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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

ENGENHARIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

DOCENTE: EDINALDO TEIXEIRA

DISPLINA: FISICA II

JANYNNA THAIANE DA SILVA FARIAS

TEMPERATURA, CALOR E A PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

SALINÓPOLIS
2021
A termodinâmica estuda a energia térmica de um sistema, bem como suas
aplicações. De acordo com a área, o aumento ou a redução desta energia produz
alterações no sistema. Engenheiro mecânico, aquecimento do motor de um carro;
Nutricionista, aquecimento/resfriamento de alimentos; Geólogos, aquecimento;
Médicos, temperatura interna do corpo humano.

1. TEMPERATURA

A temperatura é uma das sete grandezas fundamentais do SI. Ela é medida em


Kelvin (K) no SI, cujo limite inferior é 0K (zero absoluto) nesta escala.

2. LEI ZERO DA TERMODINÂMICA

As propriedades de muitos corpos variam quando alteramos suas temperaturas. De


acordo com esta lei: Se dois corpos A e B estão em equilíbrio térmico com um terceiro
corpo T, estão em equilíbrio térmico entre si.

Figura 1: O corpo T (um termoscópio) e o corpo A estão em equilíbrio térmico. O corpo T e o


corpo B também estão em equilíbrio térmico e produzem a mesma leitura do termoscópio. Se
isso for verdadeiro, a lei zero da termodinâmica estabelece que os dois corpos também estão em
equilíbrio térmico.

Quando um termômetro e um objeto são postos em contato, entram em equilíbrio


térmico após um certo tempo. Depois que esse equilíbrio é atingido a leitura do
termômetro é tomada como a temperatura do objeto. Se os corpos A e B são cada um
em equilíbrio térmico com a T do corpo, então A e B estão em equilíbrio térmico com o
outro. A declaração acima é conhecida como a lei zero da termodinâmica ".

3. MEDINDO A TEMPERATURA
3.1. Ponto Triplo da água
Nesta seção, vamos definir a temperatura na Escala Kelvin. Em seguida, calibrar um
termoscópio e assim, convertê-la em um termômetro. Embora a temperatura de um
corpo não tem um limite superior, ele tem um limite inferior que definem a ser o zero da
escala Kelvin.

Para configurar uma escala de temperatura temos que escolher um fenômeno


reprodutível térmica e arbitrariamente atribuir uma temperatura Kelvin para este
fenômeno. Fenômeno térmico no qual coexistem água (líquido), gelo (sólido) e vapor
de água (gás) em equilíbrio térmico, conforme mostra a figura. Por acordo internacional
a temperatura desta mistura foi definida como 273,16K.

Figura 2: Uma célula de ponto triplo, na qual gelo (Ice), água (Water) e vapor estão em
equilíbrio térmico. Por acordo internacional, a temperatura desta mistura foi definida como
273,16 K. O bulbo de um termômetro de gás a volume constante é mostrado no centro da célula.

Exemplos são o ponto de congelamento e o ponto de ebulição da água à pressão


atmosférica. Acontece que o ponto triplo da água é mais fácil de reproduzir e é assim
escolhido para definir a escala Kelvin. O ponto triplo de água é definido como a
temperatura onde há a coexistência de água em estado sólido, líquido e gasoso a uma
certa temperatura e pressão. a temperatura a este ponto é considerada como sendo
T 3=273,16 K .

3.2. Termômetro de gás e volume constante

Na figura é mostrado um termômetro de gás constante volume. É constituída por


uma ampola de vidro contendo um gás. O bulbo é ligado a um manómetro de mercúrio.
A temperatura T do banho em torno da lâmpada é medida como se segue:
Figura 3: Um termômetro de gás a volume constante, com o bulbo imerso em um líquido cuja
temperatura T se pretende medir.

Termômetro padrão, em relação ao qual todos os outros termômetros devem ser


calibrados. Está baseado na pressão de um gás em um volume fixo. Consiste em um
bulbo de gás conectado por um tubo a um manômetro de mercúrio. Levantando ou
abaixando o reservatório R, o nível de mercúrio no braço esquerdo do tubo em U pode
sempre ser levado ao zero da escala para manter o volume do gás constante (variações
no volume do gás podem afetar as medidas de temperatura).

A temperatura de qualquer corpo em contato com o bulbo do termômetro é dada por:

T =C p

Onde p é a pressão exercida pelo gás e C é uma constante. A pressão pode ser dada:

p= p 0−ρgh

Onde p0 é a pressão atmosférica ρ é a densidade do mercúrio no manômetro e h é a


diferença entre os níveis de mercúrio medida nos dois braços do tubo.

Se introduzirmos o bulbo do termômetro em uma célula de ponto triplo, a temperatura


será:

T 3=C p3
Onde p3 é a pressão no ponto triplo. Eliminando C entre as equações:

T =T 3
( pp )=273,16 K ( pp )
3 3

Mesmo que os gases sejam diferentes dentro do bulbo do termômetro, para


pequenas quantidades, as leituras convergem para uma única temperatura. A fim de
obter resultados consistentes devemos nos certificar de que o gás quantidade no interior
da lâmpada e pequeno. A receita para se medir a temperatura com um termômetro de
gás é:

T =273,16 K ¿

Sob estas condições a leitura termômetro não depende que tipo de gás é usado no
interior da lâmpada.

4. AS ESCALAS CELSIUS E FAHRENHEIT

Popularmente, a escala Celsius é a mais utilizada, mas cientificamente, Celsius é a


escala mais usada. O Grau Celsius tem o mesmo tamanho que o Kelvin. A relação
dessas escalas é dada equação:

T C =T −273,15 °

A escala Fahrenheit usada nos Estados Unidos, emprega um grau menor que o
grau que a escala Celsius e um zero de temperatura diferente: 0 ° C=32° F . A relação
entre as duas escalas de temperatura é:

9
T F = T C +32°
5

5. DILATAÇÃO TERMICA
5.1. Dilatação Linear

Se a temperatura de uma barra de metal de comprimento L é aumentada por uma


quantidade ∆ T , o seu comprimento também aumenta por uma quantidade:

∆ L=Lα ∆ T
O termo α é conhecido como o coeficiente de expansão linear e depende o
material da haste. A constante α não altera muito com a temperatura. Assim, por mais
prático fins que pode ser tomada como uma constante.

5.2. Dilatação Volumétrica

Se todas as três dimensões de um sólido expandir com a temperatura, o volume


também se expande. A temperatura de um sólido ou de um líquido cujo volume é V for
aumentada de uma quantidade ∆ T , observamos que o aumento de volume
correspondente é:

∆ V =Vβ ∆ T

onde β é o coeficiente de expansão volumétrica do sólido ou líquido. O termo


conhecido como o coeficiente de expansão de volume.

Os coeficientes de dilatação volumétrica β e de dilatação linear α de um sólido


estão relacionados através da equação:

β=3 α

Comportamento anômalo da água: Acima de 4°C ela se expande como qualquer


outro líquido e entre 0 e 4° a água se contrai com o aumento da temperatura.

6. TEMPERATURA E CALOR

Uma variação na Temperatura está associada a variação da energia térmica (energia


interna) do sistema por causa da transferência de energia entre ele e suas vizinhanças.

Figura 4: Se a temperatura de um sistema é maior que a temperatura ambiente, como em (a),


uma certa quantidade Q de calor é perdida pelo sistema para o ambiente para que o equilíbrio
térmico (b) seja restabelecido. (c) Se a temperatura do sistema é menor que a temperatura
ambiente, uma certa quantidade de calor é absorvida pelo sistema para que o equilíbrio térmico
seja restabelecido.
Considere dois objetos, um é chamado o "sistema" e o outro "meio ambiente". A
energia transferida entre um sistema e seu meio devido a uma diferença de temperatura
é chamada de calor e simbolizada pela letra Q . Se a temperatura do sistema é maior do
que a temperatura ambienteT S >T E , então energia transferida do sistema para o
ambiente é Q<0 , que será negativa. Se T S=T E , quando as temperaturas do sistema e do
meio são iguais, então não temos transferência de calor, logo Q=0. Se T S <T E o calor
é transferido a partir do ambiente para o sistema, temos Q>0 , que será positiva.

A energia também pode ser transferida entre um sistema e seu meio na forma de
trabalho W , através de uma força que atua no sistema.

Algumas definições:

 Caloria (cal), quantidade de calor que aumenta a temperatura de 1g de água de


14,5° C para 15,5° C.
 Btu (unidade térmica britânica), quantidade de calor que aumenta a temperatura
de 1lb de água de 63° F para 64° F.
 A partir de 1948, o calor passou a ter a mesma unidade de trabalho (energia
transferida).

1 cal=4,1868 J

7. A ABSORÇÃO DE CALOR POR SÓLIDOS E LÍQUIDOS


7.1. Capacidade térmica

A capacidade térmica de um objeto é a constante de proporcionalidade entre o calor


Q que o objeto absorve ou perde e a variação de temperatura ∆ T resultante do objeto,
ou seja:

Q=C ∆ T =C (T f −T i)

Onde T f e T i são as temperaturas final e inicial do objeto. A capacidade calorífica C tem


unidade de energia por grau ou energia por kelvin. A constante de proporcionalidade C
é conhecido como o "calorífica capacidade".

Ex: 120 cal/C ° ou 179cal /K ou 749 J / K


7.2. Calor específico

A capacidade de calor C de um objeto é proporcional à sua massa m. Assim, a


equação pode ser escrita como:

Q=cm ∆T =cm( T f −T i)

A constante c é conhecido como o "calor específico “, depende do material do


qual o objeto é feito.

Ex: Para o mármore, c=0,21cal /g . °C .

7.3. Calor Específico Molar

Quando as grandezas são expressas em moles, os calores específicos também devem


envolver moles, em vez de unidade de massa. Se medir a capacidade de calor que
corresponde a um mole de uma substância, esta constante é conhecido como "calor
específico molar". É um conveniente parâmetro porque 1 mol de qualquer substância
contém o mesmo número de átomos ou moléculas.

1 mol=6,02× 1023

Importante: Na determinação e no uso do calor específico de qualquer substância,


precisamos saber as condições (pressão, volume) sob as quais a energia é transferida sob
a forma de calor.

7.4. Calor de transformação

Um objeto pode existir em um dos três "estados" ou "fases". Estes são o sólido, o
líquido e os estados de gás. Na fase sólida, os átomos estão presos numa estrutura
rígida. Em a fase líquida do objeto não estrutura rígida, mas assume a forma do
recipiente. No estado de gás, os átomos estão livres um do outro e encher
completamente o volume do recipiente.

Quando o estado de um objeto de mudanças de massa m, o objeto pode absorver ou


liberar uma quantidade de calor Q sem qualquer mudança na temperatura T . O calor Q
é dado pela equação:Q=Lm a quantidade de energia por unidade de massa que deve ser
transferida sob a forma de calor quando a amostra sofre uma mudança de fase. A
constante L é conhecido como o "calor latente de transformação". Se as alterações de
objetos a partir do líquido para a fase gasosa o calor de transformação LV é conhecido
como "calor latente de vaporização". Se o objeto alterações do estado sólido para o
líquido de calor de transformação LF é conhecido como "calor latente de fusão". Um
objeto absorve calor para ir a partir de sólido para o líquido ou de líquido para a fase
gasosa. Inversamente, um objeto colocado para resfriar pode ir de líquido à sólido ou a
partir de um gás para a fase líquida.

 LV – Calor de vaporização. Para a água em sua temperatura normal de


evaporação ou de condensação:
LV =539 cal /g=40,7 kJ /mol=2256 kJ /kg
 LF - Calor de fusão. Para a água em sua temperatura normal de congelamento
ou de fusão:
LF =79,5 cal / g=6,01 kJ /mol=333 kJ / kg

8. CALOR E TRABALHO

Considere volume um gás confinado em um cilindro com um pistão móvel. O calor


Q pode ser adicionado ao gás ou dele retirado regulando-se a temperatura T do
reservatório térmico. A pressão do gás é determinada pela quantidade de massa
colocado no topo do êmbolo de área A . O trabalho W pode ser realizado pelo gás
levantando-se ou abaixando-se o pistão.

Figura 5: Um gás está confinado a um cilindro com um êmbolo móvel. Uma certa
quantidade Q de calor pode ser adicionada ou removida do gás regulando a temperatura T do
reservatório técnico ajustável. Uma certa quantidade de trabalho W pode ser realizada pelo gás
ou sobre o gás levantando ou baixando o êmbolo.
Supondo que se retire algumas esferas do pistão e que o gás confinado empurre o
pistão e as esferas restantes através de um deslocamento ⃗
dS  com uma força ⃗
F para
cima. Podemos supor que ⃗
F é constante durante o deslocamento. Então ⃗
F tem módulo
pA , onde p é a pressão e A a área de sessão reta do pistão. O trabalho infinitesimal dW
realizado pelo gás durante o deslocamento é:

F.⃗
dW =⃗ dS=( pA ) . ( dS )

dW = p( A dS)

dW = p dV

onde dV é a variação infinitesimal no volume do gás devida ao movimento do pistão.


Quando você tiver removido esferas o suficiente para que o volume varie de V i para V f ,
o trabalho realizado pelo gás será:

W =∫ dW

Vf

W =∫ p dV
Vi

Há muitas maneiras de se levar um gás do inicial ao final estado.

Figura 6
 Na figura (a): A curva (isoterma) indica que a pressão decresce com o
aumento do volume. A integral fornece o trabalho sob a curva, que é
positivo, pois o volume aumenta.
 Na figura (b): A mudança ocorre em duas etapas. De (i  a) o processo
ocorre a pressão constante (trabalho positivo) na mudança de (a  f) o
processo ocorre a volume constante, ou seja, não realiza trabalho.
 Na figura (c): Temos um processo que ocorre a volume constante e um outro
processo que ocorre a pressão constante. O trabalho é menor neste caso que
no anterior.
 Na figura (d): Vemos que é possível minimizar o trabalho realizado pelo gás
tanto quanto queira icdf , ou aumentá-lo a gosto ighf . O trabalho W e o calor
Q fornecido ou retirado são grandezas dependentes da trajetória.
 Na figura (e): Temos um exemplo de trabalho negativo, quando uma força
externa comprime o sistema, reduzindo seu volume.
 Na figura (f): Temos um ciclo termodinâmico no qual o sistema é levado de
um estado inicial i até um estado final f e então volta para i . Durante o ciclo,
o trabalho total realizado é positivo pois, W exp ansão > W compressão.

9. PRIMEIRA LEI DA TERMODINAMICA

Vimos que quando um sistema muda de um estado inicial para um estado final,
tanto W quanto Q depende da natureza do processo. A grandeza Q−W , é a mesma para
todos os processos. Ela depende apenas do estado inicial e final e não depende de
maneira alguma da forma como o sistema passou de um para o outro. Todas as demais
combinações envolvendo apenas Q e W , como Q+W , Q−2W , são dependentes da
trajetória. A grandeza Q−W é independente.

Essa propriedade sugere que Q W representa a variação de uma propriedade


intrínseca do sistema. Chamamos esta propriedade de energia interna E∫ ¿¿, escrevemos:

∆ E∫ ¿=Q −W ¿
Onde ∆ E∫ ¿= E∫ ,f
− E∫ ,i ¿ . Esta e a primeira lei da termodinâmica, se o sistema sofre
variações infinitesimais, podemos escrever:

d E∫ ¿=d Q −d W ¿

A energia interna E∫ ¿¿ de um sistema tende a crescer se a energia é adicionada


sob a forma de calor Q e tende a diminuir se a energia for perdida sob a forma de
trabalho W realizado pelo sistema. A primeira lei é uma reafirmação do princípio da
conservação de energia.

10. ALGUNS CASOS ESPECIAIS DA PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

Vamos examinar quatro processos termodinâmicos diferentes para verificar o que


ocorre quando aplicamos a primeira lei da termodinâmica a estes processos.

10.1. Processo Adiabático

E um processo que ocorre tão rapidamente ou em um sistema tão bem isolado que
não há trocas de calor entre o sistema e o ambiente. Fazendo que Q=0. Assim, a
primeira lei toma a forma:

∆ E∫ ¿=−W ¿

Se o trabalho é feito pelo sistema W >0 a interna energia diminui na mesma proporção.

10.2. Processo a volume constante

Se o volume de um sistema é mantido constante, o sistema não pode realizar


trabalho. Assim W¿ 0 e a primeira lei toma a forma:

∆ E∫ ¿=Q ¿

Se o calor é adsorvido pelo gás Q>0 a energia interna aumenta pela mesma quantidade.

10.3. Processo cíclicos


Existem processos nos quais após certas trocas de calor e de trabalho, o sistema
volta ao estado inicial. Neste caso, nenhuma propriedade intrínseca do sistema pode
variar. Fazendo ∆ E∫ ¿=0 ¿ , segue que:

Q=W

Assim, o trabalho líquido realizado durante o processo cíclico, é igual a quantidade


de energia transferida na forma de calor, a energia interna deve permanecer a mesma.

10.4. Expansão livre

São processos adiabáticos nos quais nenhum trabalho é realizado. Assim, Q=W =0 ,
logo:

∆ E∫ ¿=0 ¿

A válvula é aberta e o gás se expande livremente até ocupar as duas câmaras. Q=0
porque o sistema está isolado; W =0 porque a pressão é igual a zero.

11. MECANISMO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Existem três mecanismos de transferência de calor: condução, convecção e radiação.

11.1. Condução

O processo de condução do calor ocorre através de um meio material tanto em


fluidos quanto em sólidos. Materiais metálicos são bons condutores de calor e podemos
perceber o processo de condução térmica.
Figura 7: Condução de calor. A energia é transferida em forma de calor de um reservatório a
temperatura T Q para um reservatório mais frio, temperatura T F , através de uma placa de
espessura L e condutividade térmica k .

A energia Q (calor) é transferida da face quente para a face fria em um tempo t .


A taxa de condução Pcond (a quantidade de energia transferida por unidade de tempo) é
dada por:

Q T −T F
Pcond = =kA Q
t L

onde k é a condutividade térmica, que depende do material da placa. Unidade (W /mk ).

11.2. Resistência Térmica

Materiais com baixa condutividade térmica são utilizados na engenharia para isolar
ambientes. O valor de R de uma placa de espessura L é definido como:

L
R=
k

11.3. Condução Através de uma Placa Composta

Figura 8: O calor é transferido a uma taxa constante através de unia placa composta feita de dois
materiais diferentes com diferentes espessuras e diferentes condutividades térmicas. A
temperatura da interface dos dois materiais no regime estacionário é T x .

Uma placa composta, constituída de dois materiais diferentes de espessura L1 e


L2, e diferentes condutividades térmicas k 1 e k 2 . As temperaturas das placas são T Q e
T F . Cada face da placa tem área A . Se a condução for um processo em estado
estacionário, ou seja, as temperaturas em cada ponto da placa e a taxa de transferência
de energia não variam com o tempo, temos:
k 2 A (T Q −T x ) k 1 A (T x −T F )
Pcond = =
L2 L1

Resolvendo, temos:

L1 k 2 T Q−L1 k 2 T x =L2 k 1 T x −L2 k 1 T F

L 2 k 1 T F + L1 k 2 T Q
T x=
L 2 k 1 + L1 k 2

Substituindo T x , chegamos:

A ( T Q −T F )
Pcond =
L 1 L2
+
k1 k2

Estendendo para um número n de placas teremos:

A ( T Q −T F )
Pcond =
∑ ( L/k )
11.4. Convecção

Este tipo de transferência de calor ocorre, nos líquidos e gases. A convecção


atmosférica exerce um papel importante na determinação de padrões globais de clima e
variações diárias no tempo. quando um fluido entra em contato com um objeto cuja
temperatura é maior do que o fluido. A temperatura do fluido em contato com o objeto
aumenta e (na maioria dos casos) fica menos densa. Como consequência esse fluido
expandido é mais leve que o fluido adjacente e assim, a força de empuxo o faz subir. O
fluido mais frio escoa para tomar o lugar do fluido mais quente que sobe. Este processo
pode continuar indefinidamente ou enquanto a região mais quente do fluido existir.
Aves e paraquedistas aproveitam correntes de convecção de ar quente para se manter
mais tempo flutuando. Por este processo, grandes transferências de energia ocorrem nos
oceanos.

11.5. Radiação
E o processo de transferência de calor via ondas eletromagnéticas. As ondas
eletromagnéticas que transferem calor são chamadas de radiação térmica. A potência de
emissão é dada por:

4
Prad =σ ϵA T

onde σ é a chamada constante de Stefan-Boltzmann e vale 5,6704 ×10−8 W /m2 K 4 , a


constante ϵ é a chamada emissividade que varia entre 0 e 1 e é adimensional e
finalmente A é a área do corpo que emite a radiação.

A temperatura T é medida em Kelvins e vemos então que qualquer corpo a T ≠ 0


emite radiação térmica. Um corpo que emite radiação também pode absorver radiação.
A taxa de absorção é definida por:

P|¿|=σϵA T 4
¿
amb

Onde T amb é a temperatura ambiente.

Assim, desde que o corpo emite e absorve radiação, então é conveniente


trabalhar com a taxa líquida de absorção/emissão de radiação dada por:

Plíq =P|¿|− P ra d =σϵA (T amb−T ) ¿


4 4

e vemos então que se Plíq > 0 o corpo absorve mais radiação do que emite.
12. REFERENCIAS
 HALLIDAY, D.; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos da Física. 9.ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2.

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