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Sociedade, cultura e natureza – 01/12/22 – Mellyssa de Jesus Araujo Francisco Pereira e

Maria Heduarda Honório

Tudo que submetemos ao longo de nossa vida está fundado não apenas em
pensamentos herdado mas também pelas práticas sociais que em nós são instituídos. O
autor nos possibilita a ultrapassar tudo o que herdamos para pensar e agir de outra forma
e que por algum motivo nos foram silenciado. Entendemos a partir da leitura desse livro
que o homem é a natureza e esquecendo-se disso optou por dominá-la, desvantando-se
nossas condições de vida.

Para se compreender o contexto histórico-cultural, partiremos da década 1960 onde


surgiu vários movimentos sociais: movimentos negros, de mulheres e ecológicos; antes já
haviam manifestações desses movimentos, mas o marco maior é a partir dos anos 60,
embora começasse nos anos 50, a rebeldia dos jovens, o rock and roll e a descoberta dos
anticoncepcionais.

Em 1960 os movimentos não são focados em modo de produção mas já se questiona o


modo de vida. A chacina do Vietnã (França e EUA), o crescimento dos meios de
comunicação que acompanhavam a guerra via satélite, o questionamento da vertente
stalinista e os problemas criados pela tentativa de industrialização de um país camponês
(China) que temos mais tarde traz ao centro da questão a Revolução Cultural. Começa-se
a se questionar as condições presentes de vida e se lembrando que nem sempre
mobilizações em torno de questões ecológicas são movimentos ecológicos. O homem
naturalmente produz cultura, o que difere de criar regras normas para proteger ou cuidar
da natureza a intenção humana é desenvolver e dominar a própria natureza
estabelecendo entre se relações. Por outro lado há exemplos de homens que não destrói
natureza subjugando a como no caso dos índios, mas é Claro que essa é uma questão
social e estamos falando de um outro tipo de cultura e sociedade. Sabemos que qualquer
sociedade usa técnicas, mas as técnicas industriais é de fato vista como desenvolvedora
de povos e conquistas capitalistas. Por isso podemos dizer que as diversas filosofias que
herdamos estão comprometidas com os fundamentos históricos culturais, toda cultura que
não é a nossa cultura é considerada em racional. Tudo está cheio de forças vivas, tudo
tem alma tudo têm conceito, tudo tem fundamento. Ocasionando diversos discursos
ecológicos e práticas contraditórias, a exemplo dos indianos considerados irracionais por
não comerem carne de vaca apesar de sua população morrer de fome; os asiáticos
consumirem carne de cachorro e insetos o que para a cultura Brasileira não faz o menor
sentido, mas toda e qualquer cultura faz sentido para aqueles que nela está inserida. O
conceito chave da cultura é a natureza e isso o faz saltar de natureza para a cultura. No
Brasil em 1970 o mais importante era o aumento da produção ainda que isso nos levasse
ao desmatamento e a uma tradição de desrespeito a conservação dos recursos naturais
que contraditoriamente o nome do país faz referência a um tipo de árvore que já não se
encontra mais, a Bandeira faz referência ao verde das matas e ao ouro cada vez mais
extinto, o azul do céu é tomado por poluição ou Queimadas e o branco está longe da
representação da paz, e acrescento ainda a ordem e o Progresso inexistentes mas não é
apenas aqui que há contra de sono ainda na Índia que culturalmente não se consomem
carne de vaca, são os maiores exportadores de carne vermelha onde vacas são
sagradas, búfalo não. Vivemos uma sociedade contraditória devemos estar atentos a
quem está propondo e qual o verdadeiro interesse das propostas, se são pela valorização
ou devastação. Vale a pena ressaltar que o movimento ecológico difere de outros
movimentos como operários, negros, mulher, indígenas, camponeses, jovens ou
homossexuais mas isso não o desqualifica em sua luta enquanto seus movimentos
reivindicam suas condições sociais, suas necessidades, seus direitos a singularidade, sua
valorização, seu rompimento de barreiras e conflitos. O movimento ecológico além disso
propõe um outro modo de vida, uma outra cultura.
Referências bibliográficas:

GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Os (des)caminhos do meio ambiente. São Paulo:


Editora Contexto, 2005, p- 7-27, 74-92, 94-102, 118-135

https://oglobo.globo.com/economia/negocios/a-vaca-sagrada-na-india-mas-pais-o-maior-
exportador-de-carne-vermelha-17103904

https://www.trilhamarupiara.com/2018/08/mercado-de-insetos-em-pequim-o-mercado.html

https://m.youtube.com/watch?v=_V8y7wLZrzA&feature=youtu.be

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