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CRITICIDADE
Como alguns colegas nos pediram maiores informações sobre este tópico, resolvemos
escrever este post para expandir o assunto e melhor detalhar qual metodologia nós adotamos
para classificar os equipamentos médicosem diferentes níveis de criticidade e utilizar este
dado para os processos de gestão de manutenção em Engenharia Clínica.
A classificação dos equipamentos médicos por sua criticidade é algo bastante interessante
para a gestão da manutenção, pois permite um melhor direcionamento de importantes
programas contidos no Plano de Gerenciamento de Equipamentos em Saúde. Acredito que os
03 principais benefícios desse método são:
Nesta RDC, os equipamentos são avaliados conforme (A) Sua aplicação (finalidade de uso),
(B) Consequência em caso de uma possível falha, (C) Tipo de contato das partes do
equipamento com o corpo do paciente, (D) Tempo de exposição e (E) Tecnologia utilizada.
Com isso, os equipamentos são classificados em 04 Níveis de Risco, começando com o Nível
I – Baixo Risco e chegando até o Nível IV – Máximo Risco.
Mas aqui na EquipaCare sentimos falta de alguma classificação que também levasse em
consideração a importância estratégica daquele equipamento para a operação. Por exemplo,
uma sala de ressonância magnética sem funcionar ou uma sala cirúrgica parada pela falta da
mesa cirúrgica, representam importantes impactos financeiros para o Hospital.
(a) Sua função,
(b) Risco físico ao paciente ou ao operador e
(c) Grau de Importância ABC.
Cada classificação recebe uma pontuação que é somada para chegar ao valor “C” de
criticidade.
C = F + RF + ABC, sendo:
Criticidade = Função + Risco Físico + Grau de Importância ABC
Listaremos abaixo cada item constituinte da metodologia e sua respectiva pontuação para a
classificação da criticidade:
FUNÇÃO
Função Pontuação
Suporte a Vida 10
Terapia 8
Diagnóstico 6
Análise 4
Equipamentos
2
de Apoio
RISCO FÍSICO
A curva ABC é um método de classificação de informações, que permite destacar os itens que
– mesmo estando em menor quantidade numérica – representam para a instituição o maior
grau de importância ou impacto.
Então, a grande vantagem de incluir o Grau de Importância ABC no cálculo de criticidade, está
na flexibilidade de poder pontuar de acordo com a realidade e prioridade estratégica da
instituição de saúde.
Grau B – Nesta faixa estão enquadrados equipamentos que podem impactar de forma
direta no cuidado ao paciente ou mesmo na perda de receita da instituição,
interrompendo o funcionamento de um leito ou mesmo cancelando uma cirurgia, por
exemplo. Os equipamentos aqui enquadrados possuem um valor de aquisição
moderado e possuem unidades iguais ou similares dentro da instituição, tornando
possível sua substituição de forma mais rápida. Exemplos: Aparelho de Anestesia;
Mesa Cirúrgica.
Grau C – Falta do equipamento não acarreta paralisação nos serviços de assistência.
Equipamento facilmente substituível seja pela existência de inúmeros outros similares
na instituição ou mesmo devido à maior facilidade de compra. Exemplos: Oxímetro;
Esfigmomanômetro.
Importânci Pontuaçã
a ABC o
Grau A 10
Grau B 5
Grau C 1
Risco Importância
Equipamento Função Criticidade
Físico ABC
Centrífuga 4 3 5 12
Desfibrilador 10 7 5 22
Eletrocardiógrafo 6 3 1 10
Ressonância
6 3 10 19
Magnética
Com o Cálculo de Criticidade apresentado na tabela acima, enquadramos os equipamentos
por Faixas de Criticidade de maneira similar a RDC nº 185 como exposto abaixo:
Tendo a classificação de criticidade mostrada acima (baixa, mediana e máxima), poderá ser
estabelecido em comum acordo com a administração do hospital, os tempos máximos para
atendimento de cada nível e, com isto, ter estabelecida uma regra de priorização para
a Engenharia Clínica.
Atender todas as solicitações para equipamentos desta faixa em menos de 20 minutos (tempo
de atendimento). Técnicos alocados em chamados considerados de menor criticidade podem
ser remanejados para atender chamados de criticidade mediana.
Importante: A regra acima não pode ser generalizada para qualquer estabelecimento,
pois varia de acordo com o tamanho da equipe técnica do setor de engenharia clínica,
bem como também pelo grau de complexidade dos serviços médicos prestados.
É isso aí, pessoal! Espero que este post tenha sido útil.