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VARIÁVEIS

COMPLEXAS
Limite e
continuidade de
funções complexas
Fabio Santiago

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

>> Definir limites de funções complexas e seus teoremas.


>> Calcular limites envolvendo o infinito.
>> Identificar funções contínuas.

Introdução
Neste capítulo, você vai estudar alguns dos temas fundamentais das funções de
variáveis complexas: os conceitos de limite e continuidade. Inicialmente, você
vai conhecer a definição de limite, suas propriedades e algumas demonstrações.
Em um segundo momento, você vai ver como operacionalizar o cálculo
de limites envolvendo o infinito. A fim de determinar tais limites, você pode
empregar muitas das estratégias conhecidas para funções de variáveis reais.
Por fim, você vai estudar a continuidade de funções complexas. Você vai
verificar quando uma função de variável complexa é contínua e como o conceito
de continuidade está conectado ao cálculo de limite dessa função.
2 Limite e continuidade de funções complexas

Limite de uma função complexa


As funções definidas em ℂ e as funções definidas em ℝ são semelhantes em
suas propriedades e operações. A semelhança observada entre as funções
reais e complexas também está presente na definição e na operacionalização
do conceito de limites para funções complexas, objeto de estudo desta seção.
Para começar, você deve ter em mente a definição de função complexa,
pois os conceitos de limite e continuidade estão relacionados a regiões de
vizinhança no domínio e na imagem da função. Veja a definição de função
complexa: considerando que D ⊂ ℂ é um subconjunto, uma função f: D → ℂ
é chamada de “função de variáveis complexas” se para z ∈ D a aplicação f
associa um único f(z) = w ∈ ℂ (COELHO, 2000).
Segundo Coelho (2000), as funções de variáveis complexas podem ser
vistas como funções de ℝ 2 em ℝ 2 se z = x + y ∙ i e f(z) = u(z) + v(z) ∙ i = u(x, y) +
v(x, y) ∙ i. Então, tem-se:

f: (x, y) → (u(x, y), v(x, y))

As funções u(x, y) e v(x, y) são as partes reais e imaginárias de f.


Como você pode observar, a definição de uma função complexa se baseia
na aplicação entre conjuntos. A seguir, veja a definição do limite de uma
função complexa, o qual também utiliza os conjuntos imagem e domínio de f.
Considere A um subconjunto aberto de ℂ e f: A → ℂ uma função de variáveis
complexas. Dado z0 ∈ A, diz-se que w ∈ A é o limite de f quando z ∈ A tende a z0
se para todo 𝜖 > 0 existe um 𝛿 > 0 tal que, se 0 < |z – z0| < 𝛿, então |f(z) – w0| < 𝜀.
Escreve-se:

Como observam Brown e Churchill (2015), geometricamente, a existência


do limite de uma função de variáveis complexas consiste no seguinte: dada
qualquer vizinhança |w – w0| < 𝜖 de w0, existe uma vizinhança perfurada
0 < |z – z0| < 𝛿 de z(0) tal que, para cada ponto desta última vizinhança, tem
a imagem de z pela função f(z) = w na vizinhança de w0. Na Figura 1, veja a
interpretação geométrica apresentada pelos autores.
Limite e continuidade de funções complexas 3

Figura 1. Interpretação geométrica da definição de limite.


Fonte: Brown e Churchill (2015, p.58),

Para compreender melhor os conceitos que você estudou até aqui,


veja alguns exemplos. Considerando a definição de limite, determine
os valores de 𝜖 e 𝛿 de modo que:

A fim de satisfazer a definição de limite, basta tomar 𝛿 = 𝜖. Assim, sempre


que |z – z0| < 𝛿, tem-se:

Agora, considerando a definição de limite, determine os valores de 𝜖 e 𝛿 de


modo que:

A fim de satisfazer a definição de limite, basta tomar 𝛿 = 𝜖. Assim, sempre


que |z – z0| < 𝛿, tem-se:
4 Limite e continuidade de funções complexas

Veja este teorema: se f(z) = u(x, y) + v(x, y)i, z = x + y ∙ i e z0 = x0 + y0 ∙ i, então


o limite de f existe em z0 e é igual a u0 + v0 ∙ i se e somente se os limites de
u e v existirem em (x0, y0) e forem iguais a u0 e v0, respectivamente. Ou seja:

Agora você vai ver a demonstração. Os passos desenvolvidos aqui são


similares aos de Zani ([2011]). Assim, suponha que os seguintes limites existam:

Portanto, dado 𝜖 > 0, existem 𝛿1, 𝛿2 > 0, tal que:

„„ |u(x, y) – u0| < 𝜖/2 sempre que ;


„„ |v(x, y) – v0| < 𝜖/2 sempre que .

Considerando 𝛿 = min{𝛿1, 𝛿2}, tem-se:

De forma recíproca, se existe:

então para cada 𝜀 > 0 existe 𝛿 > 0 tal que |f(z) – L| < 𝜖 sempre que:
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Colocando L = u0 + v0 ∙ i com u0 e v0 ∈ ℝ, tem-se:

e:

sempre que .

Agora veja um exemplo que utiliza a definição de limite e suas regiões


de vizinhança nos conjuntos imagem e domínio. Demonstre pela
definição de limite que:

Você quer mostrar que ∀ > 0, ∃𝛿 > 0, tal que:

0 < |z – 2i| < δ  ⟹ |z2 + 3z – (–4 + 6i)| < ϵ

Assim, tem-se:
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Pode-se admitir que |z| < 3. Assim, tem-se:

8|z – 2i| < ϵ  ⇒ |z – 2i| < ϵ/8 = δ

Por outro lado:

|z| = |z – 2i + 2i| ≤ |z – 2i| + |2i| < δ + 2 = 3 ∴ δ = 1

Assim, basta considerar 𝛿 = min{1, 𝜖/8}.

Neste ponto, você vai conhecer as principais propriedades operatórias


dos limites para as funções de variáveis complexas.
Veja esta proposição: considere A ⊂ ℂ um conjunto aberto; além disso,
considere as funções complexas f1: A → ℂ e f2: A → ℂ. Fixe um ponto z0 ∈ A e
considere que:

Então, são válidas as propriedades a seguir.

1. c ∙ f1(z) = c ∙ w1, c ∈ ℂ

2. [f1(z) + f2(z)] = [f1(z)] + [f2(z)] = w1 + w2

3. [f1(z) ∙ f2(z)] = [f1(z)] ∙ [f2(z)] = w1 ∙ w2

4. se w1 ≠ 0

5. Se w1 ≠ 0, então:

A seguir, você vai ver como demonstrar a terceira propriedade. Os passos


aqui apresentados são os mesmos percorridos por Zani ([2011]). As demonstra-
ções das demais propriedades também podem ser encontradas na obra citada.
Então, veja a demonstração de:
Limite e continuidade de funções complexas 7

Se:

considerando a definição de limite, tem-se 𝛿1 > 0 tal que |f1(z) – w1| sempre
que 0 < |z – z0| < 𝛿1. Segue-se que |11(z)| ≤ |f1(z) – w1| < 1 + |l|, sempre que
0 < |z – z0| < 𝛿1. Considerando novamente a definição de limite, existe 𝛿2 > 0
tal que:

sempre que 0 < |z – z0| < 𝛿2. Além disso, existe 𝛿3 > 0 tal que:

sempre que 0 < |z – z0| < 𝛿2. Considere 𝛿 = min{𝛿1, 𝛿2, 𝛿3}. Se 0 < |z – z0| < 𝛿, então:

A partir das propriedades para o cálculo dos limites anteriormente enun-


ciadas, é possível concluir que, dadas funções f e g, tais que os limites
f(z) e g(z) existam, então, para quaisquer 𝛼 e 𝛽, tem-se:
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Calcule o limite:

Veja a solução:

Cálculo de limites envolvendo o infinito


Na seção anterior, você conheceu a definição formal de limite e suas proprie-
dades operatórias. Além disso, acompanhou o desenvolvimento de alguns
cálculos. Uma característica importante dos limites calculados até aqui é
que eles resultavam em um valor finito sempre que z ⟶ z0 (lê-se: z tendia a
z0). Nesta seção, você vai ver como calcular o limite de funções complexas
quando z ⟶ z0 e f(z) = ∞, quando z ⟶ ∞ e f(z) = L e, por fim, quando
z⟶∞e f(z) = ∞.
A fim de compreender a definição formal de uma função complexa f(z) no
contexto aqui estudado, você precisa ter em mente duas definições prelimi-
nares. A primeira delas se refere ao disco furado, e a segunda, a um ponto de
acumulação em ℂ. Neste texto, as definições são as mesmas de Vieira (2011).
Veja a definição de disco furado: considerando z ∈ ℂ e r ∈ ℝ*, denota-se
por 𝔻* (z, r) o disco furado centrado em z de raio r, ou seja, 𝔻* (z, r) = z ∈ ℂ;
0 < |w – z| < r. Assim, pode-se dizer que o disco furado é o disco que tem seu
centro removido. Agora veja a definição do ponto de acumulação: considerando
A ⊂ ℂ, diz-se que um ponto z ⊂ ℂ é um ponto de acumulação de A se 𝔻* (z, r)
∩ A ≠ ∅ ∀r > 0. Com essas duas definições, você está apto a compreender a
definição de limite no infinito, enunciada a seguir.
Considere a função f: A ⟶ ℂ, sendo A ⊂ ℂ. Além disso, considere z0 ∈ ℂ um
ponto de acumulação de A. Diz-se que o limite de f(z) quando z tende a z0 é
infinito (∞) se para todo K > 0 existe 𝛿 > 0, tal que |f(z)| > K sempre que z ∈ A
e |z – z0| < 𝛿 (VIEIRA, 2011). Matematicamente, tem-se:

∀ > 0, ∃ δ >0; z ∈ A; |z – z(0)| < δ ⟹ |f(z)| > k


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Denota-se por:

As definições anteriores talvez se mostrem um tanto abstratas em


um primeiro momento. Por isso, é importante que você conheça
alguns casos práticos. Para começar, calcule:

Veja a solução a seguir.


A fim de calcular:

inicialmente considere f(z) = , uma vez que apenas:

Então:

Agora calcule:

Veja a solução a seguir.


A fim de calcular:
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inicialmente considere f(z) = , uma vez que apenas:

Então:

Limites no infinito
Agora você vai ver como calcular limites em que z ⟶ ∞ e:

sendo L finito. Assim, considere a função f: A ⟶ ℂ, sendo A ilimitada.


O limite de f(z) tende a L quando z tende ao infinito (z ⟶ ∞) se para todo
𝜖 > 0 existir R > 0 tal que |f(z) – L| < 𝜖 sempre que z ∈ A e |z| > R (VIEIRA, 2011).
Matematicamente, tem-se:

∀ϵ > 0, ∃R > 0, z ∈ A e |z| > R ⇒|f(z) – L| < ϵ

E denota-se por:

O exercício a seguir calcula o limite da função f(z) por meio da definição


dada. A ideia é demonstrar que:
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Inicialmente, considere:

Para a última igualdade, foi pressuposto que |z| > 1/3, o que será adotado
daqui em diante. Observe:

Considere:

Assim, obtém-se o resultado desejado:

Calcule:

Realizando as manipulações algébricas adequadas, tem-se:

Agora calcule:
12 Limite e continuidade de funções complexas

Realizando as manipulações algébricas adequadas, tem-se:

Limites infinitos no infinito


Agora você vai estudar o caso em que, quando z ⟶ ∞, tem-se f(z) = ∞.
Assim, faz-se necessário considerar a definição adequada, dada a seguir.
O limite de f(z) tende ao infinito quando z tende ao infinito (z ⟶ ∞) se
para todo K > 0 existir R > 0 tal que |f(z)| < K sempre que z ∈ A e |z| > R (VIEIRA,
2011). Matematicamente, tem-se:

∀K > 0, ∃R > 0, z ∈ A e |z| > R ⇒ |f(z)| > K

E denota-se por:

Calcule:

Veja a solução:

Calcule:
Limite e continuidade de funções complexas 13

Veja a solução:

Continuidade para funções de variáveis


complexas
Nesta seção, você vai conhecer um dos principais conceitos relativos às fun-
ções de variáveis complexas, o de continuidade. Assim, considere a definição
a seguir, de Coelho (2000).
Considere A ⊂ ℂ um aberto de ℂ. Além disso, considere a função complexa
f: A ⟶ ℂ. Essa função é contínua no ponto z0 ∈ A se f(z) = f(z0). De outra
forma, diz-se que f(z) é contínua em z0 ∈ A se para todo 𝜖 > 0 existe 𝛿 > 0, tal que:

|z – z0| < δ ⇒ |f(z) – f(z0)| < ϵ

Considere a função:

Mostre, por meio da definição, que ela é contínua em ℂ. A seguir, veja a


solução.
Dado 𝜖 > 0, tome 𝛿 = 4𝜖. Se |z – z0| < 𝛿, então tem-se:

Portanto, f(z) é contínua em ℂ.


Agora considere a função:

Mostre, por meio da definição, que a função dada é contínua em ℂ. A seguir,


veja a solução.
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Dado 𝜖 > 0, tome δ = √π ϵ. Se |z – z0| < 𝛿, então tem-se:

Portanto, f(z) é contínua em ℂ.

Como observa Zani ([2011]), uma condição necessária e suficiente para


que a função complexa f(z) seja contínua é que suas partes real e imaginária
sejam contínuas. Ou seja:

A partir do que foi explanado por Zani ([2011]), tem-se que as partes real e
imaginária das funções exponenciais, seno e cosseno, são contínuas. Assim,
tem-se:

Logo, pode-se concluir que as funções complexas exp(z), sen(z) e cos(z)


são funções contínuas.
A seguir, você vai estudar uma proposição que garante que, se as funções
f1, f2 e g forem contínuas, então o produto, quociente e composição, quando
bem definido, também será contínuo.
Considere A, B ⊂ ℂ abertos. Além disso, considere as funções de variáveis
complexas f1: A ⟶ ℂ, f2: A ⟶ ℂ e g: B ⟶ ℂ, sendo que f1: A ⊂ B. Suponha que
as funções f1 e f2 são ambas contínuas em z0 ∈ A e que a função g é contínua
em f1(z0). Então:

1. as funções c ∙ f1: A ⟶ ℂ, f1 + f2: A ⟶ ℂ e f1 ∙ f2: A ⟶ ℂ são contínuas em z0


onde c é um número complexo arbitrário, porém fixado;
2. se f1(z0) ≠ 0, então existe uma vizinhança de z0 tal que 1/ f1 restrita a
essa vizinhança está definida e é contínua em z0;
3. a função g ∘ f1: A ⟶ ℂ é contínua em z0.

A seguir, veja a demonstração da terceira propriedade. As demais podem


ser facilmente demostradas com o conteúdo exposto até aqui.
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Considere que g(z) é contínua. Além disso, assume que 𝛾0 = f(z1). Você vai ver
que g ∘ f D ⟶ ℂ também é contínua em z0. Para isso, considere 𝜖 > 0. Sendo a
função g continua em z1, então existe 𝛿1, tal que |g(z) – g(𝛾0)| = |g(z) – g(f(z0))| < 𝜖
sempre que |z – 𝛾0| < 𝛿1.
Por outro lado, existe 𝛿 > 0 tal que |f(z) – 𝛾0| = |f(z) – f(z0)| < 𝛿1 sempre
que |z – 𝛾0| < 𝛿. Combinando as desigualdades, tem-se |g(f(z)) – g(f(z0))| < 𝜖
sempre que |z – 𝛾0| < 𝛿.
Para compreender melhor a terceira propriedade, considere as funções f
e g definidas como mostra a Figura 2, a seguir.

Figura 2. Interpretação geométrica da definição de limite.

A seguir, veja o desenvolvimento analítico em forma de exercício. Considere


as funções g(z) = z e f(z) = z2. É fácil mostrar que cada uma delas é contínua.
Agora você vai ver como mostrar que a função composta f(g(z)) é igual a z2.
Considere que f(z) é contínua. Além disso, assuma que 𝜉0 = g(z1). Você vai
verificar que a composição das funções (f ∘ g)(z): D → ℂ também é contínua
em z1. Considere agora 𝜖 > 0. P. Sendo a função f continua em z1, existe 𝛿1, tal
que |f(z) – f(𝜉0)| = |f(z) – f(g(𝜉0))| < 𝜖 sempre que |z – 𝛾0| < 𝛿1.
Por outro lado, existe 𝛿 > 0, tal que |g(z) – 𝜉0| = |g(z) – g(z1)| < 𝛿 sempre
que |z – 𝛾0| < 𝛿. Combinando as desigualdades, tem-se |f(g(z)) – f(g(z0))| < 𝜖
sempre que |z – 𝛾0| < 𝛿.
No Quadro 1, a seguir, veja as definições fundamentais deste capítulo, ou
seja, as definições de limite, continuidade, limites no infinito e limites infinitos.
16 Limite e continuidade de funções complexas

Quadro 1. Principais definições de limite e continuidade de funções complexas

Definição Descrição

Definição de Considere A ⊂ ℂ um aberto de ℂ. Além disso, considere


continuidade a função complexa f: A ⟶ ℂ. Essa função é contínua no
ponto z0 ∈ A se f(z) = f(z0). De outra forma, diz-se que
f(z) é contínua em z0 ∈ A se para todo 𝜖 > 0 existe 𝛿 > 0,
tal que:

|z – z0| < δ ⇒ |f(z) – f(z0)| < ϵ

Definição de Considere A um subconjunto aberto de ℂ e f: A → ℂ uma


limite função de variáveis complexas. Dado z0 ∈ A, diz-se que
w ∈ A é o limite de f quando z ∈ A tende a z0 se para todo
𝜖 > 0 existe um 𝛿 > 0 tal que, se 0 < |z – z0| < 𝛿, então
|f(z) – w0| < 𝜀

Definição de Considere a função f: A ⟶ ℂ, sendo A ⊂ ℂ. Além disso,


limite infinito considere z0 ∈ ℂ um ponto de acumulação de A. Diz-se
que o limite de f(z) quando z tende a z0 é infinito (∞) se
para todo K > 0 existe 𝛿 > 0, tal que |f(z)| > K sempre que
z ∈ A e |z – z0| < 𝛿.

Definição de O limite de f(z) tende a L quando z tende ao infinito


limite no infinito (z ⟶ ∞) se para todo 𝜖 > 0 existir R > 0 tal que
|f(z) – L| < 𝜖 sempre que z ∈ A e |z| > R.

Definição de O limite de f(z) tende ao infinito quando z tende ao


limite infinito infinito (z ⟶ ∞) se para todo K > 0 existir R > 0 tal que
no infinito |f(z)| < K sempre que z ∈ A e |z| > R.

Referências
BROWN, J. W.; CHURCHILL, R. V. Funções analíticas. In: BROWN, J. W.; CHURCHILL, R. V.
Variáveis complexas: e aplicações. 9. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. p. 37-82.
COELHO, L. Funções complexas. 2000. 69 f. Monografia (Licenciatura em Matemática)
– Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000.
VIEIRA, E. Funções Holomorfas de uma Variável. [S.l.: s.n.], 2011. Disponível em: http://
emis.impa.br/EMIS/journals/em/docs/coloquios/NE-1.09.pdf. Acesso em: 5 dez. 2020.
ZANI, S. L. Funções de uma variável complexa. [S.l.: s.n., 2011]. Disponível em: https://
sites.icmc.usp.br/szani/complexa.pdf. Acesso em: 5 dez. 2020.
Limite e continuidade de funções complexas 17

Leituras recomendadas
MATEMÁTICA: aula 27: números complexos e transformações de plano. Aula da disciplina
Matemática. Curso de Engenharia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Pro-
fessor ministrante: Walter Spinelli. São Paulo: [S. n.], 2014. 1 vídeo (21 min). Publicado pelo
canal UNIVESP. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_7et7XESOXU&ab_
channel=UNIVESP. Acesso em: 5 dez. 2020.
MATEMÁTICA: aula 28: números complexos e transformações de plano. Aula da dis-
ciplina Matemática. Curso de Engenharia da Universidade Virtual do Estado de São
Paulo. Professor ministrante: Walter Spinelli. São Paulo: [S. n.], 2014. 1 vídeo (18 min).
Publicado pelo canal UNIVESP. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=l
GU1qgkOpCU&list=TLPQMjIxMTIwMjCRyBH889_JNA&index=2&ab_channel=UNIVESP.
Acesso em: 5 dez. 2020.
NÚMEROS complexos. Aula da disciplina Matemática MMB001. Curso de Engenharia
- Turma 2016 - Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Professor ministrante:
Pedro L. Fagundes São Paulo: [S. n.], 2017. 1 vídeo (23 min). Publicado pelo canal UNIVESP.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZKP8evESWcM&list=RDCMUCBL2t
frwhEhX52Dze_aO3zA&start_radio=1&ab_channel=UNIVESP. Acesso em: 5 dez. 2020.
PEREIRA, G. G. Uma proposta didática para o ensino de funções de variável complexa
no ensino médio usando planilha eletrônica. 2017. 95 f. Monografia (Mestrado profis-
sional) – Instituto de Matemática, Estatística e Física, Universidade Federal do Rio
Grande, Rio Grande, 2017.

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