo, já se
pensa em fazer banho de luz, viver de ar.
Não, não é isso. O ponto de vista holístico é enxergar aquele ser hu-
mano que adoeceu. Cuidar daquele ser humano, daquele terreno onde
a erva daninha cresceu.
212
Capítulo 06 | Dra. Denise de Carvalho
Pelo contrário, eu vou empoderar aquele tratamento que vai ser feito.
“Não faça nada” para um lado e para o outro. Assim como a medici-
na tradicional pode falar “isso é tudo besteira”. Quando não é. A gente
também não pode falar que a quimioterapia é uma besteira.
Temos que unir as forças. Faça sua quimioterapia, mas vamos fazer
uma dieta, vamos fazer o mindfulness, que é ter consciência de você
mesmo, fazer uma meditação, ter consciência do valor nutricional do
alimento que escolheu.
Algumas coisas deveriam ser realmente evitadas por quem está num
tratamento para o câncer.
Por exemplo, farinhas. Temos uma cultura tirar o trigo porque as pes-
soas têm medo do glúten, mas elas não têm medo da tapioca.
Só porque não tem trigo, ela é boa? Não, para uma pessoa que tem
câncer o ideal é não consumir essas farinhas.
213
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
214
Capítulo 06 | Dra. Denise de Carvalho
O ideal é evacuar pelo menos uma vez ao dia, com o formato de uma
banana, que não suje tudo por onde passa.
Mas o que a gente percebe é que a maioria das pessoas que são ví-
215
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
216
Capítulo 06 | Dra. Denise de Carvalho
Porque ele é muito deletério por causa de uma substância que deriva
do metabolismo do álcool que chama acetaldeído. Então ele vai deixar
de fazer tudo para detoxificar o organismo do acetaldeído.
Para fazer isso, ele joga hidrogênio, que faz o ácido, e absorve bicar-
bonato, então acabamos alcalinizando o corpo. Quando isso acontece,
a resposta imune melhora.
217
PARTE ii | Alimentação Anticancerígena
218
Capítulo 06 | Dra. Denise de Carvalho
Hipócrates fala mais de fogo, ele seria o fogo que cozinha a inflama-
ção. No meu novo livro, eu falo, como se fosse um banho maria.
219
VITAMINAS
E SUPLEMENTOS
PARTE III
Dr. Cícero Coimbra
Aos poucos, me dei conta de que isso é uma coisa própria de todas
as especialidades, apesar de ser mais evidente na neurologia. Então,
tomei a decisão de mudar, durante algum tempo, as minhas atividades.
222
Capítulo 01 | Dr. Cícero Coimbra
Isso está se tornando cada vez mais rígido. A ponto de, em algumas
instituições médicas e hospitais nos Estados Unidos e também no Bra-
sil, os hospitais que contratam os médicos dizem assim: “olha, você vai
ter que tratar os pacientes que tiverem essa doença com ESTE proto-
colo. Você não pode sair desse protocolo”
223
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
As falhas da medicina.
Ao longo dos anos, percebi que, se você soubesse a causa das doen-
ças, os mecanismos que levam a pessoa a desenvolver doenças, seria
224
Capítulo 01 | Dr. Cícero Coimbra
Seu nome era Austin Bradford Hill. Depois, ele criou critérios chama-
dos de causalidades para se descobrir a causa, demonstrar que, se o
cigarro está associado ao pulmão, o que é a causa e o qual é o efeito.
Aos poucos, eu fui me dando conta de que o que não vai para o livro
texto são informações com perspectivas de reduzir o consumo de me-
dicamentos e drogas patenteadas.
225
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Se você souber a causa, vai saber que a falta de vitamina D está en-
volvida na causa do desenvolvimento do câncer, e essa falta é uma
pandemia mundial. Afeta, alguns pesquisadores dizem que afeta nove
em cada dez pessoas no planeta.
Mas ela não é mencionada nos livros textos porque, se souber causa
da doença, o médico — eu acredito que a maioria deles seja idealis-
ta — vai querer começar a corrigir os níveis de vitamina D dos seus
pacientes para evitar a recidiva de câncer. Se o paciente teve câncer, o
médico vai medir o nível de vitamina D e prescrever a dose certa, não a
dose que é oficialmente recomendada.
Você deve ficar 10 minutos sob o sol, deitado na beira da piscina com
quase todo o seu corpo descoberto, só 10 minutos, sem colocar filtro
solar.
Para se ter uma ideia, o filtro solar fator 8 diminui em 95% a produção
de vitamina D na pele.
226
Capítulo 01 | Dr. Cícero Coimbra
A descoberta da vitamina D.
227
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
228
Capítulo 01 | Dr. Cícero Coimbra
E, mais ainda, uma dessas funções, e por isso todas as células têm
lugares onde se ligam à vitamina D, ela aciona um efeito de autodes-
truição daquela célula. Se esse mecanismo de diferenciação celular fa-
lhar, e a célula se transformar em uma célula cancerosa, a vitamina D
aciona um sistema de autodestruição das células cancerosas.
Ele vai receber o paciente com câncer, vai medir o nível de vitamina D,
vai dar as doses diárias recomendadas, vai medir de novo, vai ver que
não mudou nada e vai descobrir que a dose diária recomendada é uma
dose falsa.
229
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Para as pessoas que não estão sob riscos, ou seja, que não têm uma
doença. Não tem um diabetes, não tem uma doença que as deixe sob
maior risco por desenvolver um problema por deficiência de vitamina D.
Mas, ao colocar essa orientação, que então passou a ser seguida por
todos, praticamente todos os laboratórios no país inteiro mudaram os
valores referência.
Antes diziam que era de 30 a 100 ng/ml, passaram a dizer que acima
de 20ng/ml já é o suficiente.
Ao fazer isso, o que eles fizeram? Eles colocaram sob risco toda a po-
pulação, sob riscos de ficarem deficientes, fazendo com que essas pes-
soas se mantenham deficientes de uma substância que tem dezenas
de funções no nosso organismo, o poder de um hormônio, a estrutura
e o poder de um hormônio.
230
Capítulo 01 | Dr. Cícero Coimbra
231
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Eles pensaram da seguinte forma: imagine que você tem uma doen-
ça A, que pode ser diabetes, por exemplo. Você analisa a história fami-
liar da pessoa e encontra vários familiares com diabetes. Isso acontece
com todas as doenças, inclusive com o câncer.
232
Capítulo 01 | Dr. Cícero Coimbra
Você pega uma pessoa com câncer e há várias pessoas com câncer
no histórico familiar. Uma pessoa com doença cardiovascular é a mes-
ma coisa, com hipertensão é a mesma coisa.
233
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Muito bem, o que o embrião faz? Ele coloca nesse gene, dessa parte
do DNA, um grupamento químico chamado de metila, na realidade ele
coloca vários. E ao fazer isso o que ele faz? Ele fecha esse gene e deixa
só esse aberto, sendo utilizado.
E olha que interessante, você pode passar a sua vida inteira sendo
portador do gene que poderia provocar câncer ou diabetes, ou hiper-
tensão, e nunca ter essas doenças. Isso porque o seu gene vai estar
fechado por esse processo de metilação.
234
Capítulo 01 | Dr. Cícero Coimbra
A vitamina D não é uma vitamina, ela está acima da classe dos hor-
mônios, ela é muito mais importante que os hormônios. Ela constitui
por si mesma uma classe em que ela é o único elemento que represen-
ta essa classe.
235
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
236
Capítulo 01 | Dr. Cícero Coimbra
237
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Aí volta no ano seguinte e diz assim: “eu não consigo.” Isso estraga,
pelo menos em parte, o tratamento. Você não consegue deixar a pes-
soa com doença autoimune, por exemplo, vivendo como se estivesse
curada.
Cerca de 10% das pessoas voltam no ano seguinte dizendo: “eu não
consigo baixar esse nível de estresse, eu tento, mas não consigo. De
repente vem o problema e eu não consigo segurar”.
Por exemplo, quem tem psoríase sabe que o corpo fica coberto de
psoríase se passar por um período de estresse importante.
Muito bem, então nós tivemos que mudar de atitude. Então começa-
mos a explicar tecnicamente o que acontece. Esse gene está alterado,
e esse está normal. Seu organismo está mantendo esse fechado e,
quando você aumenta o seu estresse emocional e ele se abre e você
piora a doença.
Se você tinha só esses genes alterados, você tinha 60% deles abertos
e 40% deles ainda fechados, com o estresse, você vai passar para 80%
deles abertos. A atividade da sua doença vai aumentar.
238
Capítulo 01 | Dr. Cícero Coimbra
“Pode acontecer aquilo. Meu Deus, pode acontecer até aquilo lá.” É
esse tipo de pensamento negativo que eleva o estresse emocional,
isso é o estresse. Mas é um produto da sua mente.
239
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Em vez de olhar para o que pode ou não acontecer, olhe para as coi-
sas boas que tem na sua vida e procure se encher de gratidão por elas.
Esse é o melhor antídoto para manter a sua mente livre de pensamen-
tos negativos.
240
Dr. Alain Dutra
“Eu digo para você com toda certeza: sentença, não é uma tendência.
Se você tiver bons hábitos de vida, consegue eliminar esse aumento
de risco naturalmente. Se você tem um, dois, três membros de família
com câncer de mama ou de próstata, aumenta seu risco de desenvol-
ver um câncer”
O medo.
Sim, o câncer é o maior medo do brasileiro.
242
Capítulo 02 | Dr. Alain Dutra
Existe uma confusão muito frequente. Fico muito feliz de ter essa
oportunidade de esclarecer isso aqui.
Câncer e genética.
Uma pergunta que é muito feita para mim sobre tendências familia-
res. Se você tiver alguém da sua família com câncer de próstata, se isso
é uma coisa relevante, se isso vai ser uma sentença para desenvolver
o câncer.
Eu digo para você com toda certeza: sentença, não é uma tendência.
Se você tiver bons hábitos de vida, consegue eliminar esse aumento
de risco naturalmente. Se você tem um, dois, três membros de família
com câncer de mama ou de próstata, aumenta seu risco de desenvol-
ver um câncer.
243
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Muitas vezes, você faz o toque retal e pode ainda estar normal. Mas,
mesmo assim, a pessoa ainda pode ter uma doença. Como ele não
pega os cânceres que estão na zona de transição, o toque retal só con-
segue pegar câncer que está na zona periférica da próstata.
O que é falso positivo? São pessoas que têm PSA no sangue elevado,
porém não tem câncer de próstata. Um problema muito sério do PSA é
que ele leva a muitas biópsias desnecessárias.
Cerca 70% dos homens que fazem essa biópsia de próstata, que é um
exame invasivo, vão apresentar um exame totalmente normal. Foram
furadas “à toa”. E 30% deles, de fato, vão ter um exame positivo.
244
Capítulo 02 | Dr. Alain Dutra
245
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Esses dois tipos de inflamação podem levar sangue nas fezes. O ato
de evacuar com dificuldade. Fezes com pouco volume e dolorosas. Po-
dem levar à baixa da capacidade inflamada. São complicações graves
da radioterapia.
Impotência sexual.
246
Capítulo 02 | Dr. Alain Dutra
próstata.
247
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Finasterida é anticâncer?
Mas outros trabalhos sugerem que essas drogas têm efeitos con-
trários.
Se você ficar a tarde inteira e não conseguir pegar nenhum peixe, não
significa que não tem peixe. Significa que você escolheu lado errado do
lago. Especialmente se for um lago grande.
Então se você jogar a vara de pescar, é muito mais fácil de pegar pei-
xes. Certo?
248
Capítulo 02 | Dr. Alain Dutra
Mas ainda ninguém conseguiu provar se essas drogas são ou não são
seguras para prevenir o câncer de próstata.
249
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
E esse modelo não é suficiente para que você possa prevenir uma
doença. É preciso que você associe vários métodos. É disso que fala-
mos na medicina integrativa. É uma associação de vários elementos
para te proteger do câncer de próstata.
O caminho proposto.
250
Capítulo 02 | Dr. Alain Dutra
É uma dose muito mais baixa, quase homeopática, que vai ter um
efeito muito interessante no sistema imune, um efeito anticâncer.
Sexo é anticâncer.
Estudos mostram que homens que ejaculam mais, têm vida sexual
mais ativa, têm menos chance de desenvolver câncer de próstata. Tem
estudos nos Estados Unidos que confirmam isso.
251
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Então, por muitas décadas, existia essa ideia no meio médico de que
a testosterona poderia provocar câncer de próstata.
252
Dra. Carolina Nocetti
Essa princesa tinha diferentes tatuagens que colocavam ela num clã
específico da sociedade daquela época, então, já tem relatos do uso da
cannabis em diferentes épocas por diferentes povos no mundo todo.
254
Capítulo 03 | Dra. Carolina Nocetti
E o que me foi prescrito era uma medicação que tinha o alto potencial
de dependência química, fiquei com muito medo de tomar essa medi-
cação pela segunda vez e acabei indo atrás de outras opções.
Mortalidade zero.
O que isso quer dizer? Que não existem mortes diretas relacionadas
ao consumo da planta natural.
255
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Que não é que o paciente não possa usar cannabis, mas esse pacien-
te vai ter que evitar certos tipos de planta que podem levar a um surto
psicótico.
Então, tem algumas plantas específicas que pacientes que têm his-
tórico de esquizofrenia devem evitar.
Quem tem ansiedade ou quem tem insônia deve evitar esse tipo de
planta.
256
Capítulo 03 | Dra. Carolina Nocetti
uso etc.
O medo do câncer.
Como não se tem um tratamento eficaz para 100% dos casos, sem-
pre existe aquela dúvida: “será que essa terapia vai ser boa para o cân-
cer que estou tratando? Ou o câncer que alguém da minha família está
tratando?”
257
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
258
Capítulo 03 | Dra. Carolina Nocetti
259
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Por quê? O CBD muitas vezes diminui a fome do paciente e ela já não
estava comendo muito, tinha perdido muito peso.
260
Capítulo 03 | Dra. Carolina Nocetti
O alívio.
Então, para a gente é uma vitória uma paciente ter esse relato: “olha,
eu tô com mais força, com mais força de vontade para ir e fazer terapia.”
Então, ouvir dessa paciente que sua fadiga havia diminuído e que
agora tinha mais força de vontade de executar as tarefas do dia a dia,
faz toda a diferença.
261
Maira Jardim
O que significa isso? Que diretamente eles têm uma ação contra as
células tumorais.
263
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
E essa alteração faz com que o óleo essencial reconheça aquela cé-
lula e tenha uma ação citotóxica para aquela célula, mas não para uma
célula normal. Eles viram todo esse potencial.
264
Capítulo 04 | Maira Jardim
É muito interessante, mas ainda não consigo levar isso para a reali-
dade de um paciente agora.
265
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Alguns óleos essenciais ajudam nesse processo, são eles: o óleo es-
sencial de alecrim, que vai estimular a circulação sanguínea no local, o
óleo essencial de lavanda, reparador, regenerador e hidratante e o óleo
essencial de melaleuca, que ajuda a fazer um controle da microbiota
tão necessário para a recuperação do couro cabeludo. Então percebe-
mos que o cabelo, além de nascer mais rápido, nasce com qualidade,
tem mais brilho, você recupera o cabelo que tinha antes e passa por
esse momento num período mais rápido.
E a forma como você vai utilizar esses óleos no corpo nunca é pura,
a forma é sempre diluída numa base de óleo vegetal, que é tão neces-
sário quanto o óleo essencial para recuperação e estabelecimento do
couro cabeludo.
Eles vão também atuar como uma forma de difundir o óleo essencial
de forma homogênea nos cabelos. Eu posso usar o óleo essencial não
só nos cabelos, mas nas unhas também.
266
Capítulo 04 | Maira Jardim
Além disso, houve uma redução dos efeitos colaterais, isso foi muito
interessante porque o estado mental e emocional conta muito e o óleo
essencial pela ação olfativa já é o suficiente para gerar esse estado de
relaxamento.
Então a lavanda que foi muito bem adaptada no Brasil não tem as
mesmas funções da lavanda francesa.
267
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Todo paciente com câncer é um paciente que tem que ser observado
pelo médico o tempo todo. Para tudo que ele for utilizar, é importante
268
Capítulo 04 | Maira Jardim
consultar o médico para avaliar outras condições clínicas que ele pode
ter que podem interferir no tratamento.
Ele não tem moléculas consideradas alergênicas, mas tem uma ten-
dência a causar ressecamento, então é preciso estabilizar isso numa
base vegetal.
269
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
70% de melhora.
.
Esses óleos essenciais reduziram enjoos em torno de 70% em pa-
cientes que passaram por cirurgias com anestesia geral.
Você pode aplicar no seu corpo também, fazer uma loção hidratante
com óleo essencial de lavanda ou óleo essencial de camomila.
270
Capítulo 04 | Maira Jardim
Inserir o óleo essencial no seu dia a dia é importante, ele vai melhorar
seu quadro de saúde. Não só nesse momento, mas depois também.
É cultural.
271
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Só que, nesse caso, como prática integrativa, ela vai atuar como um
complemento e vai atuar também em unidades básicas de saúde, para
ajudar o processo como um todo.
272
Capítulo 04 | Maira Jardim
A esperança.
Mas muitos deles precisam dar um passo à frente para ter um res-
paldo clínico.
E, muitas vezes, as pessoas nem tem ideia de que é por causa desse
mau hábito. O óleo essencial começa com a melhora de qualidade de
vida. Só para começar.
273
Dr. Wilson Rondó Jr
Temos que somar esforços para que isso traga o resultado desejado
para o paciente.
275
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Por quê?
Conforme vamos perdendo essa capacidade, que pode ser por es-
tresse, por problemas de assimilação, por envelhecimento, ou por uma
qualidade inadequada do alimento.
276
Capítulo 05 | Dr. Wilson Rondó Jr.
Isso nos traz uma condição de praticidade por um lado, mas por outro
passamos a não ter a nutrição de que precisamos, passamos a ter uma
nutrição de subsistência, mas não uma nutrição de saúde.
A gratificação.
Outra coisa, nesse tempo que fiquei fora fazendo a parte de nutrolo-
gia, eu voltei para França, depois fui para a Alemanha, voltei ao Brasil e
fui para a Califórnia.
277
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
O medo.
278
Capítulo 05 | Dr. Wilson Rondó Jr.
Quanto mais tempo passa, mais difícil vai se tornando, e isso é in-
questionável. Temos que ter ciência de que temos que enxergar a pre-
venção. É o único jeito.
279
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Mas não é isso que a medicina convencional valoriza, ela acaba va-
lorizando, os tratamentos são baseados em cima de medicações e,
infelizmente é a forma como fomos educados e que vem perpetuando.
São estudos feitos diferentes do que se faz, por exemplo, com vita-
minas nos quais você não consegue fazer só com uma vitamina.
Para alguns casos específicos, não. Mas, na imensa maioria dos pa-
cientes, nós usamos vitamina C.
280
Capítulo 05 | Dr. Wilson Rondó Jr.
trazer resultado.
E tudo que é muito de ponta deixa dúvidas, choca porque é muito ino-
vador, e a luta dele em relação à vitamina C é importantíssima porque,
apesar de uma certa resistência, hoje é inquestionável a importância da
Vitamina C no destino da imunidade e na nossas condições de saúde.
Estão realmente fazendo uso e dando valor para esse tipo de produ-
to, especialmente nesse momento da Covid-19.
281
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
282
Capítulo 05 | Dr. Wilson Rondó Jr.
Vitamina C e câncer.
283
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
284
Capítulo 05 | Dr. Wilson Rondó Jr.
Por definição, nós não produzimos vitaminas, nós temos que absor-
ver essas vitaminas.
Nós não temos, então é muito importante que passemos a usar es-
sas vitaminas de forma correta.
Você vai usá-las orientado pelo seu médico. Para a vitamina C não
te causar um processo oxidativo, pois é antioxidante até certo nível,
depois de uma certa dosagem ela pode ser pró-oxidante.
285
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
Ciência é isso.
Estudos sérios nos dão norte, esse é o lema. Nós precisamos respei-
tar o que a ciência mostra de sério.
São essas experiências que nos fazem cada vez mais criar algo mais
seguro e mais terapêutico para todos nós. Então o caminho é esse.
Não ainda a gente querer massificar. Temos que tratar cada um indi-
vidualmente.
A alimentação anticâncer
286
Capítulo 05 | Dr. Wilson Rondó Jr.
Se nós temos uma alimentação boa, nosso corpo foi feito para ter
esses nutrientes.
287
PARTE iii | Vitaminas e Suplementos
No momento que você não tem o nível adequado dos nutrientes, abre
brechas e vai predispondo condições inflamatórias, oxidativas, que vão
abrindo as portas para doenças de todo tipo.
288
Capítulo 05 | Dr. Wilson Rondó Jr.
Nós nunca ouvimos falar aqui no Brasil, mas usa-se há muitos anos
nos EUA, dosagens altas de graviola para o combate ao câncer.
289
TRATAMENTOS
PELO MUNDO
PARTE IV
Dr. Peter Liu
292
Capítulo 01 | Dr. Peter Liu
câncer.
Normalmente não tem aquela vítima, alguém tem que cuidar, alguém
tem que me curar.
Então, tem uma busca grande. No hospital chinês, quando você en-
tra, o lado esquerdo é ocidental, o lado direito é medicina chinesa.
A pessoa pode falar que: “ah, separei, a empresa, brigou com família
ou então meu filho viajou, saiu de casa.”
293
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
294
Capítulo 01 | Dr. Peter Liu
Então, a primeira lista, são três coisas que você pode tirar, primeiro é
açúcar branco, açúcar, pode ser mel também, açúcar mascavo, ensejos
de carboidratos, tudo isso.
295
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
A primeira coisa que você tem que entender é que o seu corpo preci-
sa identificar esses inimigos. Precisa melhorar o sistema imunológico.
Onde estão as células imunológicas? 80% de defesa está no intestino.
Quando cria uma célula defeituosa, ela tem que ser limpada. Por que
não limpou?
Então, primeiro você já limpou seu organismo, depois você tem que
aumentar a sua imunidade, são probióticos: iogurte, Yakult, os lactoba-
cilos, tem várias marcas no mercado.
Você precisa fazer a sua defesa.
296
Capítulo 01 | Dr. Peter Liu
Você tem que pensar, você já fez limpeza, já mudou sua dieta, já au-
mentou sua imunidade.
Claro que depende de onde nasce esse cogumelo, estou falando mais
de cogumelo silvestre, os cultivos talvez possam diminuir a contenção
de nutrientes, mas normalmente, como eles são decompositores, eles
são um complexo.
297
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Cada pessoa pode ter mil células oxidadas, danificadas. Uma dessas
pode danificar DNA.
Quando o DNA foi modificado, ele pode se tornar outro tipo de célula
e aí começa a criar, a se agrupar em células de câncer. Mas essa célula,
normalmente, quando você tem um sistema imune intacto, perfeito,
você a elimina.
A cúrcuma elimina principalmente essa parte de inflamação.
A China usa muito a cúrcuma junto com curry. Tem pesquisas que
mostram que a cúrcuma em si tem uma quantidade muito baixa de
absorção, mas associada ela tem maior valor. Eu recomendo cúrcuma
com gengibre, metade gengibre, metade cúrcuma, você faz suco, faz
chá ou põe no tempero.
298
Capítulo 01 | Dr. Peter Liu
Quem usa a cúrcuma, quem trata com acupuntura são pacientes que
têm essa queda recompensada porque você acelera essa função de
medula. E, nessa parte, o paciente tem um bem-estar e não precisa
interromper o processo de quimio.
Tem mais vigor, parece mais forte, menos abatido. A pessoa apre-
senta mais saúde, mais disposição. Eu vejo meus pacientes, eles têm
uma disposição bem melhor e sentem menos dor.
Pode tomar chá verde à noite também. Pode tomar bastante e con-
tinuar a ter um sono bom. Ele tem um modulador das emoções, não é
um estimulante.
299
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
E caíram algumas folhas. E depois ele viu aquela água meio amarela
ou verde, meio hipnotizante, ele achava que tinha mudado alguma coi-
sa. Ele tomou e ficou muito gostoso.
Dizem que o chá começou por aí. Ele pegava aquelas folhas peque-
nas, colocava na água e tomava.
300
Capítulo 01 | Dr. Peter Liu
Ela não sabe, mas continua trabalhando, fazendo exercício e sua pró-
pria comida, ela vive com a família. Leva uma vida normal.
Eu atendi uma paciente que tinha câncer de mama com uma metás-
tase na medula também. Não tinha como tratar. O médico descartou a
quimio, a radio e a cirurgia. Essa senhora tinha 60 anos.
Ela viveu mais dez anos. Nesse tempo, ela morreu de embolia pul-
monar. Então não foi em decorrência de câncer de mama.
Quando o médico falou que não tinha mais jeito, ela partiu para a luta.
Já que o câncer não vai me matar, então eu vou eliminar as células de
câncer.
Isso foi mais uma motivação. E ficou mais marcante, mais forte.
301
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Outros podem ser mais fortes. Tem que olhar a história da pessoa.
Um recado para quem foi diagnosticado.
Você tem que torcer para você, então não tenha medo. Já que veio,
vamos brigar. Não pode falar assim: “ah, apareceu o câncer” e se en-
tregar.
É como um jogo de futebol. Por mais que você não conheça o time
adversário. O brasileiro não torce para a Argentina. Você torce para o
Brasil. É impossível você torcer para o inimigo. É uma ética. Você torce
para o adversário? Não.
Isso não tem razão, mas, sem querer, muita gente começa a torcer
para o câncer. Você vê um pontinho e já pensa: “ah esse pontinho vai
me matar”.
É uma luta, é uma guerra. Como é que você sabe que não vai derrotar
esse câncer? “Ah, mas a estatística mostra”.
Você não é estatística.
Eu queria muito que você lesse esse livro do autor David Servan-S-
chreiber, um francês que trabalha nos Estados Unidos, ele teve câncer
no cérebro.
302
Capítulo 01 | Dr. Peter Liu
A estatística diz que são seis meses de vida para este câncer.
Isso fez com que ele ficasse muito inspirado e dissesse: “eu também.
Eu também vou superar isso.”
Eu sei que ele morreu recentemente, mas ele superou muito mais do
que a expectativa estatística de seis meses.
Você não é estatística. Você é indivíduo. Você consegue.
É caso a caso. No caso dele, ele partiu para a luta. Ele começou a
aprender meditação, começou a tratar com acupuntura, ervas.
Ele chegou a conhecer o Dalai Lama, foi para a Índia. Começou a pes-
quisar cogumelo, cúrcuma. Esse livro se chama Anticâncer.
Então, antes de você começar a torcer para o inimigo: “vou jogar com
a Argentina, a gente vai perder”. Como você sabe?
Então, você tem que entender que, se o câncer fosse inteligente, ele
não tentaria matar o hospedeiro.
Ele estragou a camisa. Está pelado. Ele são as pessoas sem time, se
303
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Mas ele jamais pensa. O jogador não quer explodir o estádio. O cân-
cer, no primeiro pensamento, não vai destruir você porque assim ele
também morre.
Ele acha que é uma supercélula. Sem camisa, ele fala: “agora eu sou
Deus. Eu posso fazer o que quiser”, mas jamais pensa: “ah, estou den-
tro do Zé. O que eu vou fazer? Matar o Zé o mais rápido possível. Quero
matar o Zé, agora consegui”.
Ela quer crescer dentro de você. Ele não quer matar o Zé, porque ele
vai morrer junto.
Então lembre-se que o jogo não começou, leia o livro Anticâncer. Para
você entender e se inspirar na história de sucesso dele.
Ele viveu mais de 30 vezes além que os seis meses previstos pelos
médicos.
Tenha esse pensamento. Você pode viver, se você sabe que tem cân-
cer comece a pensar: “o que eu posso viver daqui para frente?”.
Muita gente falou que aprendeu muito vivendo, viveu muito a vida.
304
Capítulo 01 | Dr. Peter Liu
Não é sua chance de morrer. Morrer todo mundo vai morrer. Essa é a
única certeza que a gente tem.
Como eu posso viver melhor? E partir para a luta. Quando você luta,
você aprende, você cresce. Corpo todo mundo vai entregar. Mas sua
alma certamente vai ficar muito melhor.
305
Dr. Anderson Moreira
307
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Ele tem peso, tem oleosidade que vem da água, tem frio (porque não
tem elemento ar que gera calor).
Então esses três biotipos que também são funções, mas também
são disfunções.
Sou mais leve, mais friorento, mais seco, minha pele é mais áspera e
tenho mais movimento corporal… que gera inquietação, que pode ge-
rar mais ansiedade e pode gerar mais insônia.
Então eu, profissional de ayurveda vai olhar para mim, vai fazer o
diagnóstico e vai tratar o desequilíbrio com o contrário.
Se vata é frio, leve, seco, áspero e inquieto, o profissional vai dar te-
rapias coisas contrárias a essas características.
308
Capítulo 02 | Dr. Anderson Moreira
Então, chega a pessoa, ele vai fazer o diagnóstico, você está com o
desequilíbrio vata, pitta ou kapha.
Se você não tiver uma boa função digestória, um bom agni, como se
fala na irá levar os alimentos não digeridos, há uma má digestão.
309
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Essas toxinas não ficam só no tubo digestivo. Elas podem migrar pe-
los canais e migrar pelos tecidos.
Principalmente a depressão.
310
Capítulo 02 | Dr. Anderson Moreira
Ela trata ansiedade, ela trata depressão, ela trata frustração, ela tra-
ta insônia…
Meditação trata tudo isso.
311
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
312
Capítulo 02 | Dr. Anderson Moreira
Porque você fazer uma cirurgia para um tumor, você está tirando a
ponta do iceberg. A ponta do iceberg só vê um terço do problema. Dois
terços do problema estão debaixo d’água, você não vê.
313
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
São dez vezes mais comuns nos Estados Unidos do que na Índia.
Há uma afirmação ayurvédica que diz assim: “Na região em que nós
vivemos, e no momento que estamos, na estação do ano que estamos,
é onde nós encontramos os alimentos, as plantas medicinais e os me-
dicamentos que vão tratar os nossos desequilíbrios”.
314
Alexandre Leonel
Alexandre Leonel
316
Capítulo 03 | Alexandre Leonel
Eu costumo dizer que sempre tive aula dos medicamentos que fun-
cionam. Só da parte que funcionava dos medicamentos.
Mas ninguém me deu uma aulas da parte dos medicamentos que da-
vam errado. E, no balcão da farmácia, comecei a ter que lidar com isso.
E isso era muito complicado porque, na maioria das vezes, eles evo-
luíam para um outro tratamento por conta daqueles sintomas. Isso
começou a me frustrar de forma muito intensa profissionalmente.
317
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Vou dizer para ele: “olha, existe um conjunto de ações que você preci-
sa fazer. Para que, a partir disso, o medicamento homeopático faça por
você o melhor que puder”.
Ele vai entender por que adoeceu. Ele vai entender quais são os obs-
táculos no seu processo de cura.
Eu costumo dizer que não adianta aliviar a dor de alguém que conti-
nua com o dedo apertado na porta.
É preciso tirar o dedo da porta.
318
Capítulo 03 | Alexandre Leonel
Se ele não for orientado a modificar esse processo, não existe ne-
nhum remédio alopático ou homeopático que vai resolver seu proble-
ma. E na abordagem homeopática, a primeira coisa de que ele vai ter
consciência é isso: de que seu processo de adoecimento precisa que ele
modifique algumas coisas.
Pode ser que em, determinado momento, ele não queria participar
disso.
319
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Os Estados Unidos é hoje o país que mais tem feito as pesquisas com
os Protocolos Banerji, especialmente em alguns tipos de câncer, mas
no mundo todo você consegue encontrar alguns setores ou centros de
pesquisas e de profissionais trabalhando com os Protocolos de Banerji,
que já têm 100 anos de trabalho, pelo menos.
320
Capítulo 03 | Alexandre Leonel
321
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Mas ele imaginava que no futuro esse medicamento seria muito útil.
E hoje nós sabemos que thuya se adequa muito bem em algumas for-
mações do câncer. Então thuya hoje é um importante medicamento
dentro do protocolo Banerji.
322
Capítulo 03 | Alexandre Leonel
Então até esse momento, eu tenho aquilo que está colocado por
qualquer abordagem. Seja ela alopática ou integrativa.
323
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Aquilo que durante muito tempo e até hoje se ouve que a “homeo-
patia não consegue repetir os resultados, que a homeopatia não tem
embasamento científico”, bom, os protocolos Banerji, quando bem de-
senvolvidos, conseguem garantir isso.
324
Capítulo 03 | Alexandre Leonel
E eu, naquela condição de professor, disse: “Eu sei que isso existe.
Mas a culpa é de vocês.”
Não vocês, CPFs que estão na minha frente, mas vocês como profis-
sionais de saúde.
Agora que eu li o livro do Harari, “21 Lições para o Século 21”, ele fala
que o médico do futuro vai ser um gestor de saúde das pessoas.
E não falar que vai dar uma amostra grátis que resolve os problemas
dele. Porque é isso que as pessoas estão treinadas a fazer. Eu brinco
que tenho parentes que, se pudessem, levariam só o pedaço do órgão
doente para o médico.
As pessoas estão treinadas com esse raciocínio.
325
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Quando você vai ler uma literatura homeopática, ou você vai ler uma
leitura da medicina chinesa, é isso que você consegue aprender do que
está colocado.
326
Capítulo 03 | Alexandre Leonel
Esse é o nível 1.
327
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Quanto tempo paciente vai viver, quanto tempo paciente tem se so-
brevida, qual a metástase possível.
328
Capítulo 03 | Alexandre Leonel
E, se nós olharmos com atenção, não foi quando ele recebeu diag-
nóstico de tumor.
329
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Então todas as vezes que esse indivíduo sente frio, ele adoece. Ele é
mais sensível ao frio.
330
Capítulo 03 | Alexandre Leonel
Não interessa, ele está lá comendo esse alimento. E toda vez que ele
come esse alimento, consome a energia vital dele.
331
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
332
Capítulo 03 | Alexandre Leonel
Então eu diria que são duas portas de entrada para esse paciente
que tem diagnóstico de câncer, que está fazendo tratamento clássico e
quer utilizar homeopatia.
Eles não estão aí para excluir as outras abordagens, eles não estão aí
para serem exclusivos. Eles estão para auxiliar o processo.
333
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Porque não adianta eu ter uma cirurgia que foi um sucesso e, energe-
ticamente, o paciente estar completamente debilitado.
Essa é uma decisão dele, com a família dele, com o médico dele.
334
Capítulo 03 | Alexandre Leonel
335
Dr. Naif Thadeu
“Eu tenho conhecidos que foram dirigindo fazer sua primeira sessão
de quimioterapia e não conseguiram voltar para casa. Teve um efeito
colateral considerável. E é justamente uma das coisas em que a nutro-
logia e a medicina integrativa ajudam”
Ela não foi implantada ali. Não existia uma célula cancerígena. Então
uma célula saudável recebeu estímulo, normalmente agressão, into-
xicação, metal tóxico, radiação, uma série de coisas, que mexeram no
seu citoplasma, alteraram a sua mitocôndria.
Mudou em que aspecto? Antes essa célula vivia de oxigênio. Ela tira-
va a energia dela do oxigênio.
337
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
A tinta de cabelo não tem jeito, eu não conheço no mercado uma tin-
ta de cabelo que não tenha tóxico, então ela tem que fazer uma “des-
toxificação” de metais.
Porque ter sintomas e não ser totalmente pleno parece ser normal.
338
Capítulo 04 | Dr. Naif Thadeu
Só que para você ser saudável hoje, você tem que ser anormal.
Tem que juntar todas essas coisas para você conseguir êxito e isso
explica porque pacientes têm êxito diante desses tratamentos.
Não tem açúcar para a célula comer, a célula cancerosa. Tem oxigênio,
que ela odeia. Além de você estar matando a célula cancerosa, você
está fortalecendo todas as células que estão em volta dela. Você forta-
leceu o sistema imune.
339
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Há uma lesão muito menor na célula sadia. Mas a célula, como está
em hipoglicemia, em 35, 40 — controlado em ambiente adequado —
o tumor está ávido pelo que chegar e chega justamente o quimioterá-
pico quando ele está esperando açúcar.
340
Capítulo 04 | Dr. Naif Thadeu
Não voltaram para casa por causa do câncer, mas por causa do efeito
colateral do tratamento.
Você vai fazer uma cirurgia, se você prepara o paciente antes para
uma cirurgia plástica e ele cicatriza muito melhor.
Por que você não o prepara para cicatrizar melhor para a cirurgia do
câncer?
Ele está sem comer, sem glicose há um mês, ele está alucinado.
341
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Então essa quimioterapia vai ser muito mais nociva para ele. Eu acho
que eles são feitos indiscriminadamente na base de protocolo.
Eu tenho que ter um protocolo para fazer, por exemplo, uma limpeza
intestinal.
Talvez por problemas até legais. Então ele quer fazer uma quimiote-
rapia antes, duas quimioterapias antes para depois operar um tumor
que às vezes está perfeitamente ressecável.
Tumores renais, tumores de intestino, que você sabe que não têm
metástase nenhuma, nem local, nem nas proximidades, nem nos lin-
fáticos adjacentes, são casos em que uma cirurgia pode ser curativa.
Então por que não operar esse paciente numa condição ótima?
Não, ele vai operar muitas vezes com duas sessões de quimioterapia
e mais espoliado.
342
Capítulo 04 | Dr. Naif Thadeu
Porque qual é o seu resultado com ácido alfa lipóico no câncer? Não
sei te dizer.
A terapia de Gerson.
343
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Essa dieta não tem nada energético porque ela não tem gordura sa-
turada, que é a melhor energia para nós, e ela não tem carboidrato que
seria a alternativa de energia, embora uma energia ruim.
Ela é uma dieta vegana. Ela é ótima para o câncer porque ela não dá
alimento para ele. O câncer se alimenta de quê? De açúcar. Ela não dá
alimento para o câncer.
Mas, por outro lado, ela não te dá gorduras para você ter energia.
Então ao mesmo tempo que você deixa a célula do câncer morrer de
fome na dieta do Gerson, você está deixando as outras células sadias
do corpo com menos energia também.
É ótima. Tem muito boa indicação, tem muitos bons resultados. Essa
dieta altera, basicamente, o sistema de funcionamento e a própria bio-
ta intestinal, ela traz uma melhora muito grande.
Tem uma história segundo a qual a própria secretária dele foi corrom-
pida e roubou todos os papéis, todos os prontuários dos pacientes que
ele tratava porque não queriam que aquilo fosse publicado.
344
Capítulo 04 | Dr. Naif Thadeu
Pela própria secretária que foi corrompida pelos que eram contra,
que queriam prendê-lo, cassá-lo.
Naquela época, ele já tinha esse entendimento, então foi muito per-
seguido.
Imagine há um século.
Mesmo que não fosse maligno, se está crescendo, você teria que
operar. Imagina sendo um câncer.
Para fazer essa ressecção, se você tiver esse tumor sem vasculari-
zação, sem alimentação celular, em fase de regressão ou em fase de
estagnação, é muito mais fácil para o cirurgião.
Você vai ter uma ressecção menor porque sabe-se na prática cirúrgi-
ca — e eu fiz muita cirurgia de câncer — que muitas vezes você fazia
o diagnóstico do paciente e marcava uma semana depois para operar,
e o tumor já estava completamente diferente.
345
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Ele tem três ou quatro filhos médicos que fazem isso lá.
Quando você expira, não joga gás carbônico para dentro da bolsa por-
que a válvula fecha e ele vai para o meio ambiente.
346
Capítulo 04 | Dr. Naif Thadeu
Vou citá-lo: “Pelo fato de que mais de 80% de todas as mortes por
câncer são causadas por metástase, o desenvolvimento e a avaliação
de métodos para combater a disseminação do tumor deve ser uma das
principais tarefas na investigação e nas pesquisas do combate ao cân-
cer. O processo combina a elevação temporária do número de células
imunes e circulantes como a melhora do transporte de oxigênio para
os tecidos.”
Além de ter a oxigenação, que é péssima para o tumor, pois ele odeia
oxigênio, você também fortalece o sistema imune.
347
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
O sistema de von Ardenne não precisa ser uma coisa contínua. Você
faz dezoito dias e pode fazer uma parada por meses e continua sentin-
do seus efeitos.
A segurança da ozonioterapia.
O primeiro critério é a segurança. Você tem que usar, seja uma droga,
seja um quimioterápico, seja uma cirurgia ou seja um suplemento, ele
tem que ser seguro.
348
Capítulo 04 | Dr. Naif Thadeu
É extremamente eficaz.
Muitas vezes o paciente vai dirigindo seu carro para o hospital e de-
pois volta de ambulância para casa para fazer home care.
Ele não precisa ser consertado, não precisa de manutenção, não pre-
cisa de nada.
349
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Esse sistema que é feito ali como uma fagulha, uma centelha que é
dada lá dentro. É uma coisa que não desgasta.
Quem trabalha com ozônio, os países que trabalham com ozônio sa-
bem muito bem fazer isso.
Existe um estudo, acho que é da FGV, em São Paulo, que diz que, se
o ozônio fosse implantado no Sistema Único de Saúde, haveria uma
economia aproximada de 60% ou 70%. Uma coisa absurda.
No SUS, o ozônio está como uma terapia alternativa, mas está libe-
350
Capítulo 04 | Dr. Naif Thadeu
Uma empresa que vende um gerador que não quebra, que não dá
defeito, que não tem manutenção e que custa menos de R$ 10 mil não
vai patrocinar nenhum trabalho científico.
Nós nunca vamos aprovar o ozônio para a classe médica no Brasil por
falta desses trabalhos.
Vamos supor que se fizesse uma força tarefa e que todo mundo se
desdobrasse e que nós fossemos fazer trabalho com ozônio no Brasil.
Para a sorte deles, ozônio ainda é muito pouco usado no mundo. Em-
bora mais de 20 países usem, não é utilizado dessa forma. A não ser
351
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
países pobres aonde eles não vendem nada mesmo porque as pessoas
não têm dinheiro para comprar, então eles não estão preocupados.
A indústria farmacêutica não está preocupada em vender
remédio em Cuba.
Ela diz o seguinte: “O médico deve ter a liberdade de usar uma nova
terapêutica ou meio diagnóstico se no seu entendimento, se isso ofe-
recer esperança de salvar vida, restabelecer saúde ou aliviar sofrimen-
to”.
Cannabidiol anticâncer.
E por que isso acontece? Porque o nosso corpo tem um sistema que
é chamado de sistema endocanabinóide.
352
Capítulo 04 | Dr. Naif Thadeu
Não bioidêntico porque ele não é animal, porque ele é vegetal, mas
faz a mesma função, tem o mesmo radical.
O que acontece?
353
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Já sabem qual a mistura que você vai ter de CBD ou de outro fitoca-
nabinóide para fazer a administração de acordo com a doença do pa-
ciente e também de acordo com a resposta.
354
Capítulo 04 | Dr. Naif Thadeu
Eles são estimuladores de sistema imune. Ele não tem uma ação di-
reta.
Então elas ganham essa resistência e por isso que eles usam orgâ-
nicas, porque elas estão em contato com tudo, com a natureza, são
criadas naturalmente.
355
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Ele é um educador.
O sistema imune dele já sabe como vai atuar aqui. E claro, no início
tudo era dúvida. Os pesquisadores tiveram também. Só que os traba-
lhos mostraram.
O nosso sistema é mal educado muitas vezes. Ele não sabe o que
atacar. O fator de transferência ensina o que atacar e o que não atacar.
E ainda potencializa esse ataque.
356
Dr. Arnoldo de Souza
358
Capítulo 05 | Dr. Arnoldo de Souza
E aquilo levava quase três meses, tinha que ser feito fora do Brasil.
E entendia que isso era muito difícil, tinha que ser uma coisa mais
prática.
359
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Ou seja, o tratamento em si, não tem ainda algo que seja conclusivo,
que tenha, dentro dos parâmetros da medicina dita hegemônica e ba-
seada em evidências, a comprovação tácita de que funciona.
É por isso que ele contribui também, de maneira eficaz, para que haja
uma melhora no resultado do tratamento convencional.
360
Capítulo 05 | Dr. Arnoldo de Souza
O que acontece é que você vai ter mais qualidade de vida, vai gastar
menos dinheiro, vai utilizar menos procedimentos agressivos, e é isso
que conta, isso é que tem que ser importante, isso é que tem que ser
colocado na balança.
Aí a pessoa vem, não tem jeito. Essa é uma rede que vai se formando
pela qualidade do resultado.
É por isso que não está havendo uma caça às bruxas, porque embo-
ra o conselho circule e diga que não é possível, ele sabe que continua
acontecendo.
361
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Doença metabólica.
362
Capítulo 05 | Dr. Arnoldo de Souza
363
PARTE iV | Tratamentos pelo Mundo
Acaba tendo outras áreas afetadas. Então você vai fazer um trata-
mento de mama, você acaba tendo uma traqueíte actínica.
São tratamentos que têm uma busca de eficácia, mas não conse-
guem, por questões técnicas, isolar-se para tratar pura e simplesmen-
te o núcleo tumoral originário de onde, então, possa ser feito o proces-
so de cura.
E não é só conversar com o seu discurso vocal, oral, porque por esse
discurso, ele mente, como diria o Dr. House. Na verdade, eu tenho que
deixar que a linguagem corporal se manifeste, e aí eu vou entender
melhor aquele paciente.
364
Capítulo 05 | Dr. Arnoldo de Souza
Uma pessoa, por exemplo, do sexo feminino que tem uma mãe com
câncer de mama, pode ter a expressão genética para aquele câncer,
mas ela toma uma série de medidas na sua vida que não permitem que
essa expressão se materialize.
Então, nesse aspecto, você tem ali uma condição em que a mitose,
a divisão celular, deixa de acontecer no tempo certo e aí você vai criar
um tumor, que ele não tem forma, você vai criar uma condição em que
a função acaba sendo prejudicada.
365
CORPO
E MENTE
PARTE V
Dr. Victor Sorrentino
O estigma.
É muito ruim imaginar uma situação de câncer, a gente sabe que é
um sofrimento muito grande. É um estigma grande. Isso acaba com
algumas famílias. Eu, como cristão, acredito que é o momento de se
aproximar de alguma forma de Deus. Independente da sua religião.
Nem uma, nem duas vezes. Não foi nem só dez vezes. Tamanho foi o
desgosto de ver que a máfia médica não quer que isso seja propagado,
não quer. É uma briga de egos também.
368
Capítulo 01 | Victor Sorrentino
Não, ela está querendo lucrar e encontrar clientes. Bons clientes. Isso
não a torna má, mas saber disso me torna mais consciente da minha
vida.
O maior interessado em viver não vai ser nem o seu médico. Somos
nós mesmos. E eu acho que a gente só consegue se encontrar nesse
momento se a gente começar a se entender com Deus e tentar enten-
der nossa missão na vida, que propósito que a gente tem. Às vezes,
tornar a nossa doença em um propósito legal.
Vivemos uma vida superexposta hoje com redes sociais. Então, tal-
vez tenha algo a mostrar para os outros. Tenha algo a ensinar para
os familiares. Desenvolver resiliência. O que eu mais desejaria para as
pessoas com câncer é que entendessem a importância desse momen-
to e entendessem o propósito do momento. E tentar tirar proveito do
momento.
Nunca pense que está bem. Não respire nesse momento. Muda a tua
vida nesse momento porque a doença existe. Você está em remissão e
alguma coisa fez com que você desenvolvesse a doença.
É o momento, agora, por mais cansativo que seja. “Ah, mas eu acabei,
quero respirar.” Respira um pouco, mas logo transforma a sua vida. Usa
os recursos que estão aí para transformá-la porque é bem provável
que, se não transformar, vai voltar.
O medo do câncer.
369
PARTE V | Corpo e Mente
A outra questão é que, indo para o lado mais físico, é uma doença que
deixa um estigma muito forte. A pessoa tem aquele estigma de que vai
sofrer. Provavelmente, vai tomar medicação e vai ficar careca e todo
mundo vai perceber. E isso acontece, eu sou médico, e realmente eu
olho e aquilo ali sempre me choca, principalmente quando eu vejo uma
pessoa mais jovem.
Eu acho que esse medo envolve tudo isso. Tanto a parte espiritual
quanto a parte do sofrimento, como o descontrole. A falta de saber se
tem como resolver ou não.
Por qualquer lado, é sofrido. Porque o outro lado é uma regra em es-
tilo e hábitos de vida, e muita gente não está a fim de pagar esse preço.
É sempre um grande desafio, independente de escolher uma terapia
tradicional ou uma terapia complementar alternativa.
370
Capítulo 01 | Victor Sorrentino
Tem gente que não dá o seu máximo nem em ser pai e ser mãe. Nem
no trabalho.
Ela está acostumada com isso. E isso é cômodo. Mas para os dois
lados tem que se esforçar demais, tem que aturar demais. Aguentar
uma carga muito pesada. E o preparo individual para isso, para cada
pessoa foge muito do nosso entendimento.
Eles comparam o remédio com uma pílula de farinha para ver se fun-
ciona mais ou não.
371
PARTE V | Corpo e Mente
No câncer, por ser uma doença tão séria, são limitados os testes que
fazem. Então a gente não sabe se a pessoa que trata com o remédio
e a pessoa que trata com uma pílula de farinha, quem funciona mais.
O fato é que os estudos que existem, não são poucos, mas poderia
haver muito mais porque a gente tem anos de desenvolvimento des-
sas doenças.
A pessoa não se cura. A gente fala de cura, mas não é cura. Ela fica
sem o câncer.
372
Capítulo 01 | Victor Sorrentino
Posso dizer que todo mês tem alguém que passou por isso e vem
me contar.
Eu fico pasmo de ver que aquele mesmo cara que vai na televisão,
373
PARTE V | Corpo e Mente
Tudo que uma pessoa que está fragilizada, naquele momento, quer é
uma palavra de conforto.
Isso é confortável, mas não é a minha praxe, não é meu dia a dia, a
minha rotina. Se eu tiver uma doença crônica, não tem mais opção. Não
tem eu posso. Eu devo. Senão eu estou assinando embaixo: “olha, que
estou querendo cavar minha cova”.
Vivo batendo nessa tecla. O tempo todo eu falo sobre isso. Qualquer
condição crônica requer primariamente um nutricionista funcional. A
gente já sabe, todo mundo sabe que, na condição crônica, doenças
crônicas, as genéticas representam 15% a 20%. E estou chutando para
cima, porque é menos.
374
Capítulo 01 | Victor Sorrentino
Porque não tem como eu vencer uma doença crônica sem estar an-
corado em um melhor estilo de vida. “Ah, mas não sei quem venceu”.
Enquanto você faz dieta para emagrecer, o seu filho está comendo
375
PARTE V | Corpo e Mente
o que? Salgadinho? Não tem como, tem que começar na base. Todo
mundo tem que ter.
E claro que eu vou buscar alguém que não vai me prescrever um cra-
cker de manhã porque tem pouca caloria. Já não existe mais alguém
acreditar numa proposta dessa. Então, eu quero qualificar os nutrien-
tes da minha alimentação, e não só pensar em caloria.
Como que você a considera e o que na tua vida está errado que pode
mudar linguisticamente. Nós somos seres linguísticos.
Então eu acho que isso seria o mais rápido porque não é uma coisa
morosa.
Não estou falando que as outras terapias não são interessantes, mas
eu acho que ali é mais pontual, mais rápido.
376
Capítulo 01 | Victor Sorrentino
Mais práticas. Mais rápidas. Então, eu pensaria nisso. Mas tem o reiki,
tem a psicologia tradicional, tem a hipnose, tem as regressões, tem
a comportamental. Tem várias coisas que podem nos ajudar bastante
nesse momento.
No nosso corpo, a vigilância não deixa passar, mas vai chegar o mo-
mento, se eu estiver entregando muito estresse para o meu corpo,
volto a dizer, psicológico ou metabólico, que vai passar.
377
PARTE V | Corpo e Mente
Todas, inclusive do câncer. É claro que a gente sabe disso. Muita gen-
te sabe disso de forma um pouco mais subjetiva.
Até na medicina se fala de uma forma muito superficial. Por que su-
perficial? Porque, sabendo que as pessoas estão sofrendo disso, de
um ataque constante, tem meios de a gente pelo menos auxiliar esses
sistemas. Isso seria uma forma de prevenção.
Até mesmo para quem está tratando o câncer porque, se está acon-
tecendo isso, a gente não pode falar: “calma, desestressa”.
378
Capítulo 01 | Victor Sorrentino
Só que uma pessoa que está no meio desse rolo, como não se divulga
isso, ela nem sabe quem procurar.
Ela nem tem forças, às vezes. Mas tem coisas simples, ela pode não
ter forças, mas, se ela fizer o uso de ômega-3, pode ser que aquilo seja
determinante. Pode ser, não estou confirmando.
Então tem isso, tem a cúrcuma, uns chás que podem ajudar. Tem
muita coisa que a pessoa não precisa ter forças para fazer naquele
momento.
Exercício físico não consigo. Sono não está bom. Está bom, tem chás
que podem ser utilizados, a cúrcuma, ômega-3 em doses mais eleva-
das. Diminuir determinadas gorduras, tentar diminuir açúcar.
O açúcar nesse momento vai ser ruim. Tem formas de a gente con-
duzir.
E não ficar essa guerra na medicina: ah, mas falta evidência disso ou
daquilo. Bom, a gente sabe que isso faz bem.
Mal não vai fazer. É algo a mais a se fazer porque se não existe um
jeito específico de combater o câncer. E a gente sabe que não é genéti-
co, ou seja, a pessoa desenvolve.
379
PARTE V | Corpo e Mente
Além disso, a gente tem como dar amparo para o sistema porque, se
eu estou usando demais o carro, e ele usa uma gasolina aditivada, eu
posso colocar uma extra aditivada.
E isso faz com que, durante um período do meu dia, eu como um ser
biológico, tenha força para lutar: matar ou morrer. O matar ou morrer,
biologicamente, lá nas savanas era não ser morto por um animal e con-
seguir caçar.
Durante o dia, esse sistema está ativado. Esse sistema é quase que
380
Capítulo 01 | Victor Sorrentino
coordenado por alguns genes que a gente chama de clock genes, que
são os genes do nosso relógio.
E esse relógio conta muito com curvas hormonais, que são essa cur-
va de cortisol, que eu tenho de manhã, de tarde e de noite. E depois a
curva da melatonina de noite.
E, durante o dia, o cortisol, tem essa função de estar mais alto porque
é ali que eu vou matar ou morrer. Eu vou trabalhar. O matar ou morrer é
também combater os danos, porque se eu estou aqui deitado dormin-
do, eu não estou batendo, eu não estou tendo dano nenhum.
Se eu fosse caçar, eu teria que estar pronto para isso, para correr,
para me estressar e para sofrer o dano. E esse dano sempre condicio-
nar a um fluxo rápido de energia para mim, quando eu precisar. E, além
desse fluxo rápido, a reparação rápida daquilo que está acontecendo.
Uma via mais forte para o reparo é o hormônio mesmo, que é o hor-
mônio cortisol. A gente tem outros vários elementos do nosso corpo
que vão combatendo a inflamação.
Mas, durante o dia, nessa curva de cortisol, eu posso ter alguns de-
sequilíbrios. Estou aqui procurando o animal e, quando eu o encontro e
saio correndo, tenho um pico de cortisol. E seria, nos dias de hoje, por
381
PARTE V | Corpo e Mente
A gente utilizando menos ou mais: “ah, mas não é uma caça, Victor”.
Está bom, mas quem está exigindo? É de novo da adrenal? A gente vai
tendo um desgaste dela.
E isso, como o corpo vai se preparando para reagir, quando ele quer
reagir. Naquele momento é mais importante matar ou morrer. “Ah, mas
é o trânsito”, o corpo não sabe que é o trânsito, essa é a sua visão.
Não quer resolver um vírus que está chegando, não é o vírus, é algo
que está me agredindo.
Hoje, eu tenho o tempo todo um sistema tendo que ser ativado, que
é o sistema do estresse. Estresse metabólico, psicológico. Não tem
como ele ficar o tempo todo acelerado. Ele vai priorizar algumas coisas
e deixar passar muitas outras. O simples fato de estar com ele acelera-
do o tempo todo, acaba condicionando toda uma mudança nas nossas
382
Capítulo 01 | Victor Sorrentino
Assim como o macho, ele vai lutar antes. Como esse sistema fica
todo remodelado no nosso corpo, acontece uma mudança muito im-
portante na microbiota intestinal, lá nas bactérias do nosso intestino
que são muito importantes para nossas defesas. As nossas defesas
dependem 80% do nosso intestino.
Como ele vai liberar esses agentes? Tem uma completa agressão no
meu corpo.
As pessoas que têm mais fé, não só a fé religiosa, mas a fé que vai
sair dali. Um pensamento mais positivo, ele sai melhor. Eles se curam
melhor. Se tratam melhor.
Como é uma coisa muito morosa, são tratamentos que são debilitan-
tes, as pessoas sofrem muito. Tem muita gente que passa muito mal.
E aí você está naquele ambiente fazendo uma quimioterapia, às vezes
com um monte de gente ali sofrendo. A pessoa tem que ser muito forte
para ser positiva.
Só que a positividade, claro que ela tem o acreditar, que vai sair e
encarar isso de peito aberto.
383
PARTE V | Corpo e Mente
Toda vez que eu baixo as minhas defesas, eu fico muito mais susce-
tível.
Tanto é que ela tem que tomar cuidado com infecções, isso é um dos
grandes riscos de algumas terapias, como a quimioterapia. Se ela já
estiver com sua defesa muito comprometida, fica muito difícil de lutar.
É claro que ali se conta muito mais com o remédio, as terapias do que
propriamente com a positividade da pessoa.
Eu acredito que foi porque ele teve uma baixa significativa do sistema
imunológico, não só com o remédio, com a quimioterapia, mas a falta
de entendimento do que estava acontecendo que foi assim, já estava
escrito que não ia acontecer algo de bom, inicialmente.
Se não for tudo é o outro do lado. Por que o outro? Por que o outro
384
Capítulo 01 | Victor Sorrentino
tem? Por quê? Porque, por algum motivo, você foi escolhido para pas-
sar por isso. E, volto a dizer, é mais fácil falar do que sofrer na pele. Mas
a pior coisa que a pessoa pode fazer é isso. Quando ela entra nessa
vitimização, o estresse dela é muito mais profundo porque ela se sente
a prejudicada do mundo.
Eles não vão ser bem conduzidos pelo próprio corpo. Porque o corpo
não tem como reagir a isso. A gente sabe de histórias e mais histórias
de pessoas que se entregaram.
A pessoa queria morrer, ela morre. Ela vai para o hospital. Ela está
esperando o último filho chegar de uma viagem. Chegou, ela morre uns
dias depois. A gente não tem como explicar isso. A gente se entrega. E
o corpo sente que a gente se entrega. Não é nem uma coisa assim de
Deus saber. Pode até ser que sim, também. Mas o corpo se entrega. A
gente, as nossas defesas baixam demais.
E não adianta só orientar, porque sozinha ela não vai conseguir. Mas
trazer para a sua volta,
Existem centros de câncer que são muito legais porque trazem toda
uma coisa junto.
Outras trazem a família. Ou terapias que podem fazer ela sofrer me-
nos dentro dos danos do remédio. Infelizmente, isso não é acessível a
todos. Hoje a gente tem esses centros aqui em São Paulo, que prezam
385
PARTE V | Corpo e Mente
E ela teria uma outra pessoa, que é uma doula, para acompanhá-la.
A gente não sabia que existia tudo isso. Claro que eu sabia, mas, di-
gamos, um paciente normal não saberia. Mesmo se eu não tivesse a
condição que eu tenho, eu poderia procurar pessoas que fossem mais
acessíveis ao meu bolso.
Tem pessoas que têm como juntar a família e vão fazer tudo o que
puderem para eles.
Ela tem que mudar. Alguma coisa na saúde dela não fez bem a ela.
Se não fez bem a ela, deixa eu tirar esse agressor que é o meu estilo
de vida. Então, eu não posso chegar em casa e tomar um sorvete. Não
mudou.
386
Capítulo 01 | Victor Sorrentino
“Ah, Victor, mas aquela pessoa está sofrendo, ela quer ser feliz”. Bom,
não é essa a forma de ser feliz. Ela tem que recondicionar isso na cabe-
ça dela. Isso não é felicidade. Provavelmente porque foi um dos fatores
que levou ela a adoecer.
Quando não é algo muito urgente. “Eu não estou doente. Eu quero
prevenir.” Há pessoas que trabalham no oito ou oitenta.
“Não, então vou mudar radical.” Funciona? Pode funcionar. Mas o oito
ou oitenta vive no péssimo ou no muito bom.
Então temos que buscar outras formas para poder, de novo, mental-
mente sermos fortes. São sempre as duas coisas aliadas.
387
PARTE V | Corpo e Mente
Quantas vezes por semana? Tem gente que tem que ser todos os
dias. E se não tiver tempo para fazer todos os dias, o máximo de dias
possível. Um ou outro exercício.
388
Capítulo 01 | Victor Sorrentino
Num mundo ideal, a gente vai falar: “olha faz musculação e junto com
a musculação faz um outro exercício. Um outro aeróbico. Se não tiver
tempo para fazer as duas coisas, primeiro, o estressado faz aquilo que
lhe dá prazer e o ansioso procura exercícios mais aeróbicos”.
O cuidado que a gente tem que ter são com os momentos. A gente
vai voltar naquela coisa do relógio biológico.
Mas isso é difícil de calcular nos exames. Porque esses estudos pre-
cisariam avaliar 50 exames, por exemplo.
389
Kelly Lemos
Kelly Lemos
A mensagem do câncer.
A gente precisa entender que o nosso sistema imunológico também
reage de acordo com o que a gente acredita ou não.
391
PARTE V | Corpo e Mente
E o outro lado: “Ah eu vou para o shopping fazer compras, não tem
nada acontecendo.”
É uma escolha.
De novo, tem que ter um olhar de muita resiliência porque a gente vai
dizer assim: “Se meu corpo gerou esse câncer, eu não sei mesmo me
cuidar. Meu corpo não tem como se cuidar. Ele não sabe.”
E o que acontece? Você gera dor. Você gera a dor de não acreditar
nessa capacidade que o seu corpo tem. Você gera a dor de ter que olhar
agora, de ver algo que você andou escondendo muito tempo.
392
Capítulo 02 | Kelly Lemos
Eu falo que a dor pode ser um guia. Não é para você ficar se marti-
rizando, mas a dor, às vezes, vem para te guiar para alguma coisa que
você já está podendo fazer diferente.
Eu não consigo imaginar como: “ah, eu vou fingir que não estou ven-
do.” Você pode oferecer para o seu corpo outros recursos que não es-
tava usando.
Ela está te mostrando onde está doendo. Isso seja a nível físico,
mental ou emocional.
Mas eu sinto que dói sim, vai vir a dor, mas que recursos você vai po-
der oferecer agora a partir dessa consciência, de percepção para cuidar
dessa dor? A dor vira um recurso também.
A gente criou uma crença de que é a mente que manda no corpo. Isso
é verdade, mas o contrário também. Se existe uma conexão, tudo que
você faz no seu corpo também interfere na sua mente.
E é esse recurso que a gente quer, usar hipnose, que é lindo, quer
usar outros recursos, mas sempre a mente predominando sobre o cor-
po. “Ah quando você faz hipnose aquela dor não existe mais porque não
é o corpo.”
393
PARTE V | Corpo e Mente
Só que eu falo, tem tantas coisas que a gente pode fazer. Por exem-
plo, movimentos suaves são um bálsamo, são muito prazerosos e
mantêm a lubrificação articular, mantêm a circulação do sangue.
Pegar sol.
Conversa com seu médico, lógico. Mas sol. A gente se isola. E aí você
está dentro de casa já com pensamento, com a mente de que você está
394
Capítulo 02 | Kelly Lemos
Com vida, corpo, eu estou aqui, vamos lá, vamos regenerar isso aí. O
corpo se abre na hora porque todo nosso sistema é pronto para prote-
ger a gente, para ver onde tem algum problema, para se “ajeitar”.
Eu digo que isso foi muito eficiente quando a gente vivia na floresta,
se viesse um leão, você teria de ser capaz de subir numa árvore.
395
PARTE V | Corpo e Mente
O melhor que a pessoa pode fazer num momento desses é fazer mo-
vimentos suaves. É usar a respiração de que a gente fala tanto.
“Meu Deus eu estou com câncer, eu estou ansioso, o que eu vou fa-
zer, o que eu não vou fazer?”
A mente não vai conseguir sair disso. E também, como você vai usar
essa mente que está desesperada para acalmar? Não vai. Aí você pre-
cisa do remédio. E se você usa o corpo nesse momento para dizer para
sua mente: “está tudo bem”?
396
Capítulo 02 | Kelly Lemos
E o quanto a gente pode parar para nutrir esse outro lado que está ali.
O sistema nervoso parassimpático está aí o tempo todo.
Só que é aquilo, você não usa, está lá. Aí vem insônia, a pessoa não
dorme porque o simpático é o do alerta.
Eu não posso dormir porque o leão vai vir me comer, então eu estou
acordada. E os neurotransmissores também vão sendo liberados para
te manter mais alerta. Se você escolhe, aí vem de novo a responsabili-
dade, eu vou escolher me acalmar.
Porque nós estamos prontos para reagir. Todo o sistema quer dizer
que não é fácil. “Não, mas não é fácil assim, né?”
Eu digo: “É sim, mas é uma escolha sua.” Entenda que a nossa mente
é toda constituída para a gente acreditar que não pode.
E isso para mim é uma grande barreira em que a gente precisa co-
meçar a trabalhar.
Nós podemos tantas coisas que a gente nem se dá conta. Então es-
colher trabalhar o seu parassimpático é reduzir a ansiedade, é dormir
melhor, é ter menos náusea, é ter menos dor em relação à quimiotera-
pia. É uma escolha sua também.
397
PARTE V | Corpo e Mente
você ter todo um recolhimento. Você ter todo o medo da morte, ver o
caixão, pensar que vai morrer…
Porque a gente vê muito também essa atitude, que nem sempre cura.
Porque você ainda está lutando. Eu sinto que tem uma coisa de a
gente se aproximar de uma amorosidade com nós mesmos, entende?
Que é bem diferente de lutar.
Porque lutar ainda parece que a minha mente tem que ser muito for-
te para lutar contra esse corpo que está se degenerando.
Então, para mim tem dois momentos, esse primeiro momento, que é
natural, tem que acolher. Deixa vir o medo, acolhe esse medo: “tá bom,
eu tô com medo”. E aí você começa a buscar os recursos.
“Tá, então, o que é que eu tenho que fazer?” Trabalhar essa consciên-
cia de que o seu corpo está ali, louco para se regenerar.
É isso que não é incentivado. Vão explicar para você que a quimio
vai funcionar assim, o remédio vai funcionar assim. “Então, ó, essa é a
chance que a gente tem, você tem 30%...” Não, você tem 100% se você
fizer a aliança com o seu corpo. A mente-corpo.
398
Capítulo 02 | Kelly Lemos
Vou usar uma frase: por que é que o câncer volta, ele se repete, a dor
volta e vem de novo?
Você faz uma quimio, faz não sei o que, seguiu no automático. Mas
você não trabalhou a sua consciência do que aquilo está te pedindo.
Agora, se você trabalha a sua conscientização é diferente.
Eu digo que a doença é um portal para algo que a gente está preci-
sando transformar. Se você trabalha na consciência, a cura é consequ-
ência, entende? A cura é quase parte do processo porque você perce-
beu ou porque você transformou aquilo que está por trás, que não é só
o biológico.
É virar uma máquina que vai executando… Mas quando você fala do
“se livrar”, isso também vem com um pensamento mecanicista do cor-
po.
O seu carro, se ele quebrar, você leva no mecânico, troca uma peça e
tudo está funcionando. O corpo não é assim.
E é aí que entra uma grande ilusão de que: “eu quero me livrar, então,
me dá logo o que que eu tenho que fazer”, mas alguém está te dizendo
o que você tem que fazer, entende?
Alguém está trocando a peça do seu corpo, e para mim é isso que
modifica tudo.
399
PARTE V | Corpo e Mente
Tem alguma escolha que você está fazendo que está abrindo espaço
para que aquele câncer se manifeste no seu corpo.
Isso funciona para qualquer diagnóstico. Para uma hérnia, para uma
dor crônica. E para mim é só um convite para você se conscientizar.
Que espaço que eu abri dentro de mim para manifestar isso? Onde
eu me implico?
A culpa.
Porque a culpa te vitimiza. Você se coloca num lugar errado. Algo está
errado. No lugar da consciência, não tem nada errado. É só um julga-
400
Capítulo 02 | Kelly Lemos
No dia seguinte, os cavalos voltam com mais três cavalos para o ter-
reno dele. E aí o vizinho diz: “mas que maravilha! Que ótimo!”.
“Ai, que desgraça, tá vendo? Você conseguiu mais cavalos, mas seu
filho quebrou a perna”. E ele: “eu não sei se isso é bom ou se é ruim, eu
sei que meu filho quebrou a perna.”
“Olha, que sorte, seu filho quebrou a perna e não foi para a guerra!” E
ele diz: “eu não sei se é uma sorte, meu filho quebrou a perna.”
A gente não vai ficar aqui dizendo: “ai, que legal ter uma doença”. Não
é isso. Mas a gente coloca esse peso.
401
PARTE V | Corpo e Mente
Eu exercito muito na minha vida, tudo o que é difícil para mim, trocar
a palavra culpa por responsabilidade.
Então, eu sei que é muito difícil, porque a sociedade tem muitos ga-
nhos com a vitimização.
“Isso não é culpa minha, eu tive uma doença porque isso acontece”.
Você está, de novo, se desapropriando do seu poder.
Mas tudo o que a gente vive, só vive porque tem um corpo. E a gente
não olha para isso. E para mim, se a gente está aqui, nesse planeta,
nessas condições, tem um chamado para viver esse corpo. Não adianta
querer negar ele. Ele vai te chamar de algumas maneiras.
Então, não olhe como culpa, se expropriando de novo. Veja como res-
ponsabilidade de olhar a capacidade de cura que o seu corpo tem. En-
tão, para mim isso é uma mudança nessa postura. Mas é difícil. Ouvir
que a responsabilidade é sua é difícil.
402
Dr. Ubirajara de Carvalho
Quando fui para a cardiologia, que foi a minha área de escolha, eu fui
estudar geriatria.
Esse campo tinha a ver com duas coisas fundamentais: a visão geral
do indivíduo, sistemas se interligando e não órgãos isolados; e a per-
cepção profunda do nível bioquímico, do nível molecular.
404
Capítulo 03 | Dr. Ubirajara de Carvalho
O medo do câncer.
Então nós não temos uma abordagem geral do problema. Isso tam-
bém é causado por um excesso de descobertas da medicina que vai
gerando também as especialidades que, por sua vez, vai gerando uma
simplificação da abordagem do problema.
Eu tinha uma visão, mais ou menos até o ano 2000, de que o câncer
é um inimigo que tem que ser destruído. E a que as armas que a gente
tinha que usar eram radioterapia, quimioterapia e cirurgia.
405
PARTE V | Corpo e Mente
O que acontece é que ela faz o sistema todo multiplicar uma célula
porque ou ela se multiplica ou vai morrer.
Mas, às vezes, a célula está em uma situação tão precária que não
tem como se suicidar. Aí surge a vida eterna daquela célula. E isso é o
câncer. Quando aparece uma célula dessas, o organismo quer eliminá-
-la e é isso que acontece com bastante frequência. Nós estamos elimi-
nando diariamente células que gerariam câncer.
Então é como se fosse uma família em que o vovô já está com 90,
100 anos e gostaria de descansar, mas está vendo que seus filhos e
seus netos estão em péssimas condições sendo que ele dirige uma
empresa X e tem que mantê-los vivos, ajudar os outros, os irmãos de-
les que estão muito mal.
406
Capítulo 03 | Dr. Ubirajara de Carvalho
407
PARTE V | Corpo e Mente
O organismo, ele próprio, cria o seu tumor. Se ele o cria, então o tra-
tamento tem que ser diferente. Essa é uma visão global, visão que in-
corpora as questões espirituais do indivíduo, o pensamento da pessoa,
sua atividade física, tudo isso está em jogo.
Então essa árvore tem que ser contemplada dessa maneira, vendo
o ser humano como um ser vivo, igual a qualquer outro da natureza. É
isso que veio fazer a medicina funcional, integrar tudo. Com a medicina
biológica e com a medicina convencional que todos aprendemos nas
faculdades.
A inimiga número 1.
A inflamação é uma reação do corpo sobre aquilo que ele não gosta.
408
Capítulo 03 | Dr. Ubirajara de Carvalho
genos. Ela era alérgica até a pêra para você ter uma idéia.
E essa inflamação está muito ligada aos radicais livres. Esses radicais
livres têm que ser controlados por antioxidantes, que são fornecidos
pelos alimentos.
409
PARTE V | Corpo e Mente
Quando você usa tal quimioterápico, tal conduta é indicada: “ah, mas
tem o outro quimioterápico que e contra-indicada”.
Processo inflamatório.
Depois dessa fase nós vamos ter que considerar o processo inflama-
tório, qual é o nível de inflamação do indivíduo, o que está inflamando
nesse indivíduo. E nesse momento fundamental é mais importante
procurar os alimentos alergênicos e tirar todos.
Essas alergias, como eu falei, elas devem ser analisadas, por exames
de sangue, ou bioressonância, que é um método prático e que a gente
utiliza muito.
Sistema imunológico.
410
Capítulo 03 | Dr. Ubirajara de Carvalho
Por exemplo, existe muito radical livre no tumor, então como é que
nós vamos combater por exemplo, o primeiro ataque dos radicais li-
vres, a gente tem que ter uma disponibilidade muito boa no organismo
de vitamina C, vitamina E e etc para que essas superóxidos gerados na
mitocôndria, no metabolismo, e também para os ataques do vírus e
bactérias.
Avaliação hormonal.
Resistência à insulina.
411
PARTE V | Corpo e Mente
Mas você está toda a noite sem açúcar na boca, é que nem analisar
uma pessoa do coração que ele está sentado na sala de espera.
Não é para se iludir. É muito comum eu ter uma cliente que tem uma
glicose de 80 e poucos e que na carga vai mais de 200. Este exemplo
que eu passei, ele é diabético.
Radicais livres.
Atividade física.
Então tem que se fazer na vida para quem não sabe o que fazer: mo-
deração. É o princípio do meio. É isso que temos que fazer, depois da
moderação.
Avaliação psicológica.
Temos que ter cuidado em vários níveis. Então a atividade física que
eu hoje recomendaria é moderação, porque a quantidade excessiva de
radicais livres é gerada pelo exercício, porque a mitocôndria nossa onde
se faz energia, o ATP, alimenta a mitocôndria, e isso vai ser interes-
sante também no câncer, o que que vai acontecer: ela vai gerar quatro
coisas. ATP, que é energia, radicais livres, gás carbônico (CO2) e água.
412
Capítulo 03 | Dr. Ubirajara de Carvalho
dentro da mitocôndria.
Detox.
Foi muito bom. Então a lição que se tira para qualquer situação na
vida é aquela em que Confúcio dizia o seguinte: “Nós só devemos opi-
nar sobre aquilo que nós sabemos”.
A gente tem que ter muito cuidado com isso porque as coisas mudam
muito, elas evoluem muito. Há conhecimentos que são permanentes,
óbvio, não vai mudar mais. Agora, há coisas novas também.
413
PARTE V | Corpo e Mente
Outro dia dei uma aula na faculdade. Dei uma aula sobre ortomolecu-
lar, sobre homeopatia e sobre fitoterápicos.
E o que um professor disse para mim depois da aula? Fui, levei meus
livros para lá, fiquei falando com uns 20 alunos mais ou menos. E esse
professor depois me disse o seguinte:
“Eu nunca imaginei que tivesse tanta coisa escrita sobre isso, você
me deu um nó na cabeça que vou tentar tirar pelos por seis meses”.
Ele disse que para nós prevenirmos um tumor, temos que avaliar a
carência ou não de nutrientes.
414
Capítulo 03 | Dr. Ubirajara de Carvalho
Ele perdeu vinte quilos, de 99 para 78, estava com metástase no fí-
gado. Este senhor, o nome dele está no Hospital de Clínicas, reconhe-
cidíssimo pelo Estado.
O que aconteceu: ele não soube porque a mulher disse que ele não
teria coragem de enfrentar a doença. Achei uma ótima ideia. Disse que
ele tinha uma obstrução nas veias e que ia ficar bem.
Fiz um tratamento simples para ele. Ficou cinco anos curado, bem,
não voltou a metástase, uma coisa que ajudou. Ele tinha 99 quilos e
passou a ter 79. Aquela obesidade sumiu.
415
PARTE V | Corpo e Mente
mento de tudo, incluindo o câncer. Então você tem que ter muito cui-
dado com essa questão da insulina e muito rigor.
Vamos meditar, vamos orar, vamos viver uma vida mais saudável.
Para terminar, o que a gente precisa para viver bem e muito são três
coisas: inteligência, conhecimento e amor.
Esse é o recado.
Então câncer não é aquele bicho terrível que todo mundo pensa.
Nós temos que pensar que temos que combatê-lo, mas temos que
ajudar o organismo a vencê-lo.
416
Conceição Trucom
Conceição Trucom
Ficava pensando qual seria o futuro de cada um, o que eu tinha vindo
fazer aqui na Terra.
418
Capítulo 04 | Conceição Trucom
Vamos fazer tudo que precisamos para essa saúde “top” na nossa
vida. Isso tem a ver com do nosso estilo de vida.
419
PARTE V | Corpo e Mente
Eu, como pessoa, que também estou aqui encarnada, tenho um cor-
po físico, que também está exposta a todos os problemas do mundo
moderno: metais pesados, poluição, água poluída, e muita criminalida-
de.
Quando penso nisso, também penso que é muito legal estar nessa
profissão.
Meu hobby era estudar sobre a China antiga. Agora faz vinte anos
que esse hobby virou o que eu faço. Escrevo, tenho portal, estou com a
Jolivi, cercada de médicos integrativos… Então deu certo.
Para ser coerente, para poder ajudar as pessoas, para poder con-
tinuar estudando e poder garimpar saídas e luzes, eu acabo sendo a
primeira beneficiada.
420
Capítulo 04 | Conceição Trucom
Não só com ele, mas com outras doenças, como diabetes, que é ou-
tra doença do século.
O medo é legal porque você se enche de coragem e lida com ele. Você
digere o medo e o transforma em conquista. Mas o pânico te paralisa,
te engessa, te emburrece.
Primeiro de tudo, você não pode atropelar o seu pai, seu filho, sua
mãe porque os está querendo curar.
Então, a primeira coisa que eu falo é: “Por favor, vamos parar, vamos
aquietar porque você não vai ajudar a ninguém e muito menos a você
se não sair desse pânico”.
E aí, temos que entrar nesses caminhos de, não diria esperança, mas
de assertividade. A esperança é você lidar com uma coisa sobre a qual
você ora e fica esperando.
421
PARTE V | Corpo e Mente
possíveis, conversar com todos esses caminhos, ver quais são coeren-
tes e quais batem com seu coração. E, assim, você vai construindo uma
experiência.
E eu falo: “pera aí, todo mundo desencarna. Ninguém fica para se-
mente”.
Começa pelo não. Quando você começa pelo não, você já limpa
o terreno.
O não é mais fácil. Como não consumir açúcar, que é uma coisa óbvia,
sobre a qual todo mundo fala.
Então esse medo está ligado com saber que faz mal, mas não conse-
422
Capítulo 04 | Conceição Trucom
Daí os “sim” vão aparecer pela própria desintoxicação, que é essa sa-
ída, essa limpeza da gaveta, do armário e da vida que vai trazendo uma
clareza desse “sim”.
Então, são caminhos que proponho bem no início. Acho legal quando
o paciente chega e ele já recebe essas informações. Mas quando vem a
família, eu proponho que o paciente esteja junto.
423
PARTE V | Corpo e Mente
da cura.
Mas eu acho que isso precisa se ampliar, precisa crescer. Ainda esta-
mos com índices de pânico muito altos. Até porque a doença cresce. Ela
cresce porque não existe uma educação.
Tudo prontinho para virar um tumor que cresce e vira câncer. A ques-
tão é se a sua imunidade está preparada para não deixar essas células
se multiplicarem e crescerem a ponto de serem invasoras.
Mas tenho amigos à minha volta que tiveram câncer e que escreve-
ram livros sobre sua história.
Penso que uma das primeiras lições de uma doença crônica como
essa causa é que você é obrigado a parar em um mundo onde as pes-
soas estão altamente aceleradas.
É muito louco porque tenho amigo que fala: “o rio continua correndo
na mesma velocidade, na direção dele. A maçã dá no tempo certo que
está proposto, tudo na natureza tem o seu ritmo.”
424
Capítulo 04 | Conceição Trucom
Uma frase que me incomodava muito no começo, mas que hoje todo
mundo fala é: “como é que eu faço para me LIVRAR dessa doença?”
Quando eu ouvia isso, sentia uma facada no coração. Porque pensava
que não conseguia ajudar as pessoas a se livrarem de uma coisa. Não
tem como.
Muitas vezes o câncer está no pulmão, mas é o corpo inteiro que está
sofrendo, tudo está integralmente passando por um colapso.
A família pode ajudar de muitas formas, mas o doente tem que entrar
nessa entrega. Nesse desmontar. E conforme isso vai acontecendo,
alguma coisa se integra dentro do ser. E o sistema imunológico real-
mente começa a ter mais potência, e o holístico do processo começa a
fluir, a circular.
É como falo para as pessoas “quanto mais rápido”... “Ah, mas eu não
consigo ir rápido!”
425
PARTE V | Corpo e Mente
Eu sei. Tem casos que é preciso usar, que você realmente tem que
sair da zona de conforto, por isso que não quero extrapolar e genera-
lizar. Então tome cuidado com o que estou falando, escute bem. Não
vamos generalizar.
426
Capítulo 04 | Conceição Trucom
Mas, em paralelo, você precisa mudar seu estilo de vida. E, nesse es-
tilo de vida, está o desmontar.
“Ai, não consumo orgânico porque não minha cidade não tem”. Pera
aí. Vamos parar. Vamos procurar. Na sua cidade tem. É só você des-
montar que vai encontrar.
“Ai, é muito caro”. Calma. Desmonta. Você vai encontrar doação, vai
encontrar escambo, vai encontrar cooperativa.
O cognitivo não está à toa. Lógico que é para você estar mais presen-
te, quando você enxerga melhor, pode ter certeza de que seu sistema
hepático está melhor.
Então, esse cognitivo que se amplia te faz uma pessoa mais viva,
mais presente, mas é um termômetro de que lá dentro as coisas real-
mente estão passando por um processo de transformação muito lindo
e muito salutogénico.
A alimentação anticâncer.
Sinto que houve uma evolução. Mas, dentro da nutrição, existe mui-
to essa coisa de “beterraba tem isso, isso e isso, faz bem para isso.
Cenoura tem isso, isso e isso, faz bem para isso”. E as pessoas que
427
PARTE V | Corpo e Mente
escutam isso pensam: “ah, vou comer muita cenoura. “Ah, vou comer
muita beterraba.
E o que tem no seu bioma? O que tem à sua volta? Esses alimentos
são os mais poderosos.
Não adianta querer alface quando não está na época da alface. A al-
face que não está na época da colheita, está cheia de agrotóxico. Não
é o momento dela.
Tem coisas que você pode saber e não depende de onde você mora.
São três regrinhas que ensino.
428
Capítulo 04 | Conceição Trucom
isso, todo alimento acidificante é bom para câncer. Não é bom para
você. Ambientes ácidos não gostam de oxigênio.
Tudo que uma pessoa que tem câncer, tem histórico de família com
câncer ou já se curou precisa se cuidar. Tudo que ela tem que fazer é o
que a gente precisa fazer na salutogênese.
Então esses três pontos, não importa onde você estiver, são válidos
para remissão de qualquer doença. Seja ela crônica ou aguda. E ela vale
para a salutogênese.
Tem uma outra questão que gosto muito que é da Teoria da Alimen-
429
PARTE V | Corpo e Mente
Então, solo, lençóis freáticos, insetos, fauna, família e casa dele en-
tram em abundância. Entram em abundância de todo meu ambiente.
Essa é a abundância verdadeira.
Essa é uma doença cara, os médicos são caros, mas não tenha medo
disso.
430
Capítulo 04 | Conceição Trucom
entre em pânico.
E aí, eu falava: “tudo bem”. Você etiqueta os livros, tudo que estamos
levando e ajuda na cozinha? A maioria não aceita. Porque a pessoa quer
as coisas de graça e quer ficar sentadinha assistindo curso.
Eu sei que é difícil. O ser humano, na terceira dimensão, vai mais rá-
pido para escassez.
Mesmo que você não siga um estilo de vida tão perfeito, mas a mu-
dança na frequência vai te amparar.
Mas ela tomava esse suco brigando com marido. Maltratando a se-
cretária, se alterando. O suco está lá. Tudo de bom está lá. Só que você
não acessou a 89FM.
431
PARTE V | Corpo e Mente
É incrível. Você não sabe nada desse planeta. Como ela se regenera…
animal, insetos, diversidade incrível. Mas, para você acessar tudo isso,
precisa estar na frequência certa.
Para mim, ser cientista, ter pés no chão e reconhecer que realmen-
te existem alimentos que servem mais para determinadas doenças é
muito bom.
O que acho lindo, tanto nos plantios e em tudo na vida, é você respei-
tar o tempo da transição.
432
Capítulo 04 | Conceição Trucom
Até falo nas minhas palestras. Se eu recebesse 1 dólar para cada pa-
lavra “difícil” que ouço, estaria mais rica que Bill Gates.
Depois que eu falei isso, as pessoas pararam porque elas não que-
rem me enriquecer. Olha só. Esse é o discurso da escassez: é difícil,
estou fechado, não quero aprender, tenho medo do novo. Tudo isso é
ginástica neural, terapia do riso, uma dinâmica neurocientífica.
Quando você fala “vou investir”, “senti que meu coração aqueceu
quando você falou isso”, “vou procurar fornecedores”, “vou ler”, “vou
pesquisar no Google”… abriu! Ali você começa a fazer uma transição.
Aqueles links que mais deram vontade, eles se vão expandindo, você
vai criando essas redes, de pessoas e de conhecimento. É a transição.
É esse o caminho.
433
PARTE V | Corpo e Mente
Eu sempre falo que muita gente que diz “eu tenho domínio do meu
livre arbítrio, consigo fazer minhas escolhas”. Tem algumas coisas que
você pode fazer, sim, com assertividade, com coerência, com presença.
São coisas que podem mudar o resultado, mas tem coisas que você
não muda.
Eu não vou mudar nunca a cor dos meus olhos. A minha estatura. Ou
fato de ser branca nessa encarnação. Ou fato de ser mulher. Posso até
viver vários tons de cinza, mas eu nasci mulher e não mudo isso.
434
Capítulo 04 | Conceição Trucom
mas para ele voltar para essa condição que te salva, que não te deixa
morrer, ele gasta muita energia.
Então, nessas condições, o sistema imune lida muito bem com a si-
tuação por causa das bactérias, dos fungos e dos vírus chegam. Eles
são mais do bem porque estão no ambiente alcalino.
Pelo pH, você pode ter uma noção do quanto esse câncer está to-
mando conta do pedaço. Ambientes ácidos favorecem a invasão, ou
seja, fragilizam o corpo.
Você tem um sistema imune legal, mas todo dia você o ataca. “N”
vezes por dia. É como jogar tênis todo dia, oito horas, dez horas, doze
horas, isso vai causar uma lesão.
O sistema imune é muito bacana, mas como tudo na vida, você não
pode exagerar porque chega uma hora que todo mundo entra em es-
tresse.
435
PARTE V | Corpo e Mente
O limão, por exemplo, é ácido. Seu pH puro é 2,1. Ele sozinho, não faz
tão bem, mas quando você põe uma pitada de sal, você bate com uma
folha verde ou uma fruta da estação, ou seja, quando bem acompanha-
do, vai combinar o ácido cítrico, o ácido málico e os minerais que estão
ali na composição.
436
Capítulo 04 | Conceição Trucom
Plante brotos.
Quando você consome os brotos, eles passam coisas para você. Pri-
meiro, essa energia. Segundo, essa vontade de viver. E essa falta de
medo.
Isso porque o bebezinho quer crescer, quer dar certo, quer aprender,
quer respirar.
E ainda são de uma certa forma. Tem muito agricultor que tira todos
os inços, mas isso está mudando. Eu penso que para a alimentação,
principalmente das pessoas que estão nesse processo de transição,
que estão precisando de potência para fazer essa jornada da transição,
as PANCs são muito boas.
437
PARTE V | Corpo e Mente
Não quer dizer que seja só isso. Mas, por exemplo, dente-de-leão,
serralha, picão, picão preto, picão branco, peixinho, broto, cambuquira
do chuchu, do maracujá, da abóbora. Ninguém tem um hábito de comer
o próprio talo do mamoeiro. Se você corta, vira palmito. Vira cocada.
Ou, então, são partes de alimentos que você conhece. Mas que você
nunca comeu a cambuquira, nem a folha de chuchu, nem a cambuquira
do chuchu… entende? Então é bem abrangente.
Esse é o ponto um. Sobre o ponto dois já falei um pouco. São plantas
de extrema resistência e têm resiliência impressionante.
Aqui no Brasil, faz 500 anos que elas são desacreditadas mesmo.
438
Capítulo 04 | Conceição Trucom
Hoje em dia nós sabemos que o povo antigo as comia para não passar
fome. Então ficou com cara de “comida de quem passa fome”, mas hoje
os chefes gourmet fazem pratos incríveis com elas.
Eu não acho que PANCs sejam só para culinária. PANC é para o dia a
dia, para a nossa casa.
Mas para quem está na etapa de transição, ela representa isso: muito
fitonutrientes e uma energia, uma frequência de resistência e de supe-
ração.
Então, nas químicas de cura, a pessoa que chega muito doente ganha
broto da equipe de colaboradores que produz.
439
PARTE V | Corpo e Mente
Mas assim que a pessoa começa a ter mais autonomia, ela vai con-
sumir o broto que produzir porque o melhor broto é aquele que você
mesmo produz.
O girassol serve para te trazer essa vontade de viver, com essa vibra-
ção que o sol traz de querer sair, de querer socializar, de querer estar
mais “desnudo” em todos os sentidos.
Eu também gosto de alpiste porque tem muita gente dodói que não
consegue se ajoelhar. Sabe? Fica ali, não consegue se ajoelhar.
440
Capítulo 04 | Conceição Trucom
O bom desse caminho é que você acaba criando uma rede de rela-
cionamentos que depois você vai transbordar para outras pessoas que
precisam de colo.
441
HISTÓRIAS
DE SUPERAÇÃO
PARTE VI
Dr. Uronal Zancan
“Eu quero deixar bem claro o que qualquer pessoa sensata sabe, um
indivíduo que tem a saúde 100% nunca, nunca vai pegar câncer”
Mas a minha mente científica olhava os exames e dizia: tem que ope-
rar, é obrigado a operar. Eu tenho uma clínica grande, com 4, 5 grandes
cirurgiões de coluna, eles olhavam e diziam: “Você é louco? Isso aqui
tem que operar, você vai ficar com o braço paralisado.”
Mas a voz interior era mais forte. E eu resolvi arriscar. E pensei “já
que vou me curar, tenho que fazer alguma coisa pra isso”. E comecei
a estudar coisas para aumentar a minha saúde. Para proteger mais a
minha coluna, para viver uma vida um pouco melhor. E as dores foram
diminuindo.
444
Capítulo 01 | Dr. Uronal Zancan
Foi aí que eu decidi parar com tudo o que eu tinha estudado. Vocês
estão vendo aqui que eu tenho vários livros. Do lado de cá também.
Essa prateleira aqui era só de livros de medicina. Botei fora tudo. Quer
dizer, levei para a minha clínica e está lá na biblioteca. E comecei a
estudar somente saúde.
Eu nunca vou ter câncer, mas já tive. Eu tenho a pele muito branca,
tomei muito sol errado na vida. Tenho lesões na minha pele causadas
pelo acúmulo de raios errados, lesões que eu fiz no passado.
Estou fazendo com que esse retiro, que eu vá sair daqui melhor do
que entrei, me transforme todos os dias, a todo momento, numa pes-
soa melhor do que eu era.
Mente deve ser aliada da saúde.
445
PARTE VI | Histórias de superação
mia está causando. Eu não permito que a minha mente saia do aqui,
do agora, do presente, do foco com a melhoria para se preocupar com
as coisas que não estão acontecendo.
Um grande problema das pessoas que têm câncer é que elas entram
em parafuso, elas fogem da realidade. Entram no mundo da fantasia
negra, dos pesadelos, do terror.
É muito difícil uma pessoa com câncer pensar: “Eu tenho em mim
as forças naturais para me curar. Vou fazer o máximo possível para
aumentar a minha saúde e me curar”.
A pessoa pessimista pensa que tem que guardar energia para o cor-
po combater o câncer e não faz nada. E cada dia que ele fica sem fazer
exercício diminui as mitocôndrias dele.
446
Capítulo 01 | Dr. Uronal Zancan
Quer ter força, que o corpo tenha capacidade, com ATP, com energia
sobrando para combater. E como você aumenta? Aumentando as mi-
tocôndrias, fazendo exercícios. E quanto mais intenso for o exercício,
respeitando seus limites, mais aumentam as mitocôndrias.
Existem ações que eu possa fazer para aumentar cada vez mais a
minha saúde e me proteger cada vez mais do câncer. E existem ações
que eu possa fazer para diminuir a minha saúde, diminuir a minha
imunidade e eu pegar câncer.
O meu projeto é chegar aos 110 anos com o mínimo possível de en-
velhecimento. Eu chamo isso de ter uma longevidade saudável.
447
PARTE VI | Histórias de superação
A primeira coisa que você tem que fazer é estudar como aumentar
a saúde.
Tem que fazer tudo o que for possível para aumentar a saúde. Vou
448
Capítulo 01 | Dr. Uronal Zancan
Agora, tem uma coisa assim: o que é essa história de ordem de prio-
ridade? Então vamos voltar à caminhada, caminhada é bom para a
saúde? É.
Quanto mais forte for o meu corpo, mais forte é a minha célula mus-
cular e quanto mais forte for a célula muscular, mais forte é a célula de
todo o corpo. E quanto mais forte for a célula de todo o corpo menos
processo de mutação ela sofre, ela não vai se transformar em uma
célula neoplásica.
449
PARTE VI | Histórias de superação
As pessoas não investem 50 reais, 100 reais para fazer uma acade-
mia, mas vendem um apartamento para tratar o câncer. As pessoas
não estão interessadas a desenvolver saúde.
Porque quanto mais tempo se vive no mundo ocidental com esse es-
tilo de vida altamente danoso, que é o estilo de vida do brasileiro, cópia
do estilo americano, os índices de câncer continuam aumentando.
Essa pessoa vai vender sua casa, seu apartamento, para fazer um
tratamento caríssimo de câncer e na maior parte das vezes não vai
resolver.
Eu não digo que o tratamento não deva ser feito. Não digo que não
tenha que se investir tudo para tentar recuperar o câncer.
450
Capítulo 01 | Dr. Uronal Zancan
pessoa, não existe castigo divino. Não é assim que funciona a religião,
assim que pensa Deus.
O câncer acontece por perda de saúde. Não vai ter nenhum cientista
ou oncologista no mundo que vá dizer que o câncer não se manifes-
ta por perda de saúde. Ninguém nunca mostrou câncer numa pessoa
saudável.
Genética sozinha não determina destino.
Minha mãe teve câncer de intestino, minha avó paterna teve câncer
de intestino. Logo, eu tenho genética para ter câncer de intestino. Mas
eu tenho proteção contra isso.
Eu luto para chegar aos 110 anos com essa produtividade, com essa
lucidez.
Não sei se vou viver 110 anos, mas se eu viver, não vou morrer de
câncer de intestino. Se morrer antes por qualquer razão, vou morrer
sem desencadear o câncer de intestino. Porque não precisa ser mani-
festado, se eu continuar lutando para aumentar a minha saúde.
451
PARTE VI | Histórias de superação
A grande cura está dentro de si mesmo. E não sou eu que estou di-
zendo isso, assim como isso não é moderno. Hipócrates, pai da medi-
cina, já dizia, 500 anos antes de Cristo: “todos temos dentro de nós as
forças naturais para se curar”.
Se essa mulher lutar para aumentar muito a sua saúde, vai dar mais
condições para as forças naturais e se curar ou não? Claro que sim.
Então o grande processo, é: faça tudo o que pode para não desen-
volver o câncer.
452
Capítulo 01 | Dr. Uronal Zancan
O que come uma célula cancerosa? Sim, porque ela se alimenta. Qual
é o seu nutriente? Carboidrato. Célula cancerosa não come gordura.
Então qual é o primeiro passo para tratar o indivíduo que foi diag-
nosticado com câncer? Pare de alimentar a célula cancerosa já, elimine
todo o carboidrato.
Fui uma vez visitar um médico de Porto Alegre que tinha sido opera-
do por um câncer. Ele estava fazendo o pós-operatório na UTI, cheguei
no horário do almoço dele.
O que deram para ele comer? Canja de galinha. Olhei e tinha frango,
arroz (carboidrato), batata (carboidrato). Do lado do prato dele havia
um pãozinho, carboidrato dos piores.
Do lado havia uma fatia de pudim, pior ainda pois é doce. Na frente
havia um copo de suco de laranja, carboidrato puro.
Ou seja, não dá para culpar uma pessoa comum que come carboidra-
to se os melhores médicos, nutricionistas, além do próprio paciente
que era médico, estavam alimentando o câncer dele que havia sido
recém-operado.
Lute com todas as armas.
Existe o grupo de pessoas que não tem câncer, não tem histórico
familiar da doença.
Existem os que não têm câncer, mas têm histórico familiar, que é o
453
PARTE VI | Histórias de superação
Para o primeiro grupo eu diria que não é por que você não tem a
doença nem histórico familiar que ele não possa se manifestar.
A maior parte dos cânceres de mama são em mulheres e alguns ho-
mens que não tinham nenhum histórico familiar. Então ele pode se
manifestar.
E pode acontecer como ocorreu com minha mãe. Ela tinha uma boa
saúde, tinha pequenas doenças mas nenhuma que necessitasse de
remédio contínuo.
Mas ela passou por um grave estresse. Então ela tinha uma boa
saúde, passou por um estresse que durou vários dias que destruiu a
imunidade dela e manteve ela baixa por vários dias.
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Capítulo 01 | Dr. Uronal Zancan
Você deve dizê-la 2, 3, 4 vezes. Não importa que sua família te cha-
me de louco. Você está lutando pela sua vida.
E é você que tem que lutar, não seu médico ou sua família, seu tera-
peuta. É você. 8, 10, 12, 14, 16 horas por dia. Enquanto estiver acor-
dado. Lutando para aumentar a sua saúde.
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Mahana Cassiavillani
27 de novembro de 2018.
Foi quando perdi meu pai. Ele era viciado em Coca-Cola e vivia bri-
gando com a gente porque não fechávamos a tampa direito e todo gás
escapava. Hoje lembro disso com carinho. Ele adorava fritura, sempre
comia lanches em vez de comida de verdade. Além disso, ele trabalha-
va como metalúrgico e ficava exposto a todo tipo de toxinas e metais
pesados.
Meu relacionamento com ele não era muito bom. Quando começa-
mos a nos aproximar novamente, eu e minha irmã o convidamos para
uma pizza. Ao ver seu estado, choramos no estacionamento, era óbvio
que ele tinha algo muito grave. Meu pai perdeu 20 quilos em dois me-
ses. Ele, sempre de bom humor, brincava que tinha feito a bariátrica.
Começamos a levá-lo aos médicos, com medo do que estava por vir, aí
veio a notícia: câncer. Metástase por todo o corpo. A oncologista deu
três meses de vida. Ele morreu em menos de um mês.
Decidimos não contar nada para ele, mas ele estava tão debilitado
que não sei se ele sabia ou não. Essa dúvida me mortifica. Uma vez,
voltando de um exame, ele urinou no elevador, nem a própria bexiga
conseguia mais controlar. Foi desconcertante ver aquele homem tão
forte em uma situação tão humilhante.
Ele foi uma fortaleza, nunca desistiu. Até o fim, fazia planos para o
futuro sobre os quais conversávamos sabendo que nunca se realiza-
riam. Choro enquanto escrevo isso.
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PARTE VI | Histórias de superação
Meu pai morreu com 59 anos. Fiquei órfã aos 35. Pode parecer que
eu já tinha idade para “entender”, mas o luto nunca acaba.
A importância da informação.
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Capítulo 02 | Mahana Cassiavillani
Por isso, peço que faça uma coisa que não fiz, pesquise. Aprenda: há
muito mais por aí além dos tratamentos convencionais. A sua história
pode ser diferente da minha. Cuide de si e dos que ama. Depois que
eles nos deixam só resta a saudade.
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Vitor Caruso Jr.
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PARTE VI | Histórias de superação
Eu não tinha tempo para os meus amigos, não tinha tempo para
falar com as pessoas de que eu gostava. Eu não fazia as coisas que
achava importante. Eu não tinha a minha vida organizada de acordo
com aquilo em que acreditava.
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Capítulo 03 | Vitor Caruso Jr.
Eu não sabia porque era sempre a meta dos próximos três meses.
Quando reconheci isso, fiz um acordo espiritual. Eu disse que, se tives-
se uma prorrogação, minha vida seria dedicada ajudar os outros, não
seria mais para mim. E eu usaria minha vida como exemplo.
463
PARTE VI | Histórias de superação
Ele falou: “Eu não posso te liberar do tratamento a não ser que você
escreva uma carta de próprio punho dizendo que por tua livre e espon-
tânea vontade está abandonando o tratamento.”
464
Capítulo 03 | Vitor Caruso Jr.
Quando ele fez isso, disse: “Só queria te dizer uma coisa, se eu esti-
vesse no seu lugar, eu estaria fazendo igual.”
O sistema que não valoriza a saúde.
Veja bem, não estou condenando a classe médica. Eles também são
vítimas do processo de retroalimentação do sistema. Nós precisamos
dos médicos, nós precisamos das empresas farmacêuticas.
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PARTE VI | Histórias de superação
Ele conta que o Dalai Lama nos faz acreditar no milagre da aten-
ção. A capacidade de alguém sentar na sua frente e estar plenamente
atento, prestando atenção em você.
466
Capítulo 03 | Vitor Caruso Jr.
cido, tem uma cena que retrata isso. Um dia, indo para um seminário,
ele cuprimenta a camareira. E o faz de uma maneira tão atenta que a
camareira fica muito feliz de ter um hóspede que presta tanta atenção
nela.
Dom Helder Câmara tinha escrito para Thich Nhat Hanh sobre a ad-
miração do trabalho dele aqui do Brasil.
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PARTE VI | Histórias de superação
Luther King foi o mais jovem ganhador do prêmio Nobel da Paz. An-
tes de sofrer o atentado, Luther King escreve uma carta para Noruega
que diz o seguinte: “Se o prêmio Nobel da Paz é merecedor de seu
nome, ele deve ser dado a esse monge vietnamita.”
Era realmente uma pessoa que tinha uma história, que tinha vivido
coisas, como a questão da guerra do Vietnã e das famílias sendo atira-
das ao mar. O trabalho de resgate de famílias. O fato dele ser exilado e
não poder voltar para o Vietnã.
Ele sorri para a pessoa e pergunta: “Eu gostaria que você me disses-
se em qual momento da minha fala, eu deixei de falar de Jesus.”
468
Capítulo 03 | Vitor Caruso Jr.
Porque ele sabia que a questão não está nos rótulos, mas naquilo
que a gente sente e vive. Então, eu comecei a acompanhá-lo. Fiz vários
retiros. Ele gostava de fazer retiros longos, de 20 dias, o retiro mais
curto que fiz com ele foi um retiro de 10 dias. Eu aprendi muito sobre a
meditação e sobre o budismo com Thich Nhat Hanh.
Por último, quero falar Lino Miele, que é um professor da Itália e foi
o principal do Pattabhi Jois, no Ashtanga Yoga, uma prática específica,
que remonta ao principal yogue do século 20, o Krishnamacharya.
469
PARTE VI | Histórias de superação
O que medita leva para o terapeuta o esquete pronto, ele leva a es-
trutura pronta para a análise. A capacidade de ir além nessas análises
é muito maior.
Esse é um exemplo. As pessoas à sua volta vão ter uma posição con-
servadora porque temem o que não conhecem. Quando você tende a
se mover, existe uma energia contrária de conservadorismo daqueles
que estão à sua volta.
470
Capítulo 03 | Vitor Caruso Jr.
Mãe de família não consegue mudar porque o marido não quer mu-
dar, porque o filho não quer mudar. Transformação não é uma coisa
fácil. As forças de conservadorismo a nossa volta são muito grandes.
Mas nós pegamos o barro, por causa das nossas crenças e da educa-
ção que recebemos e o moldamos de maneira muito limitada.
A vida chama, mas às vezes não escutamos.
Mas dentro do seu espaço com prazo, com emprego, com forma-
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PARTE VI | Histórias de superação
Sair desse trilho e usar nossa liberdade não é tão simples, requer
trabalho, dedicação, desenvolvimento de consciência e esforço. Existe
um chamado para a sua transformação. A vida chama. “Olha, abre o
olho”.
Mas situações como o câncer te fazem perceber que você não tem o
controle O câncer tem essa mensagem clara de que algo está errado
na sua história.
Você já deve ter ouvido a expressão Pai Nosso. Ela existe porque
quem nos ensinou sabia que essa era uma forma de as pessoas com-
preenderem que o desejo de um pai é a realização do filho.
Pergunte para sua mãe e para o seu pai quais foram os dias de maior
alegria deles. O dia em que ele se emociona está ligado à realização de
um filho. Então Ele nos ensina isso. O pai deseja sua realização. E como
pai, Ele, criador; a gente, criatura. Nós teríamos que cuidar mais dos
nossos potenciais para poder entrar em harmonia com o desejo do Pai.
Mas a gente não se cuida, deixa para lá, pensa que depois vê a ques-
tão da saúde, depois vê capacidade de aprender.
É tudo um “deixa pra lá”.
Isso não é a realização do seu potencial. Você deixa o seu pai triste.
Para quem é pai é muito claro isso. A gente vê nosso filho miudinho,
com medo, com receio. O pai e a mãe sentem o coração cortado. O
criador não iria querer o mal da criatura.
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Dr. Renato Manguelo
Falei: Sim, ajudar com quê? É que meu marido tá muito doente.
Sim, mas aqui no Butantan a gente só faz pesquisa. Eu não tenho como
tratar o seu marido.
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Capítulo 04 | Dr. Renato Manguelo
Dr., qualquer dúvida que você botar na minha cabeça vai ser melhor do
que a certeza que eu tenho de que daqui a três meses, eu não vou ter mais
o meu marido para abraçar.
Eu devo a minha vida a meus estudos. Foi muito difícil conseguir en-
contrar um laboratório que aceitasse o que eu estava propondo.
Eu tive um paciente com seis anos de idade. Eu falei para ele que
precisaria fazer quimioterapia, mas o menino se negava. Mas acabou
fazendo.
O paciente não pode comer açúcar, não pode tomar leite, não pode
comer carne vermelha. Se ele fizer isso, nada dos meus tratamentos,
nem de nenhum colega nosso que vai seguir a mesma linha, vai fun-
cionar.
475
PARTE VI | Histórias de superação
Então, a primeira coisa que eu digo é: a dieta precisa ser muito rígida.
Se você gosta de sorvete, não pode tomar sorvete. Se você gosta de
doce, não pode comer doce. Se você gosta de refrigerante, não pode
tomar refrigerante.
Se você gosta de glúten, não pode glúten. Se você gosta de bolo, não
pode bolo. Não pode embutido, carne vermelha, mas pode frango, ovo,
peixe e carne vermelha uma vez por semana.
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Capítulo 04 | Dr. Renato Manguelo
Aí falam que o paciente não deve tomar a fosfo. Mas por que o pa-
ciente não deve tomar a fosfo? Se eu tenho um intuito de tratar um
paciente terminal, como eu era terminal, por que não tomar?
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Texto: Cairo
Tiragem: 5.000