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SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO

AMBIENTE NA MANUTENÇÃO
UNIDADE I
SAÚDE OCUPACIONAL
Elaboração
Denize Vilela Novais

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE I
SAÚDE OCUPACIONAL........................................................................................................................................................................ 5

CAPÍTULO 1
CONCEITOS BÁSICOS................................................................................................................................................................... 5

CAPÍTULO 2
DOENÇAS OCUPACIONAIS..................................................................................................................................................... 17

CAPÍTULO 3
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E SUA GESTÃO.................................................................................................. 28

REFERÊNCIAS................................................................................................................................................34
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SAÚDE OCUPACIONAL UNIDADE I

CAPÍTULO 1
CONCEITOS BÁSICOS

“Há, verdadeiramente, duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe. A ciência
consiste em saber; em crer que se sabe está a ignorância” (HIPÓCRATES).

Conceitos e associações de higienistas ocupacionais


A Organização Mundial da Saúde (OMS), em conjunto com a Organização Internacional
do Trabalho (OIT), define os objetivos da saúde ocupacional, resumidamente é o de
salvaguardar a saúde do trabalhador, promovendo seu bem-estar físico, mental e social
em qualquer ocupação, também de prevenir que, pelas condições de trabalho, o indivíduo
venha a ter qualquer desvio na sua saúde, além de proteger os trabalhadores dos riscos
ou agentes que prejudicam a saúde, manter o local de trabalho adequado às aptidões
fisiológicas e psicológicas de cada um (OMS/OIT apud BARBOSA FILHO 2010, p. 7).

Segundo Campos (2016), historicamente a saúde do trabalhador no Brasil passa a ter


nova definição e delineamento institucional com a criação do Sistema Único de Saúde-
(SUS), no qual foi incorporada como área também de competência da própria saúde. Em
1990, o SUS foi criado com a Lei n. 8.080. No art. 6o, parágrafo 3º, dessa lei, define-se
saúde do trabalhador como

[...] um conjunto de atividades que se destina, através das ações de


vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção
da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação
da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos
das condições de trabalho.

Para conhecer mais definições da saúde do trabalhador e o que ainda está incluído
no campo de atuação do SUS, consulte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L8080.htm. Acesso em: 6 jun. 2017.

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Para a World Health Organization (WHO), ou Organização Mundial de Saúde (OMS), a


saúde ocupacional foca na prevenção primária de perigos, trata de todos os aspectos da
saúde e segurança no local de trabalho. Acredita ser primordial para a saúde pública, pois
são programas instituídos no local de trabalho que têm mostrado bons resultados para o
controle das principais doenças, como doenças transmissíveis e doenças cardíacas. Além
delas incluem-se fatores de risco no local de trabalho que levam a doenças respiratórias,
circulatórias, musculoesqueléticas, perda auditiva e outras. A tabela 1 mostra os benefícios
da promoção de saúde no trabalho para as empresas e para o empregado. Disponível em:
http://www.who.int/occupational_health/topics/workplace/en/index1.html. Acesso
em: 6 jun. 2017.

Tabela 1. Benefícios da promoção da saúde no ambiente de trabalho.

Para a empresa Para o empregado


Um programa de saúde e segurança bem gerido Um ambiente de trabalho seguro e saudável
Uma imagem positiva Maior autoestima
Melhora na autoestima da equipe Redução do Stress
Redução da rotatividade de pessoal” Moral melhorada
Menor absenteísmo Aumento da satisfação no trabalho
Produtividade aumentada Maior capacidade de proteção da saúde
Custos reduzidos de cuidados de saúde / seguro Saúde melhorada
Risco reduzido de multas Melhor senso de bem-estar
Fonte: Adaptado de: https://www.who.int/occupational_health/healthy_workplace_framework.pdf.
Acesso em: 17 maio 2021.

Santana (2006) estudou sobre a saúde do trabalhador no Brasil, com uma visão voltada na
quantidade de pesquisas que são geradas na pós-graduação, incluindo teses e dissertações.
A ferramenta utilizada pela autora foi a busca em bancos de dados com as seguintes
palavras-chave: ergonomia, higiene ocupacional, saúde do trabalhador, toxicologia e
saúde ocupacional. O período avaliado foi de 1970 a 2004 e mostrou um crescimento
em estudos com esse tema. Acredita-se que isso é devido ao aumento no interesse em
saúde pública e coletiva no país, juntamente com o crescimento do número de programas
de pós-graduação.

A palavra higiene vem do grego hygéia, que significa sã ou sadio, nome da deusa
grega da saúde Hygeia, filha de Asklepios, o deus da medicina. Essa palavra foi
incorporada à língua portuguesa através do grego hygeinos que significa o que
é saudável. Disponível em: https://www.dicionarioetimologico.com.br/higiene/.
Acesso em: 1º jun. 2017.

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Figura 1. HygéiaandAsklepios.

Fonte: http://01greekmythology.blogspot.com.br/2014/01/hygeia.html. Acesso em: 2 jun. 2017.

Na literatura você pode encontrar uma variação dos termos que se referem à saúde do
trabalhador, por exemplo, higiene industrial, higiene ocupacional ou simplesmente
higiene do trabalho. Porém, cabe aqui neste material apresentar as definições de algumas
associações e de alguns autores respeitados nessa área. Barsano e Barbosa (2012) usaram
em seu livro o conceito de higiene industrial da Associação Americana de Higienistas
Industriais (AIHA) e relataram a importância de estudar essa ciência relacionada à
qualidade de vida e segurança do trabalho, justamente os preceitos que SESMT trabalha;
e assim possibilitar aos empregados um ambiente de trabalho saudável, mantendo a
integridade física e psíquica do trabalhador tanto quanto for possível.

No guia Higiene Ocupacional Explicada da Sociedade Britânica de Higiene ocupacional


(BOHS), os autores dizem que há diferença entre saúde ocupacional e higiene ocupacional,
sendo disciplinas distintas, porém que trabalham juntas de forma multidisciplinar e se
complementam. O termo saúde ocupacional é usado quando se refere à verificação de
quais são os efeitos do trabalho sobre a saúde para um único indivíduo e também para
os demais trabalhadores. Essa relação multidisciplinar pode ser vista na figura. 2.

Figura 2. Diagrama Saúde Ocupacional x Higiene Ocupacional.


+,*,(1(2&83$&,21$/

Proteção das
pessoas dos riscos à
saúde no ambiente de
6$¾'( %(0
trabalho
2&83$&,21$/ (67$5

Gerenciamento Promoção de
da saúde dos estilo de vida mais
trabalhadores saudável

Fonte: adaptada de https://www.tuc.org.uk/sites/default/files/Occupational-Hygiene-Explained.pdf. Acesso em: 6 jun. 2017.

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Na obra Higiene Ocupacional: Agentes Biológicos, Químicos e Físicos (BREVIGLIERO;


POSSEBON; SPINELLI, 2015), assim como a Associação Internacional de Higiene
Ocupacional (IOHA), define-se higiene ocupacional como a ciência e arte que se dedica
a reconhecer, avaliar e controlar os possíveis fatores ou riscos ambientais que surgem
no ou do trabalho, tanto para trabalhadores ou entre cidadãos da comunidade e que
podem causar doenças ou prejuízos à saúde e ao bem-estar.

Algumas associações usam o termo higiene ocupacional, outras utilizam higiene industrial.
A  IOHA é uma ONG e foi criada em 1987 para promover e melhorar a higiene ocupacional
no mundo todo por meio de suas 34 organizações membros de modo a manter um
ambiente de trabalho seguro e saudável para todos; totalizando mais de 20.000 higienistas
ocupacionais no mundo. A IOHA é reconhecida pela OIT e também pela OMS.

A IOHA define higiene ocupacional como:

ciência e arte dedicada à antecipação, reconhecimento, avaliação,


prevenção e controle dos fatores ou riscos ambientais que oriundos no
ou do local de trabalho e que podem ocasionar doenças, problemas de
saúde e bem-estar, ou desconforto significativo entre trabalhadores ou
entre cidadãos da comunidade.

E ainda define de outra forma:

Higiene no trabalho também tem sido definida como a prática da


identificação de agentes nocivos; químico, físico e biológico no local
de trabalho que podem causar doença ou desconforto, avaliando o
tamanho do risco devido à exposição a estes agentes perigosos, e o
controle desses riscos para prevenir problemas de saúde a longo ou a
curto prazo. (IOHA, 2016)

Para saber mais sobre a IOHA, acesse: http://ioha.net/.

Dentro das organizações-membros da IOHA está a Associação Brasileira de Higienistas


Ocupacionais (ABHO), criada em 1994 para unir os profissionais que atuam em higiene
ocupacional e também os de áreas relacionadas. A ABHO define higiene ocupacional
como:
ciência e a arte dedicada ao estudo e ao gerenciamento das exposições
ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos, por meio de
ações de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle das condições
e locais de trabalho, visando à preservação da saúde e bem-estar dos
trabalhadores, considerando ainda o meio ambiente e a comunidade.
Disponível em: http://www.abho.org.br/abho/. Acesso em: 2 jun. 2017.

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Para saber mais da ABHO, acesse:

http://www.abho.org.br/.

A American Industrial Hygiene Association (AIHA – Associação Americana de Higiene


Industrial) é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1939, cujos muitos
dos membros são higienistas industriais certificados, ela possui como missão criar
conhecimento para proteger a saúde dos trabalhadores e, assim, a eliminação de doenças
no local de trabalho, sendo sua visão. Esta é uma das maiores associações internacionais
nessa área (AIHA, 2016)

A Associação Americana de Higiene Industrial (AIHA) define higiene industrial como:

é uma ciência e arte dedicada à antecipação, reconhecimento, avaliação,


prevenção e controle dos fatores ou riscos ambientais que surgem no
local de trabalho, que podem causar doenças, problemas de saúde e
bem-estar, ou desconforto significativo entre trabalhadores ou entre
cidadãos da comunidade.
Disponível em:https://www.aiha.org/ABOUT-IH/Pages/default.aspx
Acesso em: 2 jun. 2017

Para saber mais da AIHA, acesse: https://www.aiha.org.

Falagán e colaboradores (2000) definiram higiene industrial, no Manual Básico de


Prevenção de Riscos Ocupacionais: higiene industrial, segurança e ergonomia, como:

uma técnica não médica de prevenção, que atua frente aos contaminantes
ambientais derivados do trabalho, ao objeto de prevenir as doenças
ocupacionais dos indivíduos expostos a eles (FALAGÁN et al., 2000).

A British OccupationalHygiene Society (BOHS – Sociedade Britânica de Higiene


Ocupacional é uma organização não governamental sem fins lucrativos e um conselho
é quem a administra, é uma das fundadoras da IOHA, foi fundada em 1953 focada na
proteção da saúde do trabalhador. A Sociedade Britânica de Higiene Ocupacional (BOHS)
define higiene ocupacional como:

A higiene ocupacional é a disciplina baseada na ciência de identificar,


avaliar e controlar a exposição a substâncias nocivas no local de trabalho,
como poeiras de amianto e cimento, fumaça e gases de soldagem e névoas
de pintura por pulverização, com o objetivo de proteger proativamente
a saúde dos trabalhadores.
Disponível em: http://www.bohs.org/wp-content/uploads/2016/11/Occupational-
Hygiene-Explained.pdf. Acesso em: 6 jun. 2017.

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Para saber mais da BOHS, acesse: http://www.bohs.org/.

A OccupationalSafetyand Health Administration (Osha – Administração de Segurança e


Saúde Ocupacional) é uma agência americana de saúde pública, faz parte do Departamento
de Trabalho dos Estados Unidos, quem a administra é o Secretário Adjunto do Trabalho
para Segurança e Saúde Ocupacional, que responde diretamente ao Secretário do
Trabalho. A Osha e a AIHA possuem um acordo desde 2002.

A Osha (2017) define higiene industrial como:

a ciência de antecipar, reconhecer, avaliar e controlar as condições do


local de trabalho que podem causar lesões ou doenças dos trabalhadores.
Os higienistas industriais usam monitoramento ambiental e métodos
analíticos para detectar a extensão da exposição do trabalhador e
empregar engenharia, controles de prática de trabalho e outros métodos
para controlar potenciais riscos para a saúde.

Para saber mais da OSHA, acesse: https://www.osha.gov/.

Há variações quanto às definições de higiene, porém todas em sua essência possuem o


mesmo objetivo de realizar ações preventivas no ambiente de trabalho de forma a promover
e proteger a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Se observarmos as definições, as
palavras antecipação, reconhecimento, avaliação e controle estarão presentes na maioria
delas (PEIXOTO; FERREIRA, 2012).

Um trabalhador que está exposto a um ambiente não saudável pode ficar doente e, assim,
ser incapaz de executar o trabalho. Após o tratamento, se o trabalhador voltar ao mesmo
ambiente em que contraiu a doença é muito provável que a doença retorne, por isso há
necessidade de tratar também o ambiente, conhecendo os agentes prejudiciais neste, avaliar
os riscos e assim adotar medidas de controle. A figura 3 mostra, esquematicamente, como
a higiene ocupacional pode ser aplicada mostrando as três etapas citadas (BREVIGLIERO;
POSSEBON; SPINELLI, 2015).

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Figura 3. Diagrama saúde ocupacional x higiene ocupacional.

Reconhecimento
Avaliação
-Estudo do Controle
Processo -Estratégia
- Visitas -Fonte HIGIENE
-Metodologia
preliminares OCUPACIONAL
-Amostragem -Percurso
-Entrevistas com
trabalhadores -Análise -Trabalhador
-Avaliações -Interpretação
preliminares

Fonte: adaptada de Brevigliero, Possebon e Spinelli (2015).

Burgess (1997) trata minuciosamente dos riscos inerentes a diversos processos industriais
de forma clara, tratando de possíveis problemas que poderão comprometer a saúde na
atividade específica industrial, como, por exemplo: produção de metais, preparação do
metal (jateamento abrasivo, limpeza ácida de metais, esmerilhamento e polimento),
fabricação de produtos metálicos (forjamento, fundição, usinagem, soldagem, tratamento
térmico), acabamento de metais (eletrodeposição, pintura), processamento de produtos
químicos, eletrônica (solda, baterias e microeletrônica), minerais (mineração, fabricação
de abrasivos), entre outras atividades. No final do seu livro, o autor apresenta um
checklist de higiene industrial para revisão de projetos e construções, um passo a passo
das informações a serem desenvolvidas durante a pesquisa e o desenvolvimento. É
importante reforçar que é necessário o conhecimento das etapas do processo industrial
por parte do profissional dessa área, a fim de identificar os possíveis riscos à saúde e
seus impactos no ambiente de trabalho.

Depois de conhecermos alguns conceitos básicos acerca da saúde do trabalhador e


também o que difere da higiene industrial ou ocupacional, é necessário que o leitor
aprenda a diferenciar quais são os tipos de riscos em um ambiente de trabalho.

Classificação de riscos
Barbosa Filho (2010) define riscos ambientais a cada uma das vezes que o indivíduo,
no trabalho, esteja submetido a oportunidades de danos à sua integridade ou à saúde.
Muitas são as variáveis que podem vir a causar tais danos, porém não sabemos se
irão concretizar, mas cabe aos responsáveis pelo setor de segurança e saúde avaliar e
tentar prever o quanto cada um desses elementos do dia a dia poderá contribuir para
que o trabalhador sofra tais danos. É necessário que haja um roteiro de atividades
para eliminação ou minimização de tais chances. Primeiramente, toda e qualquer
possibilidade de risco deverá ser identificada, seguida da avaliação e da sua potencialidade

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e chances de ocorrência, e para cada fator de risco deve-se avaliar qualitativamente e/


ou quantitativamente, dependendo da necessidade de determinação exigida.

De acordo com a NR 9 do tem, que trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais


(PPRA), consideram-se riscos ambientais aqueles agentes físicos, químicos e biológicos
que existem em qualquer ambiente de trabalho e que podem prejudicar a saúde do
trabalhador dependendo da sua natureza, concentração e tempo de exposição.

Agentes Físicos segundo NR 9:

[...] as diversas formas de energia a que possam estar expostos os


trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes,
bem como o infrassom e o ultrassom.
(MTE – NR 9)

Agentes Químicos segundo NR 9:

[...] as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no


organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas,
neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de
exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através
da pele ou por ingestão.
(MTE – NR 9)

Agentes Biológicos segundo NR 9:

[...] as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre


outros.
(MTE – NR 9).

A NR 9 pode ser lida na íntegra, visitando o site do Ministério do Trabalho. No link, a


seguir, o download poderá ser feito.

Disponível em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR09/NR-09-


2016.pdf. Acesso em: 7 jun. 2017.

Brevigliero, Possebon e Spinelli (2015) dividem em seu livro os agentes ambientais


apenas como: físicos, químicos e biológicos. Entre os agentes físicos estão: ruído,
vibrações, temperaturas extremas, pressões anormais, radiações ionizantes, radiações
não ionizantes. Os agentes químicos são gases e vapores e aerodispersoides (poeiras,
fumos névoas e neblinas (fibras). Já os agentes biológicos são: vírus, bactérias e fungos,
algas e parasitas. Conforme a NR 9 citada anteriormente.

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A figura 4 retrata alguns exemplos de riscos pela Sociedade Britânica de Higiene Ocupacional
(BOHS). Verifica-se que há uma mistura na literatura quanto a essa classificação de riscos,
por exemplo ruído, vibração e temperaturas extremas são considerados riscos físicos,
já poeira e fumo são riscos químicos. Porém, os três grandes grupos são mantidos na
maioria da literatura consultada.

Figura 4. Exemplos de riscos no local de trabalho para a BOHS.

3RHLUDV )XPRV

4XÏPLFRV 5XÏGR

9LEUDÉÆR (UJRQÖPLFR

7HPSHUDWXUDV %LROÕJLFR
([WUHPDV

Fonte: adaptada de https://www.tuc.org.uk/sites/default/files/Occupational-Hygiene-Explained.pdf. . Acesso em: 6 jun. 2017.

Barbosa Filho (2010) classifica esses riscos de forma semelhante à encontrada na NR


5, com cinco grupos principais, levando a uma maior abrangência na análise de riscos e,
assim, na extensão dos cuidados e medidas preventivas. A NR-5 – Cipa de 1983, Portaria
SSMT no 33, continha um anexo, o anexo IV, referente à elaboração do Mapa de Riscos,
em que havia uma divisão dos riscos em: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e
riscos de acidentes. Porém, a NR-5 que está em vigor, retificada em 1999, manteve como
atribuição da Cipa a elaboração do mapa de riscos, mas não detalha mais as etapas de
elaboração deste e a classificação dos principais riscos ocupacionais como pode ser visto
na Figura 5 (Disponível em: http://www.trabalhoseguro.com/NR/mapa_de_riscos.
html Acesso em: 6 jun. 2017).

O mapa de riscos simboliza o grau e o tipo do risco por meio de uma alocação visual,
com cores e formas predefinidas em uma planta baixa dos vários setores da organização.
Tais mapas ajudam a orientar as pessoas que utilizam do espaço, de forma habitual,

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transitória ou circulante, quanto aos procedimentos para garantir a integridade das


pessoas usuárias de cada um dos espaços da empresa (BARBOSA FILHO, 2010). É
importante conhecer as cores que identificam cada risco de acordo com a natureza deste,
e para, principalmente, usar o Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado para
cada atividade e local. Eles são divididos em cinco grupos, representados por diferentes
cores para facilitar a visualização.

Tabela 2. Anexo IV da Antiga NR-5 – “Classificação dos principais riscos ocupacionais em Grupos, de
acordo com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes”.

Grupo 1: Grupo 2: Grupo 3: Grupo 4: Grupo 5:


verde vermelho marrom amarelo azul
Riscos 
Riscos químicos Riscos biológicos Riscos ergonômicos Riscos de acidentes
físicos
Esforço físico Arranjo físico
Ruídos Poeiras Vírus
intenso inadequado
Levantamento e Máquinas e
Vibrações Fumos Bactérias transporte manual equipamentos sem
de peso proteção
Ferramentas
Radiações Exigência de
Névoas Protozoários inadequadas ou
ionizantes postura inadequada
defeituosas
Radiações não Controle rígido de Iluminação
Neblinas Fungos
ionizantes produtividade inadequada
Imposição de ritmos
Frio Gases Parasitas Eletricidade
excessivos
Probabilidade
Trabalho em turno e
Calor Vapores Bacilos de incêndio ou
noturno
explosão
Substâncias,
Jornadas
compostos ou Armazenamento
Pressões anormais de trabalho
produtos químicos inadequado
prolongadas
em geral
Monotonia e Animais
Umidade
repetitividade peçonhentos
Outras situações de
Outras situações risco que poderão
causadoras de stress contribuir para
físico e/ou psíquico a ocorrência de
acidentes
Fonte: adaptada de: http://www.trabalhoseguro.com/NR/mapa_de_riscos.html. Acesso em: 6 jun. 2017. Portaria n. 25, de 29 de
dezembro de 1994, Anexo IV – NR 5 Cipa.

Barsano e Barbosa (2012) definem o mapa de riscos como sendo uma representação
gráfica, simples e objetiva dos agentes de risco presentes no ambiente de trabalho.

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Tem como objetivos reunir as informações para o diagnóstico do ambiente e também


estimular o trabalhador para atividades preventivas. Depois de aprovado pela Cipa, o
mapa completo ou setorial deve ser afixado em cada local analisado. Além das cores, o
tamanho do círculo representa a intensidade do risco naquele ambiente. Na figura 6,
um exemplo de Mapa de Riscos.

Figura 6. Exemplo de Mapa de Riscos.

Fonte: https://2.bp.blogspot.com/-dGe77RYU91w/TY_ZAw-NvnI/AAAAAAAAJMQ/rZXGCg-Ff0s/s1600/Imagem2.png.
Acesso em: 7 jun. 2017.

Trataremos em outra Unidade acerca da legislação trabalhista, porém é impossível falar de


saúde ocupacional e de riscos ambientais sem nos amparar nas Normas Regulamentadoras
do Ministério do Trabalho e Emprego. São nelas que podemos encontrar quais são
os critérios qualitativos e quantitativos do risco. Barsano e Barbosa (2012) dão um
exemplo de um trabalhador submetido a ruídos em seu ambiente de trabalho. Como
saber se esse ruído está colocando em risco a saúde desse trabalhador? É necessário que
o profissional do SESMT conheça os critérios qualitativos do risco físico, mas também
saiba como quantificá-lo, utilizando, nesse caso, um instrumento adequado para medir
a intensidade do som e verificar se ultrapassa o limite de tolerância estabelecido por
norma e o tempo de exposição e, assim, propor uma medida corretiva.

Acerca dos Riscos de Acidentes, Barbosa Filho (2010) relata que são resultantes da
presença material de oportunidades de dano como partes móveis, arestas cortantes,
piso irregular, trânsito de deslocamento de cargas, fios expostos, entre outros. Já Riscos
Ergonômicos, o autor acredita que vão além da NR 17 sobre Ergonomia, pois para ele
tais riscos vão desde uma inadequação antropométrica até mesmo a discussões acerca da
prescrição de tarefas e das informações fornecidas para seu cumprimento, por exemplo,
posturas viciosas e interação com a mobília ou equipamentos. Para Barsano e Barbosa

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UNIDADE I | Saúde Ocupacional

(2012), a Norma Regulamentadora NR17 do MTE tem como objetivo instituir parâmetros
que permitam adaptar as condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores de modo a dar-lhes maior segurança, conforto e desempenho eficiente.

A fim de fixar quais são os tipos de riscos ambientais que a NR 9 propõe, veja a figura
7 e analise quais são esses riscos aos quais o trabalhador pode estar exposto, seja
na manutenção ou em qualquer outra atividade de trabalho e também pense na
cor correspondente ao grupo citado na figura 6.

Figura 7. Exemplos de atividades com riscos ambientais.

(a) (b) (c)

Fonte: http://www.jefersonbraga.com.br/ Fonte: https://wwwassets.rand.org/content/ Fonte: https://network.grupoabril.com.


images/20170216105437crop.jpg. Acesso em: 6 rand/blog/2011/12/heed-film-lessons-on- br/wp-content/uploads/sites/4/2018/07/
jun. 2017. outbreak/jcr:content/par/teaser.aspectfit.0x1200. istock-503140566.jpg?quality=100&strip=info
jpg/1429146764603.jpg. Acesso em: 6 jun. 2017. &w=650.

Acesso em: 10 maio 2017.

(d) (e) (f )

Fonte: http://www.dmqtim.cefetmg.br/wp- Fonte: https://adaptive.com.br/wp-content/ Fonte: http://images.agoramedia.com/


content/uploads/sites/62/2017/02/LabSoldagem. uploads/2018/12/tanque-de-combustivel.jpg. EverydayHealth/gcms/Shift-Work-May-Put-
jpg. Acesso em: 10 maio 2021. Acesso em: 10 maio 2021. Damper-on-a-Mans-Sex-Life-1440x810.jpg.
Acesso em: 6 jun. 2017.

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CAPÍTULO 2
DOENÇAS OCUPACIONAIS

“A riqueza de uma empresa depende da saúde dos trabalhadores”. Dra. Maria Neira,
Diretora, Departamento de Saúde Pública e Ambiente, OMS.

Segundo Barsano e Barbosa (2012), o conceito de saúde, também referido como medicina
do trabalho, saúde ocupacional e saúde do trabalhador, vem a cada dia merecendo a
atenção dos profissionais da área de segurança e medicina do trabalho que atuam a
fim de prevenir as doenças ocupacionais, as quais frequentemente afetam a saúde dos
trabalhadores de maneira violenta. Os autores relatam que foi no século XVIII que um
médico italiano, Bernardino Ramazzini, publicou o livro “As Doenças dos Trabalhadores”,
em que descreve uma série de doenças relacionadas com mais de cinquenta profissões. Por
causa do livro e do trabalho realizado, ele é considerado o pai da medicina do trabalho,
pois foi a partir dele que se acrescentou a pergunta qual é sua ocupação durante a
anamnese clínica dos pacientes.

A lista detalhada de doenças relacionadas ao trabalho e a relação de agentes ou fatores


de risco de natureza ocupacional, com as respectivas doenças que podem estar com eles
relacionadas, pode ser encontrada na Portaria n. 1339, de 18 de novembro de 1999, do
Ministério da Saúde. Essa lista é adotada como referência para uso clínico e epidemiológico
em relação ao trabalho. Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1999/
prt1339_18_11_1999.html. Acesso em: 21 jun. 2017.

A Tabela 3 mostra os grupos que são apresentados no Anexo da Portaria n. 1.339 segundo
a classificação internacional de doenças (CID-10).

Tabela 3. Grupos de doenças segundo a Classificação Internacional de Doenças.

Grupos Classificação do Grupo de Doenças


(Grupo I da CID-10) Doenças infecciosas e parasitárias relacionadas com o trabalho.
(GRUPO II da CID-10) Neoplasias (tumores) relacionadas com o trabalho.
(Grupo III da CID-10) Doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos relacionadas com o trabalho.
(Grupo IV da CID-10) Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas relacionadas com o trabalho.
(Grupo V da CID-10) Transtornos mentais e do comportamento relacionados com o trabalho.
(Grupo VI da CID-10) Doenças do sistema nervoso relacionadas com o trabalho.
(Grupo VII da CID-10) Doenças do olho e anexos relacionados com o trabalho.
(Grupo VIII da CID-10) Doenças do ouvido relacionadas com o trabalho.

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UNIDADE I | Saúde Ocupacional

(Grupo IX da CID-10) Doenças do sistema circulatório relacionadas com o trabalho.


(Grupo X da CID-10) Doenças do sistema respiratório relacionadas com o trabalho.
(Grupo XI da CID-10) Doenças do sistema digestivo relacionadas com o trabalho.
(Grupo XII da CID-10) Doenças da pele e do tecido subcutâneo relacionadas com o trabalho.

(Grupo XIII da CID-10) Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, relacionadas com o trabalho.

(Grupo XIV da CID-10) Doenças do sistema genitourinário relacionadas com o trabalho.


Traumatismos, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas
(Grupo XIX da CID-10)
relacionados com o trabalho.
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1999/prt1339_18_11_1999.html. Acesso em: 21 jun. 2017.

Dentro de uma organização, a saúde dos trabalhadores está ligada diretamente ao


acompanhamento periódico de seu estado geral e à promoção de atividades que visem
inibir todas as oportunidades de risco. Nesse sentido, a higiene pessoal e do ambiente,
bem como a ergonomia e a alimentação, assumem papéis primordiais (BARBOSA
FILHO, 2010).

Vimos no capítulo anterior alguns dos agentes que podem causar doença no trabalhador.
Agora neste capítulo iremos falar sobre quais são essas doenças chamadas doenças
ocupacionais ou profissionais. No Anuário Estatístico da Previdência Social de
2015 (Aeps 2015), há alguns conceitos que serão utilizados em todo o capítulo, como
acidentes com CAT Registrada que se refere àqueles que foram registrados no INSS, da
mesma forma os sem CAT Registrada, que não foram cadastrados no INSS. Os acidentes
típicos são aqueles originados da característica atividade profissional executada pelo
acidentado. Já os acidentes de trajeto são os que ocorrem no caminho da residência e
do local de trabalho. Seguem outros conceitos:

Acidente do trabalho: aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a


serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, permanente ou
temporária, que cause a morte, a perda ou a redução da capacidade para
o trabalho. Consideram-se acidente do trabalho a doença profissional e
a doença do trabalho. Equiparam-se também ao acidente do trabalho:
o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a ocorrência da lesão; certos acidentes
sofridos pelo segurado no local e no horário de trabalho; a doença
proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de
sua atividade; e o acidente sofrido a serviço da empresa ou no trajeto
entre a residência e o local de trabalho do segurado e vice-versa.

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Saúde Ocupacional | UNIDADE I

Acidentes devidos à doença do trabalho: são os acidentes ocasionados


por qualquer tipo de doença profissional peculiar a determinado ramo
de atividade constante na tabela da Previdência Social.

Acidentes liquidados: corresponde ao número de acidentes cujos


processos foram encerrados administrativamente pelo INSS, depois de
completado o tratamento e indenizadas as sequelas.

Assistência médica: corresponde aos segurados que receberam apenas


atendimentos médicos para sua recuperação para o exercício da atividade
laborativa.

Incapacidade temporária: compreende os segurados que ficaram


temporariamente incapacitados para o exercício de sua atividade
laborativa em função de acidente ou doenças do trabalho. [...].
Fonte: Aeps (2015).

No art. 20 da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, Planos de Benefícios da Previdência


Social, diferencia-se doença profissional e do trabalho: aquela é produzida ou desencadeada
pelo exercício do trabalho inerente a determinada atividade e que esteja na relação
elaborada pelo MTE e da Previdência Social, já esta se refere àquela resultante de
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente
(BRASIL, 2017).

No parágrafo 1o do art. 20 da Lei n. 8.213, citam-se os casos que não são considerados
como doença do trabalho: a doença degenerativa; a inerente a grupo etário; a que não
produza incapacidade laborativa; a doença endêmica adquirida por segurado habitante
de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição
ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

Barbosa Filho (2010) diferencia o acidente da doença, em que o acidente ocorre a curto
prazo, tem uma resposta abrupta como resultado e normalmente associa danos pessoais
e perdas materiais, é mais aparente que a doença. Esta, por sua vez, possui uma resposta
lenta na maioria dos casos e, dependendo do prazo que ocorre, médio ou longo, acontece
de forma capciosa, este indivíduo pode não ter sintomas aparentes inicialmente. Por isso,
é importante o registro e a guarda sobre a saúde dos trabalhadores por longos prazos.

Como foi dito no capítulo anterior, é impossível tratar de qualquer assunto dentro
da SSMA sem fazer referência às Normas Regulamentadoras. A NR 15, Atividades e
Operações Insalubres, define bem quais são as atividades consideradas insalubres e os
limites de tolerância que não causarão danos à saúde do trabalhador durante sua vida

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UNIDADE I | Saúde Ocupacional

laboral, como níveis de ruído, exposição ao calor, trabalhos sob condições hiperbáricas,
entre outras.

Alguns casos que saíram na mídia quanto à insalubridade.

Insalubridade em grau máximo ganha por Gari

Figura 8. Gari limpando as ruas.

Fonte: https://static.wixstatic.com/media/ae417c_f1fa5e581e9147ca98b5a36db0066c5e~mv2.jpg/v1/fill/w_285,h_190,al_c,q_90
,usm_0.66_1.00_0.01/ae417c_f1fa5e581e9147ca98b5a36db0066c5e~mv2.webp. Acesso em: 10 maio 2021.

O Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) concedeu a diferença do


adicional de insalubridade para o grau máximo em favor de um ex-funcionário da
empresa de limpeza Ambiental Soluções Ltda. De acordo com perito designado
pelo Juízo, com fundamento no anexo 14 da NR15 do MTE, o trabalhador faz jus ao
adicional de insalubridade em grau máximo, uma vez que desempenhava as atividades
de varrição e capinação de ruas, trabalhando em atividades com participação ativa
na coleta de lixo urbano. Para o desembargador Edvaldo de Andrade, o trabalhador
que realiza serviço de limpeza e varrição de ruas tem exposta sua saúde também por
lidar diretamente com o lixo produzido no ambiente de trabalho, acomodando-o em
embalagens para viabilizar a coleta pelos trabalhadores dos caminhões, equiparando-
se, portanto, ao gari, propriamente dito. Diante disso, nos termos do anexo 14 da NT15
da Portaria n. 3.214 do MTE, o relator considerou que “torna-se inócua a assertiva da
recorrente de que a lei estabelece distinção entre as atividades de coleta de resíduos
decorrentes do lixo doméstico (coleta) e o lixo originário da varrição e limpeza de
logradouros e vias públicas”.

Fonte: https://trt13.jus.br/informe-se/noticias/2017/06/2017/06/2017/06/gari-tem-
direito-ao-adicional-de-insalubridade-em-grau-maximo-1 Acesso em: 12 jun. 2017.

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Saúde Ocupacional | UNIDADE I

Trabalhar em câmara frigorífica sem intervalo gera adicional de insalubridade

Figura 9. Funcionário em câmara frigorífica.

Fonte: https://ianvarella.jusbrasil.com.br/noticias/453999299/trabalhar-em-camara-frigorifica-sem-intervalo-gera-adicional-de-
insalubridade?ref=topic_feedAcesso em: 12 jun. 2017.

O Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (MS) condenou uma empresa de


alimentos a pagar o adicional a uma ajudante de produção porque ela não usufruía
integralmente dos intervalos de descanso para recuperação térmica. A falta do
intervalo de 20 minutos a cada 1 hora e 40 minutos de serviço contínuo, segundo o
art. 235 da CLT, gera direito ao adicional de insalubridade apenas quando constatado
que o empregador não forneceu proteção eficaz contra o frio. A funcionária usava EPI,
porém não fazia as pausas adequadas. De acordo com o ministro, nessa situação a
insalubridade será eliminada com o uso do EPI adequado e pausas integrais. A corte
sul-mato-grossense condenou a empresa a pagar o adicional em 20% do salário
mínimo. Fonte: https://ianvarella.jusbrasil.com.br/noticias/453999299/trabalhar-em-
camara-frigorifica-sem-intervalo-gera-adicional-de-insalubridade?ref=topic_feed.
Acesso em: 12 jun. 2017.

Brevigliero, Possebon e Spinelli (2015) permitem que o leitor obtenha informações


técnicas por meio de exemplos práticos para conhecer e reconhecer os riscos que o
exercício do trabalho possa representar para a saúde do trabalhador. Separadamente, os
autores relatam as principais doenças ocupacionais provocadas por agentes biológicos
(classificação dos agentes patogênicos e avaliação), químicos (os gases e vapores, os
solventes, os aerodispersoides, armazenamento de produtos químicos, medidas de controle
e avaliação qualitativa de agentes químicos) e físicos (ruído, temperaturas extremas,
iluminação, radiações etc.). As formas de medição e equipamentos também podem ser
encontradas acompanhadas das normas regulamentadoras para cada tipo de agente.

Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2015 (AEPS 2015), foram 17.599
casos em 2014 com motivo: doenças do trabalho, com CAT registrada; em 2015 foram
13.240 casos. No capítulo referente a acidentes de trabalho, segundo os 50 códigos da

21
UNIDADE I | Saúde Ocupacional

Classificação Internacional de Doenças (CID), entre eles está o Z57, Exposição Ocupacional
a Fatores de Risco, 3.082 casos do total em 2014 e em 2015 foram 3.378 casos.

Tabela 4. Quantidade mensal de acidentes do trabalho, por situação do registro e motivo nos anos
de 2013-2015.

Quantidade de Acidentes do Trabalho


Com CAT Registrada
Meses Anos Motivo Sem CAT
Total
Total Doença do Registrada
Típico Trajeto
Trabalho
2013 725.664 563.704 434339 112.183 17.182 161.960
Total 2014 712.302 564.283 430.454 116.230 17.599 148.019
2015 612.632 502.942 383.663 106.039 13.240 109.690
Fonte: adaptada de Aeps (2015).

As tabelas 4 e 5 mostram o cenário de acidentes de trabalho no Brasil, nos anos de 2014 e


2015 respectivamente, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações os dois subgrupos
mais relativos a acidentes estão relacionados com a manutenção: 1 – Trabalhadores em
serviços de reparação e manutenção mecânica e 2 – outros trabalhadores da conservação,
manutenção e reparação. Foram 383 casos relativos à Doença do Trabalho em 2014 e
268 em 2015. O leitor pode considerar os números não muito expressivos, porém deve-
se analisar que a Doença do Trabalho é um dos motivos considerados, e estes só podem
ser contabilizados se a CAT for registrada, como confirma Santos (2016) quando diz que
cada um desses números representa uma pessoa doente, incapacitada, que não pode
exercer suas funções no trabalho ou até mesmo morta, e os danos causados nesse caso
por doenças ocupacionais e acidentes ultrapassam a ordem econômica.

Tabela 5. Quantidade de acidentes do trabalho por situação, registro e motivo segundo os


subgrupos da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) – 2014.

Quantidade de Acidentes do Trabalho


Com CAT Registrada
Subgrupos da CBO Sem CAT
Total Motivo
Total Registra-da
Típico Trajeto Doença do Trabalho
TOTAL 712.302 564.283 430.454 116.230 17.599 148.019
Trabalhadores em serviços
de reparação e manutenção 17.434 17.434 14.986 2.181 267 -
mecânica
Outros trabalhadores da
conservação, manutenção e 4.975 4.975 4.012 847 116 -
reparação
Fonte: adaptada de Aeps (2015).

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Saúde Ocupacional | UNIDADE I

Tabela 6. Quantidade de acidentes do trabalho por situação, registro e motivo segundo os


subgrupos da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) – 2015.

Quantidade de Acidentes do Trabalho


Com CAT Registrada
Subgrupos da CBO Motivo Sem CAT
Total
Total Doença do Registra-da
Típico Trajeto
Trabalho
TOTAL 612.632 502.942 383.663 106.039 13.240 109.690
Trabalhadores em
serviços de reparação e 15.337 15.337 13.295 1.844 198 -
manutenção mecânica
Outros trabalhadores
da conservação, 4.097 4.097 3.417 610 70 -
manutenção e reparação
Fonte: adaptada de Aeps (2015).

Principais doenças ocupacionais – Por grupos

As doenças ocupacionais desenvolvem-se ao longo de anos, geralmente são silenciosas e


lentas. Muitos trabalhadores acabam exclusos definitivamente da profissão. Atualmente,
há recursos preventivos como a análise ergonômica do ambiente de trabalho, exames
médicos e outras atividades focadas na prevenção. Com o uso da informática surgiram
novas doenças ocupacionais ligadas à postura e aos riscos ergonômicos, havendo
crescimento significativo de doenças de caráter psicossocial, como depressão, estresse
e síndrome do pânico a partir do ano 2000.
Disponível em:http://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2016/07/principais-doencas-
ocupacionais-no-brasil.html. Acesso em: 20 jun. 2017.

Santos (2016) cita como exemplos para doenças profissionais:

» intoxicação por chumbo (saturnismo);

» doença respiratória causada pela inalação de sílica (silicose);

» disacusia ou surdez em local ruidoso de trabalho;

» Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao


Trabalho (LER/DORT).

Já a vibração decorrente do trabalho pode atingir o corpo todo ou apenas partes do


corpo, como as mãos e membros superiores (BARBOSA FILHO, 2010), o que inclui as
articulações, os ossos e os tendões, resultando em degradações de diversas ordens sobre

23
UNIDADE I | Saúde Ocupacional

estes. Os danos devido a vibrações podem incidir nos sistemas circulatório, neurológico
e osteomuscular.

» Respiratórias – a inalação de partículas como couro, poeira, algodão, sílica,


madeira, cimento pode provocar a asma ocupacional, que se inicia com tosse
crônica, falta de ar e chiado no peito. Doença irreversível provocada pela poeira de
sílica nos pulmões, silicose pode levar à morte por insuficiência respiratória. Muito
comum em trabalhadores de minas de ferro, a Siderose é causada pelo acúmulo
de partículas de ferro nos bronquíolos, e seu sintoma mais comum é a falta de ar.

» Doenças ocupacionais de pele – o contato com graxa ou óleo pode causar a


dermatose ocupacional, é muito comum em mecânicos e trabalhadores da indústria,
provoca reações alérgicas. Se o câncer de pele for decorrente do ambiente de
trabalho, é considerado doença ocupacional.

» Doenças ocupacionais da visão – a exposição a altas temperaturas pode


ocasionar a catarata da mesma forma que o câncer de pele. Se ela for decorrente
da atividade profissional, também é considerada doença ocupacional. O trabalho
noturno desregula a produção de hormônios, que aconteceria durante o sono,
afetando outras funções corporais, como a visão, por exemplo. Se essa situação
ocorre de forma prolongada, o desgaste pode levar à perda parcial ou total da visão.

» Doenças ocupacionais psicossociais ─ são doenças perigosas que podem se


tornar irreversíveis, às vezes são ignoradas, oriundas da pressão excessiva no trabalho.
Além do estresse, são as principais causadoras de problemas de ordem emocional
como a depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico. Consequentemente, são
doenças perigosas que podem se tornar irreversíveis.

» Por repetição – a Lesão por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares


Relacionados ao Trabalho (LER/DORT) é causada por movimentos repetitivos ou
postura inadequada. Seus sintomas podem ocorrer isoladamente ou concomitante a
outros, são eles: dor crônica que tende a piorar com o passar do tempo, crepitação,
formigamento, sensação de peso, redução da função, incapacidade temporária. A
LER pode ocorrer fora do ambiente de trabalho, já a DORT não.

Barbosa Filho (2010) abordou a importância de se tratar o indivíduo com uma


abordagem multidisciplinar e que a LER pode repercutir na vida privada e profissional
do trabalhador, pode interferir nas atividades de vida diária, pois, em geral, ela acomete
os membros superiores. Vários são os fatores de risco para que ocorra a LER/DORT,
como a postura adotada para realizar o trabalho, o movimento e força aplicados, além
de fatores psicológicos e características pessoais. Assim como foi descrito, o autor fala
que é necessário considerar os esforços realizados também fora do ambiente de trabalho.

24
Saúde Ocupacional | UNIDADE I

Atividades rotineiras como uso frequente de jogos eletrônicos utilizando joysticks


passaram a ser consideradas enquanto contribuem para potencializar os efeitos danosos
sobre o corpo. As regiões do corpo mais acometidas pela LER/DORT são lombar,
membros superiores (ombros, mão, punho e cotovelo) e cervical.

Não é raro encontrarmos múltiplos casos de ocorrência de LER/DORT, por isso é


importante avaliar os fatores organizacionais como ritmo imposto de trabalho, formas de
controle e as condições de trabalho, sendo primordial a análise ergonômica das tarefas.
É melhor que a empresa se precavenha antes que ocorram novos casos, investigue e
planeje bem as intervenções necessárias como avaliar a função dos trabalhadores com
sintomas, analisar os postos de trabalho que possivelmente originam os casos e levantar
a natureza dos sintomas e sua incidência (BARBOSA FILHO, 2010).

Algumas doenças causadas por esforços repetitivos, todas elas inflamatórias, segundo a
apostila do Telecurso 2000 Profissionalizante sobre Higiene e Segurança do Trabalho
(sem data), são:

» bursite (inflamação na bursa, cápsula que contém líquido lubrificante em seu


interior, que reveste algumas articulações);

» miosite (ocorre no músculo);

» tendinite (ocorre nos tendões);

» tenossinovite (tendões e articulações).

Figura 10. Trabalhador sujeito à LER/DORT.

Fonte: http://focusocupacional.com.br/wp-content/uploads/2016/03/9585.jpg. Acesso em: 10 maio 2021.

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UNIDADE I | Saúde Ocupacional

» Principais doenças ocupacionais auditivas ─ surdez: pode ser temporária


ou definitiva, sendo comum aos trabalhadores expostos a ruídos constantes. A
perda acontece de forma progressiva, resultando ao trabalhador a perda parcial
ou total da audição.

Barbosa Filho (2010) considera a poluição sonora uma das formas com maior potencial
de danificar nossa saúde, não só redução na capacidade auditiva (hipoacusia) como na
visão, cardiocirculatórias e neuropsíquicas. Com respeito aos ruídos e sua prevenção,
as medidas de controle são respectivamente nesta ordem: fonte, meio e homem. Deve-
se priorizar a fonte quando tecnicamente viável, em seguida intervenção no meio e por
último no homem. Tal controle na fonte pode ser feito por meio de medidas técnicas nos
equipamentos e medidas administrativas na produção, como reduzir a concentração de
máquinas, instalar sistemas de amortecedores, reprogramar e redistribuir as operações,
substituir peças de materiais rígidos por aqueles que absorvam mais vibração. Além
disso, uma manutenção adequada muitas vezes minimiza a emissão de ruído na fonte.

Figura 11. Trabalhador em ambiente com ruído.

Fonte: http://blog.instrusul.com.br/wp-content/uploads/2018/09/auditivo.jpg. Acesso em: 10 maio 2021.

Quando não há como intervir na fonte do ruído, a opção é controlar o meio, evitando
a propagação por meio do isolamento da fonte e do receptor e por meio de absorção
maximizar as perdas energéticas. Na prática, enclausurar a fonte, usar barreiras, adequar
o ambiente como piso, paredes e teto ou utilizar materiais na construção que permitam
o tratamento acústico. Por último, resta controlar no homem ou no receptor, ou seja,
reduzir o tempo de exposição ao ruído e proteger esse indivíduo (BARBOSA FILHO,
2010). Para os limites de tolerância permissível, consultar a NR-15.

Portanto, a fim de evitar as doenças ocupacionais:

» esteja sempre atento aos primeiros sinais de desconforto físico ou mental;

26
Saúde Ocupacional | UNIDADE I

» procure o SESMT de sua empresa para orientações, pois, dependendo do diagnóstico,


pode ser necessário mudança de função ou até de profissão;

» encaminhamento para médico do trabalho;

» use sempre EPIs;

» evite jornadas exaustivas;

» saiba lidar com a pressão;

» pratique atividade física e ginástica laboral;

» respeite os intervalos necessários;

» trabalhe com postura correta.

27
CAPÍTULO 3
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E SUA GESTÃO

“O importante não é por quanto tempo viverás, mas que qualidade de vida
terás”. Sêneca.

Para Santos (2016), a Qualidade de Vida (QV) e Saúde ocupacional são conceitos
intimamente ligados. Segundo a autora, o conceito mais aceito para QV é aquele que
vai além do bom funcionamento orgânico ou mental. São diversos fatores no trabalho
que podem influenciar no contentamento do indivíduo, por isso é necessário estudar a
Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), que mede o quanto o trabalhador encontra-se
satisfeito ou insatisfeito com a função que exerce ou com a carreira escolhida. Entre
os fatores que influenciam nessa satisfação, podemos citar: adequação dos ambientes,
cuidado com os uniformes, local adequado para tomar banho, refeitório, horário de
descanso respeitado, incentivo à prática de esportes, ginástica laboral, entre outros. Tais
medidas partindo da empresa fazem com que os trabalhadores se sintam valorizados e
satisfeitos, levando a um aumento do bem-estar e da produtividade. A qualidade de vida
promove a interação entre diversos aspectos da nossa vida, como as relações interpessoais,
os aspectos religiosos, a alimentação, a prática de exercícios físicos, educação, lazer,
trabalho, entre outros.

A QVT, segundo Silva (2014), busca humanizar as relações de trabalho, no sentido de


conciliar os interesses dos trabalhadores e da organização. Muito mais do que uma
linha de pesquisa, traduz-se na maneira como as pessoas vivenciam o seu dia a dia no
trabalho. Embora as mudanças e quebras de paradigmas sejam difíceis, são extremamente
necessárias para que a produtividade humana em seu ambiente de trabalho não seja
afetada. Nesta era da informação e do conhecimento, torna-se essencial investir no ser
humano e gerar seu bem-estar, pois é ele o maior recurso de uma empresa.

O conceito de QVT parte de compreender de forma abrangente e comprometida as


condições de vida no ambiente de trabalho, incluindo aspectos de bem-estar, garantia da
saúde, segurança física, mental, social e capacitação para realizar tarefas com segurança
e bom uso de energia pessoal. A construção da QVT ocorre a partir do momento em que
se percebe a empresa e as pessoas como um todo, promovendo o bem-estar e segurança
dos trabalhadores a fim de assegurar uma maior produtividade, qualidade no trabalho
e maior satisfação na vida familiar e pessoal (AQUINO; FERNANDES, 2013 apud
HIPÓLITO et al., 2017).

28
Saúde Ocupacional | UNIDADE I

A OMS define Qualidade de Vida como:

a percepção individual de sua posição na vida no contexto da cultura e


dos sistemas de valores em que vivem e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações. É um conceito abrangente afetado
de forma complexa pela saúde física da pessoa, estado psicológico,
crenças pessoais, relações sociais e sua relação com características de
seu ambiente. Fonte: http://www.who.int/healthinfo/survey/whoqol-
qualityoflife/en/. Acesso em: 21 jun. 2017.

Barbosa Filho (2010) define qualidade de vida no trabalho (QVT) como um fenômeno
social, e sua análise deve ser feita com o foco no contexto histórico, espacial e econômico
no qual está inserido. É um simbolismo para a percepção do conjunto das condições
de trabalho. Segundo o autor, cada um de nós define QVT segundo a visão individual,
por isso a complexidade do fenômeno, podendo ser considerado um conceito dinâmico.
As perspectivas relativas ao futuro, como plano de carreira ou salários, ocupam um
lugar importante na trajetória profissional, e isso pode ou não motivar esse indivíduo
e influenciar em sua satisfação com o trabalho.

Hipólito e colaboradores (2017), em “Qualidade de Vida no Trabalho: avaliação de


estudos de intervenção”, fizeram uma revisão em bases de dados com o objetivo de
analisar a literatura acerca de intervenções em qualidade de vida no trabalho. Nos artigos
analisados, foram encontradas descrições de programas e formas de adquirir hábitos
saudáveis no ambiente de trabalho e formas de minimizar as demandas mentais do
trabalho. Porém, os autores acreditam que a quantidade de programas voltados para a
saúde e o bem-estar dos trabalhadores é inexpressiva diante do número de empresas
no mundo.

Algumas intervenções foram encontradas pelos autores (HIPÓLITO et al., 2017) durante
a pesquisa: incentivo a atividade física e cuidados com a saúde; exercícios para melhorar
a postura; caminhadas; hatha yoga; ginástica laboral e programas visando à redução de
peso que melhoram a saúde, autoestima, produtividade.

A importância das intervenções no ambiente de trabalho é clara na literatura a fim de


amenizar as dificuldades das atividades laborais e promover a saúde dos indivíduos. A
baixa qualidade do sono, assim como outras demandas mentais decorrentes do trabalho,
pode ser amenizada por meio de intervenções específicas, proporcionando melhoria na
saúde e bem-estar do trabalhador. Intervenções voltadas para a promoção da capacidade
do trabalho e prevenção de doenças têm efeitos benéficos para os trabalhadores desde
que sejam planejadas, implementadas e avaliadas.

29
UNIDADE I | Saúde Ocupacional

Figura 12. Trabalhador em ambiente com ruído.

Necessidades

Percepções Expectativas

Condições de
Trabalho (reais ou
aparentes)

Qualidade de Vida
no Trabalho (QVT)

Fonte: Barbosa Filho, 2005 apud Barbosa Filho (2010, p. 211).

As empresas, nos últimos anos, buscam ser vistas com a marca da responsabilidade
social, ou seja, são empresas que valorizam a qualidade de vida dos seus colaboradores e
não uma organização que visa somente lucros. A valorização do capital humano dentro
das organizações traz benefícios como melhora da saúde ocupacional dos trabalhadores
e consequentemente aumento de produtividade. Devido à complexidade do conceito
de QV, podem-se relatar fatores que influenciam os trabalhadores positivamente
ou negativamente, por exemplo: alimentação saudável, vícios (drogas, tabagismo e
alcoolismo), sedentarismo, obesidade, a prática de atividades físicas e o relacionamento
intrapessoal. Uma empresa que valoriza a QV de seus colaboradores só tem a ganhar
(BARSANO; BARBOSA, 2012).

Figura 13. Representação de Responsabilidade Social.

Fonte: http://www.grifftour.com/site/wp-content/uploads/2014/12/1366723122915responsabilidade-social.jpg.
Acesso em: 21 jun. 2017.

Sampaio (2012) estudou as perspectivas e os desafios na qualidade de vida no trabalho


por meio de uma revisão da literatura para delimitar, conceitualmente, e estabelecer
modelos teóricos de QVT em uso no Brasil. Em alguns segmentos, pode-se considerar que

30
Saúde Ocupacional | UNIDADE I

a participação do trabalhador avançou, porém ainda tímida nas inúmeras organizações


burocratizadas. A QVT se baseia em três conceitos centrais: o humanismo, a participação
do empregado em decisões de gestão e o bem-estar. Produzir conhecimento válido para
novas formas de relações de trabalho e de organização do trabalho é o maior desafio
para a Qualidade de Vida do Trabalhador.

Freire (2013), em seu trabalho de conclusão de curso, abordou o tema da QVT com o
objetivo de analisar quais foram as ações tomadas pelas melhores empresas eleitas para
se trabalhar que favorecem a QVT. Essas foram as 10 primeiras empresas no ranking
do guia da revista Você S/A em 2011 e 2012. Percebeu-se um aumento da valorização
do capital humano nas organizações nos últimos anos e não mais a priorização somente
de resultados. Hoje também é prioridade para as empresas fornecer aos funcionários as
melhores condições para a realização de suas tarefas, que eles trabalhem motivados, que
sejam bem remunerados, que exista oportunidade de progressão na carreira, permitindo
que o ambiente de trabalho fique mais harmonioso e que todos trabalhem e visem o
alcance dos objetivos da empresa e, por fim, o trabalhador sinta-se orgulhoso em fazer
parte desta. O estudo confirmou que muitas empresas se preocupam com a qualidade do
ambiente que é oferecido aos seus colaboradores, e não só com o lucro. Algumas ações
foram inovadoras, como: a construção de casas para os colaboradores e a venda destas
casas ao valor de custo aos funcionários e empresas que oferecem toda a infraestrutura
necessária aos funcionários e familiares como hospital, quadra esportiva, clube etc.

Investir na saúde, na qualidade de vida e no bem-estar das pessoas não representa


prejuízo para a empresa, ao contrário, o aumento de produtividade implica em um
aumento da satisfação dos funcionários, promovendo baixos índices de absenteísmos
e rotatividade. No entanto, é preciso ir mais além, muito mais pode ser feito. Torna-se
imprescindível que a QVT não seja planejada e implementada a partir de uma visão
fragmentada, levando em consideração apenas o ambiente interno da organização, com
ênfase na tarefa desempenhada pelo indivíduo e nas condições físicas do trabalho, mas
que leve em conta, sobretudo, o ambiente externo, ou seja, o contexto familiar, social,
político e econômico em que o indivíduo, como ser total, está inserido, influenciando e
sendo influenciado. Assim, o autor conclui que a QV somada à satisfação do indivíduo
é uma ferramenta diferencial para as organizações (SILVA, 2014).

A ginástica laboral é uma das formas de evitar as doenças ocupacionais e aumentar a


QVT. Além disso, é uma poderosa ferramenta para o empregador na redução de casos
de LER/DORT, também estimula o bem-estar entre os funcionários e permite uma
melhoria contínua de suas atividades. Ela deve ser praticada com intervalos de cinco a
dez minutos diários e, assim, proporcionar ao funcionário melhoria na sua capacidade
funcional por meio de exercícios de alongamento, de prevenção de lesões ocupacionais

31
UNIDADE I | Saúde Ocupacional

e dinâmicas de recreação. Há dois tipos de ginástica laboral, são eles: a preparatória, a


qual é realizada nas primeiras horas do trabalho ou antes delas e, geralmente, possui
duração de cinco a dez minutos. O outro tipo é a ginástica compensatória, realizada
durante a jornada de trabalho, como uma pausa ativa. Esse tipo visa diminuir a fadiga
e prevenir as doenças profissionais (BARSANO; BARBOSA, 2012). A ginástica deve ser
conduzida por um professor de educação física registrado no respectivo conselho de
classe, o Conselho Regional de Educação Física (CREF).

Figura 14. Trabalhadores fazendo ginástica laboral.

Fonte: http://metodoseguro.com.br/uploads/8/8/1/7/88170514/gin-stica-laboral_1.jpg?324. Acesso em: 10 maio 2021.

O Ministério da Saúde (MS) lançou uma plataforma sobre promoção à saúde, focando em
quatro pilares, que são: parar de fumar, ter um peso saudável, exercitar-se e alimentar-se
melhor. Nesse portal, é possível ver conteúdos com especialistas para apoiar a população
a mudar seus hábitos em prol de uma vida mais saudável e com qualidade. Ao entrar no
site, há um questionário que o usuário responderá e, a seguir, terá dicas personalizadas
de acordo com seu perfil, além de receitas com produtos. Segundo o MS, a plataforma é
dinâmica, e os conteúdos e funcionalidades serão periodicamente atualizados, podendo
o usuário opinar.

O usuário pode acessar diretamente o portal http://saudebrasilportal.com.br/ ou por


meio do site do Ministério http://portalsaude.saude.gov.br/saudebrasil.

Figura 15. Plataforma do Ministério da Saúde sobre a Promoção de Saúde.

Fonte: adaptada de https://blog.abramge.com.br/wp-content/uploads/2017/06/saudebrasilselo.png. Acesso em: 10 maio 2021

32
Saúde Ocupacional | UNIDADE I

Nos links abaixo, é possível baixar material complementar do Telecurso Profissionalizante,


são videoaulas acerca de Higiene e Segurança no Trabalho e também de Manutenção:

Higiene e Segurança no Trabalho

https://www.youtube.com/playlist?list=PLF619876BDA0BC41F Acesso em: 06 jun.


2017.

Manutenção

https://www.youtube.com/playlist?list=PL5DAE5710FC2797E9 Acesso em: 06 jun.


2017.

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REFERÊNCIAS

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