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1.

INTRODUÇÃO

Opresente trabalho tem como tema « Dinâmica de defesa orgânica ». O mesmo


pretende de uma forma resumida , destacar os pontos mais pertinentes do tema em
questão,visto que é um tema muito impoetante para nós como estudantes da área de
Saúde.
A inflamação é uma resposta à infecção ou lesão tecidual que ocorre para
erradicar microrganismos ou agentes irritantes e para potenciar a reparação tecidual.
Quando activada de forma excessiva ou persistente, a inflamação pode causar o
comprometimento de órgãos e sistemas, levando à descompensação, disfunção orgânica
e morte.
O sistema imune, ou sistema imunológico, é um conjunto de órgãos, tecidos e
células responsáveis pelo combate a microrganismos invasores, impedindo, assim, o
desenvolvimento de doenças. Além disso, é responsável por promover o equilíbrio do
organismo a partir da resposta coordenada das células e moléculas produzidas em
resposta ao patógeno.

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2.OBJECTIVOS
Nenhum pesquisador poderá ter êxitos no seu trabalho, se não traçar as metas a
atingir. Sendo assim, para o estudo que pretendemos realizar, formulamos os seguintes
objectivos:

2.1. Geral:

 Compreender a dinamica de defesa do organismo

2.2. Específicos:
Descrever os seguintes subtemas:

 Tipos de iflamação;
 Dinamica inflamatória;
 Ligasão entre a resposta inflamatória e imunulógica;
 Inflamação granulomatosa;
 Anatomia patológica da inflamação.

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3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1.Dinâmica de defesa orgânica


No organismo, existem mecanismos de defesa naturais que o protegem das
agressões impostas por diferentes agentes que entram em contato com suas diferentes
estruturas. Ao longo da vida, são produzidas células alteradas, mas esses mecanismos de
defesa possibilitam a interrupção desse processo, resultando em sua eliminação. A
integridade do sistema imunológico, a capacidade de reparo do DNA danificado por
agentes cancerígenos e a acção de enzimas responsáveis pela transformação e
eliminação de substâncias cancerígenas introduzidas no corpo são exemplos de
mecanismos de defesa.(ABBAS, Abul K.; PILLAI,Shiv);
Esses mecanismos, próprios do organismo, são na maioria das vezes
geneticamente predeterminados, e variam de um indivíduo para outro. Esse fato explica
a existência de vários casos de câncer numa mesma família, bem como o porquê de nem
todo fumante desenvolver câncer de pulmão.(ABBAS, Abul K.; PILLAI,Shiv);
O sistema imunológico desempenha um importante papel nesse mecanismo de
defesa. Ele é constituído por um sistema de células distribuídas numa rede complexa de
órgãos, como o fígado, o baço, os gânglios linfáticos, o timo e a medula óssea, e
também circulando na corrente sanguínea. Esses órgãos são denominados órgãos
linfoides e estão relacionados com o crescimento, o desenvolvimento e a distribuição
das células especializadas na defesa do corpo contra os ataques de "invasores
estranhos". Dentre essas células, os linfócitos desempenham um papel muito importante
nas actividades do sistema imune, relacionadas às defesas no processo de
carcinogênese.(ABBAS, Abul K.; PILLAI,Shiv).

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3.2.Inflamação e imunidade
A inflamação é uma resposta fisiológica do organismo ao dano tecidual local ou
a uma infecção. A resposta inflamatória faz parte da resposta imune inata e, por isso,
não é uma resposta específica, mas ocorre de maneira padronizada independente do
estímulo. O processo inflamatório envolve várias células do sistema imune, mediadores
moleculares e vasos sanguíneos. (LIMA, Rafael Rodrigues).
A função da inflamação é eliminar a causa inicial da lesão, coordenar as
reacções do sistema imune inato, eliminar as células lesadas e os tecidos danificados
para iniciar a reparação dos tecidos e restaurar a função.(ABBAS, Abul K.;
PILLAI,Shiv).
A imunidade é o mecanismo de defesa do organismo contra substâncias
estranhas (antígenos). O sistema imunológico é o sistema responsável por desencadear
esse processo de defesa e manter, assim, o equilíbrio e bom funcionamento do
organismo.
A imunidade pode ser classificada de diversas formas. Entre elas, podemos
destacar a imunidade inata, presente em indivíduos saudáveis; e a imunidade adquirida,
que ocorre após contacto com um agente invasor e é específica contra esse agente. Para
ter-se uma boa imunidade, é importante, por exemplo, a presença de uma alimentação
saudável. (LIMA, Rafael Rodrigues). A resposta inflamatória se divide em dois tipos:
inflamação aguda e inflamação crónica.( PILLAI,Shiv).

3.3.Inflamação aguda
A inflamação aguda é caracterizada por uma série de eventos relacionados, entre
os quais aumento no fluxo sanguíneo, permeabilidade vascular e exsudação de líquido
derivado do sangue na região afectada, além do acúmulo de leucócitos e proteínas
plasmáticas. A inflamação aguda pode se desenvolver em questão de minutos a horas e
durar dias. (LIMA, Rafael Rodrigues).

3.3.1.Sinais e sintomas da inflamação aguda


Cornelius Celsus postulou os quatro sinais cardeais da inflamação e
redescobertos em 1443 pelo Papa Nicolas V.
 Rubor: Hiperemia /Reflexo axônico pela diminuição de impulsos
vasoconstrictores
 Calor: Perceptível nas superfícies corporais. Pela hiperemia e aumento
do metabolismo local.

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 “Tumor”: Decorre do aumento da permeabilidade vascular (edema).
Pode determinar aumento do volume hídrico local em até 5 ou 7 vezes.
 Dor: Causada pela irritação química nas terminações nervosas e pela
compressão mecânica (edema)
 Perda de Função: Com o progresso a inflamação há concomitante perda
da função do local acometido. Por isso, foi incorporada por Rudolf
Virchow em 1858 como sinal cardeal da inflamação.

3.4.A inflamação crónica 
A inflamação crónica é um dos dois tipos de inflamação que podem acometer
uma pessoa ao longo da vida. A inflamação em si é um processo de luta do corpo contra
aquilo que ele entende como prejudicial – tais como infecções, lesões e toxinas –, na
tentativa de se autocurar.

3.4.1.Sintomas
 Fadiga
 Febre
 Aftas
 Erupções cutâneas
 Dor abdominal
 Dor no peito
Esses sintomas podem variar de leves a severos e perdurar por vários meses ou
anos. (LIMA, Rafael Rodrigues).

3.5.Dinâmica inflamatória
A Dinâmica inflamatório caracteriza-se como um mecanismo de defesa do
organismo, e esta defesa constitui na acção de destruir (fagocitar), diluir (plasma
extravasado) e isolar (malha de fibrina) o agente agressor, além de que inicia o processo
reparativo de cicatrização e regeneração deste tecido que foi lesionado.  
A inflamação pode lesar o próprio organismo de uma maneira mais nociva que o
próprio agente agressor, e um exemplo disto é a artrite reumatoide na medicina humana
e alguns tipos de pneumonia. (Robbins, patologia básica, 2013).

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3.6.A ligação entre a resposta inflamatória e a resposta imunológica
A resposta inflamatória inclui a participação de diferentes tipos celulares, tais
como neutrófilos, macrófagos, mastócitos, linfocitos, plaquetas, células
dendríticas,células endoteliais e fibroblastos, entre outras.
A resposta imune sofre influência do estresse oxidativo e processos
inflamatórios. A inflamação e o estresse oxidativo também contribuem para o
funcionamento normal do corpo humano. Em particular, o estresse oxidativo
desempenha um papel essencial nos processos mitocondriais. (Robbins, patologia
básica, 2013).
A imunidade inata estimula as respostas imunes adaptativas e pode influenciar a
natureza das respostas adaptativas para torná-las optimamente efectivas contra
diferentes tipos de microrganismos. Assim, a imunidade inata não actua somente em
funções defensivas logo após a infecção, mas também fornece sinais que alertam o
sistema imune adaptativo para responder. (Robbins, patologia básica, 2013).

3.7.A expressão local e a expressão sistémica da inflamação


Embora a reacção inflamatória se manifeste localmente, ela envolve o organismo
como um todo, com a participação dos sistemas nervoso e endócrino na regulação do
processo e o aparecimento de manifestações gerais, dentre outras a febre, leucocitose,
taquicardia, fibrinólise e alterações na bioquímica do sangue. (Camilla Akemi
Akabane).
A Inflamação Sistémica, é a reacção inflamatória desencadeada pelo organismo
frente a qualquer agressão seja ela de natureza infecciosa ou não-infecciosa.
Caracteriza-se pela presença de ao menos dois dos seguintes critérios clínicos:
1. Temperatura corporal > 38,5 °C (febre) ou <35 °C (hipotermia)
2. Frequência respiratória > 20 incursões respiratórias/minuto (hiperpneia
ou taquipneia) ou uma pressão parcial de CO2 no sangue arterial < 32mmHg.
3. Frequência cardíaca > 90 batimentos cardíacos/minuto.
4. Aumento ou redução significativos do número de células brancas
(leucócitos) no sangue periférico (>12.000 ou <4.000 células/mm3)

3.8.Inflamação granulomatosa
A inflamação granulomatosa, ou inflamação crónica específica, é uma
apresentação distinta de inflamação crónica, apresentada em casos de agentes agressores
difíceis de serem erradicados.

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Ela é caracterizada pela formação de granulomas, que nada mais são do que uma
aglomeração de células de defesa na tentativa de conter o agente agressor. ( Camilla
Akemi Akabane).

3.8.1.Morfologia do granuloma
Os granulomas se caracterizam pela presença de uma agregação de macrófagos
morfologicamente alterados, eosinofílicos, adquirindo formato achatado e com os
limites intercelulares pouco evidentes, sendo assim chamados de celulas epitelioides.
Muitas vezes as células epitelioides se fundem formando células gigantes de corpo
estranho ou células gigantes de Langhans. Essas células multinucleadas diferenciam-se
pela disposição de seus núcleos no citoplasma. Enquanto células de Langhans
apresentam núcleos dispostos perifericamente, as de corpo estranho têm seus núcleos
desorganizados. O agregado de macrófagos é rodeado por um anel de leucócitos
mononucleados, linfócitos em sua maioria. Nos casos de granulomas mais velhos,
evidencia-se a formação de uma camada fibrosa mais externa, composta por fibroblastos
e tecido conjuntivo. ( Camilla Akemi Akabane).

3.8.2.Tipos de granuloma
Tendo como base a patogênese, existem dois tipos de granulomas que são
Granuloma de corpo estranho e granuloma imune
 Granuloma de corpo estranho ocorre na presença de corpos estranhos
relativamente inertes de difícil fagocitose, como fios de sutura. As células epitelioides e
as de corpo estranho se acumulam ao redor do material estranho.
Granuloma imune ocorre em alguns casos específicos, geralmente infecciosos. O
agente indutor do granuloma é dificilmente eliminável, ativando uma resposta
imunológica mediada por linfócitos T CD4, principalmente TH1. Essa resposta
imunológica recebe o nome de Hipersensibilidade do Tipo Tardia, ou inflamação
imune. (LIMA, Rafael Rodrigues).

3.8.3.Doença granulomatosa
Doenças granulomatosas são caracterizadas pela formação de granulomas. São
exemplos de granulomatoses:
 Tuberculose
 Sarcoidose
 Blastomicose
 Brucelose

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 Sífilis
 Lepra

3.9.Anatomia patológica da inflamação

Broncopneumonia. Pneumonia lobar. Exsudato Apendicite aguda. Inflamação aguda


Exsudato seroso (A. fibrino-purulento (A. 64) flegmonosa (A. 50)
209)
Microabscessos no Traqueíte diftérica Enterocolite necrosante (A. 47)
miocárdio  (inflamação aguda (inflamação aguda
(A. 328) pseudomembranosa pseudomembranosa crostosa) 
difteróide (A. 117/119)
Aortite sifilítica Tuberculose linfonodal Esquistossomose hepática
(inflamação crônica (inflamação crônica (inflamação crônica granulomatosa)
inespecífica) (A. 94) granulomatosa) (A. 63) (A. 237)
Granuloma de corpo Granuloma de corpo Leptomeningite em organização
estranho estranho a fio cirúrgico (A. (tecido de granulação, reparo)
(A. 13) 13a) (A. 76)
Fibrose em Tuberculose pulmonar Tuberculose produtiva em
granulomas na exsudativa  linfonodos (A. 63)
tuberculose (A. (A. 183)
112/113)
Tuberculose produtiva Nódulo pulmonar Hanseníase incaracterística (A. 1)
em processo de cura tuberculoso calcificado (A.
(A. 112/113) 230/235)
Hanseníase Hanseníase virchowiana (A. Hanseníase virchowiana (coloração
tuberculóide (A. 2) 3) de Ziehl) (A. 184)
Hanseníase Hanseníase virchowiana em Hanseníase tuberculóide em nervo
virchowiana no baço nervo (A. 36/38) (A. 383)
(A. 36/38)
Cancro duro sifilítico Pneumonia alba na sífilis Paracoccidioidomicose em traquéia e
(A. 232) congênita (A. 74) linfonodo (A. 211/217)
Criptococose Criptococose cerebral (A. Leishmaniose cutâneo-mucosa 
pulmonar (A. 279A) 279B) (A. 86)
Leishmaniose visceral Cistite eosinofílica (A. 215) Glomerulonefrite aguda difusa 
(baço)  (A. 140)
(A. 144)
Poliarterite nodosa  (A. Reação de Mitsuda positiva Candidíase renal na AIDS (A. 338)
333) (A. 4)
Rejeição aguda celular
em transplante renal
(A. 370)

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4.CONCLUSÃO
A inflamação é um mecanismo de defesa do organismo contra agressões, pois
propicia o acúmulo e activação de células fagocitárias no local da injúria, o que
contribui para a eliminação de microorganismos. É também essencial para a restauração
dos tecidos, sendo que a cicatrização não ocorre sem inflamação.
O sistema imune é responsável por proteger o organismo contra qualquer tipo de
infecção. Dessa forma, quando um microrganismo invade o organismo, o sistema
imunológico é capaz de identificar esse patógeno e activar mecanismos de defesa com o
objectivo de combater a infecção.

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5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ABBAS, Abul K.; PILLAI,Shiv; LICHTMAN, Andrew H.. Imunologia:Celular e


Molecular. 9 ed. Rio De Janeiro: Editora Elsevier Ltda, 2019. 
2. LIMA, Rafael Rodrigues et al . Inflamação em doenças neurodegenerativas. Rev.
Para. Med.,  Belém ,  v. 21, n. 2, p. 29-34,  jun.  2007 . 
3. Kumar V, Abbas AK, Aster JC. Robbins Patologia Básica. 9º ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013. p. 55-56.
4. Filho GB. Bogliolo Patologia. 8º ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2011. p. 212-215.
5. Grossman S, Porth CM. Porth Fisiopatologia. 9º ed. Rio de Janeiro: Guanabara,
2016. p. 513

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ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO..............................................................................................................1

2.OBJECTIVOS................................................................................................................2

2.1. Geral:......................................................................................................................2

2.2. Específicos:.............................................................................................................2

3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................3

3.1.Dinâmica de defesa orgânica...................................................................................3

3.2.Inflamação e imunidade...........................................................................................4

3.3.Inflamação aguda.....................................................................................................4

3.3.1.Sinais e sintomas da inflamação aguda.............................................................4

3.4.A inflamação crónica...............................................................................................5

3.4.1.Sintomas............................................................................................................5

3.5.Dinâmica inflamatória.............................................................................................5

3.6.A ligação entre a resposta inflamatória e a resposta imunológica...........................6

3.7.A expressão local e a expressão sistémica da inflamação.......................................6

3.8.Inflamação granulomatosa.......................................................................................6

3.8.1.Morfologia do granuloma.................................................................................7

3.8.2.Tipos de granuloma...........................................................................................7

3.8.3.Doença granulomatosa......................................................................................7

3.9.Anatomia patológica da inflamação........................................................................8

4.CONCLUSÃO................................................................................................................9

5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................10

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