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UNIVERSIDADE 

FEDERAL FLUMINENSE 
 
ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL 
METALÚRGICA DE VOLTA REDONDA 
 
PÓS­GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA 
METALÚRGICA 

TESE DE DOUTORADO 
   

CLÁUDIO LUIS DE MELO SILVA 

EFEITO DO TRATAMENTO SUPERFICIAL NA 
RESISTÊNCIA À ADESÃO EM VITROCERÂMICAS 
DENTÁRIAS A BASE DE DISSILICATO DE LÍTIO 

Volta Redonda 
2016 

 
 
 
   
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CLÁUDIO LUIS DE MELO SILVA 
 
 
 
EFEITO DO TRATAMENTO SUPERFICIAL NA RESISTÊNCIA À ADESÃO EM 
VITROCERÂMICAS DENTÁRIAS A BASE DE DISSILICATO DE LÍTIO  
 
 
 
 
Tese  apresentada  ao  Programa  de  Pós 
Graduação em Engenharia Metalúrgica da 
Escola  de  Engenharia  Industrial  e 
Metalúrgica  da  Universidade  Federal 
Fluminense,  como  requisito  parcial  à 
obtenção  do  título  de  Doutor  em 
Engenharia Metalúrgica. 
 
 
 
 
 
 
Orientador: 
Prof. Dr. Jefferson Fabrício Cardoso Lins 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Volta Redonda 
2016
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   M528     Silva, Cláudio Luis de Melo 
   Efeito do tratamento superficial na resistência à adesão 
                 em vitrocerâmicas dentárias a base de dissilicato de lítio /   
                 Cláudio Luis de Melo Silva. – Volta Redonda, 2016. 
   157 p. : il 
 
   Tese (Doutorado em Engenharia Metalúrgica)  
                 Universidade Federal Fluminense 
   Orientador: Jefferson Fabrício Cardoso Lins 
 
                      1. Dissilicato de lítio. 2. Resistência a adesão. 3. Ensaio   
                 de cisalhamento.  I. Lins, Jefferson Fabrício Cardoso.  
                 II. Título. 
                                                                CDD 621.112 
 
 
 
   2 

CLÁUDIO LUIS DE MELO SILVA 
 
 
 
EFEITO DO TRATAMENTO SUPERFICIAL NA RESISTÊNCIA À ADESÃO EM 
VITROCERÂMICAS DENTÁRIAS A BASE DE DISSILICATO DE LÍTIO 
 
 
 
 
Aprovada em 27 de julho de 2016 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 

Universidade Federal Fluminense ­ UFF 

Universidade de Estado do Rio de Janeiro ­ UERJ 

Universidade Federal de Juiz de Fora ­ UFJF 

Universidade Federal Fluminense ­ UFF 

Universidade Federal Fluminense ­ UFF 
 
 
 
 
 
 
 
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DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à minha família, razão de tudo. Às minhas filhas, Paula e 
Eduarda,  que  sempre  me  incentivaram  a  continuar  e  são  meu  maior  orgulho.  À 
minha  esposa,  Tereza,  com  quem  compartilho  a  vida,  obrigado  pelo  carinho  e  por 
sua  capacidade  de  me  trazer  paz  na  correria  de  cada  semestre,  sua  presença 
significa  segurança  e  a  certeza  de  que  nunca  estive  sozinho  nesta  caminhada.  À 
Nane que durante todos esses anos nos acompanhou fazendo com que nossa vida 
profissional e pessoal fosse muito mais tranquila. Muito Obrigado! Chegamos juntos 
neste fim, que na verdade é apenas um recomeço! Amo vocês.  

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGRADECIMENTOS 
 
 
 
  À    Deus  por  me  amparar  nos  momentos  difíceis,  me  dar  força  interior  para 
superar as dificuldades e me mostrar os caminho nas horas incertas. 
  Ao  meu  orientador,  Prof.  Dr.  Jefferson  Fabrício  Cardoso  Lins,  agradeço  os 
ensinamentos necessários para meu crescimento profissional e na orientação deste 
trabalho.  Muito  obrigado  pelo  apoio  incondicional,  incentivo  e  pelo  estímulo 
constante. 
  À  minha  esposa  Tereza  e  minhas  filhas  Paula  e  Eduarda  por  não  me  deixar 
desistir nunca. Sem vocês eu não conseguiria. Amo vocês! 
  Aos meus pais, Orlando Silva Sobrinho e Lia Lyz de Mello Silva (in memoriam) 
pela  formação  pessoal  e  incentivo  profissional.  À  vocês  que,  muitas  vezes, 
renunciaram  aos  seus  sonhos  para  que  pudesse  realizar  o  meu,  partilho  a  alegria 
deste momento. E à minha irmã que mesmo distante esteve sempre muito perto. 
  À  minha  amiga  Cristiane  Fonseca  de  Carvalho,  companheira  de  toda  hora, 
minha  parceira  na  vida  pessoal  e  profissional.  Obrigada  pela  cumplicidade,  pela 
amizade e pelo apoio ao longo de todos esses anos. Você faz parte de tudo isso!  
  Ao  meu  amigo  Prof.  João  Paulo  Sudré  pelo  auxílio  no  desenvolvimento  desta 
tese.  
  À  minha  família,  tios,  primos  e  sobrinhos,  a  qual  amo  muito,  pelo  carinho, 
paciência e incentivo. 
  Ao  professor  Prof.  Dr.  Jayme  Pereira  de  Gouvêa,  pela  amizade  e  grandiosa 
colaboração  e  sugestões  durante  as  etapas  de  realização  deste  trabalho.  Os 
direcionamentos  sugeridos  foram  mais  que  auxílio  à  pesquisa,  foram  primordiais 
para guiar os caminhos deste estudo. 
  As pessoas que conheci nesse período do doutorado e que se tornaram parte 
da  minha  vida,  tornando  a  caminhada  muito  mais  fácil  e  agradável:  Eric  Costa 
Carvalho e Ágatha Borges Teixeira.  
   A  todos  os  colegas  e  professores  da  pós­graduação,  em  especial  às 
professoras:  Prof.ª  Dr.ª  Tânia  Maria  Cavalcanti  Nogueira  e  Prof.ª  Dr.ª  Fabiane 
Roberta Freitas pela ajuda, convívio e aprendizado. 
  Ao  assistente  administrativo  de  PPGEM,  Jáder  Ferreira  Mendonça,  pela 
atenção, boa vontade  e disponibilidade. 
 
 5 
 

  Ao  Programa  de  Pós­graduação  em  Engenharia  Metalúrgica  da  Escola  de 
Engenharia  Industrial  Metalúrgica  de  Volta  Redonda  –  EEIMVR  /  UFF,  por  me 
receber  e  proporcionar  esta  oportunidade  valiosa  de  aprendizado  possibilitando  a 
realização deste trabalho. 
  Ao  Centro  Universitário  de  Volta  Redonda  pelo  apoio  institucional  durante  a 
realização deste trabalho. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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―Conheça  todas  as  teorias,  domine  todas  as 
técnicas,  mas  ao  tocar  uma  alma  humana, 
seja apenas outra alma humana‖ 
                                                                    
Carl Jung 
 
 
 
 
 
 
 
 
  7 
 

RESUMO 
 
O objetivo deste estudo foi avaliar a morfologia, rugosidade e resistência de união de 
duas  vitrocerâmicas.  Uma  de  dissilicato  de  lítio  (e.max  press,  Ivoclar)  e  outra  de 
silicato de lítio reforçada por zircônia (suprinity, Vita). O tratamento de superfície das 
cerâmicas  foi  realizado  utilizando  solução  de  ácido  fluorídrico,  variando  a 
concentração,  tempo  de  condicionamento  e  limpeza  dos  resíduos  deixados  pelo 
ácido. Foram confeccionados 133 pastilhas cilíndricas com 9mm de diâmetro e 2mm 
de  espessura  da  cerâmica  e.max  press  e  133  pastilhas  retangulares  com 
10X6X2mm da Suprinity. Depois de separadas as amostras do grupo controle (n=7), 
para  cada  material,  as  demais  foram  divididas  em  dois  grupos  experimentais,  a 
metade  destas  (n=63) foi condicionada  com  HF  a  5%,  segundo  os  tempos  de 20  s 
(n=21), 40 s (n=21) e 60 s (n=21). A outra metade (n=63) foi condicionada com HF a 
10%, seguindo os mesmos tempos de condicionamento. Para remoção dos resíduos 
formados  pelo  ácido,  nas  duas  concentrações  e  nos  três  tempos  experimentais, 
estas foram  submetidas  a  três  tipos  limpeza.  A  seguir  foram  secas  com  jato  de  ar, 
livre de óleo, por 15 s. Três amostras de cada um destes subgrupos foram utilizadas 
para  avaliação  da  rugosidade  e  a  seguir  preparadas  para  análise  morfológica  da 
superfície com o auxílio da técnica de microscopia eletrônica de varredura. As outras 
quatro  amostras foram preparadas  para  o  teste de  cisalhamento,  e foi aplicado um 
agente silano e um adesivo a base de metacrilato. Logo após a aplicação do adesivo, 
três pinos de cimento resinoso foram foto polimerizados em cada amostra. A seguir 
as  amostras foram  submetidas  ao  ensaio de  cisalhamento  em máquina universal  e 
os dados obtidos analisados estatisticamente. Os resultados mostraram que após o 
condicionamento com solução de HF, a morfologia e a rugosidade da superfície das 
duas  vitro  cerâmicas  estudadas  foram  alteradas  para  todas  as  concentrações  e 
tempos  de  aplicação  do  ácido.  No  ensaio  de  cisalhamento,  a  vitrocerâmica  e.max 
press apresentou as médias de força de união: grupo controle, sem tratamento (17 ± 
1,38 MPa), condicionada com HF a 5% pelo tempo de 20 s (30 ±1,91 MPa), 40 s (30 
± 1,89 MPa) e 60 s (27 ± 2,13 MPa) e condicionada com HF a 10% por 20 s (30 ± 
2,06 MPa), 40 s (32 ± 1,69 MPa) e 60 s (29 ± 1,27 MPa). A vitrocerâmica Suprinity 
as médias foram: grupo controle (17 ± 1,28 MPa), condicionadas com HF a 5% por 
20 s (25 ± 1,36 MPa), 40 s (27 ± 1,51 MPa) e 60 s (26 ± 1,61 MPa) e condicionada 
com  HF a  10%  por 20  s  (25  ±  1,64  MPa), 40  s  (27  ±  1,47  MPa) e  60  s  (28  ±  2,43 
MPa).  Concluiu­se  que  o  tratamento  de  superfície  com  ácido  fluorídrico  alterou  a 
morfologia, aumentou a rugosidade média e melhorou a força de união para as duas 
cerâmicas estudadas, nas duas concentrações do ácido; o condicionamento com HF 
5%  e  10%  nos  tempos  experimentais  de  20  s,  40  s  e  60  s  levaram  a  remoção  do 
componente  vítreo,  aumento  da  Ra  e  da  resistência  de  união  das  vitrocerâmicas 
e.max press e Suprinity;  para vitrocerâmica e.max press o tratamento de superfície 
ideal foi com HF a 10% por 40 s e para Suprinity com HF a 5% por 40 s ou HF a10% 
por  40  s  e  60  s;  o  condicionamento  por  60  s  deixou  a  microestrutura  da 
vitrocerâmica  e.max  press  fragilizada  e  que  a  forma  de  limpeza  dos  resíduos  não 
influenciou na resistência de união das vitrocerâmicas e.max press e Suprinity. 
 
 
Palavras chave: Dissilicato de lítio, Resistência à adesão, ensaio de cisalhamento 
 
  
   
  8 

ABSTRACT 
 
The  goal  of  this  study  was  to  evaluate  the  morphology,  roughness  and  bonding 
resistance of two glass­ceramics. One of lithium disilicate (e.max press, Ivoclar) and 
another of zirconia­reinforced lithium silicate (Suprinity, Vita). The surface treatment 
of  the  ceramics  was  made  using  hydrofluoric  acid,  varying  concentration, 
conditioning time and cleaning of the residues left by the acid. It was produced 133 
cylindrical pellets with 9mm diameter and 2mm thickness of the e.max press ceramic 
and  133  rectangular  pellets  with  10X6X2mm  of  the  Suprinity  ceramic.  After  having 
separated  the  control  group  samples  (n=7)  for  each  material,  the  rest  was  divided 
into  two  experimental  groups,  half  of  those  (n=63)  were  conditioned  with  5% 
hydrofluoric acid following the timings of 20 seconds (n=21), 40 seconds (n=21) and 
60 seconds (n=21). The other half (n=63) was conditioned with 10% hydrofluoric acid, 
following the same conditioning timings. For removal of the residues left by the acid, 
in  both  concentrations  and  in  three  experimental  timings,  these  were  submitted  to 
three  types  of  cleaning.  They  were  then  oil­free  air  jet  dried  for  15  seconds.  Three 
samples  of  each  of  these  subgroups  were  used  for  roughness  evaluation  and  then 
prepared  for  morphological  surface  analysis  with  the  help  of  the  technician  of 
scanning  electron  microscopy.  The  other  four  samples  were  prepared  for  the 
shearing test, and a silane agent and a methacrylate based adhesive  were applied. 
Soon after the adhesive application, three resin cement pins were photo polymerized 
in  each  sample.  The  samples  were  then  submitted  to  the  shearing  test  in  universal 
machine  and  the  data  obtained  statistically  analyzed.  The  results  showed  that  after 
conditioning with hydrofluoric acid solution, the surface morphology and roughness of 
both studied glass­ceramics were altered in every concentration and acid application 
timings. In the shearing test the e.max press glass­ceramic resulted in the following 
averages  of  bonding  strength:  control  group,  no  treatment  (17  ±  1,38  MPa), 
conditioned  with  5%  hydrofluoric  acid  by  the  timings  of  20  seconds  (30,86  ±1,91 
MPa),  40  seconds  (30  ±  1,89  MPa)    and  60  seconds  (27  ±  2,13  MPa)  and 
conditioned with 10% hydrofluoric acid for 20 seconds (30 ± 2,06 MPa), 40 seconds 
(32 ± 1,69 MPa) and 60 seconds (29 ± 1,27 MPa). For the Suprinity glass­ceramics 
the averages were: control group (17 ± 1,28 MPa), conditioned with 5% hydrofluoric 
acid for 20 seconds (25 ± 1,36 MPa), 40 seconds (27 ± 1,51 MPa) and 60 seconds 
(26  ±  1,61  MPa)  and  conditioned  with  10%  hydrofluoric  acid  for  20  seconds  (25  ± 
1,64  MPa),  40  seconds  (27  ±  1,47  MPa)  and  60  seconds  (28  ±  2,43  MPa).  It  was 
concluded  that  the  surface  treatment  with  hydrofluoric  acid  altered  the  morphology, 
increased the average roughness and improved the bonding strength for both studied 
ceramics in both acid concentrations; the conditioning with 5% and 10% hydrofluoric 
acid  in  the  experimental  timings  of  20  seconds,  40  seconds  and  60  seconds  has 
brought the removal of the glass component, increase of Ra and bonding strength of 
e.max  press  and  Suprinity  glass­ceramics;  for  the  e.max  press  glass­ceramic  the 
ideal  surface  treatment  was  with  10%  hydrofluoric  acid  for  40  seconds  and  for 
Suprinity  with  5%  hydrofluoric  acid  for  40  seconds  or  10%  hydrofluoric  acid  for  40 
seconds  and  60  seconds;  the  conditioning  for  60  seconds  left  the  microstructure  of 
the e.max press glass­ceramic weakened and, the way of cleaning the residues did 
not influence the bonding resistance of e.max press and Suprinity glass­ceramics. 
 
Key words: lithium disilicate, Resistance to adhesion, shear test 
 
 
    9 

SUMÁRIO 
 
Lista de Figuras  11 

Lista de Tabelas  18 

Lista de abreviaturas  22 

1 Introdução  23 

2 Proposição       28 

2.1 Objetivo geral  28 

2.2  Objetivos específicos  28 

3 Revisão da literatura  29 

3.1 Evolução das cerâmicas odontológicas  29 
3.2  Cerâmicas  Odontológicas:  classificação,  microestrutura  e 
32 
propriedades. 
3.3 Tratamento de superfície das cerâmicas para adesão  35 

3.4 Cerâmicas a base de dissilicato de lítio – e.max Press  39 
3.5  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  dióxido  de  zircônia  – 
Suprinity  43 
 
3.6 Ensaio de cisalhamento  44 

4 Materiais e Métodos  46 

4.1 Materiais  46 

4.2 Métodos  46 

4.2.1 Preparo das amostras da vitrocerâmica IPS e.max  46 

4.2.2 Preparo das amostras da vitrocerâmica Suprinity  47 
4.2.3Tratamento de superfície das amostras da vitrocerâmica e.max 
48 
Press para avaliação da rugosidade e análise morfológica 
4.2.4Tratamento  de  superfície  das  amostras  da  vitrocerâmica 
50 
Suprinity, para avaliação da rugosidade e análise morfológica 
4.2.5 Microscopia Confocal  52 

4.2.6 MO – Microscopia ótica  52 
 
 
10 
 

4.2.7 MEV ­ Microscopia Eletrônica de Varredura  52 

4.2.8 Ensaio mecânico de cisalhamento  52 

4.2.9 Análise estatística  59 

5 Resultados e Discussão  60 

5.1 Vitrocerâmica de dissilicato de lítio – e.max press  60 

5.1.1Tratamento de superfície variando a concentrações do ácido  60 
5.1.2Tratamento  de  superfície  variando  o  tempo  de 
condicionamento  com  soluções  de  ácido  fluorídrico  de  5%  e  65 
10%. 
5.1.3Tratamento  de  superfície  variando  a  limpeza  pós­
77 
condicionamento 
5.2 Vitrocerâmica de silicato de lítio reforçada por zircônia – Suprinity  91 

5.2.1Tratamento de superfície variando a concentrações do ácido  91 
5.2.2Tratamento  de  superfície  variando  o  tempo  de 
condicionamento  com  soluções  de  ácido  fluorídrico  de  5%  e  96 
10%. 
5.2.3Tratamento  de  superfície  variando  a  limpeza  pós­
105 
condicionamento 
5.3 Vitrocerâmicas: dissilicato de lítio – e.max press x  silicato de lítio 
118 
reforçada com zircônia ­ Suprinity  
5.3.1Tratamento de superfície variando a concentrações do ácido  118 
5.3.2Tratamento  de  superfície  variando  o  tempo  de 
condicionamento  com  soluções  de  ácido  fluorídrico  de  5%  e  123 
10%. 
5.3.3Tratamento  de  superfície  variando  a  limpeza  pós­
128 
condicionamento 
6 Conclusões  132 

7 Referências bibliográficas  134 

8 Apêndice  145 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   11 

LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 4.1­ Amostras de e.max press e Suprinity embutidas em resina acrílica para  53 
o ensaio de cisalhamento. 
Figura  4.2­  Amostras  de  e.max  press  embutida  em  resina  acrílica  e  molde  da  54 
amostra com silicone de adição. 
Figura 4.3­ Perfuração do molde de silicone de adição com furados para couro.  54 
Figura 4.4­ Molde com silicone de adição perfurado.  55 
Figura  4.5­  Preenchimento  das  perfurações  do  molde  de  silicone  de  adição  com  56 
cimento resinoso. 
Figura 4.6­ Fotopolimerização do cimento resinoso  56 
Figura  4.7­  Recorte  do  molde  após  fotopolimerização  do  cimento  resinoso,  para  57 
exposição dos pinos de resina. 
Figura 4.8­ Amostras preparadas para o ensaio de cisalhamento.  57 
Figura  4.9­  Demonstração  do  fio  de  aço  posicionado  para  o  ensaio  de  58 
cisalhamento. 
Figura  5.1­  Micrografia  mostrando  o  grupo  controle,  sem  tratamento  da  Cerâmica 
dissilicato de lítio, e.max press. Imagem da MEV no modo de elétrons  61 
secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.2­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, da Cerâmica 
de  dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  do  MEV  no  modo  de  61 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.3­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, da Cerâmica 
de dissilicato de lítio, e.max press. Imagem obtida do MEV no modo de  62 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura  5.4­  Imagem  mostrando  a  topografia  da  superfície  da  cerâmica  de 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press  sem  tratamento.  Imagem  obtida  62 
no microscópio confocal. 
Figura  5.5­  Imagem  mostrando  a  topografia  da  superfície  da  cerâmica  de 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press  condicionada  com  HF  10%.  63 
Imagem obtida no microscópio confocal. 
Figura  5.6­  Imagem  mostrando  a  topografia  da  superfície  da  cerâmica  de 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press  condicionada  com  HF  5%.  64 
Imagem obtida no microscópio confocal. 
Figura 5.7­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  20  s,  da  Cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  65 
obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de 
aceleração 8 kV. 
Figura 5.8­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  40  s,  da  Cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  67 
obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de 
aceleração 8 kV. 
Figura 5.9­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  60  s,  da  Cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  67 
obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de 
aceleração 8 kV. 
Figura  5.10­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada por 20 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem  obtida  por  MEV  no modo  de  elétrons  secundários, tensão  de  68 
aceleração 8 kV. 
 
 
 
  12 
 

Figura  5.11­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%,  68 
condicionada por 40 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem  obtida  por  MEV  no modo  de  elétrons  secundários, tensão  de 
aceleração 8 kV. 
Figura  5.12­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada por 60 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press.  69 
Imagem  obtida  por  MEV  no modo  de  elétrons  secundários, tensão  de 
aceleração 8 kV. 
Figura 5.13­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de dissilicato 
de lítio, e.max press condicionada com HF 5% por 20 s. Imagem obtida  71 
no microscópio confocal. 
Figura 5.14­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de dissilicato 
de lítio, e.max press condicionada com HF 5% por 40 s. Imagem obtida  71 
no microscópio confocal. 
Figura 5.15­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de dissilicato 
de lítio, e.max press condicionada com HF 5% por 60 s. Imagem obtida  72 
no microscópio confocal. 
Figura 5.16­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de dissilicato 
de  lítio,  e.max  press  condicionada  com  HF  10%  por  20  s.  Imagem  72 
obtida no microscópio confocal. 
Figura 5.17­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de dissilicato 
de  lítio,  e.max  press  condicionada  com  HF  10%  por  40  s.  Imagem  73 
obtida no microscópio confocal. 
Figura 5.18­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de dissilicato 
de  lítio,  e.max  press  condicionada  com  HF  10%  por  60  s.  Imagem  73 
obtida no microscópio confocal. 
Figura 5.19­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  60  s,  da  Cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  As  setas 
indicam  a  destruição  parcial  dos  cristais.  Imagem  obtida  por  MEV  no  76 
modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas 
indicam os cristais com solução de continuidade. 
Figura  5.20­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada por 60 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
As setas indicam a destruição dos cristais. Imagem obtida por MEV no  77 
mode de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. . As setas 
indicam os cristais com solução de continuidade. 
Figura 5.21­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por 20 s e lavada em água corrente da cerâmica de dissilicato de lítio, 
e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  78 
secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas  indicam  os 
precipitados pós condicionamento ácido.  
Figura 5.22­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por 20 s e esfregada com ácido fosfórico da cerâmica de dissilicato de  79 
lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons 
secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.23­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  20  s  e  limpas  em  cuba  ultrassônica  da  cerâmica  de  dissilicato  de  79 
lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons 
secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.24­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por 40 s e lavadas em água corrente da cerâmica de dissilicato de lítio, 
e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  80 
secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas  indicam  os 
precipitados pós­condicionamento ácido. 
 
 
   
13 

Figura 5.25­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada   
por 40 s e esfregada com ácido fosfórico da cerâmica de dissilicato de 
lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  81 
secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.26­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  40  s  e  limpas  em  cuba  ultrassônica  da  cerâmica  de  dissilicato  de  81 
lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons 
secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.27­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por 60 s e lavadas em água corrente da cerâmica de dissilicato de lítio, 
e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  82 
secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas  indicam  os 
precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura 5.28­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por 60 s e esfregada com ácido fosfórico da cerâmica de dissilicato de  82 
lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons 
secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.29­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  60  s  e  limpas  em  cuba  ultrassônica  da  cerâmica  de  dissilicato  de  83 
lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons 
secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura  5.30­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  20  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  cerâmica  de 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  84 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As setas indicam os 
precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura  5.31­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  20  s  e  esfregadas  com  ácido  fosfórico  da  cerâmica  84 
de  dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo 
de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV 
Figura  5.32­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  20 s  e  limpas  em  cuba ultrassônica da  cerâmica de  85 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV 
Figura  5.33­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  40  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  cerâmica  de 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  86 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As setas indicam os 
precipitados  pós  condicionamento  ácido.  As  setas  indicam  os 
precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura  5.34­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada por 40 s e esfregada com ácido fosfórico da cerâmica de 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  86 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As setas indicam os 
precipitados  pós  condicionamento  ácido.  As  setas  indicam  os 
precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura  5.35­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  40 s  e  limpas  em  cuba ultrassônica da  cerâmica de   86 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV.   
 
   
   
 
 
   
  14 

Figura  5.36­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%,   


condicionada  por  60  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  cerâmica  de 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  87 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As setas indicam os 
precipitados  pós  condicionamento  ácido.  As  setas  indicam  os 
precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura  5.37­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada por 60 s e esfregada com ácido fosfórico da cerâmica de 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  88 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As setas indicam os 
precipitados pós condicionamento ácido.  
Figura  5.38­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  60 s  e  limpas  em  cuba ultrassônica da  cerâmica de  88 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV 
Figura  5.39­Micrografia  mostrando  o  grupo  controle,  sem  tratamento  da  cerâmica 
silicato  de  lítio  reforçada  por  zircônia,  Suprinity.  Imagem  do  MEV  no  92 
modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.40­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, da cerâmica 
de silicato de lítio reforçada por zircônia, Suprinity. Imagem do MEV no  92 
modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.41­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, da cerâmica 
de silicato de lítio reforçada por zircônia, Suprinity. Imagem do MEV no  93 
modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.42­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de silicato de 
lítio  reforçado  por  zircônia,  Suprinity,  sem  tratamento  de  superfície.  94 
Imagem obtida no microscópio confocal. 
Figura 5.43­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de silicato de 
lítio  reforçado  por  zircônia,  Suprinity,  condicionada  com  HF  a  10%.  94 
Imagem obtida no microscópio confocal. 
Figura 5.44­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de silicato de 
lítio  reforçado  por  zircônia,  Suprinity,  condicionada  com  HF  a  5%.  95 
Imagem obtida no microscópio confocal. 
Figura 5.45­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  20  s,  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  97 
Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, 
tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.46­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  40  s,  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  97 
Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, 
tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.47­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  60  s,  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  98 
Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, 
tensão de aceleração 8 kV. 
Figura  5.48­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  20 s, da  Cerâmica  de  silicato de  lítio reforçada com  98 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons 
secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura  5.49­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  40 s, da  Cerâmica  de  silicato de  lítio reforçada com   
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  99 
secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
   
 
 
  15 
 

Figura  5.50­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%,  99 
condicionada  por  60 s, da  Cerâmica  de  silicato de  lítio reforçada com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons 
secundários, tensão de aceleração 8 kV 
Figura 5.51­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de silicato de 
lítio  modificado  com  zircônia,  Suprinity  condicionada  com  HF  5%  por  101 
20 s. Imagem obtida no microscópio confocal. 
Figura 5.52­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de silicato de 
lítio  modificado  com  zircônia,  Suprinity  condicionada  com  HF  5%  por  101 
40 s. Imagem obtida no microscópio confocal. 
Figura 5.53­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de silicato de 
lítio  modificado  com  zircônia,  Suprinity  condicionada  com  HF  5%  por  102 
60 s. Imagem obtida no microscópio confocal. 
Figura 5.54­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de silicato de 
lítio  modificado  com  zircônia,  Suprinity  condicionada  com  HF  5%  por  102 
20 s. Imagem obtida no microscópio confocal. 
Figura 5.55­Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de silicato de 
lítio  modificado  com  zircônia,  Suprinity  condicionada  com  HF  5%  por  103 
40 s. Imagem obtida no microscópio confocal. 
Figura  5.56­  Imagem  mostrando  a  topografia  da  superfície  da  cerâmica  de  silicato 
de  lítio  modificado  com  zircônia,  Suprinity  condicionada  com  HF  5%  104 
por 60 s. Imagem obtida no microscópio confocal. 
Figura 5.57­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  20  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio 
reforçada com zircônia, Suprinity. Imagem obtida por MEV no modo de  106 
elétrons  secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas  indicam 
resíduos  do  condicionamento  ácido.  As  setas  indicam  os  precipitados 
pós condicionamento ácido. 
Figura 5.58­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  20  s  e  esfregada  com  ácido  fosfórico  da  Cerâmica  de  silicato  de 
lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  106 
modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas 
indicam os precipitados pós condicionamento ácido 
Figura 5.59­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por 20 s e limpa em cuba ultrassônica da Cerâmica de silicato de lítio  107 
reforçada com zircônia, Suprinity. Imagem obtida por MEV no modo de 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura  5.60­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  20  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  Cerâmica  de 
silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  107 
MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As 
setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura  5.61­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  20  s  e  esfregadas  com  ácido  fosfórico  da  Cerâmica 
de silicato de lítio reforçada com zircônia, Suprinity. Imagem obtida por  108 
MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As 
setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura  5.62­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%,   
condicionada por 20 s e limpas em cuba ultrassônica da Cerâmica de 
silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  108 
MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV.   
 
   
 
 
 
 
    16 

Figura 5.63­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  40  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio 
reforçada com zircônia, Suprinity. Imagem obtida por MEV no modo de  109 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As setas indicam os 
precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura 5.64­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  40  s  e  esfregada  com  ácido  fosfórico  da  Cerâmica  de  silicato  de 
lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  110 
modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas 
indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura 5.65­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por 40 s e limpas em cuba ultrassônica da Cerâmica de silicato de lítio  110 
reforçada com zircônia, Suprinity. Imagem obtida por MEV no modo de 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura  5.66­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  40  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  Cerâmica  de 
silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  111 
MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As 
setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido 
Figura  5.67­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada por 40 s e esfregada com ácido fosfórico da Cerâmica de 
silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  111 
MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV.  As 
setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura  5.68­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada por 40 s e limpas em cuba ultrassônica da Cerâmica de  112 
silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por 
MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.69­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  60  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio 
reforçada com zircônia, Suprinity. Imagem obtida por MEV no modo de  113 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As setas indicam os 
precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura 5.70­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por  60  s  e  esfregada  com  ácido  fosfórico  da  Cerâmica  de  silicato  de 
lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  113 
modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas 
indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura 5.71­Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada 
por 60 s e limpa em cuba ultrassônica da Cerâmica de silicato de lítio  114 
reforçada com zircônia, Suprinity. Imagem obtida por MEV no modo de 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura  5.72­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  60  s  e  lavada  em  água  corrente  da  Cerâmica  de 
silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  114 
MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As 
setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
Figura  5.73­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%,   
condicionada por 60 s e esfregada com ácido fosfórico da Cerâmica de 
silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  115 
MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As   
setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
   
 
 
 
 
   17 

Figura  5.74­Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%, 


condicionada  por  60  s  e  limpa  em  cuba  ultrassônica  da  Cerâmica  de  115 
silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por 
MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
Figura 5.75­Micrografia mostrando a morfologia da superfície e medida dos cristais 
da  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max  press  após  tratamento  com 
HF  10%,  condicionada  por  60  s  e  limpas  em  cuba  ultrassônica.  119 
Imagem  obtida  por  MEV  no modo  de  elétrons  secundários, tensão  de 
aceleração 8 kV. Medida dos cristais de dissilicato de lítio. 
Figura  5.76­  Micrografia  mostrando  a  morfologia  da  superfície  da  Cerâmica  de 
silicato de lítio reforçada com zircônia, Suprinity, após tratamento com 
HF 10%, condicionada por 60 s e limpa em cuba ultrassônica. Imagem  119 
obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de 
aceleração 8 kV. 
Figura  5.77­Micrografia  mostrando  os  cristais  após  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada por 20 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press.  125 
Imagem  obtida  por  MEV  no modo  de  elétrons  secundários, tensão  de 
aceleração 8 kV. As setas indicam os cristais íntegros. 
Figura  5.78­Micrografia  mostrando  os  cristais  após  tratamento  com  HF  5%, 
condicionada por 60 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem  obtida  por  MEV  no modo  de  elétrons  secundários, tensão  de  125 
aceleração  8  kV.  As  setas  indicam  os  cristais  com  solução  de 
continuidade. 
Figura  5.79­Micrografia  mostrando  os  cristais  após  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada por 60 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem  obtida  por  MEV  no modo  de  elétrons  secundários, tensão  de  126 
aceleração  8  kV.  As  setas  indicam  os  cristais  com  solução  de 
continuidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   18 

LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 4.1­ Materiais comerciais, composição e fabricante, utilizados na pesquisa.  46 
Tabela 4.2­ Grupos experimentais, segundo tratamento de superfície da cerâmica  49 
e.max Press para as avaliação de rugosidade e análise morfológica. 
Tabela 4.3­ Grupos experimentais, segundo tratamento de superfície da cerâmica  51 
suprinity (Vita) para avaliação da rugosidade e análise morfológica. 
Tabela 5.1­ Média dos valores da rugosidade média (µm), desvio padrão e análise 
estatística (letras  iguais,  sem diferença  estatística)  da  cerâmica  e.max  64 
press, sem tratamento e condicionadas com HF a 5 e 10%. 
Tabela  5.2­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e 
análise estatística (letras iguais, sem diferença estatística) da cerâmica  64 
e.max press sem tratamento e condicionadas com HF a 5 e 10%. 
Tabela 5.3­ Média dos valores de rugosidade média (µm), desvio padrão e análise 
estatística (letras  iguais,  sem diferença  estatística)  da  cerâmica  e.max  69 
press,  sem  tratamento  e  condicionadas  com  HF  a  5%  nos  tempos  de 
20, 40 e 60 s. 
Tabela  5.4­  Média  dos  valores  de  rugosidade  (µm),  desvio  padrão  e  análise 
estatística (letras  iguais,  sem diferença  estatística)  da  cerâmica  e.max  70 
press, sem tratamento e condicionadas com HF a 10% nos tempos de 
20, 40 e 60 s. 
Tabela  5.5­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e 
análise estatística (letras iguais, sem diferença estatística) da cerâmica  74 
e.max  press,  sem  tratamento  e  condicionadas  com  HF  a  5%  nos 
tempos de 20, 40 e 60 s. 
Tabela  5.6­  Média  da  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística (letras iguais, sem diferença estatística) da cerâmica e.max,  75 
sem tratamento e condicionadas com HF a 10% nos tempos de 20, 40 
e 60 s. 
Tabela 5.7­ Representação percentual das falhas da cerâmica de dissilicato de lítio 
e.max  press,  segundo  as  concentrações  de  5%  e  10%,  nos  tempos  75 
experimentais de 20 s, 40 s e 60 s. Ace­ Adesivo na cerâmica, Mce­ci­ 
Mista cerâmica/cimento e Cce­ Coesiva cerâmica. 
Tabela 5.8­ Média dos valores de rugosidade média (µm), desvio padrão e análise 
estatística (letras  iguais,  sem diferença  estatística)  da  cerâmica  e.max 
press, condicionadas  com  solução de  ácido fluorídrico  a 5 %,  lavadas  89 
em água corrente (LAV), esfregadas com ácido fosfórico (AF) e limpas 
com cuba ultrassônica (US). 
Tabela 5.9­ Média dos valores de rugosidade média (µm), desvio padrão e análise 
estatística (letras  iguais,  sem diferença  estatística)  da  cerâmica  e.max 
press, condicionadas com solução de ácido fluorídrico a 10 %, lavadas  89 
em água corrente (LAV), esfregadas com ácido fosfórico (AF) e limpas 
com cuba ultrassônica (US). 
Tabela  5.10­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da 
cerâmica  e.max  press,  condicionadas  com  solução  de  ácido  90 
fluorídrico  a  5  %,  lavadas  em  água  corrente  (LAV),  esfregadas  com 
ácido fosfórico (AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
Tabela  5.11­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da 
cerâmica  e.max  press,  condicionadas  com  solução  de  ácido  90 
fluorídrico a 10 %, lavadas em água corrente (LAV), esfregadas com 
ácido fosfórico (AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
 
 
   
19 

Tabela  5.12­  Média  dos  valores  de  rugosidade  (µm),  desvio  padrão  e   
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da 
95 
cerâmica Suprinity, sem tratamento e condicionadas com ácido 
fluorídrico a 5 e 10%. 
Tabela  5.13­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio 
padrão  e  análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  96 
estatística)  da  cerâmica  Suprinity  sem  tratamento  e 
condicionadas com ácido fluorídrico a 5% e 10%. 
Tabela 5.14­ Média da rugosidade (µm), desvio padrão e análise estatística (letras 
iguais,  sem  diferença  estatística)  da  cerâmica  Suprinity,  sem  100 
tratamento e condicionadas com ácido fluorídrico a 5% nos tempos de 
20 s, 40 s e 60 s. 
Tabela 5.15­ Média da rugosidade (µm), desvio padrão e análise estatística (letras 
iguais,  sem  diferença  estatística)  da  cerâmica  suprinity,  sem  100 
tratamento  e  condicionadas com  ácido fluorídrico  a 10%  nos  tempos 
de 20 s, 40 s e 60 s. 
Tabela  5.16­  Média  dos  valores  da  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da 
cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity,  sem  104 
tratamento e condicionadas com ácido fluorídrico a 5% nos tempos de 
20 s, 40 s e 60 s. 
Tabela  5.17­  Média  dos  valores  da  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da 
cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity,  sem  104 
tratamento  e  condicionadas com  ácido fluorídrico  a 10%  nos  tempos 
de 20 s, 40 s e 60 s. 
Tabela 5.18 – Representação percentual das falhas da cerâmica de silicato de lítio 
reforçada com zircônia, Suprinity, segundo as concentrações de 5% e 
10%, nos tempos experimentais de 20 s, 40 s e 60 s. Ace­ Adesivo na  105 
cerâmica,  M  Ace­Cci­  Mista  Adesiva  cerâmica  /  Coesiva  cimento  e 
Cce­ Coesiva cerâmica 
Tabela  5.19­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da 
cerâmica Suprinity, condicionadas com solução de ácido fluorídrico a  116 
5 %, lavadas em água corrente (LAV), esfregadas com ácido fosfórico 
(AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
Tabela  5.20­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da 
cerâmica Suprinity, condicionadas com solução de ácido fluorídrico a  116 
10  %,  lavadas  em  água  corrente  (LAV),  esfregadas  com  ácido 
fosfórico (AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
Tabela  5.21  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da 
cerâmica Suprinity, condicionadas com solução de ácido fluorídrico a  117 
5 %, lavadas em água corrente (LAV), esfregadas com ácido fosfórico 
(AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
Tabela  5.22­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da 
cerâmica Suprinity, condicionadas com solução de ácido fluorídrico a 
10  %,  lavadas  em  água  corrente  (LAV),  esfregadas  com  ácido  117 
fosfórico (AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
 
 
 
 
   
20 

Tabela  5.23­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  das  120 
vitrocerâmicas  e.max  press  e  Suprinity,  condicionadas  com  solução 
de ácido fluorídrico a 5% e 10 %. 
Tabela  5.24­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  das  121 
vitrocerâmicas  e.max  press  e  Suprinity,  condicionadas  com  solução 
de ácido fluorídrico a 5% e 10 %. 
Tabela  5.25­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  das  124 
vitrocerâmicas  e.max  press  e  Suprinity,  condicionadas  com  solução 
de ácido fluorídrico a 5% e 10 %, nos tempos de 20 s, 40 s e 60 s. 
Tabela  5.26­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  das  128 
cerâmicas  e.max  press  e  Suprinity,  condicionadas  com  ácido 
fluorídrico a 5% e 10% nos tempos de 20 s, 40 s e 60 s. 
Tabela  5.27­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  das 
cerâmicas  e.max  press  e  Suprinity,  condicionadas  com  ácido  129 
fluorídrico  a  5%  e  10%,  lavadas  em  água  corrente,  esfregadas  com 
ácido fosfórico e limpas em cuba ultrassônica. 
Tabela  5.28­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e 
análise  estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  das 
cerâmicas  e.max  press  e  Suprinity,  condicionadas  com  ácido  130 
fluorídrico  a  5%  e  10%,  lavadas  em  água  corrente,  esfregadas  com 
ácido fosfórico e limpas em cuba ultrassônica. 
Tabela  8.1­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  controle  das  145 
cerâmicas e.max press e Suprinity. 
Tabela  8.2­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
e.max  press  condicionadas  com  HF  a  5%  por  20  s  limpas  com  145 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.3­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
e.max  press  condicionadas  com  HF  a  5%  por  40  s  limpas  com  146 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.4­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
e.max  press  condicionadas  com  HF  a  5%  por  60  s  limpas  com  146 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.5­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
e.max  press  condicionadas  com  HF  a  10%  por  20  s  limpas  com  147 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.6­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
e.max  press  condicionadas  com  HF  a  10%  por  40  s  limpas  com  147 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.7  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
e.max  press  condicionadas  com  HF  a  10%  por  60  s  limpas  com  148 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.8­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity condicionadas com HF a 5% por 20 s limpas com ultrassom,  148 
lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.9­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity condicionadas com HF a 5% por 40 s limpas com ultrassom,  149 
lavadas e esfregadas com ácido fosfórico.   
 
   
 
 
  21 
 

Tabela  8.10­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  5%  por  60  s  limpas  com  149 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.11­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  10%  por  20  s  limpas  com  150 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.12­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  10%  por  40  s  limpas  com  150 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.13­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  10%  por  60  s  limpas  com  151 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.14­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  controle  das  152 
cerâmicas e.max press e Suprinity. 
Tabela  8.15­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
e.max  press  condicionadas  com  HF  a  5%  por  20  s  limpas  com  152 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.16­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
e.max  press  condicionadas  com  HF  a  5%  por  40  s  limpas  com  152 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela 8.17 Valores da resistência de união (MPa), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF a  5%  por  60 s  limpas  com  ultrassom,  153 
lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.18­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
e.max  press  condicionadas  com  HF  a  10%  por  20  s  limpas  com  153 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.19­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
e.max  press  condicionadas  com  HF  a  10%  por  40  s  limpas  com  154 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.20­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
e.max  press  condicionadas  com  HF  a  10%  por  60  s  limpas  com  154 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.21­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  5%  por  20  s  limpas  com  155 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.22­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  5%  por  40  s  limpas  com  155 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.23­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  5%  por  60  s  limpas  com  156 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.24­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  10%  por  20  s  limpas  com  156 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.25­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  10%  por  40  s  limpas  com  157 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
Tabela  8.26­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  10%  por  60  s  limpas  com  157 
ultrassom, lavadas e esfregadas com ácido fosfórico. 
 
 
 
 
 
  22 
 

LISTA DE ABREVIATURAS 
 
 
 
ACE – Fratura adesiva na cerâmica 
ANOVA – Análise de variância 
AF – Ácido fosfórico 
CAD – Desenho auxiliado por computador 
CAM – Fabricação auxiliada por computador 
Cce – Fratura coesiva na cerâmica 
CP – Corpo de prova 
DP – Desvio padrão 
ER – Sistema adesivo convencional  
FENIL­P – 2­metacriloxietil fenil hidrogeno fosfato 
HF – Solução de ácido fluorídrico 
LAV – Lavadas em água corrente 
L2S – Dissilicato de lítio 
M Ace­Cci – Fratura mista adesiva na cerâmica e coesiva no cimento 
MET – 4­meta­criloxietil trimelítico 
MO – Microscopia ótica 
MDP – 10­meta­criloiloxidecil dihidrogeno fosfato 
n – Número de amostras 
PPF – Prótese parcial fixa 
Ra – Rugosidade média 
SE – Adesivo auto condicionante 
US – Limpos em cuba ultrassônica 
YTZP – Zircônia tetragonal parcialmente estabilizada por ítria 
ZLS – Silicato de lítio reforçado com dióxido de zircônia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   23 

INTRODUÇÃO 
 
A evolução dos materiais odontológicos está cada vez mais influenciada pela 
busca  incessante  pela  estética,  principalmente  devido  à  estrutura  de  nossa 
sociedade  e  o  impulso  da  mídia,  que  dita  o  padrão  a  ser  seguido  para  se  obter 
saúde,  sucesso  pessoal  e  profissional.  Sendo  assim,  quando  um  paciente  busca 
tratamento  odontológico, além da  preocupação  com a  saúde oral,  existe  também a 
procura  por  restaurações  que  mimetizem  as  estruturas  dentais.  Neste  modo,  as 
cerâmicas  destacam­se  como  alternativa  que  preenche  os  quesitos  estéticos, 
biológicos,  mecânicos  e  funcionais exigidos  de  um  material  restaurador, e  tem  sua 
indicação bem sedimentada na odontologia. 
Na  atualidade,  os  profissionais  de  Odontologia  contam  com  várias 
apresentações  de  cerâmicas  odontológicas  que  têm  atendido  de  forma  satisfatória 
(1,2)
os  requisitos  estéticos  e  funcionais  .  As  diversas  cerâmicas  utilizadas  na 
Odontologia  diferem  quanto  à  estrutura,  propriedades,  processo  de  fabricação  e 
consequentemente, suas indicações. As cerâmicas de uso odontológico podem ser 
agrupadas  em  três  grupos:  as  feldspáticas;  os  vidros  ceramizados  e  as  cerâmicas 
essencialmente  de  óxidos.  A  diferença  entre  estas  cerâmicas  é  basicamente  com 
relação  à  estética  e  propriedades  mecânicas.  As  cerâmicas  essencialmente  de 
óxidos  são  muito  superiores  às  outras  quanto  à  resistência  à  flexão,  tenacidade  e 
dureza;  enquanto  os  vidros  ceramizados  e  as  porcelanas  feldspáticas  possuem 
propriedades  de  cor  e  translucidez  próximas  aos  dentes  naturais,  conferindo 
grandes  possibilidades  estéticas  às  mesmas.  Sendo  assim,  as  feldspáticas  e  as 
vítreas  são  responsáveis  pela  beleza  da  reconstrução  de  um  dente,  enquanto  as 
cerâmicas  essencialmente  de  óxidos  são  utilizadas  como  infraestrutura  de  reforço 
(3,4)

Neste  contexto,  dentre  as  diversas  opções  existentes  no  mercado 
odontológico,  as  cerâmicas  a  base  de  dissilicato  de  lítio,  ou  vitrocerâmicas,  vêm 
ganhando grande aceitação pelos profissionais da área, principalmente por associar 
resistência mecânica ao resultado estético (5,6,7). Pois a incorporação de dissilicato de 
lítio  ou  de  silicato  de  lítio  reforçado  com  óxido  de  zircônia  disperso  em  uma  matriz 
vítrea  de  forma  entrelaçada,  promoveu  aumento  da  resistência  à  flexão  e  da 
tenacidade à fratura do material, sem prejuízos estéticos. Portanto, as propriedades 
óticas  destes  materiais,  mimetizam  com  excelência  as  estruturas  dentais, 
 
  24 

reproduzindo  a  fluorescência,  opalescência,  grau  de  translucidez  e  opacidade  do 


esmalte e da dentina (1,2). 
No  início  dos  anos  90,  a  Ivoclar  Vivadent  (Schaan,  Liechtenstein)  introduziu 
no  mercado  uma  cerâmica  reforçada  por  leucita,  com  o  nome  comercial  de  IPS 
Empress1. Os finos grãos de leucita dispersos na matriz vítrea amorfa conferiam a 
este material melhora na resistência mecânica, além da alta performance clínica. Em 
1998, o mesmo fabricante lançou o IPS Empress 2®, uma cerâmica de dissilicato de 
lítio. A nova versão trouxe melhores resultados de resistência mecânica, porém um 
menor desempenho estético.  Em 2001,  a Ivoclar Vivadent  lança  no mercado o  IPS 
e.max Press, uma cerâmica de dissilicato de lítio com a técnica injetada (8,9). 
A  cerâmica  a  base  de  dissilicato  de  lítio,  IPS  e­max  Press  (Ivoclar­Vivadent, 
Liechtenstein)  apresenta  duas  fases  cristalinas  e  uma  fase  vítrea  em  sua 
composição. A fase cristalina principal é formada por cristais alongados de dissilicato 
de lítio e a segunda fase e composta por ortofosfato de lítio. A matriz vítrea envolve 
ambas as fases cristalinas  (10). Essa vitrocerâmica possui uma resistência mecânica 
adicional,  em  torno  de  400  MPa  quando  comparada  às  cerâmicas  feldspáticas,  90 
MPa, devido a uma microestrutura com entrelaçamento de cristais, com a função de 
impedir  a  propagação  de  trincas  pelo  corpo  do  material  (11).  A  fase  cristalina  da 
cerâmica de dissilicato de lítio representa em torno de 70% em volume, e os cristais 
de  dissilicato  de  lítio  medem  aproximadamente  5  μm de comprimento e 0,8  μm de 
diâmetro, fazendo  com  que  esta  estrutura apresente  resistência à flexão    em  torno 
de 350 MPa (12,13).  
A vitrocerâmica de dissilicato de lítio, devido a suas excelentes propriedades 
ópticas e resistência mecânica, possibilita uma série de aplicações, como laminados, 
inlays, onlays, coroas parciais e coroas totais unitárias anteriores e posteriores. São 
materiais  altamente  favoráveis  à  cimentação  adesiva,  por  serem  passíveis  de 
condicionamento  ácido,  além  de  possibilitar  uma  união  química  por  intermédio  do 
(14)
silano  .  Segundo  a  literatura  é  confiável  o  suficiente  para  ser  usado  em 
espessuras  de  até  0,5  mm  e  proporciona  restaurações  mais  duradouras  do  que 
(15,16)
aquelas  feitas  em  zircônia  recobertas  com  porcelana  .  A  apresentação 
comercial  é  em  forma  de  pastilhas  para  injeção  ou  blocos  para  usinagem  em 
CAD/CAM,  sendo  que  os  blocos  também  apresentam  um  estado  intermediário  de 
cristalização  que  necessitam  de  um  tratamento  térmico  para  o  crescimento  de 
 
  25 

cristais  de  dissilicato  de  lítio,  atingindo  sua  máxima  resistência,  em  torno  de  400 
MPa.  
A  Suprinity  do  fabricante  VITA  Zahnfabrik,  da  Alemanha  é  um  novo  material 
vitro­cerâmico  à  base  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia  (aproximadamente 
10%  em  peso).  Esta  nova  cerâmica  de  vidro  apresenta  em  especial,  grãos  finos  e 
estrutura  cristalina  homogênea,  o  que  garante  excelente  qualidade  do  material. 
Graças  à  excelente  translucidez,  fluorescência  e  opalescência,  esta  nova 
vitrocerâmica oferece excelentes propriedades estéticas  (17). A Vita Zahnfabrik relata 
que o conteúdo de dióxido de zircônio incorporado é dez vezes maior se comparada 
à  vitrocerâmica  e.max  press.  Este  conteúdo  está  disposto  de  forma  homogênea  e 
com  pequeno  tamanho  de  grãos,  o  que  acarretaria  alta  resistência  e  excelente 
polimento  superficial.  Os  blocos  apresentam  um  estado  intermediário  de 
cristalização que, depois de fresados, ainda necessitam de tratamento térmico para 
crescimento de cristais de silicato de lítio. Sua indicação são  inlays, onlays, coroas 
totais anteriores e posteriores e prótese implanto suportada. 
O  preparo  protético  do  elemento  dentário,  o  condicionamento  prévio  do 
substrato dentário e o tratamento da superfície cerâmica influenciam diretamente na 
retenção  e  longevidade  de  uma  restauração  indireta.  Portanto,  o  sucesso  de 
restaurações  cerâmicas  é  dependente  da  união  entre  cimento  resinoso,  substrato 
dental e restauração (18,19). 
Paralelamente ao desenvolvimento das cerâmicas, os sistemas adesivos e os 
agentes  cimentantes  também  sofreram  grande  evolução,  proporcionando  uma 
adesão  segura  entre  a  peça  protética  e  as  estruturas  dentais  remanescentes,  para 
que  seja  possível  a  formação  de  um  monobloco  ­  peça  protética  versus 
remanescente dental.  Os sistemas cerâmicos ricos em sílica, altamente adesivos e 
estéticos,  são  mecanicamente  mais  friáveis  e  frágeis  antes  de  cimentados  à 
estrutura  dental.  Para  que  isso  aconteça,  se  torna  imperativo  o  tratamento  das 
superfícies dentais e cerâmicas (20).  
O  tratamento  das  estruturas  dentais  vem  sendo  consolidado  na  literatura 
desde  Buonocore  em  1955  (21).  Entretanto,  apesar  do  domínio  das  técnicas  de 
cimentação  das  cerâmicas  feldspáticas  e  dos  vidros  ceramizados,  por  serem 
passíveis  de  condicionamento  com  ácido  fluorídrico,  que  dissolve  sua  fase  vítrea 
produzindo  uma  retenção  micro  mecânica;  o  aumento  do  conteúdo  cristalino  das 
cerâmicas  a  base  de  zircônia  reduziu  ou  eliminou  a  fase  vítrea  desta  cerâmica 
 
  26 

tornando­a  ácido  resistente  e  impedindo  a  formação  de  micro  retenções,  o  que 


diminui consideravelmente a adesão dos cimentos a estas estruturas  (22). Em casos 
nos quais as restaurações são realizadas com cerâmica vítrea, uma adesão efetiva 
pode  ser  obtida  a  partir  de  dois  mecanismos  principais.  Um  desses  mecanismos 
consiste  no  condicionamento  da  cerâmica  com  ácido  fluorídrico,  que  devido  a  sua 
natureza corrosiva, é capaz de dissolver a matriz vítrea formando micro retenções na 
superfície  da  cerâmica.  O  outro  princípio  se  baseia  na  adesão  química  promovida 
pelo silano, uma molécula com estrutura bifuncional capaz de unir dois substratos de 
composições distintas (orgânico e inorgânico) (23,24). 
 Apesar  da  comprovada  eficiência  do  passo  de  condicionamento  ácido  das 
vitrocerâmicas  existe  desvantagens  desse  procedimento,  dentre  elas,  a  alta 
toxicidade  do  ácido,  que  quando  em  contato  com  o  tecido  mole  pode  causar 
queimaduras  e  ainda,  penetrar  no  tecido  e  agir  no  cálcio  da  estrutura  óssea  (25,26). 
Outro motivo de preocupação quanto ao uso do ácido fluorídrico está relacionado à 
concentração e ao tempo de condicionamento, que podem comprometer a força de 
união  e/ou  a  resistência  do  material  cerâmico.  Embora  o  fabricante  indique  a 
concentração de 5% e o tempo de 20 s de condicionamento, existe controvérsia na 
literatura quanto a estes parâmetros (27). 
O condicionamento com ácido fluorídrico é conhecido por deixar resíduos de 
sal  de  sílica  e  flúor  que  se  precipitam  (28).  A  permanência  desses  precipitados  na 
superfície cerâmica pode influenciar negativamente na resistência de união adesiva 
(29,30)
. Alguns métodos de limpeza para remover esses resíduos têm sido descritos, 
tal  como  um  simples  jato  de  ar/água  (29,31),  outros  autores  indicam  a  associação 
entre esfregar a superfície cerâmica condicionada com ácido fosfórico a 37,5 % e o 
banho  em  ultrassom  com  água  destilada  por  5  min  para  remover  os  detritos 
cristalinos  da  superfície  condicionada  (29).  É  de  senso  comum  que  a  resistência  de 
união entre resina e cerâmica seja controlada principalmente pela microestrutura e o 
tratamento da superfície da cerâmica (30,32).  
A  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max  press  é  um  material  que  está 
consolidado  no  mercado,  apresentando  estudos  que  indicam  grande  índice  de 
sucesso  (5,33,34,35).  No entanto,  a  cerâmica de  silicato de  lítio  reforçada por zircônia, 
Suprinity, foi lançada no final do ano 2013, as informações sobre ela se restringem 
aos dados do fabricante. Entretanto, as diferentes concentrações do ácido fluorídrico, 
 
  27 

o tempo de condicionamento das cerâmicas e o processo de limpeza dos resíduos 
na superfície da cerâmica após tratamento são controversos na literatura.  
Portanto, o presente estudo objetiva avaliar as diversas formas de tratamento 
superficial  das  vitrocerâmicas  e.max  press  e  Suprinity,  para  obter  a  máxima 
resistência  de  união  entre  o  material  cerâmico  e  o  agente  cimentante.  Este  estudo 
tem o caráter inédito de comparar o comportamento das cerâmicas de dissilicato de 
lítio  e.max  press  e  Suprinity,  pois  não  existem  dados  na  literatura  sobre  as 
diferenças  fundamentais,  do  tratamento  de  superfície  entre  o  silicato  e  o  dissilicato 
de lítio para uso odontológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   28 

2 PROPOSIÇÃO 
2.1 OBJETIVO GERAL 
Analisar  o  efeito  do  tratamento  de  superfície,  com  a  finalidade  de  promover 
aumento  da  força  de  união  com  o  agente  cimentante  resinoso,  de  duas 
vitrocerâmicas  comerciais,  uma  a  base  de  dissilicato  de  lítio  e  outra  de  silicato  de 
lítio reforçada por zircônia, utilizadas em restaurações dentárias indiretas. 
 
2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
  Analisar qualitativamente a morfologia da superfície das vitrocerâmicas, frente 
a diferentes tratamentos de superfície; 
   Avaliar  a  alteração  da  rugosidade  média  das  vitrocerâmicas  após  os 
diferentes tratamentos de superfície, 
  Avaliar a resistência de união das duas vitrocerâmicas após  o tratamento de 
superfície  com  ácido  fluorídrico,  variando  a  concentração  do  ácido,  o  tempo 
de  condicionamento  e  a  forma  de  limpeza  dos  resíduos  originados  por  este 
tratamento; 
  Comparar o desempenho das vitrocerâmicas frente aos tratamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   29 

3 REVISÃO DA LITERATURA 
3.1 EVOLUÇÃO DAS CERÂMICAS ODONTOLÓGICAS 
As  cerâmicas  foram  utilizadas  como  material  odontológico  pela  primeira  vez 
em 1774 na fabricação de uma prótese total. Mais tarde, novas formas de manuseio 
das  cerâmicas  foram  patenteadas  e  a  confecção  de  coroas  totalmente  cerâmicas 
sobre uma lâmina de platina foram realizadas a partir da invenção do forno elétrico 
(1894) e da porcelana de baixa fusão (1898). Em 1903 as cerâmicas entraram para 
a  odontologia  restauradora  após  o  emprego  de  coroas  de  jaqueta  de  porcelana 
(36,37)
.  
As cerâmicas são estruturas não metálicas, inorgânicas e contêm um ou mais 
elementos metálicos e não metálicos, como alumínio, cálcio, lítio, magnésio, fósforo, 
potássio,  silício,  sódio,  titânio  e  zircônia  (38).  São  formadas  por  duas  fases:  fase 
vítrea,  que  é  a  matriz  amorfa  que  envolve  os  cristais  e  a  fase  cristalina,  formada 
pelos óxidos que compõem as cerâmicas (39).  
A  fase  vítrea  da  cerâmica  apresenta  características  e  propriedades  dos 
sólidos  não  cristalinos,  como  viscosidade,  temperatura  de  transição  vítrea, 
temperatura de fusão, coeficiente de expansão térmica, dureza e susceptibilidade à 
fratura,  devido  a  sua  estrutura  irregular  e  a  ausência  de  planos  atômicos  como  os 
presentes  em  materiais  com  estrutura  cristalina  verdadeira,  no  caso  dos  metais.  A 
fase  vítrea  é  responsável  pela  maior  limitação  dos  materiais  cerâmicos  que  é  a 
facilidade de propagação de trincas (40).  
A fase cristalina da cerâmica é a responsável pelas propriedades mecânicas 
do  material.  Uma  fase  cristalina  importante  é  a  leucita,  que  foi  o  primeiro 
componente  ou  agente  modificador  largamente  acrescido  em  proporções  de  17  a 
25%  em  relação  à  massa  de  cerâmica  feldspática.  A  leucita  apresenta  alto 
coeficiente de contração e expansão térmica, o que possibilitou a compatibilidade da 
cerâmica com os coeficientes das ligas metálicas áureas e o desenvolvimento de um 
sistema,  conhecido  como  metalocerâmico,  o  qual  persiste  com  alta  popularidade, 
previsibilidade e longevidade até os dias atuais (41).  
Entre as características vantajosas deste material podemos citar o fato de ser 
um  material  biocompatível,  ter alta  resistência  ao desgaste,  ter estabilidade de  cor, 
ser  isolante  térmico  e  apresenta  excelentes  propriedades  ópticas,  resultando  em 
trabalhos  estéticos  satisfatórios.  Apresenta,  no  entanto,  como  desvantagens,  ser 
friável e possuir baixa resistência à compressão e ao cisalhamento (39). 
 
  30 

As cerâmicas feldspáticas foram as primeiras a serem confeccionadas em alta 
fusão.  Com  destacada  qualidade  estética,  as  coroas  de  porcelanas  feldspáticas 
foram  utilizadas  por  longa  data,  entretanto,  a  baixa  resistência  mecânica, 
apresentando resistência a flexão próximo de 90 MPa, limitou sua indicação apenas 
para coroas unitárias anteriores, devido ao menor stress oclusal desta região  (36,42). 
No intuito de melhorar a sua resistência, as cerâmicas feldspáticas foram reforçadas 
por leucita, IPS Empress I  (Ivoclair – Vivadent), sendo indicadas para restaurações 
do  tipo  facetas  laminadas,  inlays  e  onlays,  contudo  ainda  apresentado  uma 
resistência a flexão de aproximadamente 180 MPa (43).  
O  acréscimo  de  cristais  de  dissilicato  de  lítio  a  formulação  das  cerâmicas 
feldspáticas,  dispersos  em  uma  matriz  vítrea  de  forma  interlaçada  aumentou  as 
propriedades  mecânicas  sem,  contudo  comprometer  de  forma  significativa  as 
propriedades ópticas das cerâmicas vítreas. Surgiu assim um novo sistema cerâmico 
denominado IPS Empress II (Ivoclair – Vivadent), apresentando resistência a flexão 
de  aproximadamente  400  MPa.  A  seguir  a  Ivoclair  –  Vivadent  lança  no  mercado  a 
linha IPS e.max, onde o sistema IPS Empress II é substituído pelo IPS e.max Press, 
que  é  uma  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio  com  a  técnica  injetada.  Quatro  anos 
depois é lançado também a cerâmica IPS e.max CAD, também um dissilicato de lítio 
só  que  agora  desenvolvido  em  blocos  para  tecnologia  CAD/CAM  (8,9).  Os  sistemas 
cerâmicos de dissilcato de lítio, além de serem indicadas para inlays, onlays, coroas 
unitárias e facetas laminadas, também passaram a ser indicadas para próteses fixas 
de três elementos anteriores até segundo pré­molar (36,44,45).  
Em atenção às exigências funcionais, estudos foram realizados em busca de 
cerâmicas  estruturalmente  mais  resistentes,  e  a  incorporação  de  óxidos  metálicos 
originou uma nova classe de sistemas cerâmicos, as cerâmicas a base de óxidos, e 
as  cerâmicas  aluminizadas  representam  este  sistema.  Estas  foram  desenvolvidas 
para  proporcionar  maior  resistência  à  fratura,  quando  comparadas  às  cerâmicas 
feldspáticas convencionais. Este tipo de cerâmica contém 50% de óxido de alumina 
aumentou  a  resistência  a  flexão,  porém  observou­se  uma  perda  nas  propriedades 
ópticas,  devido  à  transmissão  de  luz  ser  limitada  pelos  cristais  de  alumina  (36).  Um 
exemplo  clássico  é  o  sistema  In­  Ceram®  Alumina,  que  apresenta  grau  de 
opacificação  por  apresentar  um  copping  opaco  e  cerâmica  feldspática  para 
cobertura  estética.  Este  sistema  está  indicado  para  utilização  tanto  nas  regiões 
 
  31 

posterior  como  anterior,  na  confecção  de  coroas  unitárias  e  próteses  parciais  fixas 
(36,46,47,48)
.  
A  adição  de  óxidos  de  zircônia,  a  este  tipo  de  cerâmica,  resultou  em  um 
aumento significativo da resistência à flexão, conferindo um dos maiores valores de 
tenacidade  entre  os  materiais  cerâmicos,  porém  conduziu  a  um  sistema  altamente 
opaco,  como  no  sistema  InCeram  Zircônia  que  apresenta  uma  mistura  de 
aproximadamente  69%  de  óxido  de  alumina  com  31%  de  óxido  de  zircônio.  Suas 
indicações mais precisas limitaram­se, portanto, para regiões posteriores, tanto para 
coroas unitárias como para próteses fixas de três elementos (49).  
Devido  à  ocorrência  de  propagação  de  trincas  em  cerâmicas  aluminizadas, 
surgiu a zircônia estabilizada por ítrio (Y­TZP) que apresenta versatilidade devido as 
suas propriedades mecânicas, estética, biocompatibilidade, além de possuir elevada 
resistência à fratura  (49). A adição de óxido de ítrio a zircônia tem o intuito de diminuir 
a propagação de trincas controlando a expansão de volume e estabilizar a zircônia 
na fase tetragonal. O aumento de volume cria tensões de compressão na rachadura 
que  visa  neutralizar  a  tensão  externa  (2,50).  Devido  a  sua  alta  resistência  flexural,  a 
zircônia  estabilizada  por  ítrio  (Y­TZP)  pode  ser  indicado,  além  das  reabilitações 
protéticas  sobre  dentes,  para  confecção  de  barras  de  prótese  protocolo, 
infraestrutura de reabilitações protéticas de grande extensão.  
Recentemente,  a  Vita  Zahnfabrik  lançou  no  mercado  a  Vita  Suprinity,  que  é 
uma vitrocerâmica de silicato de lítio reforçado por zircônia. Este material, segundo o 
fabricante,  tem  como  característica  a  excelente  estética,  pela  alta  translucidez, 
fluorescência  e  opalescência  e  melhor  acurácia  das  bordas  das  restaurações.  A 
indicação  desta  cerâmica  vai  desde  inlays,  onlays,  coroas  totais  e  até  próteses 
implantossuportadas.  Esta  cerâmica  foi  desenvolvida  em  blocos  para  tecnologia 
CAD/CAM. Os blocos são pré­sinterizados, necessitando apenas de um ciclo térmico 
para  cristalização  final.  Pode  ser  utilizada  como  um  material  monolítico,  maquiado 
ou  não,  ou  ainda  como  infraestrutura,  nesse  último  deverá  ser  recoberta  por  uma 
porcelana feldspática de baixo ponto de fusão (VM11, Vita Zahnfabrik, Alemanha). 
 
 
 
 
  32 

3.2  CERÂMICAS  ODONTOLÓGICAS:  CLASSIFICAÇÃO,  MICROESTRUTURA  E 


PROPRIEDADES. 
De acordo com Della Bona e Kelly  (45), as cerâmicas podem ser classificadas 
em  três  categorias  de  composição,  predominante  de  vidro,  contendo  partículas  e 
policristalinas.  Considera,  também,  que  são  compósitos,  ou  seja,  materiais  que 
apresentam duas ou mais fases. As cerâmicas com melhores propriedades ópticas 
para  reconstrução  dentária  são  as  que  têm  alto  conteúdo  de  fase  vítrea,  devido  a 
sua translucidez. Pequenas quantidades de óxidos são adicionadas por fabricantes, 
para  alterar  as  características  de  translucidez  e  cor,  fazendo  com  que  o  material 
cerâmico possa mimetizar com a dentina e o esmalte dental. Estas cerâmicas são 
tradicionalmente empregadas como cobertura, sobre estruturas metálicas ou sobre 
estruturas  cerâmicas  reforçadas  por  micropartículas  ou  policristalinas.  Guerra  em 
2007  (41),  também  classificou  as  cerâmicas  em  metalocerâmicas,  que  apresentam 
uma  infraestrutura  metálica  coberta  por  uma  cerâmica  feldspáticas  e  cerâmicas 
puras ou livres de metal, que são as feldspáticas com alto teor de leucita, alumina, 
zircônia ou dissilicato de lítio. Outra classificação foi proposta por Valandro et al., (51), 
quanto à sensibilidade de superfície, dividindo­se em 2 grupos: 1) cerâmicas ácido­
sensíveis: a matriz vítrea da cerâmica se degrada na presença do ácido fluorídrico; 
2) cerâmicas ácido­resistentes: cerâmicas que não são afetadas pelo tratamento de 
superfície  por  apresentarem  baixo  ou  nenhum  conteúdo  de  sílica, 
consequentemente sofrem pouca ou nenhuma degradação superficial na presença 
do ácido fluorídrico. 
A  porcelana  odontológica  convencional  é  uma  cerâmica  vítrea  baseada  em 
uma  rede  de  sílica  (SiO2)  e  óxido  de  potássio  feldspato  ou  soda­feldspato,  ou 
ambos.  Pigmentos,  opacificadores  e  componentes  vítreos  são  adicionados  para 
controlar a temperatura de fusão e de sinterização, coeficiente de contração térmica 
e  solubilidade.  Pigmentos  são  adicionados  para  produzir  a  estética  dos  materiais 
cerâmicos,  pois  os  feldspatos  usados  para  porcelanas  odontológicas  são 
relativamente puros e sem cor (41).  
A  cerâmica  feldspática  foi  a  primeira  a  ser  utilizada  em  grande  escala  na 
odontologia.  As  restaurações  dentárias  utilizando  este  tipo  de  cerâmica  foram 
introduzidas por Land em 1903 e apresentavam como principal desvantagem a alta 
taxa de fratura, causada pela propagação de trincas inerentes ao material cerâmico. 
Esta foi a razão pela qual, os metais, por terem alto módulo de elasticidade (rigidez), 
 
  33 

passaram a ser utilizados como infraestrutura para as porcelanas a partir de 1962. A 
união  conseguida  entre  metal  e  cerâmica  impede  a  flexão  e  a  deformação  das 
cerâmicas,  reduzindo  a  propagação  de  trincas  e  assegurando  a  longevidade  das 
coroas (52).  
As  cerâmicas  odontológicas  são  compostas  por  elementos  metálicos 
(alumínio,  cálcio,  lítio,  magnésio,  potássio,  sódio,  lantânio,  estanho,  titânio  e 
zircônio)  e  substâncias  não  metálicas  (silício,  boro,  flúor  e  oxigênio),  os  quais  as 
caracterizam  em  duas  fases:  a  fase  cristalina  e,  circundando­a,  a  fase  vítrea.  A 
camada  vítrea  é  composta  por  uma  cadeia  básica  de  óxido  de  silício  (SiO4).  Já  a 
fase  cristalina  dita  as  propriedades  mecânicas  e  ópticas  da  liga.  Sendo  assim,  a 
formulação  da  porcelana  deve  ser  realizada  de  modo  a  apresentar  propriedades, 
como  fundibilidade,  moldabilidade,  injetabilidade,  usinabilidade,  cor,  opacidade, 
translucidez, resistência à abrasão, resistência e tenacidade à fratura (5). 
As  tradicionais  coroas  metalocerâmicas  consistem  numa  infraestrutura  de 
metal  recoberta  por  porcelana.  A  infraestrutura  de  metal  é  opaca  e  por 
consequência  não  consegue  imitar a  translucidez  do  dente natural.  A  presença  de 
linha  metálica  acinzentada  na  margem  gengival  das  coroas  metalocerâmicas  e  a 
possibilidade  de  alergia  ao  metal  (níquel)  levaram  McLean  e  Hughes,  em  1965, 
seguindo  o  conceito  do  aumento  da  rigidez,  a  utilizar  óxidos  cerâmicos  como 
―limitadores de trincas‖  (53). Vários óxidos foram considerados, entre eles os óxidos 
de titânio, de zircônio e de alumínio. Os óxidos de alumínio, chamados de alumina, 
foram  escolhidos  inicialmente  por  apresentarem  maior  número  de  vantagens 
estéticas  e  mecânicas,  além  de  baixo  custo  e  fácil  obtenção.  Surgiram  então  as 
porcelanas reforçadas por alumina, numa mistura de 50% (em peso) de cristais de 
alumina  com  uma  porcelana  feldspática  de  baixa  fusão,  com  a  possibilidade  de 
constituírem  infraestrutura  em  substituição  aos  metais.  A  partir  desse  momento, 
outros  materiais  (porcelanas  feldspáticas  reforçadas  por  leucita,  dissilicato  de  lítio, 
alumina  e  zircônia)  e  outras  formas  de  processamento  (porcelanas  injetadas, 
prensadas, infiltradas e usinadas) passaram a ser desenvolvidos (54).  
Para  melhorar  as  propriedades  mecânicas  de  algumas  cerâmicas,  são 
acrescentadas partículas de carga. As partículas podem ser cristalinas ou formadas 
por  vidros  com  temperatura  de  fusão  maiores  que  a  da  matriz.  Na  sua  maioria,  a 
matriz  vítrea  que  é  dissolvida  por  ácidos,  proporcionando  a  formação  de  micro 
porosidades na superfície, e consequentemente melhoram a retenção dos trabalhos 
 
  34 

protéticos.  As  partículas  podem  ser  adicionadas  durante  a  fabricação,  na  forma  de 
pós, ou precipitadas na forma de cristais durante a formação da massa vítrea. Neste 
último caso, são chamadas de cerâmicas vitrificadas (44).  
A  cristalização  controlada  do  vidro  resulta  na  formação  de  cristais  finos, 
dispersos  homogeneamente  na  fase  vítrea.  O  tamanho  e  o  número  de  cristais 
formados são controlados pela temperatura e pelo tempo do tratamento térmico. van 
Noort  (40)  afirmou  que  as  propriedades  mecânicas  das  cerâmicas  vitrificadas  são 
influenciadas  pelas  seguintes  características:  tamanho  das  partículas  da  fase 
cristalina, fração do volume da fase cristalina, resistência adesiva interfacial entre as 
fases, diferenças nos módulos elásticos e diferenças na expansão térmica.  
Essas vitrocerâmicas apresentam um aumento de sua resistência conseguido 
pela eliminação dos defeitos de superfície, o que aumenta a tenacidade à fratura, e 
isso é conseguido pela cimentação adesiva. A união adesiva diminui os defeitos de 
superfície  internos  na  restauração  cerâmica,  reduzindo,  assim,  seu  potencial  à 
fratura. Porém sua resistência resulta efetivamente da união entre a restauração e o 
preparo,  atuando  como  um  sistema  de  deformação  elástica  contínua.  Os 
vidroceramizados  representam  um  grupo  de  material  que  possui  matiz,  saturação, 
valor  e  translucidez  muito  parecidos  com os  da dentina  humana, o  que o  torna um 
material  altamente  estético.  Sua  resistência  permite  ser  indicada  para  diversos 
casos de reabilitação oral. São materiais altamente favoráveis à cimentação adesiva, 
por sofrerem condicionamento ácido, além de possibilitar a união pelo silano (14). 
Na  tentativa  de  melhorar  ainda  mais  as  propriedades  das  cerâmicas,  vários 
componentes foram sendo incorporados a fórmulas destes materiais. Aumentando o 
conteúdo  cristalino  na  composição  das  cerâmicas,  diminui­se  a  fase  vítrea  e 
aumentam­se  os  valores  de  resistência  à  fratura  e  módulo  de  elasticidade  e  ainda 
limita­se a propagação de trincas (55). 
Recentemente,  a  empresa  Vita  Zahnfabrik  (56)  iniciou  a  comercialização  de 
duas novas cerâmicas, uma cerâmica híbrida ou reforça por polímero (Vita Enamic) 
e  um  silicato  de  lítio  reforçado  com  zircônia  (Vita  Suprinity).  A  cerâmica  híbrida 
contém  86%  de  cerâmica  e  14%  de  polímero,  em  massa.  Segundo  a  Vita,  sua 
obtenção  acontece  a  partir  de  uma  cerâmica  felsdpática  porosa  e  um  polímero  é 
injetado  sob  pressão  e  aquecimento  formando  o  bloco  CAD/CAM  com  duas 
estruturas interligadas com uma rede dual (57).  
 
  35 

A cerâmica infiltrada por polímeros tem propriedades mecânicas que imitam o 
dente natural, o módulo de elasticidade é próximo ao da dentina e a dureza Vickers 
está entre a do esmalte e a da dentina. Estes materiais podem ser usados em finas 
espessuras  para  preparos  minimamente  invasivos  e  ainda  vão  preservar  a 
propriedade de prevenir a propagação de trincas pela sua organização em rede dual 
(57,58)

A Vita Suprinity é uma vitrocerâmica de silicato de lítio reforçado por zircônia 
lançada  no  final  do  ano  2013,  as  informações  sobre  ela  então  se  restringem  aos 
dados  do  fabricante.  A  Vita  Zahnfabrik  divulgou  que  é  uma  cerâmica  vítrea  com 
dióxido de zircônio (aproximadamente 10% de zircônia em massa).  
 
3.3 TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE DAS CERÂMICAS PARA ADESÃO 
Para  que  as  propriedades  óticas  e  mecânicas  tenham  eficácia  clínica,  as 
características  do  agente  cimentante  e  o  protocolo  de  cimentação  são  de  suma 
importância. Segundo as propriedades óticas, o agente cimentante deve apresentar 
translucidez  e  apresentar  a  cor  em  consonância  com  o  material  cerâmico  e  o 
remanescente dental. O protocolo de cimentação deve proporcionar um monobloco 
dente­material  restaurador.  Para  isso,  o  tratamento  recomendado  pelos  fabricantes 
dessas  vitrocerâmicas,  consiste  no  condicionamento  com  ácido  fluorídrico,  seguido 
da aplicação de um silano, que é um agente bifuncional ligado a radicais orgânicos 
reativos e a grupos monovalentes hidrolisáveis. O objetivo do condicionamento com 
ácido  fluorídrico  é  dissolver  o  componente  vítreo,  expondo  a  fase  cristalina, 
provocando  assim,  irregularidades  na  superfície  da  cerâmica,  que  a  seguir,  serão 
impregnadas  pelo  silano,  cujos  radicais  orgânicos  reativos  unem­se  quimicamente 
com moléculas do cimento resinoso e os grupos monovalente hidrolisáveis ligam­se 
quimicamente  com  o  silício  contido  tanto  na  matriz  vítrea,  quanto  na  fase  cristalina 
da vitrocerâmica (23,28,59,60,61,62). 
(63)
Carvalho  et  al.    observaram  que  o  sucesso  clínico  de  reabilitações 
protéticas  com  cerâmicas  livre  de  metal  depende  de  vários  fatores,  incluindo  o 
tratamento  de  superfície  destas  cerâmicas  e  o  processo  de  cimentação.  Na 
superfície  interna  da  cerâmica  vítrea  de  dissilicato  de  lítio  e  de  silicato  de  lítio 
reforçada  por  zircônia,  o  tratamento  com  ácido  fluorídrico  tem  sido  recomendado 
com  a  finalidade  de  melhorar  a  união  entre  o  cimento  resinoso  e  a  cerâmica 
(10,18,19,64)
.  Assim  sendo,  estas  vitrocerâmicas  são  susceptíveis  ao  tratamento  de 
 
  36 

superfície  com  ácido  fluorídrico,  que  tem  por  finalidade  promover  porosidades  e 
retenções  micromecânicas  entre  o  agente  cimentante  resinoso  e  a  cerâmica 
condicionada.  A  aplicação  de  cimentos  resinosos  traz  também  como  vantagens  o 
selamento  marginal,  o  aumento  da  retenção  e  da  resistência  à  fratura  das 
restaurações.  Além  disso,  o  sucesso  clínico  das  restaurações  parciais  fixas  em 
cerâmica requer estabelecimento de união adesiva, que seja forte e estável. 
Um  fator  de  grande  relevância  clínica  das  cerâmicas  é  a  sua  classificação 
quanto à  sensibilidade  de  superfície:  cerâmicas  ácido­sensíveis  e cerâmicas  ácido­
resistentes  Devido  às  características  de  adesividade  ao  substrato  dental,  as 
cerâmicas  ácido­sensíveis  são  normalmente  indicadas  para  facetas,  lente  de 
contato,  fragmento  cerâmico,  inlays,  onlays  e  coroas  anteriores.  Já  as  cerâmicas 
ácido­resistentes  têm  como  indicação  principal  coroas  unitárias  anteriores  e 
posteriores  e  próteses  fixas  anteriores  e  posteriores,  não  importando  a  extensão, 
devido às suas características de alta resistência a flexão (65,66,67). 
A adesão da cerâmica a base de sílica ao agente cimentante resinoso, ocorre 
por uma união micromecânica, utilizando ácido fluorídrico e outra química, com uso 
de um silano  (23,61). O condicionamento ácido promove a dissolução da fase vítrea e 
parcialmente  da  fase  cristalina,  promovendo  a  exposição  dos  cristais.  Este  fato 
resulta em irregularidades superficiais de 5­20 μm de profundidade (28,60), por onde o 
cimento  resinoso  penetra  promovendo  micro  retenção  por  imbricação  na  superfície 
tratada  (59) e a área de superfície aumenta, bem como a energia livre de superfície 
da cerâmica (62).  
O  tempo  de  condicionamento  das  cerâmicas  é  muito  discutido  na  literatura, 
para  as  cerâmicas  feldspáticas  este  tempo  varia  de  1  a  4  min,  devido  a  sua 
constituição,  onde  esta  apresenta  70%  de  componente  vítreo  e  30%  cristalino.  As 
cerâmicas a base de dissilicato e silicato lítio, que apresentam 40% de fase vítrea e 
60%  de  cristalino,  este  condicionamento  varia  de  20  a  60  s.  Estudos  demonstram 
que  ao  aumentar  o  tempo  de  exposição  ao  ácido  durante  o  condicionamento,  nas 
vitrocerâmicas leva a uma destruição excessiva do componente cristalino e os poros 
e os sulcos tornam­se mais evidentes e maiores, podendo modificar o processo de 
adesão  entre  os  sistemas  adesivos  e  as  cerâmicas  e  enfraquecer  a  estrutura  do 
material,  de  acordo  com  estudos  de  Chen  et  al.  (68);  Canay  et  al.  (69);  Della  Bona  e 
Anusavice (5); Saraçoglu et al. (70); Leite (71); Saavedra et al. (72) e Zogheib et al. (73). 
 
  37 

Hooshmand  et  al.(74)  avaliaram  o  efeito  do  condicionamento  ácido  sobre  a 


resistência  a  flexão  biaxial  de  duas  cerâmicas  vítreas  prensadas  por  calor,  uma  a 
base de leucita (IPS Empress) e outra a base de dissilicato de lítio (IPS Empress 2). 
As amostras de cada tipo de cerâmica foram condicionadas com HF 9% por 2 min, 
lavados e deixados em banho sônico com agua destilada por 15 min. Como controle 
comparativo,  testaram­se  também  amostras  sem  o  condicionamento  ácido.  O  teste 
de flexão biaxial revelou que o condicionamento ácido reduziu a resistência dos dois 
tipos de cerâmica testada. A analise de MEV revelou um efeito invasivo, um padrão 
irregular  e  uma  desorganização  substancial  de  ambas  as  estruturas  cerâmicas 
provocado  pelo  acido.  Observou­se  também,  na  cerâmica  Empress  2,  que  a  sua 
principal  fase  cristalina  é  formada  por  cristais  alongados  de  dissilicato  de  litio.  A 
segunda fase é composta de ortofosfato de lítio. A matriz vítrea circunda ambas as 
fases  cristalinas.  O  HF  é  capaz  de  remover  a  matriz  vítrea  e  a  segunda  fase 
cristalina, criando irregularidades dentro dos cristais de dissilicato de lítio. Os autores 
ressaltaram  a  importância  de  se  utilizar  o  condicionamento  acido  com  critério  para 
que se possam aproveitar dos benefícios obtidos no processo de união da cerâmica/ 
resina sem a excessiva fragilização da cerâmica. 
Addison  et  al.  (27)  relataram  que  o  condicionamento  superficial  das  cerâmica 
feldspática  é  um  processo  dinâmico  e  o  resultado  depende  da  constituição  do 
substrato, da topografia da superfície, da concentração e do tempo de aplicação do 
ácido. Observaram que a estrutura das porcelanas feldspáticas é constituída de uma 
matriz  vítrea  amorfa  em  que  está  presente  uma  rede  de  cristais  tetraédricos  de 
sílica,  em  que  estão  embutidas  quantidades  variáveis  de  cristais  de  feldspato  e 
leucita.  Observa­se  uma  rápida  dissolução  da  fase  silícica  presente  nos  limites 
granulares e a não dissolução do corpo granular. Nas cerâmicas vítreas reforçadas 
com partículas tem sido demonstrado que ocorre preferencialmente a dissolução das 
partículas  cristalinas  em  relação  à  fase  amorfa.  Entretanto,  a  seletividade  entre  a 
dissolução de ambas as fases tem sido relatada como dependente da concentração 
do ácido. No caso de concentrações baixas do ácido a dissolução da fase cristalina 
é  precedente.  No  citado  trabalho,  observou­se  um  significante  enfraquecimento  da 
resistência  mecânica  da  cerâmica,  conforme  o  aumento  da  concentração  do 
condicionamento  ácido.  No  trabalho  de  Xiaoping  et  al.(75),  observou­se  que  o 
aumento  do  tempo  de  condicionamento  de  uma  cerâmica  vítrea  reforçada  por 
partículas,  levou  a  diminuição  da  resistência  a  flexão  desta  cerâmica,  entretanto 
 
  38 

quando  o  cimento  resinoso,  utilizado  como    agente  cimentante,  foi  aplicado,  a 


resistência  a  flexão  da  cerâmica  aumentou,  com  o  aumento  do  tempo  de 
condicionamento.  
A  lavagem  inadequada  após  o  condicionamento  ácido  da  superfície  de 
cerâmica  pode deixar sais remineralizados, que  podem  ser reconhecidos  como um 
(76)
resíduo  ou  depósito  branco  .  Os  subprodutos  residuais  são  formados  e  se 
precipitam sobre a superfície cerâmica, causando a obstrução das  micro retenções 
(78,79)
criadas  a  partir  do  condicionamento  .  Com  o  objetivo  de  eliminar  esses 
precipitados,  algumas  técnicas  de  limpeza  pós­condicionamento  ácido  foram 
discutidas na literatura, tais como lavagem em água corrente e ar  (29,31).  De acordo 
com  Peumans  et  al.  (79),  a  limpeza  em  banho  ultra­sônico  torna  a  superfície  da 
cerâmica mais receptiva à resina adesiva e favorece a remoção do precipitado ácido 
e  do  sal,  formados  pela  reação  com  o  neutralizador  na  superfície  cerâmica, 
facilitando  assim  a  penetração  do  agente  de  união  pelos  poros  pré­formados  pelo 
condicionamento  (72).  Já  Magne  e  Cascione  (76)  e  Belli  et  al.  (28)    associaram  a 
aplicação do ácido fosfórico a 37,5% ao banho em ultrassom em água destilada por 
5 min, para remoção dos sais residuais. 
Meios  seguros  e  efetivos  de  se  eliminar  os  precipitados  ácidos  devem  ser 
estudados  (78), e os efeitos destes protocolos devem ser avaliados a longo prazo  (72). 
Além  disso,  existem  poucos  estudos  que  utilizam  modelos  mais  próximos  da 
realidade  bucal  (80),  incluindo  envelhecimento  termomecânico  sobre  coroas 
cerâmicas.  
Para  a  adesão  química,  o  uso  do  silano  na  Odontologia  tem  sido  bem 
sucedido, melhorando  a  resistência  de  união  da  cerâmica  com  o cimento  resinoso. 
Moléculas  de  metacriloxpropiltrimetoxisilano,  também  conhecidas  como  silano 
organofuncional,  trabalham  como uma ponte  com  dois diferentes  grupos funcionais 
reativos:  por  um  lado,  a  molécula  do  silano  hidrolisado  pode  se  unir  quimicamente 
ao dióxido de silício contido na matriz vítrea e na fase cristalina de dissilicato de lítio 
da  cerâmica  (união  siloxana),  por  outro,  ligam­se  quimicamente  às  moléculas  da 
resina de Bis­GMA e TEGDMA, encontrados tanto nos adesivos, como nos cimentos 
resinosos  (23,81).  Outro  fator  importante,  no  aumento  da  resistência  de  união,  é  a 
(82,83)
capacidade  do  silano  em  promover  melhor  umedecimento  da  superfície  , 
proporcionando aumento da área de contato e infiltração dos materiais resinosos de 
cimentação,  nas  irregularidades  causadas  na  superfície  da  cerâmica  pelo 
 
  39 

condicionamento  com  o  ácido  fluorídrico.  Quanto  mais  rugosa  se  apresenta  uma 
superfície, maior é sua molhabilidade (78). 
Após condicionamento ácido da superfície das viotrocerâmicas e a utilização 
do silano, segue­se a utilização do sistema adesivo. Os adesivos dentários permitem 
que  os  agentes  cimentantes  tenha  uma  adesão  mais  efetiva  às  estruturas 
previamente  tratadas,  uma  vez  que  o  compósito  é  demasiado  viscoso  para  aderir 
diretamente ao substrato; estes permitem que a restauração fique bem adaptada e a 
cavidade  selada.  Hoje,  o  mercado  disponibiliza  três  tipos  de  adesivos:  os  Etch and 
Rinse  (ER),  os  Self  Etch  (SE)  e  mais  recentemente  os  Universais.  O  mecanismo 
básico de todos os sistemas baseia­se na reposição da matéria mineral dos tecidos 
dentários através de monómeros resinosos, que após a polimerização ficam unidos 
micro mecanicamente ao substrato em questão (84,85).  
O adesivo vai ocupar os espaços deixados pela ação do ácido fluorídrico. Os 
adesivos  Universais  podem  ser  usados  nas  modalidades  SE  e  ER,  o  objetivo  é  a 
possibilidade de se adequarem a qualquer situação clínica (84,85,86).  
Atualmente,  os  sistemas  adesivos  possuem  um  ou  mais  monômeros 
funcionais  específicos  que  proporcionam  a  interação  química  com  a  superfície 
condicionada.  Destes  monômeros  os  mais  conhecidos  são:  10­MDP  (10­ 
Metacriloxidildihidrogeno  fosfato),  4­MET  (4­Metacriloxietil  trimelítico)  e  Fenil­P  (2­
metacriloxietil fenil hidrogeno fosfato) (87,88,89).  
Magne,  Paranhos,  &  Jr  Burnett  (90);  Casucci,  et  al.  (91);  Manso,  et  al.,  (92); 
Amaral, et al. (93) observaram que a inclusão do 10­MDP, primeiramente nos agentes 
cimentantes  e  depois  em  sistemas  adesivos,  foi  de  grande  importância  para  o 
aumento  da  resistência  de  união  na  cimentação  das  peças  protéticas  de 
vitrocerâmicas.  
 
3.4 CERÂMICAS A BASE DE DISSILICATO DE LÍTIO – e.max Press 
No  início  dos  anos  90,  a  técnica  de  cera  perdida  foi  introduzida  como  um 
método de processamento inovador para restaurações de cerâmica pura  (94). Assim, 
a  moldagem  pela  injeção  a  quente  sob  pressão,  utiliza  um  padrão  em  cera  de 
infraestrutura ou da  peça protética a ser produzida, a qual é incluída em um molde 
refratário.  Este  refratário  é  inserido  no  interior  de  um  forno  convencional  para 
eliminar  a  cera,  pré­aquecido  a  700ºC,  durante  30  min.  Dessa  forma,  cria­se  um 
espaço  para  o  seu  preenchimento  subsequente  com  a  vitrocerâmica.  Ainda  neste 
 
  40 

forno,  a  pastilha  de  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  é  posicionada  na  abertura  do 
refratário, juntamente com o cursor de alumina. Este conjunto, (refratário, cerâmica, 
cursor de alumina) é inserido no interior do forno desenvolvido para a técnica, o qual 
introduz a cerâmica por meio de fluxo viscoso. A temperatura inicial é de 700ºC, com 
taxa de aquecimento de 60ºC/min, com temperatura final de 920ºC para a injeção da 
cerâmica, mantendo tempo de injeção por 20 min à pressão de 5 bar (2).  
O sistema IPS e.max press (Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein) consiste 
de  duas  diferentes  cerâmicas  vitrificadas.  O  material  da  infraestrutura  é  uma 
cerâmica  vitrificada  com  uma  fase  cristalina  de  dissilicato  de  lítio,  e  a  cerâmica  de 
cobertura é vitrificada com apatita.  A fase cristalina desta cerâmica de dissilicato de 
lítio  representa  em  torno  de  70%  em  volume,  e  os  cristais,  com  5  μm de
comprimento e 0,8 μm de diâmetro, formam uma estrutura com resistência à flexão 
com índices de 350 MPa (12,13,55).  
A  cerâmica  a  base  de  dissilicato  de  lítio  IPS  e.max  press  apresenta  duas 
fases cristalinas e uma fase vítrea em sua composição. A fase cristalina principal é 
formada  por  cristais  alongados  de  dissilicato  de  lítio  e  a  segunda  fase  é  composta 
por  ortofosfato  de  lítio.  A  matriz  vítrea  envolve  ambas  as  fases  cristalinas  (10).  A 
microestrutura  do  dissilicato  de  lítio  é  bastante  interessante  para  aplicação  como 
material  restaurador  dentário,  devido  à  sua  considerável  resistência  à  fratura.  O 
aumento da fração cristalina torna o material mais tenaz, pois a morfologia dos grãos 
de dissilicato de lítio cristalizado faz com que o caminho a ser percorrido pela trinca 
seja  aumentado,  dificultando  ou  até  barrando  sua  propagação  (5,6,33,95,96).  O  IPS 
e.max Press é uma cerâmica a base de dissilicato de lítio, com resistência a flexão 
de  440  MPa  e  apresenta  diferentes  níveis  de  translucidez  para  o  material  de 
infraestrutura.  Este  material  é  indicado  para  a  confecção  de  incrustações,  coroas 
unitárias anteriores e posteriores, e também para pontes fixas de até três elementos 
na  região  anterior.  Esta  mesma  cerâmica  foi  recentemente  apresentada  com  a 
configuração em blocos que são processados com tecnologia CAD/CAM.  
Estudos  clínicos  têm  demonstrado  que  restaurações  com  o  sistema  IPS 
e.max exibem uma taxa de sobrevida, com índices de durabilidade de 96% em três 
anos no caso de coroas totais  (34), e 100% de incrustações do tipo ―onlays‖ após três
anos  (35).  As cáries secundárias não foram o fator preponderante de falha, sendo a 
fratura  de  corpo  a  maior  causa  de  insucesso  (97).  A  fratura  frágil  de  um  material 
normalmente  é  iniciada  em  um  defeito  interno  ou  de  superfície,  na  forma  de  micro 
 
  41 

trincas  que  agem  como  concentradoras de esforços.  A fase  cristalina  é  geralmente 


mais  resistente  do  que  a fase  vítrea,  por  isso  a  trinca normalmente  se originará  na 
fase  vítrea.  A  dimensão  destas  micro  trincas  pode  ser  limitada  pela  distância  entre 
os cristais (7,98) .  
As  cerâmicas  a  base  de  dissilicato  de  lítio  apresentam  um  aumento  de  sua 
resistência pela eliminação dos defeitos de superfície, o que aumenta a tenacidade à 
fratura,  e  isso  é  conseguido  pela  cimentação  adesiva.  A  união  adesiva  diminui 
substancialmente  os  defeitos  de  superfície  internos  na  restauração  cerâmica, 
reduzindo,  assim,  seu  potencial  à  fratura.  Porém,  sua  resistência  resulta 
efetivamente  da  união  entre  a  restauração  e  o  preparo,  atuando  como  um  sistema 
de  deformação  elástica  contínua.  A  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio  é  um  grupo  de 
material que possui matiz, saturação, valor e translucidez muito parecidos com os da 
dentina  natural,  o  que  o  torna  um  material  altamente  estético.  Sua  resistência 
permite ser indicada para casos de coroa unitária anterior e posterior, fixa anterior e 
posterior  de  três  elementos  (substituindo  um  pré­molar),  além  de  inlays,  onlays  e 
facetas  laminadas  (14).  Entretanto,  Chaiyabutr  et  al.  (99)  observaram  que  a  cor  do 
remanescente dentário, cor de cimento, e espessura da cerâmica influenciam na cor 
resultante da coroa de dissilicato de lítio.  
Além dessas características estéticas, o dissilicato de lítio também apresenta 
boas propriedades mecânicas. Silva et al. (95) concluíram que as coroas de dissilicato 
de  lítio  apresentam  alta  durabilidade  e  uma  abrasão  da  dentição  antagonista 
compatível  com  dentes  naturais.  Como  implicações  clínicas  desse  trabalho,  as 
coroas  de  óxido  de  zircônio  e  de  dissilicato  de  lítio  são  um  meio  clinicamente 
aceitável de tratar dentes que necessitam de restaurações totais. Estudos avaliando 
o efeito da fadiga sobre a taxa de sobrevivência de próteses fixas de três elementos, 
Schultheis et al.  (96), Kern et al.  (6) verificaram que os valores de resistência a flexão 
do  dissilicato  de  lítio  foram  compatíveis  com  os  resultados  das  metalocerâmicas,  e 
parecem  ser  uma  alternativa  viável  para  o  tratamento  de  prótese  fixa  posterior  de 
três elementos, mostrando confiabilidade nestes materiais.  
Para  a  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  diversos  tratamentos  de  superfície 
foram propostos. As restaurações protéticas realizadas com a cerâmica e.max press 
possui  resistência  suficiente  para  serem  cimentadas  com  cimentos  convencionais. 
Por  outro  lado,  sua  fase  vítrea  também  pode  ser  modificada  por  condicionadores 
químicos. Alguns estudos realizaram o tratamento de superfície desta cerâmica com 
 
  42 

jateamento  de  óxido  de  alumínio,  com  partículas  de  sílica,  associação  entre  os 
jateamentos,  condicionamento  com  ácido  fluorídrico,  associação  de 
condicionamento  com  ácido  fluorídrico  e  jateamentos  e  concluíram  que  o 
condicionamento com ácido fluorídrico foi efetivo para uma boa resistência de união, 
produzindo melhores irregularidades (100,101,102). 
O  condicionamento  com  ácido  fluorídrico  da  superfície  do  e.max  press 
promove  a  dissolução  de  sua  fase  vítrea  e  parcialmente  da  fase  cristalina  da 
(32)
cerâmica  ,  formando  tetrafluorsilano  que  em  seguida  reage  com  o  ácido 
fluorídrico,  para formar o  ácido  hidrofluorsilícico  que  dissolve  a  matriz  vítrea.  Como 
consequência  deste  condicionamento  ácido  estão  as  micro  retenções  formadas,  a 
área  de  superfície  aumentada,  bem  como o  aumento da  energia  livre  de  superfície 
da  cerâmica  tratada  (7).  As  diferentes  concentrações  do  ácido  fluorídrico  e  o  tempo 
de  condicionamento  das  cerâmicas  são  controversos  na  literatura,  mas  estudos 
demonstram  que  ao  aumentar  o  tempo  de  exposição  ao  ácido  durante  o 
condicionamento,  os  poros  e  os  sulcos  tornam­se  mais  evidentes  e  maiores, 
podendo  promover  aumento  da  força  de  união  entre  a  cerâmica  e  o  agente 
cimentante, entretanto pode enfraquecer a estrutura do material (5,27,68,70,72,73,74).  
Cuidados  adicionais  devem  ser  tomados  após  este  condicionamento,  pois 
além da escolha da concentração do ácido e do tempo de condicionamento, se torna 
imperativo  a  eliminação  completa  do  ácido  fluorídrico  e  dos  precipitados  ácidos  da 
(26,72,76,103)
superfície  cerâmica  .  Os  precipitados  ácidos  formados  após  o 
condicionamento  vão  se  depositar  na  superfície  cerâmica,  o  que  pode  levar  a 
diminuição  da  força  de  união  entre  cimento  resinoso  e  a  cerâmica,  levando  a 
(28,78)
ocorrência  de  falhas  clínicas  .  A  omissão  de  um  protocolo  de  limpeza  da 
superfície cerâmica pós­condicionamento pode resultar em diminuição da resistência 
de união, porque o condicionamento ácido gera uma quantidade significativa destes 
resíduos contaminantes (76). 
Os  protocolos  de  limpeza  pós­condicionamento  podem  ser  realizados  por 
(28,76)
meio  de  escovação,  aplicação  de  ácido  fosfórico,  ,  banho  ultrassônico  da 
cerâmica (26,71,72,76) ou simplesmente lavagem da superfície em água corrente  (28,29,31). 
 Para a adesão química, um silano organofuncional, trabalha como uma ponte 
com  dois  diferentes  grupos  funcionais  reativos.  A  molécula  do  silano  hidrolisado 
pode  se  unir  quimicamente  ao  dióxido  de  silício  na  superfície  da  cerâmica  (união 
siloxana) e promover uma adesão covalente com grupos metacrilato da resina  (24,104).  
 
  43 

Além disso, o silano permite uma melhora na molhabilidade da resina hidrofóbica na 
cerâmica condicionada (24,60,105).  
 
3.5  CERÂMICA  DE  SILICATO  DE  LÍTIO  REFORÇADA  COM  DIÓXIDO  DE 
ZIRCÔNIA ­ SUPRINITY 
VITA  Suprinity  é  uma  cerâmica  de  vidro  de  silicato  de  lítio  reforçada  com 
dióxido  de  zircônio  (ZLS)  para  a  aplicação  em  restaurações  dentárias,  utilizando 
tecnologia  CAD/CAM.  Este  material  está  indicado  para  a  construção  de  Inlays, 
Onlays,  coroas  parciais, facetas,  coroas  na  região  anterior e posterior, assim  como 
restaurações unitárias sobre pilares de implantes (VITA Zahnfabrik) (56). 
A  vitrocerâmica  Suprinity  foi  introduzida  no  mercado  Europeu  pela  VITA 
Zahnfabrik  no  ano  de  2013  e  no  Brasil  obteve  sua  comercialização  aprovada  pela 
Agência  Nacional  de  Vigilância  Sanitária  (ANVISA)  publicada  no  Diário  Oficial  da 
União  (DOU)  do  dia  24/11/2014.  Por  ser  um  material  tão  novo,  poucos  trabalhos 
científicos  foram  publicados  na  literatura,  as  informações  sobre  ela  então  se 
restringem aos dados do fabricante. 
As  propriedades  mecânicas  deste  material  são  comparáveis  com  as 
vitrocerâmica  a  base  de  dissilicato  de  lítio  (L2S).  A  tecnologia  baseia­se  na  adição 
de 10% em peso de óxido de zircônia na composição da vitrocerâmica de silicato de 
lítio.  A  zircônia  atua  como  agente  de  nucleação,  mas  permanece  em  solução  na 
matriz  vítrea,  com  duas  consequências  principais:  A  dupla  microestrutura  que 
consiste  de metassilicato de  lítio  muito fina (Li2SiO3) e  cristais de dissilicato  de  lítio 
(Li2Si2O5) são obtidos, com uma matriz vítrea contendo óxido de zircônio em solução 
(106)
.  
A Vita Zahnfabrik divulgou que a Suprinity é uma cerâmica vítrea com dióxido 
de  zircônio,  sua  microestrutura  são  grãos  finos  e  homogêneos  que  garantem  alta 
resistência  à  fratura  e  confiabilidade  a  longo  prazo.  Excelente  estética,  pela  alta 
translucidez,  fluorescência  e  opalescência  e  melhor  acurácia  das  bordas  das 
restaurações. A indicação da cerâmica é ampla, desde inlays, onlays, coroas totais e 
até  próteses  implanto  suportadas.  Os  blocos  são  pré­sinterizados,  necessitando 
apenas  de  um  ciclo  térmico  para  cristalização  final.  Pode  ser  utilizada  como  um 
material  monolítico,  maquiado  ou  não,  ou  ainda  como  infraestrutura,  nesse  último 
deverá ser recoberta por uma porcelana feldspática de baixo ponto de fusão (VM11, 
Vita Zahnfabrik, Alemanha). 
 
  44 

A  microestrutura  é  conseguida  em  duas  fases.  A  cerâmica  de  vidro  na 


primeira  fase  de  pré­cristalizado  contém  apenas  cristais  de  metassilicato  de  lítio,  o 
que  torna  o  material de fácil  corte na fresadora.  A  cristalização final,  que  conduz  à 
microestrutura  de  duplo  silicato  de  lítio  é  obtida  depois  de  um  tratamento  térmico 
durante 8 min a 840°C. A principal diferença entre as vitrocerâmicas ZLS e L2S está 
na  fase  final  de  cristalização  e  na  natureza  das  fases  cristalinas:  metassilicato  de 
lítio mais dissilicato de lítio para ZLS e só dissilicato de lítio para L2S (107).  
O  desenvolvimento  da  vitrocerâmica  de  silicato  de  lítio  contendo  dióxido  de 
zircônia ilustra a busca contínua de materiais cerâmicos que ofereçam translucidez 
adequada,  combinadas  com  superiores  propriedades  mecânicas.  Esta  nova 
vitrocerâmica apresenta em especial uma estrutura homogênea e grãos finos, o que 
garante  excelente  qualidade  do  material  e  alta  capacidade  de  carga.  Graças  à 
excelente  translucidez,  fluorescência  e  opalescência  esta  nova  vitrocerâmica,  VITA 
SUPRINITY, oferece excelente propriedades estéticas (17). 
Embora este material seja relativamente novo para o mercado, testes iniciais 
in  vitro  mostra  que  eles  têm  excelentes  propriedades  ópticas  e  mecânicas, 
semelhantes às da cerâmica de dissilicato de lítio, embora somente as de dissilicato 
de  lítio  disponham  de  dados  clínicos  de  longo  prazo,  para  apoiar  seu  uso  como 
restaurações dentárias. 
 
3.6 ENSAIO DE CISALHAMENTO 
A força de união entre agente cimentante resinoso e uma cerâmica pode ser 
medida, in vitro, utilizando diversos métodos, dentre estes estão o de cisalhamento, 
micro  cisalhamento  e  micro  tração.  Esses  testes  se  baseiam  na  aplicação  de  uma 
força,  que  cria  estresse  na  interface  de  união  até  que  uma  falha  seja  observada. 
Entretanto, nenhum desses testes é aceito como método universal e cada um deles 
apresenta suas vantagens e limitações (108,109,110). 
A área da superfície adesiva a ser testada é diretamente proporcional ao tipo 
de  falha  obtida.  Superfícies  maiores  costumam  resultar  em  uma  prevalência  de 
falhas  coesivas  (111).  A  secção transversal da  amostra também parece  influenciar  a 
(112)
resistência  de  união.  Phrukkanon  et  al.  ,  mostraram  que  a  secção  circular 
apresentou uma maior resistência adesiva quando comparada a secção retangular. 
Quanto  menor  a  superfície  do  espécime,  menor  a  área  disponível  para  falhas, 
resultando em melhores resultados de resistência de união (113). Quanto maior a área 
 
  45 

de  teste, menor a  resistência  adesiva,  sendo  que  até 3mm os  resultados  são mais 


favoráveis para ensaios de resistência de união (114). As dificuldades para a obtenção 
de resultados mais próximo da realidade da resistência adesiva entre os materiais, e 
nos  parâmetros  previamente  estudados  e  relatados  acima,  nesse  estudo  foi 
desenvolvido um modelo de corpo de prova de pequenas dimensões, com área de 
cimentação de 2mm de diâmetro, evitando a indução de estresse. 
(115)
De  acordo  com  DeHoff;  Anusavice;  Wang,  em  1995  ,  o  ensaio  de 
cisalhamento  com  auxilio  de  uma  alça  de  fio  ortodôntico,  ao  invés  de  cinzel  é 
preferível, pois ocorre uma redução na concentração de tensões próxima a interface, 
sob a qual é submetida uma força de tração para avaliar a resistência de união de 
um cimento resinoso à vitrocerâmica, sob diferentes condições de superfície  (116).  
Nesse  contexto,  o  teste  de  resistência  de  união  a  microtração  é  geralmente 
preferido devido à distribuição uniforme do estresse na interface adesiva, limitando a 
(111)
possibilidade  de  falhas  coesivas  no  substrato  .  Apesar  de  apresentar  tais 
vantagens,  o  ensaio  de  microtração  é  um  método  sensível,  pode  apresentar  alta 
frequência  de  falhas  prematuras,  ser  afetado  pela  velocidade  de  corte  dos  filetes, 
pelo  formato  do  espécime  e  fragilidade  do  substrato  (110,117,118).  Por  outro  lado,  o 
teste cisalhamento é considerado o teste mais comum e prático dentre os métodos 
de  avaliação  da  resistência  de  união  devido  ao  fato  de  não  apresentar  a  etapa  de 
seção  do  espécime,  que  pode  introduzir  micro  trinca  precoce  em  substrato  friável 
(108,110)
.  Neste  estudo,  o  cisalhamento  com  auxílio  de  fio  ortodôntico  foi  o  método 
selecionado,  uma  vez  que  substratos  cerâmicos  resistentes,  como  o  dissilicato  de 
lítio  e  o  silicato  de  lítio  reforçado  com  zircônia,  apresentam  resistência  suficiente 
para  prevenir  falhas  coesivas  e  podem  ser  considerados  apropriados  para  testar  a 
resistência de união utilizando teste de cisalhamento.  
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
  46 
 

4 MATERIAIS E MÉTODOS 

4.1 MATERIAIS 
  Os  materiais  utilizados  neste  trabalho  são  de  origem  comercial  e  estão 
listados na Tabela 4.1, bem como sua composição nominal e fabricante.   

Tabela 4.1­ Materiais comerciais, composição e fabricante, utilizados na pesquisa. 
 
Material  Composição  Fabricante 

IPS E.max Press ­ Pastilhas  SiO2 (57–80); Li2O (11–19); K2O (0– Ivoclar Vivadent, 


de cerâmica vítrea de  13);  P2O5  (0–11);  ZrO2  (0–8);  ZnO  Schaan, Liechtenstein 
dissilicato de lítio (% em  (0–8); Outros óxidos (0–10) 
peso) 

Suprinity  –  Bloco  de  SiO2  (56­64);  ZrO2  (8­12);  Li2O  (15­ Vita Zahnfabrik, 
cerâmica  de  vidro  de  silicato  21);  K2O  (1­4);  P2O5  (3­8);  Al2O3  (1­ Germany 
de lítio reforçada com dióxido  4); CeO2(0­4) 
de zircônio – (% em peso) 

Cimento Resinoso  Relyx  Cerâmica tratada com silano,  3M ESPE, St. Paul, MN, 


ARC ­ 3M ESPE  dimetacrilato de trietileno glicol (teg­ Estados Unidos. 
  dma), metacrilato de bisfenol a 
diglicidil éter, sílica tratada com 
silano e polímero dimetacrilato 
funcionalizado  
 
 
4.2 MÉTODOS 
4.2.1 Preparo das amostras da vitrocerâmica IPS e.max Press 
Foram confeccionados 133 amostras cilíndricas de vitrocerâmica de dissilicato 
de lítio, IPS e­max Press LT cor A3, medindo aproximadamente 9 mm de diâmetro e 
2 mm de espessura a partir de um padrão de cera que foi incluído com revestimento 
à  base  de  fosfato  IPS  PressVest  Speed  (Ivoclar  Vivadent).  Após  a  presa  do 
revestimento,  o  bloco  de  revestimento  foi  levado  ao  forno  elétrico  (EDG 
Equipamentos  e  Controles  Ltda),  aquecido  até  atingir  a  temperatura  de  850°C  e 
mantido por 90 min para eliminação da cera. Depois do período de aquecimento, o 
bloco  foi  retirado  do  forno  e  as  pastilhas    da  cerâmica  IPS  E.max  Press  (Ivoclar 
Vivadent)  foram  posicionadas  no  conduto,  juntamente  com  o  êmbolo  de  óxido  de 
alumínio e levado ao forno EP600 (Ivoclar Vivadent). O conjunto foi mantido por 20 
min a 915°C, seguido de pressão com 5 bar por 15 min.  
Após  a  prensagem,  o  forno  foi  desligado  e  quando  o  bloco  de  revestimento 
atingiu  a  temperatura  ambiente,  as  amostras  de  cerâmica  foram  retiradas 
 
  47 

seccionando­se  o  bloco  de  revestimento  ao  meio.  Posteriormente,  as  amostras 


receberam jateamento com partículas de óxido de alumínio de 50 μm (Oxyker Dry), 
com pressão inicial de 4 bar e posteriormente 2 bar para remoção do revestimento 
em contato com as amostras. Em seguida, as amostras foram submetidas à limpeza 
em cuba ultrassônica com água destilada por 10 min. 
A  seguir,  os  discos  cerâmicos  foram  lixados,  utilizando  lixas  de  SiC  com 
granulação 600, 800 e 1200, para obtenção de uma superfície com textura uniforme, 
o que foi verificado pela avaliação das amostras em microscópio ótico (Leica). Após 
o polimento, as amostras foram novamente limpas em cuba ultrassônica, com água 
destilada por 10 min. 
Em  seguida,  uma  parte  das  amostras  (n=57)  foi separada para  avaliação  da 
rugosidade e análise morfológica. O restante das amostras (n=76) para avaliação da 
força de união. 
 
4.2.2 Preparo das amostras da vitrocerâmica Suprinity 
  Foram  confeccionados  133  amostras  retangulares  de  cerâmica  de  vidro  de 
silicato  de  lítio  reforçada  com  dióxido  de  zircônio,  Suprinity  cor  A1,  medindo 
aproximadamente  10 mm  X  6  mm  X  2  mm,  a  partir  de  blocos  Suprinity,  que  foram 
cortados na cortadeira Isomet 1000, com disco diamantado, refrigerado a água. 
  A  seguir  as  pastilhas  foram  sinterizadas  por  8  min  a  840°C.  Após  este 
período,  o  forno  foi  desligado  e  aguardado  que  estas  atingissem  a  temperatura 
ambiente. 
Após,  as  pastilhas  de  Suprinity  foram  tratadas  da  mesma  forma  que  as  de 
e.max press, foram lixadas, utilizando lixas de SiC com granulação 600, 800 e 1200, 
para  obtenção  de  uma  superfície  com  textura  uniforme.  Para  verificar  a  textura  da 
superfície, as amostras foram também avaliadas em microscópio ótico (Leica). Após 
o polimento, as amostras foram novamente limpas em cuba ultrassônica, com água 
destilada por 10 min. 
Em  seguida,  parte  das  amostras  (n=57)  foi  separada  para  avaliação  da 
rugosidade e análise morfológica. O restante das amostras (n=76) para avaliação da 
força de união. 
 
 
 
  48 

4.2.3  Tratamento  de  superfície  das  amostras  da  vitrocerâmica  e.max  Press 
para avaliação da rugosidade e análise morfológica 
Separadas  as  amostras  do  grupo  controle  (n=3),  as  demais  amostras  foram 
divididas  em  dois  grupos  experimentais,  a  metade  destas  (n=27)  foi  condicionada 
com solução de ácido fluorídrico (HF) a 5%, segundo os tempos de 20 s (n=9), 40 s 
(n=9)  e  60  s  (n=9).  A  outra  metade  (n=27)  foi  condicionada  com  solução  de  ácido 
fluorídrico  a  10%,  seguindo  os  mesmos  tempos  de  condicionamento.  Após  o 
condicionamento  com  solução  de  ácido  fluorídrico  nas  duas  concentrações  e  nos 
três  tempos experimentais,  as amostras foram  lavadas em água corrente por 30  s, 
para remoção do ácido da superfície das cerâmicas. 
A  seguir,  cada  grupo,  segundo  o  tempo  de  condicionamento,  foi  dividido  em 
outros três subgrupos experimentais, lavadas somente em água corrente (n=3), após 
lavagem  em  água  corrente,  foram  limpas  em  cuba  ultrassônica  em  água  destilada 
por  5  min  (n=3)  e  após  lavagem  em  água  corrente  foram  esfregadas  com  ácido 
fosfórico  por  30  s  e  novamente  lavado  em  água  corrente  por  30  s  (n=3).  A  seguir 
foram  secas  com  jato de  ar, livre  de  óleo,  por 15  s.  Como  demonstrado  na  Tabela 
4.2  a  distribuição  dos  grupos  experimentais,  de  acordo  com  os  tratamentos  de 
superfície das amostras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  49 

Tabela  4.2­  Grupos  experimentais,  segundo  tratamento  de  superfície  da  cerâmica 
e.max Press para as avaliação de rugosidade e análise morfológica 
 
Grupos  Tratamento 
Controle  Sem condicionamento ácido 
5% 20 s Lav  Condicionamento com HF 5% por 20 s, lavadas em água corrente por 
  30 s. 
5% 40 s Lav  Condicionamento com HF 5% por 40 s, lavadas em água corrente por 
  30 s. 
5% 60 s Lav  Condicionamento com HF 5% por 60 s, lavadas em água corrente por 
  30 s. 
5% 20 s US  Condicionamento com HF 5% por 20 s, lavadas em água corrente por 
  30 s e limpas em cuba ultrassônica por 5 min. 
5% 40 s US  Condicionamento com HF 5% por 40 s, lavadas em água corrente por 
  30 s e limpas em cuba ultrassônica por 5 min. 
5% 60 s US  Condicionamento com HF 5% por 60 s, lavadas em água corrente por 
  30 s e limpas em cuba ultrassônica por 5 min. 
Condicionamento com HF 5% por 20 s, lavadas em água corrente por 
5% 20 s AF 
30  s,  esfregadas  com  ácido  fosfórico  por  30  s  e  lavadas  em  água 
 
corrente por 30 s. 
Condicionamento com HF 5% por 40 s, lavadas em água corrente por 
5% 40 s AF 
30  s,  esfregadas  com  ácido  fosfórico  por  30  s  e  lavadas  em  água 
 
corrente por 30 s. 
Condicionamento com HF 5% por 60 s, lavadas em água corrente por 
5% 60 s AF 
30  s,  esfregadas  com  ácido  fosfórico  por  30  s  e  lavadas  em  água 
 
corrente por 30 s. 
10% 20 s  Condicionamento  com  HF  10%  por  20  s,  lavadas  em  água  corrente 
Lav  por 30 s. 
 
10% 40 s  Condicionamento  com  HF  10%  por  40  s,  lavadas  em  água  corrente 
Lav  por 30 s. 
 
10% 60 s  Condicionamento  com  HF  10%  por  60  s,  lavadas  em  água  corrente 
Lav  por 30 s. 
 
10% 20 s US  Condicionamento  com  HF  10%  por  20  s,  lavadas  em  água  corrente 
  por 30 s e limpas em cuba ultrassônica por 5 min. 
10% 40 s US  Condicionamento  com  HF  10%  por  40  s,  lavadas  em  água  corrente 
  por 30 s e limpas em cuba ultrassônica por 5 min. 
10% 60 s US  Condicionamento  com  HF  10%  por  60  s,  lavadas  em  água  corrente 
  por 30 s e limpas em cuba ultrassônica por 5 min. 
Condicionamento  com  HF  10%  por  20  s,  lavadas  em  água  corrente 
10% 20 s AF 
por 30 s, esfregadas com ácido fosfórico por 30 s e lavadas em água 
 
corrente por 30 s. 
Condicionamento  com  HF  10%  por  40  s,  lavadas  em  água  corrente 
10% 40 s AF 
por 30 s, esfregadas com ácido fosfórico por 30 s e lavadas em água 
 
corrente por 30 s. 
Condicionamento  com  HF  10%  por  60  s,  lavadas  em  água  corrente 
10% 60 s AF 
por 30 s, esfregadas com ácido fosfórico por 30 s e lavadas em água 
 
corrente por 30 s. 
 
 
  50 

4.2.4  Tratamento  de  superfície  das  amostras  da  vitrocerâmica  Suprinity,  para 
avaliação da rugosidade e análise morfológica 
Conforme as amostras do e.max, as amostras do grupo controle (n=3) foram 
armazenadas e as demais foram divididas em dois grupos experimentais, a metade 
destas  (n=27) foi condicionada  com  solução de  ácido fluorídrico  a  5%,  segundo  os 
tempos  de  20  s  (n=9),  40  s  (n=9)  e  60  s  (n=9).  A  outra  metade  (n=27)  foi 
condicionada  com  ácido  fluorídrico  a  10%,  seguindo  os  mesmos  tempos  de 
condicionamento  da  solução  de  ácido  fluorídrico  a  5%.  Para  remoção  do  ácido  da 
superfície das amostras, nas duas concentrações e nos três tempos experimentais, 
as amostras foram lavadas em água corrente por 30 s. 
A  seguir,  como  na  cerâmica  e.max  Press,  cada  grupo  foi  dividido  em  outros 
três  subgrupos  experimentais,  lavadas  somente  em  água  corrente  (n=3),  após 
lavagem  em  água  corrente,  foram  limpas  em  cuba  ultrassônica  em  água  destilada 
por  5  min  (n=3)  e  após  lavagem  em  água  corrente  foram  esfregadas  com  ácido 
fosfórico por 30  s  e  novamente  lavadas  em  água  corrente  por 30  s  (n=3). A  seguir 
foram secas com jato de ar, livre de óleo, por 15  s. É apresentado na Tabela 4.3 a 
distribuição  dos  grupos  experimentais  da  cerâmica  Suprinity,  de  acordo  com  os 
tratamentos de superfície das amostras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  51 

Tabela  4.3­  Grupos  experimentais,  segundo  tratamento  de  superfície  da  cerâmica 
suprinity (Vita) para avaliação da rugosidade e análise morfológica. 
 
Grupos  Tratamento 
Controle  Sem condicionamento ácido 
5% 20 s Lav  Condicionamento com HF 5% por 20 s, lavadas em água corrente por 
  30 s. 
5% 40 s Lav  Condicionamento com HF 5% por 40 s, lavadas em água corrente por 
  30 s. 
5% 60 s Lav  Condicionamento com HF 5% por 60 s, lavadas em água corrente por 
  30 s. 
5% 20 s US  Condicionamento com HF 5% por 20 s, lavadas em água corrente por 
  30 s e limpas em cuba ultrassônica por 5 min. 
5% 40 s US  Condicionamento com HF 5% por 40 s, lavadas em água corrente por 
  30 s e limpas em cuba ultrassônica por 5 min. 
5% 60 s US  Condicionamento com HF 5% por 60 s, lavadas em água corrente por 
  30 s e limpas em cuba ultrassônica por 5 min. 
Condicionamento com HF 5% por 20 s, lavadas em água corrente por 
5% 20 s AF 
30  s,  esfregadas  com  ácido  fosfórico  por  30  s  e  lavadas  em  água 
 
corrente por 30 s. 
Condicionamento com HF 5% por 40 s, lavadas em água corrente por 
5% 40 s AF 
30  s,  esfregadas  com  ácido  fosfórico  por  30  s  e  lavadas  em  água 
 
corrente por 30 s. 
Condicionamento com HF 5% por 60 s, lavadas em água corrente por 
5% 60 s AF 
30  s,  esfregadas  com  ácido  fosfórico  por  30  s  e  lavadas  em  água 
 
corrente por 30 s. 
10% 20 s  Condicionamento  com  HF  10%  por  20  s,  lavadas  em  água  corrente 
Lav  por 30 s. 
 
10% 40 s  Condicionamento  com  HF  10%  por  40  s,  lavadas  em  água  corrente 
Lav  por 30 s. 
 
10% 60 s  Condicionamento  com  HF  10%  por  60  s,  lavadas  em  água  corrente 
Lav  por 30 s. 
10% 20 s US  Condicionamento  com  HF  10%  por  20  s,  lavadas  em  água  corrente 
  por 30 s e limpas em cuba ultrassônica por 5 min. 
10% 40 s US  Condicionamento  com  HF  10%  por  40  s,  lavadas  em  água  corrente 
  por 30 s e limpas em cuba ultrassônica por 5 min. 
10% 60 s US  Condicionamento  com  HF  10%  por  60  s,  lavadas  em  água  corrente 
  por 30 s e limpas em cuba ultrassônica por 5 min. 
Condicionamento  com  HF  10%  por  20  s,  lavadas  em  água  corrente 
10% 20 s AF 
por 30 s, esfregadas com ácido fosfórico por 30 s e lavadas em água 
 
corrente por 30 s. 
Condicionamento  com  HF  10%  por  40  s,  lavadas  em  água  corrente 
10% 40 s AF 
por 30 s, esfregadas com ácido fosfórico por 30 s e lavadas em água 
 
corrente por 30 s. 
Condicionamento  com  HF  10%  por  60  s,  lavadas  em  água  corrente 
10% 60 s AF 
por 30 s, esfregadas com ácido fosfórico por 30 s e lavadas em água 
 
corrente por 30 s. 
 
 
 
 
  52 

4.2.5 Microscopia Confocal 
Para  avaliação  da  rugosidade  média  (Ra)  dos  grupos  experimentais,  foram 
utilizadas  três  amostras  de  cada  grupo  e  as  medidas  foram  realizadas  em  um 
microscópio  confocal  da  Carl  Zeiss,  modelo  LSM  700,  no  laboratório  de 
Caracterização Microestrutural da Escola de Engenharia Industrial e Metalúrgica de 
Volta Redonda (EEIMVR) da Universidade Federal Fluminense (UFF). 
Em  cada  uma  das  amostras  foram  realizadas  quatro  medidas  em  uma  área 
de  1mm2,  totalizando  12  valores  de  Ra  por  grupo  experimental.  Cada  um  destes 
valores  foi obtido  a  partir  da  média  de  rugosidade  de  aproximadamente  200  linhas 
por área avaliada.               
 
4.2.6 MO – Microscopia ótica   
Após  confecção  dos  corpos  de  prova  das  vitrocerâmicas  e.max  press  e 
Suprinity,  estas  foram  lixadas  para  obtenção  de  uma  superfície  com  textura 
uniforme. Para verificar a uniformidade da superfície das vitrocerâmicas, foi utilizado 
o  microscópio  ótico  Leica,  com  lente  de  ampliação  de  10x,  no  laboratório  de 
Caracterização Microestrutural da Escola de Engenharia Industrial e Metalúrgica de 
Volta Redonda (EEIMVR) da Universidade Federal Fluminense (UFF). 
 
4.2.7 MEV ­ Microscopia Eletrônica de Varredura 
  Após  análise  da  rugosidade  média,  as  mesmas  amostras  (n=3)  foram 
montadas  em  stubs  e  metalizadas  com  uma  camada  de  0,5  nm  de  ouro,  no 
metalizador  Emitech  K550X  e  levadas  para  avaliação  qualitativa  da  morfologia  no 
Microscópio  Eletrônico  de  Varredura  (EVO  MA  10,  Carl  ZEISS)  no  Laboratório 
Multiusuário de Microscopia Eletrônica da EEIMVR da UFF. 
  As  imagens  foram  obtidas  por feixe  de  elétrons  secundários,  com  tensão  de 
aceleração entre 5 e 8 kV e distância de trabalho variando entre 8,5 e 9,5 mm. 
 
4.2.8 Ensaio mecânico de cisalhamento 
Conforme  a  Figura  4.1,  as  quatro  amostras  de  cada  grupo  das  cerâmicas 
e.max Press e Suprinity, foram embutidas em resina acrílica autopolimerizável, antes 
do  tratamento  de  superfície  proposto  para  cada  grupo.  No  momento  do 
embutimento,  foi  tomado  todo  cuidado,  para  que  a  resina  acrílica  não  cobrisse  a 
superfície da amostra. 
 
  53 

1 cm 

 
Figura  4.1­  Amostras  de  e.max  press  e  Suprinity  embutidas  em  resina 
acrílica para o ensaio de cisalhamento 
 
  
  As amostras embutidas foram cobertas por silicone de adição  ­ base pesada 
Express (3M), com uma espessura de aproximadamente 2 mm, conforme Figura 4.2. 
Após a presa do silicone, o formato das amostras cerâmicas foi marcado no molde e 
utilizando  um  perfurador  de  couro,  de  acordo  com  as  Figuras  4.3  e  4.4,  foram 
realizadas 3 perfurações com 2 mm de diâmetro em cada amostra cerâmica. 

 
 
 
 
  54 

1 cm 
 
Figura 4.2­ Amostras de e.max press embutida em resina acrílica e molde 
da amostra com silicone de adição 
 

1 cm 

 
Figura  4.3­  Perfuração  do  molde  de  silicone  de  adição  com  furados  para 
couro. 
 
 
 
 
 
 
  55 

1 cm 

 
Figura 4.4­ Molde com silicone de adição perfurado 
 
 
  Nas  amostras  do  grupo  controle  e  dos  grupos  experimentais  após  cada 
tratamento de superfície (vide itens 4.2.3 e 4.2.4) , foi aplicado o silano Prosil (FGM) 
por  1  minuto,  secas  com  ar,  isento  de  óleo,  por  15  s,  a  seguir  aplicado  o  sistema 
adesivo a base de dimetacrilato e MDP Single Bond Universal (3M ESPE) por 30 s, 
seco com ar por 15 s a uma distância de aproximadamente 30 cm, para evaporação 
do solvente. 
  Logo  após,  o  molde  de  silicone,  com  as  perfurações  foi  adaptado  sobre  a 
amostra.  O cimento resinoso dual RelyX arc (3M ESPE) foi dispensado sobre uma 
placa de vidro, manipulado, levado a uma ponta agulha da seringa centrix (DFL) e as 
perfurações  foram  preenchidas.  Após  remoção  dos  excessos  cada  amostra  de 
cerâmica,  com  três  preenchimentos,  foi  fotopolimerizada  por  40  s,  utilizando  um 
aparelho  fotopolimerizador  de  LED  VALO  Cordless  (Ultradent),  no  modo  potência 
Xtra, com 3200 mW/cm2. A seguir, de acordo com as Figuras 4.5 a 4.8, o molde de 
silicone  foi  recortado,  com  ajuda  de  bisturi  e  removido  da  amostra.  Nova 
fotopolimerização por 40  s foi realizada sobre os pinos de cimento resinoso, com a 
mesma potência e aparelho fotopolimerizador. As amostras foram armazenadas em 
umidade relativa, para realização do ensaio de resistência ao cisalhamento 24 horas 
após. 
 
  56 

1 cm 

 
Figura 4.5­ Preenchimento das perfurações do molde de silicone de adição 
com cimento resinoso. 
 

1 cm 
 
Figura 4.6­ Fotopolimerização do cimento resinoso 
 
                         
 
 
 

 
 
 
 
  57 

1 cm 
 
Figura 4.7­ Recorte do molde após fotopolimerização do cimento resinoso, 
para exposição dos pinos de resina. 
 
 

1 cm 
 
Figura 4.8­ Amostras preparadas para o ensaio de cisalhamento. 
           
 
 
 
  58 

  Para  o  ensaio  de  cisalhamento  foi  utilizada  uma  máquina  universal  para 
ensaios mecânicos EMIC, do laboratório de ensaios mecânicos da EEIMVR da UFF, 
com  célula  de  carga  de  20  Kgf  e  velocidade  de  deslocamento  de  0,5mm  /  min.  As 
amostras  foram  presas  na  parte  inferior  da  máquina  de  ensaio  por  intermédio  de 
uma garra  auto  travante  por  efeito  de  alavanca.  Na  parte  superior  da  máquina  de 
ensaio foi utilizada uma garra de aperto pneumático para ensaios de tração em fios, 
por onde passava um fio de aço nº 0,3 mm, na forma de uma alça, conforme Figura 
4.9,  contornando  o  cilindro  de  cimento  resinoso,  junto  à  superfície  de  cerâmica, 
transmitia a carga até que ocorresse a ruptura da união adesiva. 
 

1 cm 

 
Figura 4.9­ Demonstração do fio de aço posicionado para o ensaio de cisalhamento. 
 
 
  Após a realização dos ensaios de cisalhamento, as superfícies dos corpos de 
prova  foram  examinadas  em  microscópio  óptico  (Leica)  com  20  vezes  de  aumento 
para  determinação  do  padrão  de  falha  na  interface  cerâmica/cimento  resinoso: 
adesiva, coesiva ou mista. 
 
 
  59 

4.2.9 Análise estatística 
Os  valores  numéricos  obtidos  para  a  rugosidade  média  e  de  resistência  de 
união  das  amostras  foram  submetidos  a  análise  de  variância  um  critério,  ANOVA. 
Após  esta  avaliação,  os  dados  foram  submetidos  ao  teste  de  Tukey,  para 
comparação múltipla entre os grupos, com nível de significância de 5%. 
A  análise  estatística  foi  realizada  empregando­se  o  programa  estatístico 
ASSISTAT (versão 7.7 beta). 
 

 
 
   
60 

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
5.1 VITROCERÂMICA DE DISSILICATO DE LÍTIO – E.MAX PRESS 
5.1.1 Tratamento de superfície variando a concentrações do ácido 
De acordo com os trabalhos de Guerra et al.(41); Della Bona(62) e Hooshmand 
et  al.(74)  quando  a  solução  de  ácido  fluorídrico  foi  aplicada  sobre  a  superfície  da 
vitrocerâmica e.max press ocorreu a formação de microporosidades na superfície da 
cerâmica, devido à dissolução da fase vítrea e projeção dos cristais de dissilicato de 
lítio.  Neste  estudo,  os  resultados  mostraram  que  esta  nova  condição  da  superfície 
da cerâmica levou a um melhor embricamento micro mecânico entre a vitrocerâmica 
e o agente cimentante resinoso. 
Comparando a Figura 5.1 com as Figuras  5.2 e 5.3, pode­se observar que o 
condicionamento  com  ácido  fluorídrico,  tanto  a  5%  quanto  a  10%,  promoveu 
alteração  na  morfologia  da  superfície  da  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio.    Segundo 
Spohr  et  al.(60),  Filho  et  al.(32);  Garofalo(20);  Kina    e  Brugera(14)  e  Belli  et  al.(28)  a 
modificação  na  morfologia  da  superfície  da  cerâmica  e.max  press,  após 
condicionamento  com  HF  nas  concentrações  de  5  e  10%,  ocorreu  devido  a 
capacidade  da  solução  de  ácido  em  dissolver  a  fase  vítrea,  expondo  os  cristais  de 
dissilicato  de  lítio,  que  sobressaem  desta  matriz.  Essa  irregularidade  superficial 
promoveu  o  aumento  da  superfície  de  contato,  melhorando  o  embricamento  micro 
mecânico entre o agente cimentante e a superfície tratada da cerâmica. 
Estudos  de  Della  Bona  e  Anusavice(5),  Saavedra  et  al.(72)  e  Zogheib  et  al.(73) 
mostraram  também  que  a  concentração  do  ácido  influenciou  na  morfologia  da 
superfície após condicionamento. Addison et al.(27) relataram que o condicionamento 
da superfície das cerâmicas é um processo dinâmico e depende da constituição do 
substrato  do  material,  da  topografia  da  superfície,  da  concentração  do  ácido  e  do 
tempo  de  aplicação.  As  micrografias  deste  estudo  mostraram  que  as  amostras 
condicionadas  com  HF  a  10%  (Figura  5.2)  os  cristais  de  dissilicato  de  lítio  se 
apresentaram  mais  evidentes,  sobressaindo  da  matriz  vítrea,  quando  comparadas 
com as amostras condicionadas com HF a 5% (Figura 5.3).  
 
 
 
 
 
 
 
  61 

 
Figura  5.1­  Micrografia  mostrando  o  grupo  controle,  sem  tratamento  da  Cerâmica 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  da  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, 
tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
 
  

 
Figura  5.2­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  10%,  da  Cerâmica 
de dissilicato de lítio, e.max press. Imagem do MEV no modo de elétrons secundários, 
tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
  62 

 
Figura 5.3­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, da Cerâmica de 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press.  Imagem  obtida  do  MEV  no  modo  de  elétrons 
secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
De acordo com as Figuras 5.4, 5.5 e 5.6, e em consonância com os estudos 
de  Panah  et  al.,(102)  e  Naves  et  al.,(119)  o  tratamento  da  superfície  da  cerâmica  de 
dissilicato  de  lítio  com  a  aplicação  da  solução  de  ácido  fluorídrico,  tanto  na 
concentração  de  5%,  quanto  10%  possibilitou  modificações  na  matriz  da 
vitrocerâmica  e.max  press,  promovendo  alteração  na  topografia  da  cerâmica, 
aumentando a rugosidade e consequentemente da superfície de contato. 

 
Figura  5.4­  Imagem  mostrando  a  topografia  da  superfície  da  cerâmica  de 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press  sem  tratamento.  Imagem  obtida  no 
microscópio confocal. 
 
  63 

 
Figura 5.5­ Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de 
dissilicato de lítio, e.max press condicionada com HF 10%. Imagem obtida 
no microscópio confocal. 
 

 
Figura  5.6­  Imagem  mostrando  a  topografia  da  superfície  da  cerâmica  de 
dissilicato  de  lítio,  e.max  press  condicionada com  HF  5%.  Imagem  obtida 
no microscópio confocal. 
 
Quando  a  cerâmica  e.max  press  foi  condicionada  com  solução  de  ácido 
fluorídrico  nas  concentrações  de  5  e  10%,  os  valores  de  rugosidade  média  (Ra) 
aumentou  para  as  duas  concentrações  do  ácido,  quando  comparados  com  o 
controle, conforme a Tabela 5.1. Estes resultados estão de acordo com os estudos 
de  Della  Bona e  Anusavice(5),  Nagai  et  al.(100),  Kiyan  et  al.(101)  e   Panah  et  al.(102)  e 
este  aumento  da  rugosidade  ocorreu  devido  à  capacidade  da  solução  do  ácido 
 
  64 

fluorídrico em dissolver a fase vítrea, promovendo porosidades que podem variar de 
5  a  20  µm  de  profundidade.  Entretanto,  a  variação  na  concentração  do  ácido  não 
alterou a rugosidade média da superfície desta cerâmica, pois os valores de Ra das 
amostras  condicionadas  com  ácido  fluorídrico  a  5%  e  10%  foram  iguais 
estatisticamente.   
Estas irregularidades são responsáveis pelo embricamento mecânico entre o 
cimento resinoso e a vitrocerâmica, que segundo Jardel et al.(23); Luthardt et al.,(59); 
Meyer Filho et al.,(64); Nagayassu et al.,(61); Della Bona,(62); Fabianelli et al.,(83) isso se 
deve  ao  aumento  da  energia  de  superfície  e  o  ângulo  de  contato  entre  sólido  e 
líquido é reduzido, o que faz aumentar o trabalho de adesão. 
 
Tabela  5.1­  Média  dos  valores  da  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da  cerâmica  e.max  press,  sem 
tratamento e condicionadas com HF a 5 e 10%. 
  Controle  HF 5%  HF 10% 
Média (µm)  b  a  a 
0,42  1,96  1,97 
Desvio padrão  0,006  0,06  0,05 
N  12  108  108 
 
Conforme  a  Tabela  5.2,  após  o  ensaio  de  cisalhamento,  os  resultados 
mostraram  que  a  resistência  de  união  da  vitrocerâmica  e.max  press  ao  cimento 
resinoso  aumentou,  tanto  nas  amostras  condicionadas  com  solução  de  ácido 
fluorídrico a 5%, quanto a 10%, quando comparadas com o grupo controle.  
 
Tabela  5.2­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística (letras iguais, sem diferença estatística) da cerâmica e.max press sem tratamento 
e condicionadas com HF a 5 e 10%. 
  Controle  HF 5%  HF 10% 
Média (MPa)  c  b  a 
17  29  30 
Desvio padrão  1,38  2,40  2,19 
N  12  108  108 
 
Estes  resultados  confirmaram  que  a  alteração  na  topografia  e  aumento  da 
rugosidade da superfície do material cerâmico, causados pelo tratamento superficial 
com  HF  a  5%  e  10%,  aumentam  o  embricamento  micro  mecânico  e 
consequentemente  a  força  de  união  entre  o  agente  cimentante  e  o  material 
 
  65 

restaurador cerâmico. Estes resultados estão de acordo com os trabalhos de Borges 
et al.(10); Meyer Filho et al.(64); Melo et al.(18); Haddad et al.(19); Spohr(60); Nagayassu 
et al.(61); Belli(28); Nagai et al.(100); Kiyan et al.(101); Panah et al.(102); Fabianelli et al.(83). 
Neste  estudo  (Tabela  5.2),  na  vitrocerâmica  e.max  press,  as  amostras 
condicionadas  com  solução  de  ácido  fluorídrico  a  10%  apresentaram  maiores 
valores de resistência de união que as condicionadas com a solução do ácido a 5%, 
conforme  trabalhos  de  Carvalho  et  al.(63)  e  Fabianelli  et  al.(83),  que  preconizam  a 
utilização  do  ácido  fluorídrico  a  10%  para  condicionamento  da  superfície  da 
cerâmica  a  base  de  dissilicato  de  lítio.  Adddison  et  al.(27),  verificaram  que  o 
condicionamento  com  ácido  fluorídrico  nas  vitrocerâmicas  promove  dissolução 
seletiva das partículas cristalinas em relação a fase vítrea. Verificaram também que 
esta  seletividade  da  dissolução  destas  fases  é  dependente  da  concentração  do 
ácido.  Spohr(60)  e  Hooshmand  et  al.(74)  observaram  que  a  projeção  dos  cristais  de 
dissilicato  de  lítio,  que  sobressaem  da  matriz  vítrea  são  responsáveis  pelo 
embricamento mecânico entre o cimento resinoso e a cerâmica. A adesão mecânica 
associada  à  adesão  química,  obtida  pela  utilização  do  silano,  resulta  em  alta 
resistência de união entre os componentes das restaurações cerâmicas, de acordo 
com  trabalhos de  Jardel et  al.,(23);  Meyer­Filho  et  al.(64);  Nagai et al.(100)  e  Panah et 
al.(102). 
 
5.1.2  Tratamento  de  superfície  variando  o  tempo  de  condicionamento  com 
soluções de ácido fluorídrico de 5% e 10%. 
Trabalhos de Addison et al.(27) e Xiaoping et al.(75) observaram que a variação 
do tempo de aplicação da solução de ácido fluorídrico na superfície da vitrocerâmica 
modifica o resultado do tratamento de superfície deste material, conforme resultados 
deste  estudo.  O  condicionamento  com  ácido  fluorídrico  é  indicado  para  melhorar  a 
resistência  de  união,  porém  trabalhos  de  Hooshmand  et  al.(74)  Addison  et  al.(27); 
Hooshmand  et  al.  (104);  Della  Bona  e  Anusavice  (5);  Saavedra  et  al.(72);  Zogheib  et 
al.(73) relataram que o tempo de condicionamento das cerâmicas é bem controverso 
na  literatura, mas  estudos demonstram  que ao aumentar o  tempo de exposição ao 
ácido durante o condicionamento, os poros e os sulcos tornam­se mais evidentes e 
maiores,  podendo  alterar  o  processo  de  adesão  entre  os  sistemas  adesivos  e  as 
cerâmicas e enfraquecer a estrutura do material. 
 
  66 

De  acordo  com  as  Figuras  5.7  e  5.10,  que  são  referentes  aos  grupos  das 
amostras  tratadas  com  HF  a  5%  e  10%,  respectivamente  e  com  20  s  de 
condicionamento ácido, e mostram os cristais mais agrupados, sugerindo que a fase 
vítrea  e  a  segunda  fase  cristalina  não  foram  totalmente  removidas.  Entretanto,  nas 
amostras  condicionadas  com  HF  a  10%  os  cristais  apresentam­se  mais  expostos, 
quando comparados com as amostras dos grupos condicionados com HF a 5%. As 
imagens  das  amostras  tratadas  com  HF  na  concentração  de  5%    por  40  e  60  s 
(Figuras  5.8  e  5.9)  e  HF  10%  condicionadas  por  40  e  60  s  (Figuras  5.11  e  5.12) 
mostraram  que    a  fase  vítrea  da  vitrocerâmica  foi  removida,  os  cristais  se 
apresentaram mais evidentes e expostos e a superfície com maiores irregularidades, 
portanto,  mais  propícia  ao  embricamento  micro  mecânico,    conforme  trabalhos  de 
Filho  et  al.(32),  que  verificaram  que  o  condicionamento  com  HF  foi  efetivo  para  o 
aumento da resistência de união da cerâmica de dissilicato de lítio.  
 

 
Figura  5.7­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por 20 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. Imagem obtida por MEV no 
modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
  67 

 
Figura  5.8­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por 40 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. Imagem obtida por MEV no 
modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 

 
Figura 5.9­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 5%, condicionada por 
60 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. Imagem obtida por MEV no modo 
de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
 
 
  68 

 
Figura 5.10­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por 20 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. Imagem obtida por MEV no 
modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
 
                                                                                                                                                                                   

 
Figura 5.11­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por 40 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. Imagem obtida por MEV no 
modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
  69 

 
Figura 5.12­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por 60 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. Imagem obtida por MEV no 
modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
Conforme  pode  ser  notado  nas  Tabelas  5.3  e  5.4,  os  valores  de  rugosidade 
média das amostras da vitrocerâmica e.max press condicionadas por 20, 40 e 60 s, 
nas  duas  concentrações  estudadas,  apresentaram  estatisticamente  superiores  ao 
grupo  controle.  As  Tabelas  mostram  também  que  os  tempos  experimentais 
apresentaram o mesmo padrão de rugosidade média, com valores estatisticamente 
iguais, tanto para o condicionamento com  solução de ácido fluorídrico a 5%, quanto 
a 10%. 
 
Tabela  5.3­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da  cerâmica  e.max  press,  sem 
tratamento e condicionadas com HF a 5% nos tempos de 20, 40 e 60 s. 
 
  Controle  20 s  40 s  60 s 
b  a  a  a 
Média (µm)  0,42  1,96 1,97 1,99 

Desvio 
0,006  0,07  0,06  0,06 
padrão  
N  12  36  36  36 
 
 
  70 

Tabela  5.4­  Média  dos  valores  de  rugosidade  (µm),  desvio  padrão  e  análise  estatística 
(letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da  cerâmica  e.max  press,  sem  tratamento  e 
condicionadas com HF a 10% nos tempos de 20, 40 e 60 s. 
 
  Controle  20 seg  40 seg  60 seg 
b  a  a  a 
Média (µm)  0,42  1,97  1,97  1,98 

Desvio 
0,006  0,05  0,05  0,04 
padrão  
N  12  36  36  36 
 
Conforme  as  Figuras  5.13,  5.14  e  5.15,  as  imagens  em  3D  da  superfície  da 
vitrocerâmica e.max press após condicionamento com HF a 5% por 20 s, 40 s e 60 s 
e as Figuras 5.16, 5.17 e 5.18 as imagens em 3D das amostras condicionadas com 
HF  a  10%,  nos  três  tempos  experimentais.  As  imagens  mostram  um  padrão  de 
rugosidade  semelhantes.  Estes  resultados  demonstraram  que  a  superfície  da 
vitrocerâmica e.max press aumenta sua rugosidade média frente a ação da solução 
de ácido fluorídrico a 5 e 10%, o que está de acordo com os trabalhos de Della Bona 
et al.(62); Saraçoglu et al.(70); Saavedra et al.(72); Zogheib et al.(73);  Addison et al.(27) e 
Hooshmand et al.(74).  
Apesar  dos  valores  da  rugosidade  média  não  sofrerem  alteração  com  o 
aumento  no  tempo  de  condicionamento,  a  alteração  na  superfície  da  vitrocerâmica 
condicionada  é  importante  para  o  embricamento  micromecânico  entre  o  agente 
cimentante e a superfície cerâmica (10,18,19,64). 
 
 
  71 

 
Figura  5.13­  Imagem mostrando  a topografia  da  superfície da  cerâmica de  dissilicato 
de  lítio,  e.max  press  condicionada  com  HF  5%  por  20  s.  Imagem  obtida  no 
microscópio confocal. 
 

 
Figura 5.14­ Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de dissilicato de 
lítio,  e.max  press  condicionada  com  HF  5%  por  40  s.  Imagem  obtida  no  microscópio 
confocal. 
 
 
  72 

 
Figura 5.15­ Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de dissilicato de 
lítio,  e.max  press  condicionada  com  HF  5%  por  60  s.  Imagem  obtida  no  microscópio 
confocal. 
 
 

 
Figura 5.16­ Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de dissilicato de 
lítio, e.max press condicionada com HF 10% por 20 s. Imagem obtida no microscópio 
confocal. 
 
 
 
 
  73 

 
Figura 5.17­ Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de dissilicato de 
lítio, e.max press condicionada com HF 10% por 40 s. Imagem obtida no microscópio 
confocal. 
 

 
Figura 5.18­ Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de dissilicato de 
lítio,  e.max  press  condicionada  com  HF  10%  por  60  s.  Imagem  obtida  no  microscópio 
confocal. 
 
As  amostras  condicionadas  com  solução  de  ácido fluorídrico a 5%  em todos 
os  tempos  experimentais  apresentaram  maior  força  de  união  que  as  do  grupo 
controle.  Nesta  concentração  do  ácido,  os  grupos  condicionados  por  20  e  40  s 
apresentaram  os  maiores  valores  de  união  (30,86  MPa  e  30,13  MPa),  conforme 
indicado na Tabela 5.5. 
 
 
  74 

Tabela  5.5­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da  cerâmica  e.max  press,  sem 
tratamento e condicionadas com HF a 5% nos tempos de 20, 40 e 60 s. 
  Controle  20 s  40 s  60 s 
Média (MPa)  c  a  a  b 
17  30  30  27 
Desvio 
1,38  1,91  1,89  2,13 
padrão 
N  12  36  36  36 
 
De  acordo  com  a  Tabela  5.6  os  resultados  dos  grupos  condicionados  nos 
tempos de 20 s, 40 s e 60 s com solução de ácido fluorídrico a 10% apresentaram 
aumento na resistência de união, quando comparados com o grupo controle. Dentre 
esses  grupos,  as  amostras  condicionadas  por  40  s  mostraram  maiores  valores  de 
resistência de união (32,75 MPa). Para os tempos de 20 e 60 s não houve diferença 
estatística entre os valores (30,34 MPa e 29,45 MPa).  
Neste  estudo,  o  condicionamento  com  solução  de  ácido  fluorídrico  10%  por 
40  s  obteve  os  maiores  valores  de  resistência  de  união  em  comparação  as  outras 
concentrações  e  tempos  de  condicionamento  ácido.  A  criação  de  um  padrão  de 
superfície irregular a partir da alteração da microestrutura da cerâmica pelo HF tem 
sido relatada nos  trabalhos de Saraçoglu et al.(70); Fabianelli et al.(83); Belli et al.(28); 
Martins  et  al.(55)  e  Carvalho  et  al.(63).  Della  Bona  e  Anusavice.  (5)  descrevem  que  o 
ataque  do  HF  ocorre  preferencialmente  sobre  as  adjacências  dos  cristais  na 
interface  entre  estes  e  a  fase  vítrea.  A  matriz  vítrea  que  circunda  os  cristais  é 
removida  pela  ação  do  HF,  criando  assim  irregularidades  dentro  dos  cristais  de 
dissilicato  de  lítio.  Addison  et  al.(27)  mostraram  um  aumento  na  rugosidade  de 
superfície  de  uma  cerâmica  a  base  de  dissilicato  de  lítio  com  o  tempo  de 
condicionamento. A dissolução superficial da matriz vítrea e a projeção de cristais na 
superfície da cerâmica foram demonstradas nas Figuras 5.11 e 5.12 deste estudo.  
 
 
 
 
 
 
 
  75 

Tabela 5.6­ Média da resistência de união (MPa), desvio padrão e análise estatística (letras 
iguais, sem diferença estatística) da cerâmica e.max, sem tratamento e condicionadas com 
HF a 10% nos tempos de 20, 40 e 60 s. 
  Controle  20 s  40 s  60 s 
c  b  a  b 
Média (MPa)  17  30  32  29 
Desvio 
1,38  2,06  1,69  1,27 
padrão 
N  12  36  36  36 
 
 Conforme  a  Tabela  5.7,  a  análise  dos  tipos  de  falhas  nas  amostras  após 
cisalhamento,  o  tempo  de  condicionamento  mostrou  que,  as  amostras 
condicionadas por 20 e 40 s, nas duas concentrações do ácido, as falhas foram em 
sua  maioria  adesiva  na  cerâmica  (Ace),  o  que  valida  a  teste  de  cisalhamento 
empregado neste estudo. As amostras condicionadas pelo tempo de 60 s com HF a 
5% apresentaram 39% de falhas coesivas da cerâmica e as amostras condicionadas 
pelo mesmo  tempo,  porém  com  HF a  10% mostraram  em  sua  maioria,  81% falhas 
coesivas de cerâmica (Cce). 
 
Tabela 5.7 – Representação percentual das falhas da cerâmica de dissilicato de lítio e.max 
press, segundo as concentrações de 5% e 10%, nos tempos experimentais de 20 s, 40 s e 
60 s. Ace­ Adesivo na cerâmica, Mce­ci­ Mista cerâmica/cimento e Cce­ Coesiva cerâmica 
 
5%  10% 
  Controle 
20 seg  40 seg  60 seg  20 seg  40 seg  60 seg 

Ace  92%  67%  61%  44%  61%  64%  11% 

M Ace­Aci  8%  33%  39%  17%  39%  36%  8% 

Cce  0  0  0  39%  0  0  81% 

N  12  36  36  36  36  36  36 

 
Existe controvérsias com a relação entre o tempo de condicionamento ácido, 
o  aumento  da  rugosidade  da  superfície  cerâmica  e  a  melhora  na  resistência  de 
união entre o agente cimentante e as vitrocerâmicas.  
Segundo Chen et al.(68); Della Bona, Anusavice(5); Saraçoglu et al.(70); Leite(71); 
Hooshmand  et  al.(74);  Saavedra  et  al.(72);  Zogheib  et  al.(73)  e  Kern    et  al.(6)  em 
trabalhos sobre condicionamento das cerâmicas com solução de HF, ao aumentar o 
 
  76 

tempo  de  exposição  ao  ácido,  os  poros  e  os  sulcos  tornam­se  mais  evidentes  e 
maiores, podendo interferir no processo de adesão entre os sistemas adesivos e as 
cerâmicas, além de enfraquecer a estrutura do material. Neste trabalho, as amostras 
condicionadas com HF a 5% e 10% nos tempos de 20 e 40 s, mostraram os cristais 
expostos e íntegros, conforme Figuras 5.7, 5.8, 5.10 e 5.11. Nas Figuras 5.19 e 5.20 
setas  destacam  a  degradação  dos  cristais  de  dissilicato  de  lítio.  Pode­se  observar 
nestas  micrografias,  que  a  cerâmica  condicionada  com  HF  a  10%  apresenta  os 
cristais com mais soluções de continuidade do que a condicionada com HF a 5%.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
Figura 5.19­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF  5%, 
  condicionada por 60 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
As  setas  indicam  a  destruição  parcial  dos  cristais.  Imagem  obtida  por 
 
MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. As 
  setas indicam os cristais com solução de continuidade. 
 
 
 
 
  77 

 
 
 
 
 
 
 

 
Figura 5.20­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, 
condicionada  por  60  s, da  Cerâmica  de  dissilicato de  lítio,  e.max  press. 
As  setas  indicam  a  destruição  dos  cristais.  Imagem  obtida  por  MEV  no 
mode  de  elétrons  secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  .  As  setas 
indicam os cristais com solução de continuidade. 

A  solução  de  continuidade  dos  cristais,  que  ocorrem  devido  ao  maior  tempo 
de  condicionamento  e  a  maior  concentração  do  ácido,  enfraquecem  a  estrutura  da 
vitrocerâmica de dissilicato de lítio e.max press  (72,73,74). Pois ao analisar os tipos de 
falha, na Tabela 5.7, pode­se observar que nos grupos condicionados com HF a 5 e 
10% pelos tempos de 20 e 40 s, não ocorreram falhas coesivas da cerâmica e.max 
press. Entretanto, para as amostras condicionadas com HF a 5% por 60 s, as falhas 
foram  coesivas  da  cerâmica em  39% das amostras.  Já as  amostras  condicionadas 
com  HF a  10%, este tipo falha atingiu  81%,  o  que demonstra  que  nestes  grupos a 
cerâmica de dissilicato de lítio e.max press ficou fragilizada. Estes resultados estão 
de acordo com os trabalhos de Addison et al.(27) e Xiaoping et al.(75), que observaram 
que o aumento da concentração do ácido fluorídrico e do tempo de condicionamento 
reduziu  a  resistência  a  flexão  das  cerâmicas  e  concluíram  que  existe  uma  clara 
evidencia da relação da modificação das imperfeições da superfície cerâmica a partir 
da concentração do acido e do tempo de condicionamento.  
 
5.1.3 Tratamento de superfície variando a limpeza pós­condicionamento 
Conforme  representado  na  Figura  5.21,  as  amostras  da  vitrocerâmica  e.max 
press condicionadas com  HF a 5% no tempo de 20  s e lavadas em água corrente, 
 
  78 

apresentaram poucos precipitados na superfície da cerâmica. Entretanto, a limpeza 
dos  resíduos  se mostrou mais eficiente nos grupos  esfregados  com  ácido fosfórico 
(Figura 5.22) e limpos com cuba ultrassônica (Figura 5.23).  
 Leite(71);  Magne  e  Cascione  (76)  e  Saavedra  et  al.(72)  observaram  que  os 
precipitados  ácidos  são  observados  no  interior  dos  sulcos  e  dos  canais  formados 
pelo  condicionamento  com  HF.  Esses  precipitados  são  capazes  de  reduzir  a 
resistência  de  união  entre  a  cerâmica  e  materiais  resinosos  quando  não  são 
removidos,  mas  não  existe  um  consenso  na  literatura  quanto  ao  melhor 
procedimento  para  sua  eliminação.  Na  análise  em  MEV  deste  estudo  é  possível 
verificar  a  ausência  dos  precipitados,  formados  após  condicionamento  com  HF, 
quando se utilizou o banho ultrassônico, o que concordam os trabalhos de Peumans 
et al.(79); Leite  (71); Magne e Cascione  (76); Belli et al.(28) e quando se utilizou o ácido 
fosfórico a 37% (28). 
 

 
Figura  5.21­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%, condicionada 
por  20  s  e  lavada  em  água  corrente  da  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max  press. 
Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido.  
 
 
  79 

 
Figura  5.22­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por  20  s  e  esfregada  com  ácido  fosfórico  da  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max 
press. Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 
8 kV. 
 

 
Figura  5.23­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por 20 s e limpas em cuba ultrassônica da cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
  80 

Os  grupos  da  vitrocerâmica  e.max  press  condicionadas  com  HF  a  5%  no 
tempo de 40 s são representadas nas Figuras 5.24, 5.25 e 5.26 e as condicionadas 
com  HF  5%  por  60  s  pelas  Figuras  5.27,  5.28  e  5.29.  As  imagens  mostraram  que 
nos  grupos  onde  as  amostras  foram  somente  lavadas  em  água  corrente, 
apresentaram  alguns poucos precipitados na superfície da cerâmica. Já nos grupos 
das amostras esfregadas com ácido fosfórico e limpas com cuba ultrassônica não se 
observa  nenhum  detrito  na  superfície  cerâmica.  Como  ocorreu  no  grupo 
condicionado por 20  s,  os  cristais  de  dissilicato  de  lítio  se encontram  mais soltos  e 
visíveis  nas  amostras  limpas  em  cuba  ultrassônica  que  nas  demais  formas  de 
limpeza.  
 
 

 
Figura  5.24­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por  40  s  e  lavadas  em água  corrente  da  cerâmica de  dissilicato  de  lítio,  e.max  press. 
Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 
 
  81 

 
Figura  5.25­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por  40  s  e  esfregada  com  ácido  fosfórico  da  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max 
press. Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 
8 kV. 
 
 

 
Figura  5.26­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%, condicionada 
por 40 s e limpas em cuba ultrassônica da cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
  82 

 
Figura  5.27­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%, condicionada 
por 60 s e lavadas em água corrente da cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 
 

 
Figura  5.28­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%, condicionada 
por  60  s  e  esfregada  com  ácido  fosfórico  da  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max 
press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de 
aceleração 8 kV. 
 
  83 

 
 

 
Figura  5.29­  Micrografia  mostrando  o efeito do  tratamento com  HF 5%, condicionada 
por 60 s e limpas em cuba ultrassônica da cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
As  amostras  que  representam  a  vitrocerâmica  e.max  press  condicionadas 
com HF a 10% no tempo de 20  s e lavadas em água corrente, apresentaram mais 
precipitados na superfície da cerâmica do que as amostras condicionadas com HF a 
5% (vide Figura 5.21), conforme indicam as setas da Figura 5.30. Entretanto quando 
as  amostras  foram  esfregadas  com  ácido  fosfórico  (vide  Figura  5.31)  e  limpas  em 
cuba  ultrassônica (vide Figura 5.32), a limpeza dos resíduos se mostrou eficiente e 
não foram observados resíduos do condicionamento.  
 
 
  84 

 
Figura 5.30­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por 20 s e lavadas em água corrente da cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 

 
Figura 5.31­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por  20  s  e  esfregadas  com  ácido  fosfórico  da  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max 
press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de 
aceleração 8 kV 
 
 
  85 

 
Figura 5.32­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por 20 s e limpas em cuba ultrassônica da cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV 
 
Os  grupos  da  vitrocerâmica  e.max  press  condicionadas  com  HF  a  10%  no 
tempo de 40 s, são representadas nas Figuras 5.33, 5.34 e 5.3  e as condicionadas 
com HF 10% por 60  s pelas Figuras 5.36, 5.37 e 5.38. As imagens mostraram que 
nas  amostras  somente  lavadas  em  água  corrente,  por  40  s  (Figura  5.33),  e  60  s 
(Figura  5.36),  apresentaram    mais  precipitados  na  superfície  cerâmica  do  que  nas 
amostras  somente  lavadas  após  condicionamento  com  HF  a  5%  nos  três  tempos 
experimentais (Figuras 5.21, 5.24 e 5.27) e com HF a 10% no tempo de 20 s. O que 
demonstra,  em  conformidade  com  os  trabalhos  de  Addison  et  al.(27)  e  Xiaoping  et 
al.(75),  que  quanto  maior  o  tempo  de  condicionamento  e  a  concentração  do  ácido, 
maior  a  dissolução  da  fase  vítrea  e  cristalina,  gerando  mais  resíduos  deste 
condicionamento na superfície do material.  
Nos  grupos  das  amostras  que  foram  esfregadas  com  ácido  fosfórico  nos 
tempos  de  40  s  e  60  s  (Figuras  5.34  e  5.37),    a  superfície  das  cerâmicas  ficaram 
mais  limpas,  embora  pode­se  observar  alguns  precipitados.  Entretanto,  nas 
amostras limpas em cuba ultrassônica, não se observa nenhum detrito na superfície 
cerâmica e os cristais de dissilicato de lítio se encontram mais soltos e visíveis que 
nas demais formas de limpeza, para os dois tempos experimentais.  
 
 
  86 

 
Figura 5.33­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por 40 s e lavadas em água corrente da cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
As  setas  indicam  os  precipitados  pós  condicionamento  ácido.  As  setas  indicam  os 
precipitados pós condicionamento ácido. 
 

 
Figura 5.34­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por  40  s  e  esfregada  com  ácido  fosfórico  da  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max 
press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de 
aceleração  8  kV.  As  setas  indicam  os  precipitados  pós  condicionamento  ácido.  As 
setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 
  87 

 
Figura 5.35­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por 40 s e limpas em cuba ultrassônica da cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 

 
Figura 5.36­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por 60 s e lavadas em água corrente da cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
As  setas  indicam  os  precipitados  pós  condicionamento  ácido.  As  setas  indicam  os 
precipitados pós condicionamento ácido. 
 
 
  88 

 
Figura 5.37­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por  60  s  e  esfregada  com  ácido  fosfórico  da  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max 
press.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de 
aceleração 8 kV. As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido.  
 

 
Figura 5.38­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por 60 s e limpas em cuba ultrassônica da cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. 
Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
  89 

Conforme  as  Tabelas  5.8  e  5.9,  as  amostras  limpas  em  cuba  ultrassônica 
apresentaram  maiores  valores  de  Ra,  tanto  no  condicionamento  com  HF  a  5%, 
quanto a 10%.  Na concentração de HF a 10%, as amostras  esfregadas com ácido 
fosfórico  obtiveram  maiores  resultados  de  Ra  que  as  lavadas  em  água  corrente, 
entretanto, na concentração de 5%, as amostras somente lavadas e as limpas com 
ácido fosfórico apresentaram valores estatisticamente iguais.  
Neste estudo, a Ra da vitrocerâmica e.max press apresentou maiores valores 
quando as amostras foram limpas em cuba ultrassônica  para as concentrações de 
HF  5%  (2,04µm)  e  10%  (2,01µm).  Entretanto,  para  as  demais  amostras 
condicionadas com HF a 5% não houve diferença entre as outras formas de limpeza, 
lavadas  em  água  e  esfregadas  com  ácido  fosfórico.  Já  as  amostras  condicionadas 
com  HF  a  10%  o  ácido  fosfórico  foi  mais  eficiente  que  a  simples  lavagem  das 
amostras, conforme estudo de Magne e Cascione(76) e Belli et al.(28).  
 
Tabela  5.8­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e  análise 
estatística (letras iguais, sem diferença estatística) da cerâmica e.max press, condicionadas 
com  solução  de  ácido fluorídrico  a 5 %,  lavadas em  água  corrente  (LAV),  esfregadas  com 
ácido fosfórico (AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
 
  Lav  AF  US 
b  b  a
Média (µm)  1,94  1,94  2,04   

Desvio padrão   0,06  0,04  0,04 

N  36  36  36 

 
Tabela  5.9­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e  análise 
estatística (letras iguais, sem diferença estatística) da cerâmica e.max press, condicionadas 
com solução de ácido fluorídrico a 10 %, lavadas em água corrente (LAV), esfregadas com 
ácido fosfórico (AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
 
  Lav  AF  US 
c b  a 
Média (µm)  1,93    1,98  2,01 

Desvio padrão  0,04  0,04  0,02 

N  36  36  36 

 
 
  90 

De acordo com as Tabelas 5.10 e 5.11, a limpeza dos resíduos, provocados 
pelo condicionamento com solução de ácido fluorídrico, não interferiu nos valores da 
resistência  de  união, entre  a  vitrocerâmica e.max  press  e  o  cimento  resinoso, para 
as duas concentrações do ácido. 
 
Tabela  5.10­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística (letras iguais, sem diferença estatística) da cerâmica e.max press, condicionadas 
com  solução  de  ácido fluorídrico  a 5 %,  lavadas em  água  corrente (LAV),  esfregadas  com 
ácido fosfórico (AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
 
  Lav  AF  US 
a  a  a
Média (MPa)  29  29  30   

Desvio padrão   2,87  2,06  2,08 

N  36  36  36 

 
Tabela  5.11­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística (letras iguais, sem diferença estatística) da cerâmica e.max press, condicionadas 
com solução de ácido fluorídrico a 10 %, lavadas em água corrente (LAV), esfregadas com 
ácido fosfórico (AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
 
  Lav  AF  US 
a  a a 
Média (MPa)  31,07  30,61    30,87 

Desvio padrão   2,00  2,43  2,17 

N  36  36  36 

 
Segundo  Leite(71);  Saavedra  et  al.(72)  e  Martins  et  al.(55),  esses  precipitados, 
quando  não  são  removidos,  são  capazes  de  reduzir  a  resistência  de  união  entre  a 
vitrocerâmica  e  os  materiais  cimentantes  resinosos.  Conforme  observado  nas 
micrografias deste estudo, a superfície da vitrocerâmica de dissilicato de lítio e.max 
press  somente  ficou  livre  dos  precipitados,  quando  as  amostras  foram  esfregadas 
com ácido fosfórico ou limpas em cuba ultrassônica. Entretanto o valor de resistência 
de  união  foi  igual  em  todos  os  grupos  avaliados,  mostrando  que  para  esta 
vitrocerâmica,  somente  lavar  em  água  corrente  pelo  tempo  de  30  s,  após  o 
condicionamento  ácido,  foi  suficiente  para  a  adesão  da  cerâmica  e  o  agente 
cimentante  resinoso.  Isso  pode  ser  explicado  pela  pequena  quantidade  de  resíduo 
 
  91 

observado  na  superfície  condicionada  da  cerâmica  à  base  de  dissilicato  de  lítio, 
devido  ao  reduzido  conteúdo  vítreo  desta  cerâmica  e.max  press,  que  segundo 
Guess et al.(12); Martins et al.(55) e Fasbinder et al.(13) é em torno de 30%. As outras 
técnicas  de  limpeza  pós­condicionamento  usadas  neste  estudo  (lavagem  em  água 
corrente e  esfregar com  ácido fosfórico) se comportaram  de  maneira  semelhante e 
não  melhoraram  ou  pioraram  a  resistência  de  união,  o  que  está  de  acordo  com  os 
achados de e Belli et al.(28). 
 
5.2  VITROCERÂMICA  DE  SILICATO  DE  LÍTIO  REFORÇADA  POR  ZIRCÔNIA  – 
SUPRINITY 
 
5.2.1 Tratamento de superfície variando a concentrações do ácido 
De  acordo  com  as  Figuras  5.39,  5.40  e  5.41,  o  condicionamento  com  ácido 
fluorídrico  nas  concentrações  de  10%  (Figura  5.40)  e  5%  (Figura  5.41),  promoveu 
alteração  na  superfície  da  vitrocerâmica  Suprinity,  quando  comparado  com  as 
amostras  sem  tratamento,  conforme  trabalho  de  Sannino  et  al.(17)  (Figura  5.39). 
Neste  estudo,  quando  a  solução  de  ácido  fluorídrico  nas  concentrações  de  5%  e 
10%,  foram  aplicadas  na  superfície  da  vitrocerâmica  Suprinity,  ocorreu  a  formação 
de  micro  porosidades  na  superfície  da  cerâmica,  e  conforme  a  vitrocerâmica  de 
dissilicato de lítio, esta modificação superficial foi devido à dissolução da fase vítrea 
e  projeção  dos  cristais  de  silicato  de  lítio.  A  alteração  morfológica  gerada  pelo 
condicionamento ácido, conforme comparação da Figura 5.39 com as Figuras 5.40 e 
5.41,  criou  um  padrão  topográfico  na  superfície  da  vitrocerâmica  Suprinity,  que 
favorece a retenção micro mecânica entre a cerâmica e o agente cimentante. 
 
 
  92 

 
Figura  5.39­  Micrografia  mostrando  o  grupo  controle,  sem  tratamento  da  Cerâmica 
silicato de lítio reforçada por zircônia, Suprinity. Imagem do MEV no modo de elétrons 
secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 

 
Figura 5.40­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, da Cerâmica 
de  silicato  de  lítio  reforçada  por  zircônia,  Suprinity.  Imagem  do  MEV  no  modo  de 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
  93 

 
Figura  5.41­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  da  Cerâmica 
de  silicato  de  lítio  reforçada  por  zircônia,  Suprinity.  Imagem  do  MEV  no  modo  de 
elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
Conforme  representadas  nas  Figuras  5.42,  5.43  e  5.44,  o  tratamento  da 
superfície da cerâmica de silicato de lítio reforçada com zircônia após aplicação da 
solução de ácido fluorídrico, tanto na concentração de 5%, quanto 10%  possibilitou 
modificações  na  matriz  desta  vitrocerâmica  Suprinity,  promovendo  modificação 
topográfica  na  superfície  da  cerâmica,  aumentando  a  rugosidade  e 
consequentemente  da  superfície  de  contato  conforme  as  imagens  obtidas  na 
microscopia confocal das amostras sem tratamento, condicionadas com HF a 10% e 
HF  a  5%.  Esta  modificação  da  superfície  da  vitrocerâmica  Suprinity  se  deve  a 
dissolução  do  componente  vítreo  e  exposição  dos  cristais. O  que se  assemelha  ao 
condicionamento  da  vitrocerâmica  e.max  press.  Entretanto,  por  ser  um  material 
introduzido  no  mercado  recentemente,  não  existem  estudos  sobre  a  microestrutura 
desta vitrocerâmica. 
 
 
  94 

 
Figura 5.42­ Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de silicato de 
lítio reforçado por zircônia, Suprinity, sem tratamento de superfície. Imagem obtida no 
microscópio confocal. 
 

 
Figura 5.43­ Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de silicato de 
lítio reforçado por zircônia, Suprinity, condicionada com HF a 10%. Imagem obtida no 
microscópio confocal. 
 
 
  95 

 
Figura  5.44­  Imagem  mostrando  a  topografia  da  superfície  da  cerâmica  de  silicato  de 
lítio  reforçado  por  zircônia,  Suprinity,  condicionada  com  HF  a  5%.  Imagem  obtida  no 
microscópio confocal. 
 
Quando a vitrocerâmica de silicato de lítio reforçada com zircônia Suprinity foi 
condicionada com solução de ácido fluorídrico nas concentrações de 5% e 10%, os 
valores  de  rugosidade  média  (Ra)  aumentaram  para  as  duas  concentrações  do 
ácido,  quando  comparados  com  o  controle,  conforme  a  Tabela  5.12.  Entretanto,  a 
concentração do ácido não alterou a rugosidade média da superfície desta cerâmica, 
pois  a  Ra  das  amostras  condicionadas  com  ácido  fluorídrico  a  5%  e  10%  foram 
iguais estatisticamente. 
Este  aumento  na  rugosidade  média  da  vitrocerâmica  Suprinity,  após 
condicionamento  ácido,  é  responsável  pelo  maior  embricamento  mecânico  entre  o 
cimento  resinoso  e  a  vitrocerâmica,  o  que  faz  aumentar  a  resistência  de  união  , 
conforme estudos de outras cerâmicas utilizadas em Odontologia (23,59,61,62,64,83) 
 
Tabela  5.12­  Média  dos  valores  de  rugosidade  (µm),  desvio  padrão  e  análise  estatística 
(letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da  cerâmica  Suprinity,  sem  tratamento  e 
condicionadas com ácido fluorídrico a 5 e 10%. 
  Controle  HF 5%  HF 10% 
Média (µm)  b  a  a 
0,36  2,01  2,03 
Desvio padrão  0,004  0,07  0,09 
N  12  108  108 
 
 
  96 

 De  acordo  com  o  demonstrado  na  Tabela  5.13,  os  resultados  do  ensaio  de 
cisalhamento,  em  que  as  amostras  condicionadas  com  HF  a  5%  e  10%, 
apresentaram  maiores  valores  de  resistência  de  união  que  as  do  grupo  controle. 
Estes resultados mostram que a exposição dos cristais e o aumento da rugosidade 
média da superfície do material cerâmico, causados pelo tratamento superficial com 
HF a 5% e 10%, aumentam o embricamento micromecânico e consequentemente a 
força  de  união  entre  o  agente  cimentante  e  o  material  restaurador  cerâmico.  Este 
tratamento  da  superfície  de  cerâmicas  ácido  sensível  está  de  acordo  com  os 
trabalhos  de  Meyer  Filho  et  al.(64);  Melo  et  al.(18);  Haddad  et  al.(19);  Jardel  et  al.(23); 
Luthardt  et  al.(59);  Nagai  et  al.(100);  Kiyan  et  al.(101);  Fabianelli  et  al.(83).  Entretanto,  a 
variação das concentrações do ácido não influenciou nestes valores de união, pois a 
média  da  resistência  de  união  das  amostras  condicionadas  com  HF  a  5%  (26,41 
MPa) foi igual estatisticamente que as condicionadas com HF a 10% (26,86 MPa). 
 
Tabela  5.13­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística (letras iguais, sem diferença estatística) da cerâmica Suprinity sem tratamento e 
condicionadas com ácido fluorídrico a 5% e 10%. 
 
  Controle  HF 5%  HF 10% 
b  a  a 
Média (MPa)  17  26  26 

Desvio padrão   1,28  1,63  2,15 


N  12  108  108 
 
5.2.2  Tratamento  de  superfície  variando  o  tempo  de  condicionamento  com 
soluções de ácido fluorídrico de 5% e 10%. 
As micrografias representadas nas Figuras 5.45, 5.46 e 5.47 são as amostras 
condicionadas com HF a 5% nos tempos 20 s, 40 s e 60 s e nas Figuras 5.48, 5.49 e 
5.50  as  amostras  condicionadas  com  HF  a  10%  nos  tempos  20  s,  40  s  e  60  s, 
respectivamente.  De  acordo  com  as  imagens  (Figuras  5.45,  5.46  e  5.47)  houve 
dissolução  da  fase  vítrea  e  exposição  dos  cristais,  deixando  a  superfície  da 
vitrocerâmica  com  uma  textura  semelhante  para  os  três  tempos  experimentais  e 
para as duas concentrações do ácido. 
 
 
  97 

 
Figura  5.45­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por  20  s,  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem 
obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 

 
Figura  5.46­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%, condicionada 
por  40  s,  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem 
obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
 
  98 

 
Figura  5.47­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%, condicionada 
por  60  s,  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem 
obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 

 
Figura 5.48­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por  20  s,  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem 
obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
 
  99 

 
Figura 5.49­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por  40  s,  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem 
obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 

 
Figura 5.50­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por  60  s,  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity.  Imagem 
obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
Conforme  demonstrado  nas  Tabelas  5.14  e  5.15,  os  valores  de  rugosidade 
média das amostras da vitrocerâmica Suprinity condicionadas por 20, 40 e 60 s, nas 
 
  100 

duas concentrações estudadas, apresentaram estatisticamente superiores ao grupo 
controle.  As  Tabelas  mostram  também  que  o  aumento  do  tempo  de 
condicionamento,  aumentou  os  valores  de  Ra.  Entretanto,  as  amostras 
condicionadas  nos  tempos  de  40  s  e  60  s  apresentaram  valores  estatisticamente 
iguais, tanto para o condicionamento com  solução de ácido fluorídrico a 5%, quanto 
a 10%. 
 
Tabela  5.14­  Média  da  rugosidade  (µm),  desvio  padrão  e  análise  estatística  (letras  iguais, 
sem diferença estatística) da cerâmica Suprinity, sem tratamento e condicionadas com ácido 
fluorídrico a 5% nos tempos de 20, 40 e 60 s. 
 
  Controle  20 seg  40 seg  60 seg 
Média (µm)  c  b  a  a 
0,36  1,95  2,02  2,06 
Desvio 
0,004  0,05  0,07  0,06 
padrão 
N  12  36  36  36 
 
Tabela  5.15­  Média  da  rugosidade  (µm),  desvio  padrão  e  análise  estatística  (letras  iguais, 
sem diferença estatística) da cerâmica suprinity, sem tratamento e condicionadas com ácido 
fluorídrico a 10% nos tempos de 20, 40 e 60 s. 
 
  Controle  20 seg  40 seg  60 seg 
Média (µm)  c  b  a  a 
0,36  1,98  2,04  2,06 
Desvio 
0,004  0,11  0,07  0,07 
padrão 
N  12  36  36  36 
 
São representadas nas Figuras 5.51, 5.52 e 5.53, as imagens em 3D, obtidas 
na  microscopia  confocal  da  superfície  da  vitrocerâmica  Suprinity,  após 
condicionamento  com HF a  5%  nos  três  tempos experimentais e  nas  Figuras  5.54, 
5.55  e  5.56  as  imagens  das  amostras  condicionadas  com  HF  a  10%.  As  imagens 
mostram  um  padrão  de  rugosidade  semelhantes.  Estes  resultados  demonstraram 
que a superfície da vitrocerâmica Suprinity aumenta os valores de Ra, frente a ação 
da solução de ácido fluorídrico a 5 e 10% 
 
 
  101 

 
Figura  5.51­  Imagem  mostrando  a  topografia  da  superfície  da  cerâmica  de  silicato  de 
lítio  modificado  com  zircônia,  Suprinity  condicionada  com  HF  5%  por  20  s.  Imagem 
obtida no microscópio confocal. 
.  

 
Figura 5.52­ Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de silicato de 
lítio  modificado  com  zircônia,  Suprinity  condicionada  com  HF  5%  por  40  s.  Imagem 
obtida no microscópio confocal. 
 
 
  102 

 
Figura  5.53­  Imagem  mostrando  a  topografia  da  superfície  da  cerâmica  de  silicato  de 
lítio  modificado  com  zircônia,  Suprinity  condicionada  com  HF  5%  por  60  s.  Imagem 
obtida no microscópio confocal. 
 
 
 
 

 
Figura  5.54­  Imagem  mostrando  a  topografia  da  superfície  da  cerâmica  de  silicato  de 
lítio  modificado  com  zircônia,  Suprinity  condicionada  com  HF  5%  por  20  s.  Imagem 
obtida no microscópio confocal. 
 
 
  103 

 
Figura  5.55­  Imagem  mostrando  a  topografia  da  superfície  da  cerâmica  de  silicato  de 
lítio  modificado  com  zircônia,  Suprinity  condicionada  com  HF  5%  por  40  s.  Imagem 
obtida no microscópio confocal. 
 
 

 
Figura 5.56­ Imagem mostrando a topografia da superfície da cerâmica de silicato de 
lítio  modificado  com  zircônia,  Suprinity  condicionada  com  HF  5%  por  60  s.  Imagem 
obtida no microscópio confocal. 
 
 
  104 

De acordo com as Tabelas 5.16 e 5.17, a resistência de união das amostras 
condicionadas  com  HF  a  5%  e  a  10%  foi  superior  ao  grupo  controle.  Entretanto,  o 
maior  tempo  de  condicionamento  foi  mais  efetivo  para  as  amostras  condicionadas 
com  HF  a  10%,  pois  as  amostras  condicionadas  por  40  e  60  s  apresentaram 
maiores valores de resistência de união. No condicionamento com HF a 5% o maior 
valor foi obtido nas amostras tratadas pelo tempo de 40 s. 
 
Tabela  5.16­  Média  dos  valores  da  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística (letras iguais, sem diferença estatística) da cerâmica de silicato de lítio reforçada 
com  zircônia,  Suprinity,  sem  tratamento  e  condicionadas  com  ácido  fluorídrico  a  5%  nos 
tempos de 20, 40 e 60 s. 
  Controle  20 seg  40 seg  60 seg 
Média (MPa)  c  b  a  b 
17  25  27  26 
Desvio 
1,28  1,36  1,51  1,61 
padrão 
N  12  36  36  36 
 
 
Tabela  5.17­  Média  dos  valores  da  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística (letras iguais, sem diferença estatística) da cerâmica de silicato de lítio reforçada 
com  zircônia,  Suprinity,  sem  tratamento  e  condicionadas  com  ácido  fluorídrico  a  10%  nos 
tempos de 20, 40 e 60 s. 
 
  Controle  20 seg  40 seg  60 seg 
Média (MPa)  c  b  a  a 
17  25  27  28 
Desvio 
1,28  1,64  1,47  2,43 
padrão 
N  12  36  36  36 
 
Este trabalho mostrou que para a vitrocerâmica de dissilicato de lítio reforçada 
com  zircônia,  conforme  apresentado  na  Tabela  5.18,  os  tipos  de  falhas  que 
ocorreram  após  ensaio  de  cisalhamento,  mostraram  que  na  vitrocerâmica  Suprinity 
as falhas foram adesivas, na sua maioria e mistas, não apresentando nenhuma falha 
coesiva  da  cerâmica.  Estes  resultados  mostram  que  na  cerâmica  Suprinity,  o 
aumento  do  tempo  não  enfraqueceu  a  estrutura  do  material,  como  aconteceu  na 
vitrocerâmica  e.max  press  conforme  este  estudo  e  trabalhos  de  Canay  et  al.(69); 
Della Bona et al.(45); Saavedra et al.(72) e Zogheib et al.(73), em que aumentar o tempo 
 
  105 

de exposição do ácido durante o condicionamento das vitrocerâmicas, leva a maior 
destruição  do  componente  cristalino  e  os  poros  e  sulcos  tornam­se  mais evidentes 
na  superfície  da  cerâmica,  o  que  modifica  o  processo  de  adesão  entre  à 
vitrocerâmica e fragiliza a estrutura do material. 
 
Tabela 5.18 – Representação percentual das falhas da cerâmica de silicato de lítio reforçada 
com zircônia, Suprinity, segundo as concentrações de 5% e 10%, nos tempos experimentais 
de  20  s,  40  s  e  60  s.  Ace­  Adesivo  na  cerâmica,  M  Ace­Cci­  Mista  Adesiva  cerâmica  / 
Coesiva cimento e Cce­ Coesiva cerâmica 
 
5%  10% 
  Controle 
20 seg  40 seg  60 seg  20 seg  40 seg  60 seg 

Ace  75%  69%  69%  72%  69%  67%  67% 

M Ace­Cci  25%  31%  31%  28%  31%  33%  33% 

Cce  0  0  0  0  0  0  0 

N  12  36  36  36  36  36  36 

 
 
5.2.3 Tratamento de superfície variando a limpeza pós­condicionamento 
São  representadas  nas  Figuras  5.57,  5.58  e  5.59,  a  vitrocerâmica  Suprinity 
condicionadas  com  HF  a  5%    e  as  Figuras  5.60,  5.61  e  5.62  com  HF  a  10%  no 
tempo de 20 s, lavadas em água corrente, esfregadas com ácido fosfórico e limpas 
em  cuba  ultrassônica.  As  setas  indicam  precipitados  provenientes  do 
condicionamento  ácido,  em  que  as  amostras  somente  lavadas  em  água  corrente  
mostraram  mais  resíduos  na  superfície  cerâmica  do  que  as  demais.  A  limpeza  em 
cuba  ultrassônica,  não  mostrou  resíduos,  portanto    foi  a  forma  mais  eficaz  de 
remoção dos precipitados pós condicionamento da vitrocerâmica Suprinity, nas duas 
concentrações do ácido. 
 
 
  106 

 
Figura  5.57­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por  20  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, tensão 
de  aceleração  8  kV.  As  setas  indicam  resíduos  do  condicionamento  ácido.  As  setas 
indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 
 

 
Figura  5.58­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por 20 s e esfregada com ácido fosfórico da Cerâmica de silicato de lítio reforçada com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 
  107 

 
Figura  5.59­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por  20  s  e  limpa  em  cuba  ultrassônica  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio reforçada  com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. 
 

 
Figura 5.60­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por  20  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com 
zircônia, Suprinity. Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 
 
  108 

 
Figura 5.61­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por  20  s  e  esfregadas  com  ácido  fosfórico  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada 
com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, 
tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas  indicam  os  precipitados  pós  condicionamento 
ácido. 
 

 
Figura 5.62­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por 20 s e limpas em cuba ultrassônica da Cerâmica de silicato de lítio reforçada com 
zircônia, Suprinity. Imagem obtida por MEV  no modo de elétrons secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. 
 
 
  109 

São  representadas  nas  Figuras  5.63  5.64  e  5.65,  a  vitrocerâmica  Suprinity 


condicionadas  com  HF  a  5%    e  nas  Figuras  5.66,  5.67  e  5.68  com  HF  a  10%.  O 
tempo  de  condicionamento  de  40  s,  lavadas  em  água  corrente,  esfregadas  com 
ácido  fosfórico  e  limpas  em  cuba  ultrassônica.  As  setas  indicam  precipitados 
provenientes  do  condicionamento  ácido.  As  amostras  condicionadas  por  40  s 
apresentaram  mais  resíduos  na  superfície  do  que  as  condicionadas  por  20  s.  Foi 
observado também que as amostras somente lavadas em água corrente  mostraram 
mais  resíduos  que  as  esfregadas  com  ácido  fosfórico.  A  limpeza  em  cuba 
ultrassônica, não mostrou resíduos na superfície, nas duas concentrações do ácido. 
Portanto, a cuba ultrassônica  foi a forma mais eficaz de remoção dos precipitados 
pós condicionamento da vitrocerâmica Suprinity. 
 

 
Figura  5.63­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%, condicionada 
por  40  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com 
zircônia, Suprinity. Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 
 
 
  110 

 
Figura  5.64­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por 40 s e esfregada com ácido fosfórico da Cerâmica de silicato de lítio reforçada com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 

 
Figura  5.65­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por 40 s e limpas em cuba ultrassônica da Cerâmica de silicato de lítio reforçada com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. 
 
 
 
  111 

 
Figura 5.66­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por  40  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 

 
Figura 5.67­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por 40 s e esfregada com ácido fosfórico da Cerâmica de silicato de lítio reforçada com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, tensão 
de aceleração 8 kV.  As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 
 
 
  112 

 
 
 

 
Figura 5.68­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por 40 s e limpas em cuba ultrassônica da Cerâmica de silicato de lítio reforçada com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, tensão 
de aceleração 8 kV.  
 
São  representadas  nas  Figuras  5.69  5.70  e  5.71,  a  vitrocerâmica  Suprinity 
condicionadas  com  HF  a  5%    e  nas  Figuras  5.72,  5.72  e  5.73  com  HF  a  10%  no 
tempo de 60 s, lavadas em água corrente, esfregadas com ácido fosfórico e limpas 
em  cuba  ultrassônica.  As  setas  indicam  precipitados  provenientes  do 
condicionamento  ácido.  As  amostras  condicionadas  por  60  s  apresentaram  mais 
resíduos na superfície do que as condicionadas por 20 e 40 s. Observou­se também, 
que  as  amostras  somente  lavadas  em  água  corrente    deixaram  mais  resíduos  que 
as  esfregadas  com  ácido  fosfórico,  entretanto,  com  o  condicionamento  com  HF  a 
10%,  as  remoção  dos  precipitados  com  ácido  fosfórico  não  foi  tão  efetivo,  pois 
observou­se  mais  resíduos  neta  imagem.    A  limpeza  com  cuba  ultrassônica,  não 
mostrou  resíduos  na  superfície,  nas  duas  concentrações  do  ácido.  Portanto,  neste 
tempo  de  60  s  de  condicionamento,  a  cuba  ultrassônica  também  foi  a  forma  mais 
eficaz de remoção dos precipitados pós condicionamento da vitrocerâmica Suprinity. 
 
 
  113 

 
Figura  5.69­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%, condicionada 
por  60  s  e  lavadas  em  água  corrente  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com 
zircônia, Suprinity. Imagem obtida por MEV no modo de elétrons secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 

 
Figura  5.70­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por 60 s e esfregada com ácido fosfórico da Cerâmica de silicato de lítio reforçada com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 
 
 
  114 

 
Figura  5.71­  Micrografia  mostrando  o  efeito  do  tratamento  com  HF  5%,  condicionada 
por  60  s  e  limpa  em  cuba  ultrassônica  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio reforçada  com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. 
 

 
Figura 5.72­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por  60  s  e  lavada  em  água  corrente  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. As setas indicam os precipitados pós condicionamento ácido. 
 
 
 
  115 

 
Figura 5.73­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por  60  s  e  esfregada  com  ácido  fosfórico  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada 
com  zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, 
tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas  indicam  os  precipitados  pós  condicionamento 
ácido. 
 

 
Figura 5.74­ Micrografia mostrando o efeito do tratamento com HF 10%, condicionada 
por  60  s  e  limpa  em  cuba  ultrassônica  da  Cerâmica  de  silicato  de  lítio reforçada  com 
zircônia,  Suprinity.  Imagem  obtida  por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários, tensão 
de aceleração 8 kV. 
 
 
  116 

Neste  estudo,  as  amostras  condicionadas  com  solução  de  ácido  fluorídrico 
nas concentrações de 5% e 10% nos três tempos experimentais, e nas três formas 
de  limpeza  da  superfície,  as  imagens  mostraram  que  houve  dissolução  da  fase 
vítrea  e  consequente  exposição  dos  cristais.  Entretanto,  as  amostras  limpas  em 
cuba  ultrassônica  mostraram  os  cristais  mais  expostos  e  evidentes,  portanto  mais 
propícios ao embricamento micromecânico.  
Conforme  as  Tabelas  5.19  e  5.20,  os  resultados  mostraram  as  amostras 
esfregadas  com  ácido  fosfórico  apresentaram  maiores  valores  de  Ra,  ficando  as 
amostras lavadas em água corrente e as limpas em cuba ultrassônica sem diferença 
estatisticamente significante, tanto no condicionamento com HF a 5%, quanto a 10%. 
 
Tabela  5.19­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da  cerâmica  Suprinity,  condicionadas 
com  solução  de  ácido fluorídrico  a 5 %,  lavadas em  água  corrente (LAV),  esfregadas  com 
ácido fosfórico (AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
 
  Lav  AF  US 
b  a  b
Média (µm)  1,96  2,08  2,00   

Desvio padrão   0,06  0,06  0,04 

N  36  36  36 

 
Tabela  5.20­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da  cerâmica  Suprinity,  condicionadas 
com solução de ácido fluorídrico a 10 %, lavadas em água corrente (LAV), esfregadas com 
ácido fosfórico (AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
 
  Lav  AF  US 
b a  b 
Média (µm)  1,96    2,14  1,99 

Desvio padrão  0,08  0,04  0,03 

N  36  36  36 

 
De acordo com as Tabelas 5.21 e 5.22, a limpeza dos resíduos, provocados 
pelo condicionamento com solução de ácido fluorídrico, não interferiu nos valores da 
resistência  de  união,  entre  a  vitrocerâmica  Suprinity  e  o  cimento  resinoso,  para  as 
duas concentrações do ácido. 
 
  117 

Tabela  5.21  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da  cerâmica  Suprinity,  condicionadas 
com  solução  de  ácido fluorídrico  a 5 %,  lavadas em  água  corrente (LAV),  esfregadas  com 
ácido fosfórico (AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
 
  Lav  AF  US 
a  a  a
Média (MPa)  26  25  26   

Desvio padrão   1,52  1,69  1,63 

N  36  36  36 

 
Tabela  5.22­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  da  cerâmica  Suprinity,  condicionadas 
com solução de ácido fluorídrico a 10 %, lavadas em água corrente (LAV), esfregadas com 
ácido fosfórico (AF) e limpas com cuba ultrassônica (US). 
 
  Lav  AF  US 
a  a a 
Média (MPa)  27  26    27 

Desvio padrão   2,55  1,25  2,07 

N  36  36  36 

 
Flor  et  al.(103);  Leite(71);  Saavedra  et  al.(72)  e  Martins  et  al.(55),  relataram  que 
cuidados  adicionais  devem  ser  observados  para  remoção  da  solução  de  ácido 
fluorídrico  e  dos  precipitados  ácidos  da  superfície  cerâmica.  Os  resultados  deste 
estudo  mostraram  que  a  resistência  de  união  entre  o  agente  cimentante  e  a 
vitrocerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  com  zircônia,  Suprinity,  não  sofreu 
influência da forma de limpeza da superfície cerâmica, pois somente lavar em água 
corrente foi suficiente para remoção do ácido e dos precipitados causados por este 
condicionamento.  Conforme  ocorreu  com  a  vitrocerâmica  e.max  press,  a  pequena 
quantidade de  resíduo  observado  na  superfície  condicionada da  cerâmica  Suprinity 
fez com que a forma de limpeza dos precipitados não alterasse a resistência adesiva 
deste material. 
 
 
 
 
  118 

5.3 VITROCERÂMICAS: DISSILICATO DE LÍTIO – E.MAX PRESS X  SILICATO DE 
LÍTIO REFORÇADA COM ZIRCÔNIA ­ SUPRINITY  
5.3.1 Tratamento de superfície variando a concentrações do ácido 
O presente estudo e os trabalhos de Spohr et al.(60); Belli et al.(28) mostraram 
que  o  condicionamento  com  solução  de  ácido  fluorídrico,  nas  duas  concentrações, 
modificou  a  morfologia  da  superfície  das  duas  vitrocerâmicas  estudadas,  devido  à 
capacidade  do  ácido  fluorídrico  em  dissolver  a  fase  vítrea,  expondo  os  cristais  de 
dissilicato de lítio, que sobressaem desta matriz. Zogheib et al.(73) verificaram que o 
condicionamento ácido promoveu a dissolução da fase vítrea e parcialmente da fase 
cristalina, expondo os cristais. Este fato resulta em irregularidades superficiais de 5­
20 μm de profundidade  (28), por onde o cimento resinoso penetra promovendo micro 
retenção  por  embricamento  na  superfície  tratada  (59).  Conforme  apresentado  nas 
Figuras  5.75  e  5.76,  as  imagens  do  MEV  mostraram  que  a  vitrocerâmica  e.max 
press,  os  cristais  se  apresentaram  alongados,  mais  expostos  e  visíveis,  quando 
comparado  com  a  Suprinity.  Pois,  segundo  Guess  et  al.(12)  a  fase  cristalina  desta 
cerâmica de dissilicato de lítio apresenta os cristais com 3 a 6 μm de comprimento e
0,4  a  0,8 μm de diâmetro.    Já  na  cerâmica  suprinity  a  microestrutura  da  fase 
cristalina consiste de metassilicato de lítio, que segundo Sannino et al.(17)  apresenta 
uma  estrutura  homogênea  e  grãos  finos,  o  que  garante  excelente  qualidade  do 
material e alta capacidade de carga.  Para Kruger et al.(106)  esta cerâmica apresenta 
uma dupla microestrutura que consiste de metassilicato de lítio muito fina e cristais 
de dissilicato de lítio são obtidos, com uma matriz vítrea contendo óxido de zircônio 
em solução. 
 
 
 
  119 

3,2 µm 

4,8 µm 

0,8 µm 

 
Figura 5.75­ Micrografia mostrando a morfologia da superfície e medida dos cristais da 
cerâmica  de  dissilicato  de  lítio,  e.max  press  após  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada  por  60  s  e  limpas  em  cuba  ultrassônica.  Imagem  obtida  por  MEV  no 
modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  Medida  dos  cristais  de 
dissilicato de lítio. 
 
 
 

 
Figura 5.76­ Micrografia mostrando a morfologia da superfície da Cerâmica de silicato 
de lítio reforçada com zircônia, Suprinity, após tratamento com HF 10%, condicionada 
por  60  s  e  limpa  em cuba  ultrassônica. Imagem  obtida  por  MEV  no modo  de  elétrons 
secundários, tensão de aceleração 8 kV. 
 
  120 

 
O tratamento da superfície com aplicação da solução de ácido fluorídrico nas 
concentrações  de  5%  e  10%  possibilitou  modificações  na  matriz  das  cerâmicas 
e.max  press  e  Suprinity,  vide  itens  5.1.1  e  5.2.1,  promovendo  modificação 
topográfica  na  superfície  da  cerâmica,  aumentando  a  rugosidade  e 
consequentemente  a  superfície  de  contato,  melhorando  a  interação  com  o  agente 
cimentante,  o  que  está  de  acordo  com  os  trabalhos  de  Panah  et  al.(102);  Mair  e 
Padipatvuthikul(22)  e  Naves  et  al.(119),  que  relataram  que esta  interação associada a 
união  química  promovida  pelo  silano  aumentam  a  resistência  de  união  com  a 
superfície cerâmica. 
A  vitrocerâmica  Suprinity,  apresentou  o  mesmo  comportamento  da  e.max 
press,  onde  as  amostras  condicionadas  com  HF  a  5%  e  10%  mostraram  maiores 
valores  de  Ra  que  os  dos  respectivos  controles.  Quando  comparadas  as  amostras 
condicionadas  com  HF  a  5%  e  10%  a  Ra  não  apresentou  diferença  estatística. 
Entretanto,  de  acordo  com  a  Tabela  5.23,  a  cerâmica  Suprinity  apresentou  maior 
rugosidade  média  que  o  e.max  press,  para  as  duas  concentrações  do  ácido 
fluorídrico.  Este  aumento  da  rugosidade  do  Suprinity,  possivelmente  se  deve  a 
formas  e  distribuição  dos  seus  cristais,  que  segundo  Kruger  et  al.(106)  e  Denry  e 
Kelly(107)  nesta  vitrocerâmica  consiste  na  adição  de  10%  em  peso  de  dióxido  de 
zircônia na composição do material. A zircônia atua como agente de nucleação, mas 
permanece  em  solução  na  matriz  vítrea,  e  traz  como  consequência,  a  dupla 
microestrutura que consiste de metassilicato de lítio muito fina e cristais de dissilicato 
de lítio, com uma matriz vítrea contendo óxido de zircônio em solução.  
  
Tabela  5.23­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  das  vitrocerâmicas  e.max  press  e 
Suprinity, condicionadas com solução de ácido fluorídrico a 5% e 10 %. 
  e.max press  Suprinity 
  HF 5%  HF 10%  HF 5%  HF 10% 
Média  b b  a  a 
1,96    1,97  2,01  2,03 
(µm) 
Desvio 
0,06  0,05  0,07  0,09 
padrão  
N  108  108  108  108 
 
 
  121 

São  representados  na  Tabela  5.24,  as  médias  de  resistência  adesiva  das 
cerâmicas  e.max  press  e  Suprinity,  após  tratamento  com  HF  a  5%  e  10%.  Os 
resultados  mostraram  que  a  vitrocerâmica  de  dissilicato  de  lítio  e.max  press 
apresentou  maiores  valores  de  resistência  de  união  que  a  de  silicato  de  lítio 
reforçada  com  zircônia  Suprinity.  As  amostras  da  vitrocerâmica  e.max  press, 
condicionadas  com  solução  de  ácido  fluorídrico  a  10%  apresentaram  maiores 
valores  de  resistência  adesiva  que  as  condicionadas  com  HF  a  5%.  Conforme 
trabalhos  de  Carvalho  et  al.(63)  e  Fabianelli  et  al.(83),  o  tratamento  da  superfície  da 
cerâmica  a  base  de  dissilicato  de  lítio  associando  o  condicionamento  com  HF  e 
silano apresentou maiores valores de resistência de união.  
Chen e colaboradores em 1998  (68), por sua vez, indicaram o tempo de 30 s 
como  o  mais  eficaz  para  criar  uma  superfície  adequada  na  cerâmica  feldspática. 
Para  Saraçoglu  et  al.(70)  o  condicionamento  com  ácido  fluorídrico  promoveu  os 
maiores  valores  de  resistência  de  união  que  os  outros  métodos  e  estes  valores 
foram  diretamente  proporcionais  a  um  aumento  de  tamanho  e  profundidade  dos 
poros.  O  condicionamento  com  ácido  fluorídrico  10%  por  40  s  obteve  os  maiores 
valores  de  resistência  de  união  em  comparação  aos  outros  métodos  e  as  outras 
concentrações  e  tempos  de  condicionamento  ácido.  No  entanto,  as  controvérsias 
com respeito ao tempo de exposição ao ácido, e as diferentes concentrações deste, 
dificulta a comparação direta entre os estudos. 
 
Tabela  5.24­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  das  vitrocerâmicas  e.max  press  e 
Suprinity, condicionadas com solução de ácido fluorídrico a 5% e 10 %. 
  e.max press  Suprinity 
  5%  10%  5%  10% 
Média  b a  c  c 
29    30  26  26 
(µm) 
Desvio 
2,40  2,19  1,63  2,15 
padrão 
N  108  108  108  108 
 
No presente estudo, os valores de resistência de união após condicionamento 
das vitrocerâmicas e.max press com HF a 5% (29,55 +/­2,40) e HF a 10% ( 30,85 +/­ 
2,19)    e  Suprinity  com  HF  a  5%  (26,41  +/­  1,63)  e  HF  a  10%  (26,86  +/­  2,15), 
 
  122 

resultaram  em  maiores  valores,  quando  comparados  aos  grupos  sem 


condicionamento  (17  +/­  1,38  MPa  e  17  +/­  1,28  MPa)  (vide  itens  5.1.1  e  5.2.1). 
Porque  de  acordo  com  Della  Bona(62)  e  Hooshmand  et  al.(74)  quando  a  solução  de 
ácido  fluorídrico  foi  aplicada  sobre  as  vitrocerâmicas,  ocorreu  a  formação  de  micro 
porosidades na superfície, devido à dissolução da fase vítrea e projeção dos cristais, 
que sobressaem desta matriz. 
Associada  ao  embricamento  micro  mecânico,  a  adesão  química,  tem  sido 
bem  sucedida,  melhorando  a  resistência  de  união  da  cerâmica  com  o  cimento 
resinoso. O silano pode se unir quimicamente à matriz vítrea e na fase cristalina de 
dissilicato  de  lítio  da  cerâmica  e  às  moléculas  da  resina  de  Bis­GMA  e  TEGDMA, 
encontrados  tanto  nos  adesivos,  como  nos  cimentos  resinosos  (23,81).  Outro  fator 
importante,  no  aumento  da  resistência  de  união,  relatado  por  Shen  et  al.(31); 
Papacchini et al.(29); Ho e Matinlinna(24); Santos Jr, Santos e Rizkalla(82) e Fabianelli 
et  al.(83)  e  Queiroz  et  al.(30)  é  a  capacidade  do  silano  em  promover  melhor 
umedecimento  da  superfície,  proporcionando  aumento  da  área  de  contato  e 
infiltração  dos materiais  resinosos  de  cimentação,  nas  irregularidades  causadas na 
superfície  da  cerâmica  pelo  condicionamento  com  o ácido fluorídrico.  Estes fatores 
são essenciais para o sucesso clínico das restaurações cerâmicas. O tratamento da 
superfície  de uma  cerâmica  vítrea  com um agente de  ligação  bifuncional permite  a 
união química deste material com cimentos resinosos. Um grupo de silano em uma 
extremidade  se  liga  quimicamente  ao  dióxido  de  silício  hidrolisado  da  superfície 
cerâmica; e um grupo de metacrilato na outra extremidade, que copolimeriza com a 
resina adesiva. 
Após  condicionamento  ácido  da  superfície  das  vitrocerâmicas  e  a  utilização 
do  silano,  os  adesivos  dentários  permitem  que  os  agentes  cimentantes  tenha  uma 
adesão  mais  efetiva  às  estruturas  previamente  tratadas,  devido  a  sua  viscosidade. 
Atualmente,  os  sistemas  adesivos  possuem  um  ou  mais  monômeros  funcionais 
específicos  que  proporcionam  a  interação  química  com  a  superfície  condicionada 
(87,88,89)
.  Dentre  estes  monômeros,  está  o  10­MDP  (10­  Metacriloxidildihidrogeno 
fosfato), que segundo Magne, Paranhos e Jr Burnett(90); Casucci, et al.(91); Manso, et 
al.,(92); Amaral, et al.(93) observaram que a inclusão do 10­MDP, primeiro nos agentes 
cimentantes  e  depois  em  sistemas  adesivos,  foi  de  grande  importância  para  o 
aumento  da  resistência  de  união  na  cimentação  das  peças  protéticas  de 
vitrocerâmicas. 
 
  123 

 
5.3.2  Tratamento  de  superfície  variando  o  tempo  de  condicionamento  com 
soluções de ácido fluorídrico de 5% e 10%. 
Neste  estudo,  o  comportamento  das  vitrocerâmicas  e.max  press  e  Suprinity, 
foi  diferente  com  relação  ao  tempo  de  condicionamento  do  ácido.  Na  cerâmica 
Suprinity, as micrografias (vide item 5.2.2) mostraram que para os diferentes tempos 
de condicionamento ácido, a morfologia da superfície ficou semelhante. Entretanto, 
para a cerâmica e.max press, as amostras condicionadas por 40 e 60 s, mostraram 
os  cristais  mais  expostos  e  visíveis  que  as  amostras  condicionadas  por  20  s  (vide 
micrografias apresentadas no item 5.2.1).  
Conforme  demonstrado  na  Tabela  5.25,  o  tratamento  da  superfície  com 
aplicação  da  solução  de  ácido  fluorídrico  possibilitou  modificações  na  matriz  das 
cerâmicas  e.max  press  e  Suprinity,  promovendo  modificação  topográfica  na 
superfície da cerâmica, aumentando a rugosidade e consequentemente a superfície 
de  contato,  melhorando  a  interação  com  o  material  de  cimentação,  o  que  está  de 
acordo  com  estudo  de  Panah  et  al.(102)  em  que  a  combinação  do  condicionamento 
com  HF  e  silanização  resultou  nos  maiores  valores  resistência  de  união.  No 
condicionamento com ácido fluorídrico a 5 e 10% nos três tempos experimentais, a 
cerâmica  de  silicato  de  lítio  reforçada  por  zircônia  –  Suprinity  apresentou  maiores 
valores  de  rugosidade,  quando  comparado  com  a  cerâmica  de  dissilicato  de  lítio 
e.max press. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  124 

Tabela  5.25­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  das  vitrocerâmicas  e.max  press  e 
Suprinity, condicionadas com solução de ácido fluorídrico a 5% e 10 %, nos tempos de 20 s, 
40 s e 60 s. 
 
  Média  Desv. Pad.  N 

20 seg  1,96  O,07  36 
 d
HF 5%  40 seg  1,97   0,06  36 
e.max   bcd
60 seg  1,99   0,06  36 
press 
20 seg   d 36 
1,97   0,05 
HF 10%  40 seg   cd 36 
1,97   0,05 
60 seg   cd 36 
1,98   0,04 
20 seg   d 36 
1,95   0,05 
HF 5%  40 seg   abc 36 
2,02   0,07 
60 seg   a 36 
2,06   0,06 
Suprinity 
20 seg   cd 36 
1,98   0,11 
HF 10%  40 seg    ab 36 
2,04   0,07 
60 seg   a 0,07  36 
2,06  
 
Assim  como  a  concentração  da  solução  do  ácido  fluorídrico,  o  tempo  de 
condicionamento  das vitrocerâmicas  é  muito  discutido  na  literatura.  Neste  trabalho, 
as  amostras  condicionadas  com  HF  a  5%  e  10%  nos  tempos  de  20  e  40  s, 
mostraram  a  exposição  dos  cristais,  que  se  apresentam  íntegros,  conforme 
representado  nas  Figuras  5.77.  Entretanto,  pode­se  observar  nas  Figuras  5.78  e 
5.79, que as amostras da vitrocerâmica e.max press condicionadas por 60 s com HF 
a 5% e 10%, apresentaram os cristais com solução de continuidade. Sendo que, o 
condicionamento com HF a 10% a destruição dos cristais foi maior que as tratadas 
com HF a 5%.  
 
  125 

 
Figura  5.77­  Micrografia  mostrando  os  cristais  após  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada por 20 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. Imagem obtida 
por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas 
indicam os cristais íntegros. 
 

 
Figura  5.78­  Micrografia  mostrando  os  cristais  após  tratamento  com  HF  5%, 
condicionada por 60 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. Imagem obtida 
por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas 
indicam os cristais com solução de continuidade. 
 
 
  126 

 
Figura  5.79­  Micrografia  mostrando  os  cristais  após  tratamento  com  HF  10%, 
condicionada por 60 s, da Cerâmica de dissilicato de lítio, e.max press. Imagem obtida 
por  MEV  no  modo  de  elétrons  secundários,  tensão  de  aceleração  8  kV.  As  setas 
indicam os cristais com solução de continuidade. 
 
Este  estudo,  está  de  acordo  com  os  trabalhos  de  Chen  et  al.(68);  Canay  et 
al.(69);  Della  Bona  e  Anusavice(5);  Saraçoglu  et  al.(70);  Leite(71);  Addison  et  al.(27); 
Saavedra  et  al.(72);  Zogheib  et  al.(73);  Hooshmand  et  al.(74)  e  Xiaoping  et  al.(75)  que 
observaram  que  aumentar  a  concentração  e  o  tempo  de  exposição  do  ácido 
fluorídrico  na  superfície  da  vitrocerâmica,  leva  a  destruição  excessiva  dos 
componentes  do  material,  o  que  modifica  o  processo  de  adesão  e  enfraquece  a 
estrutura  da  cerâmica.  A  destruição  dos  cristais,  observadas  neste  estudo, 
ocorreram  devido  ao  maior  tempo  de  condicionamento  e  a  maior  concentração  do 
ácido, que fragilizaram a microestrutura da vitrocerâmica de dissilicato de lítio e.max 
press.  Pois  ao  analisar  os  tipos  de  falha  após  ensaio  mecânico  de  cisalhamento, 
pode­se observar que nos grupos condicionados com HF a 5% e 10% pelos tempos 
de 20 s e 40 s, não ocorreram falhas coesivas da cerâmica e.max press. Entretanto, 
para as amostras condicionadas com HF a 5% por 60 s, as falhas foram coesivas da 
cerâmica em 39% das amostras. Já as amostras condicionadas com HF a 10%, este 
tipo falha atingiu 81%.  
 
 
  127 

Estes resultados demonstram que o aumento da concentração e do tempo de 
condicionamento da solução de ácido fluorídrico, fragiliza a estrutura da cerâmica de 
dissilicato de lítio e.max press. Entretanto, este estudo (vide item 5.2), mostrou que 
na vitrocerâmica de silicato de lítio reforçada por zircônia, Suprinity, não se observou 
destruição  dos  cristais  nas  duas  concentrações  do  ácido  e  nos  três  tempos  de 
condicionamento.  Os  tipos  de  falha  da  cerâmica  Suprinity  foram  em  sua  maioria 
adesivas,  não  apresentando  nenhuma  falha  coesiva  da  cerâmica.  Isso  se  deve  a 
microestrutura desta vitrocerâmica, que segundo Kruger et al.(106) e Coldea et al.(57) 
consiste  de  uma  fase  cristalina  de  metassilicato  de  lítio  muito  fina  e  cristais  de 
dissilicato de lítio.  
  De acordo com a Tabela 5.26, avaliando os tempos de condicionamento das 
cerâmicas, o maior valor de força de união foi observado nas amostras do grupo da 
cerâmica e.max press condicionada por 40 s com o ácido na concentração de 10%. 
A  vitrocerâmica  e.max  press  apresentou  maiores  valores  de  união  que  a  Suprinity 
em  todos  os  tempos  experimentais  e  nas  duas  concentrações  do  ácido,  com 
exceção  do  grupo  condicionado  com  HF a  5%  por  60  s.  A  cerâmica  Suprinity,  não 
apresentou  o  mesmo  padrão  de  resistência  de  união  que  a  cerâmica  e.max  press, 
devido  a  diferença  da  microestrutura  das  duas  cerâmicas.    Para  a  cerâmica  e.max 
press,  os tempos  de 20  e  40  s  demonstraram maiores  valores  de  união.  Já  para  a 
Suprinity, estes valores foram maiores nos tempos de 40 e 60 s de condicionamento.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  128 

Tabela  5.26­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  das  cerâmicas e.max  press  e  Suprinity, 
condicionadas com ácido fluorídrico a 5% e 10% nos tempos de 20 s, 40 s e 60 s. 
 
  Média  Desv. Pad.  N 
20 seg  b  36 
30  1,91 
HF 5%  40 seg   bc 36 
30   1,89 
e.max  60 seg  de 36 
27    2,13 
press  20 seg  bc 36 
30    2,06 
HF 10%  40 seg  a 36 
32    1,69 
60 seg   c 36 
29   1,27 
20 seg   f 36 
25   1,36 
40 seg   de 1,51  36 
HF 5%  27  
 ef
60 seg  26   1,61  36 
Suprinity   f
20 seg  25   1,642  36 

HF 10%   de
40 seg  27   1,47  36 

60 seg   d 2,43  36 


28  
 
5.3.3 Tratamento de superfície variando a limpeza pós­condicionamento 
Neste  estudo,  em  conformidade  com  trabalho  de  Peumans  et  al.(79)  foi 
observado  em  MEV  a  presença  de  precipitados  ácidos  sobre  a  superfície  das 
cerâmicas  e.max  press  e  Suprinity  após  condicionamento  com  HF  a  5%  e  10%. 
Estes  precipitados  foram  mais  evidentes  à  medida  que  se  aumentava  o  tempo  de 
condicionamento  ácido.  Segundo  Magne  e  Cascione(76)  e  Papacchini  et  al.(29),  eles 
são  capazes  de  reduzir  a  resistência  de  união  entre  a  cerâmica  e  materiais 
cimentantes resinosos quando não são removidos, mas não existe um consenso na 
literatura  quanto  ao  melhor  procedimento  para  sua  eliminação.  Para  eliminação 
destes  precipitados,  técnicas  de  limpeza  pós­condicionamento  foram  discutidas  na 
literatura, tais como lavagem em água corrente e ar, proposto por  SHEN et al.(31) e 
PAPACCHINI et al.(29); Peumans et al. (79) utilizaram a limpeza em banho ultra­sônico 
e Magne e Cascione(76) e Belli et al.(28)  associaram a aplicação do ácido fosfórico a 
37,5% ao banho em ultrassom em água destilada por 5 min, para remoção dos sais 
residuais.  Neste  estudo,  a  análise  morfológica  da  superfície  da  cerâmica  e.max 
press  e  Suprinity,  após  condicionamento  com  ácido  fluorídrico  a  5%  e  10%  (vide 
 
  129 

itens 5.1.3 e 5.2.3), mostrou que a limpeza dos precipitados foi mais eficiente quando 
se  utilizou  a  cuba  ultrassônica.  Após  esta  limpeza,  os  cristais  se  mostraram  mais 
evidentes,  devido  a  eliminação  dos  precipitados,  formados  após  condicionamento 
com solução de ácido fluorídrico. 
  De  acordo  com  a  Tabela  5.27,  para  a  limpeza  dos  resíduos  na 
superfície  das  vitrocerâmicas,  os  valores  de  Ra  da  vitrocerâmica  e.max  press 
apresentou maiores valores quando as amostras foram limpas em cuba ultrassônica 
para  as  duas  concentrações  estudadas,  o  que  corrobora  com  os  estudos  de 
Meldrum(25);  Ozcan,  Vallittu(26);  Leite(71);  Magne,  Cascione(76)  e  Saavedra  et  al.(72), 
que  em  seus  estudos  mostraram  que  a  limpeza  em  cuba  ultrassônica  foi  efetiva. 
Para cerâmica Suprinity os maiores valores de Ra foram obtidos nas amostras que 
foram limpas esfregando com ácido fosfórico, ficando as amostras somente lavadas 
e  as  limpas  em  cuba  ultrassônica  sem  diferença  estatisticamente  significante,  nas 
duas concentrações do ácido fluorídrico. Comparando os resultados de Ra das duas 
cerâmicas, a Suprinity apresentou maiores valores de Ra que a e.max press 
 
Tabela  5.27­  Média  dos  valores  de  rugosidade  média  (µm),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  das  cerâmicas e.max  press  e  Suprinity, 
condicionadas  com  ácido  fluorídrico  a  5%  e  10%,  lavadas  em  água  corrente,  esfregadas 
com ácido fosfórico e limpas em cuba ultrassônica. 
 
  Média  Desv. Pad.  N 
Lav   fg 36 
1,94   0,06 
HF 5%  AF   fg 36 
1,94   0,04 
e.max  US  bc  36 
2,04  0,04 
press  Lav   g 36 
1,93   0,04 
HF 10%  AF   def 36 
1,98   0,04 
US   cd 36 
2,01   0,02 
Lav   efg 36 
1,96   0,06 
HF 5%  AF   b 36 
2,08   0,06 
US   de 36 
2,00   0,04 
Suprinity 
Lav   efg 36 
1,96   0,08 
HF 10%  AF   a 0,04  36 
2,14  
US   de 36 
1,99   0,03 
 
 
  130 

Segundo  Peumans  et  al.(79);  Leite(71)  e  Saavedra  et  al.(72)  esses  precipitados 
ácidos são sais de fluorsilicato insolúveis que ficam localizados na entrada dos poros 
obliterando­os, podendo dificultar a penetração do silano e agente de cimentação, o 
que poderia levar a falhas. Conforme a Tabela 5.28 valores de resistência de união 
dos grupos da cerâmica Suprinity, condicionados com solução de ácido fluorídrico a 
5% e 10%, nas três formas de limpeza dos resíduos, não diferiram estatisticamente 
entre  si  e  apresentaram  os  menores  valores  de  resistência  de  união,  quando 
comparadas  com  a  cerâmica  e.max  press.  Para  a  cerâmica  e.max  press  os 
resultados  também  mostraram  que  a  forma  de  limpeza  dos  precipitados  não 
interferiu na força de união.  
 
Tabela  5.28­  Média  dos  valores  de  resistência  de  união  (MPa),  desvio  padrão  e  análise 
estatística  (letras  iguais,  sem  diferença  estatística)  das  cerâmicas e.max  press  e  Suprinity, 
condicionadas  com  ácido  fluorídrico  a  5%  e  10%,  lavadas  em  água  corrente,  esfregadas 
com ácido fosfórico e limpas em cuba ultrassônica. 
 
  Média  Desv. Pad.  N 
Lav   bc 36 
29   2,87 
HF 5%  AF   c 36 
29   2,06 
e.max  US  abc  36 
30  2,08 
press  Lav   abc 36 
30   2,43 
HF 10%  AF   ab 36 
30   2,17 
US   a 36 
31   2,00 
Lav   d 36 
26   1,52 
HF 5%  AF   d 36 
25   1,69 
US   d 36 
26   1,63 
Suprinity 
Lav   d 36 
27   2,55 
HF 10%  AF   d 36 
26   1,50 
US   d 2,07  36 
27  
              
 
Segundo  Bailey  e  Bennett(77);  Peumans  et  al.(79);  Addison  et  al.(27), 
Hooshmand et al.(74) existem vários sistemas cerâmicos com diferentes composições 
e  distribuição  das  fases  vítrea  e  cristalina,  sendo  que  a  dissolução  da  fase  vítrea 
depende  do  tipo  de  cerâmica,  do  tempo  de  condicionamento  e  do  tipo  e 
 
  131 

concentração do ácido utilizado. Portanto, a formação de resíduos está intimamente 
ligada  a  esses  fatores.  Neste  estudo,  a  limpeza  dos  precipitados  pós­
condicionamento,  tanto  da  vitrocerâmica  e.max  press  quanto  na  Suprinity,  não 
influenciou nos  valores  de  resistência  de adesiva.  Pois  nas  duas concentrações do 
ácido, 5% e 10%, os valores da resistência adesiva foram iguais, para as três formas 
de remoção dos precipitados formados pela ação do ácido. O que pode ser atribuído 
à  pequena  quantidade  de  resíduos  formados  sobre  a  superfície  das  vitrocerâmicas 
estudadas. Isso se deve ao baixo teor vítreo deste tipo de cerâmica, que é em torno 
de  30%  em  volume.  Neste  sentido,  para  as  cerâmicas  feldspáticas,  uma  vez  que 
apresenta  teor  vítreo  elevado  (70%  em  volume),  é  necessário  maior  tempo  de 
condicionamento  e  maior  concentração  do  ácido  para  o  tratamento  de  superfície, 
tornando  a  limpeza  pós­condicionamento  fundamental.  Entretanto,  os  resultados 
deste  estudo  mostraram  que,  após  condicionamento  ácido  da  superfície  das 
cerâmicas e.max press e Suprinity, foi necessário somente lavar com água corrente, 
para que ocorra a limpeza dos precipitados ácidos.  
  

 
 
   
  132 

6 CONCLUSÕES 

  O presente estudo nos permite concluir que: 

  O  condicionamento  com  solução  de  ácido  fluorídrico,  nas  concentrações  de 


5% e 10%, modificou a morfologia, expondo os cristais de dissilicato de lítio, 
aumentando a rugosidade média da microestrutura das vitrocerâmicas e.max 
press  e  Suprinity.  O  que  propicia  o  embricamento  micro  mecânico  entre  a 
superfície cerâmica e o agente cimentante, aumentando assim os valores de 
resistência adesiva dessas vitrocerâmicas, de 17 ± 1,38 MPa para 32 ± 1,69 
MPa; 

  O condicionamento da superfície das vitrocerâmicas e.max press e Suprinity, 
pelos tempos de 20 s, 40 s e 60 s, levaram a remoção do componente vítreo 
e  aumento  da  rugosidade  média,  varando  de  0,42  µm  a  2,14  µm  nas  duas 
concentrações do ácido; 

  Na  vitrocerâmica  e.max  press  condicionada  por  40  s  e  60  s  nas  duas 
concentrações do ácido, os cristais se mostraram mais visíveis e evidentes do 
que com 20 s de condicionamento. Entretanto, a rugosidade média ficou igual 
nos  três  tempos  experimentais,  em  torno  de  1,97  µm.  Na  vitrocerâmica 
Suprinity,  a  microestrutura  ficou  semelhante  nos  três  tempos  de 
condicionamento e a rugosidade foi maior nos tempos de 40 s e 60 s, 2,04 µm 
e 2,06 µm; 

  O  condicionamento  das  cerâmicas  pelos  tempos  de  20  s,  40  s  e  60  s 
aumentou  a  resistência  de  união  entre  o  agente  cimentante  resinoso  e  a 
superfície das vitrocerâmicas e.max press e Suprinity nas duas concentrações 
do ácido; 

  Para vitrocerâmica e.max press o maior valor de resistência de união ocorreu 
quando  a  cerâmica  foi  tratada  com  HF  a  10%  por  40  s.  Para  vitrocerâmica 
Suprinity, os maiores valores foram observados no condicionamento com HF 
a 5% por 40 s e com HF a 10% nos tempos de 40 s e 60 s;  
 
  133 

  O  condicionamento  por  60  s  fragilizou  a  estrutura  da  vitrocerâmica  e.max 


press,  devido  a  solução  de  continuidade  dos  cristais.  O  tempo  de 
condicionamento não interferiu na resistência da vitrocerâmica Suprinity; 

  Os  resíduos  deixados  pelo  condicionamento  ácido  foram  observados  nas 


vitrocerâmicas  e.max  press  e  Suprinity.  Estes  resíduos  ocorreram  em  maior 
quantidade,  com  o  aumento  da  concentração  do  ácido  e  tempo  de 
condicionamento; 

  A forma de limpeza dos resíduos, pós­condicionamento ácido, não modificou 
a  resistência  de  união  entre  o  agente  cimentante  e  a  superfície  das 
vitrocerâmicas  e.max  press  e  Suprinity,  isso  ocorreu  devido  a  pequena 
quantidade  de  precipitados  encontrados  na  superfície  das  cerâmicas  e 
também a composição cristalina dos materiais. 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
134 
 

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145 
 

8 APÊNDICE 
Tabela  8.1­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  controle  das 
cerâmicas e.max press e Suprinity. 
 
  e.max press  Suprinity 
1  0,414  0,360 
2  0,419  0,359 
3  0,423  0,363 
4  0,426  0,362 
5  0,420  0,358 
6  0,432  0,361 
7  0,418  0,362 
8  0,427  0,368 
9  0,423  0,366 
10  0,409  0,365 
11  0,423  0,371 
12  0,429  0,353 
 
Tabela 8.2­ Valores (µm) de Rugosidade media (Ra), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF  a  5%  por  20  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  1,984  1,966  1,932 
2  2,112  1,884  1,925 
3  1,990  1,947  1,918 
4  2,041  1,949  1,875 
5  2,050  1,897  1,909 
6  2,001  1,979  1,927 
7  2,044  1,829  1,979 
8  2,022  1,906  1,974 
9  2,026  1,959  1,895 
10  2,148  1,854  1,879 
11  2,110  1,904  1,996 
12  2,022  1,922  1,899 
 
 
  146 

Tabela 8.3­ Valores (µm) de Rugosidade media (Ra), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF  a  5%  por  40  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  2,017  2,049  1,955 
2  1,999  1,969  1,913 
3  1,985  1,896  2,006 
4  1,976  1,923  1,897 
5  2,099  1,913  2,037 
6  2,021  1,873  1,927 
7  2,024  1,920  1,891 
8  2,060  2,037  1,970 
9  2,037  1,918  2,008 
10  2,018  2,029  1,859 
11  2,037  1,946  1,925 
12  2,099  1,899  1,942 
                      
Tabela 8.4­ Valores (µm) de Rugosidade media (Ra), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF  a  5%  por  60  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  2,098  2,012  2,031 
2  2,054  1,926  2,026 
3  2,101  1,899  1,998 
4  2,031  1,904  1,899 
5  1,981  2,110  1,986 
6  2,148  1,972  1,969 
7  2,056  2,102  1,934 
8  2,034  1,970  1,899 
9  2,112  1,948  2,012 
10  1,997  1,898  1,901 
11  2,037  1,979  1,966 
12  2,029  1,958  2,003 
 
  147 

Tabela 8.5­ Valores (µm) de Rugosidade media (Ra), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF  a  10%  por  20  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  2,013  1,947  2,033 
2  2,016  1,979  1,919 
3  2,020  1,936  1,967 
4  2,037  1,906  2,011 
5  2,032  1,839  1,975 
6  2,021  1,946  1,946 
7  2,041  1,958  2,027 
8  2,012  1,858  2,004 
9  2,016  1,904  2,027 
10  1,923  1,983  1,923 
11  2,029  1,923  1,979 
12  1,989  1,892  1,893 
 
Tabela 8.6­ Valores (µm) de Rugosidade media (Ra), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF  a  10%  por  40  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  2,048  1,943  2,018 
2  1,995  1,967  1,905 
3  2,029  1,922  1,983 
4  1,993  1,966  1,979 
5  1,998  1,922  1,957 
6  2,037  1,934  1,891 
7  2,044  1,844  2,027 
8  1,992  1,865  1,987 
9  2,020  1,920  2,026 
10  2,031  1,968  2,004 
11  2,029  1,927  1,981 
12  2,012  1,987  2,033 
 
  148 

Tabela 8.7 Valores (µm) de Rugosidade media (Ra), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF  a  10%  por  60  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  2,042  1,898  2,008 
2  2,037  1,959  2,018 
3  2,039  1,899  1,987 
4  1,998  1,919  1,977 
5  2,014  1,904  2,013 
6  2,044  1,937  1,998 
7  2,018  1,992  2,015 
8  1,999  1,948  2,023 
9  2,053  1,989  2,016 
10  2,029  1,994  1,942 
11  2,024  1,923  1,894 
12  2,021  1,932  2,034 
   
Tabela  8.8­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  5%  por  20  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  1,909  1,955  2,023 
2  1,975  1,861  1,972 
3  1,957  1,958  2,014 
4  1,954  1,875  1,978 
5  1,955  1,862  2,051 
6  1,939  1,909  2,007 
7  1,993  1,871  2,046 
8  2,019  1,884  1,926 
9  2,018  1,895  1,991 
10  1,958  1,889  2,047 
11  2,007  1,910  1,979 
12  1,961  1,902  2,031 
 
  149 

Tabela  8.9­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  5%  por  40  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  2,006  1,962  2,139 
2  1,963  1,988  2,046 
3  1,998  1,899  2,087 
4  2,028  2,012  2,119 
5  2,013  2,004  2,051 
6  1,935  1,966  2,091 
7  1,946  1,983  2,116 
8  1,996  2,029  2,166 
9  2,046  1,955  2,197 
10  1,993  2,003  2,114 
11  2,055  1,971  2,141 
12  1,935  2,006  2,075 
                      
Tabela  8.10­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  5%  por  60  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  2,111  1,971  2,187 
2  2,055  2,075  2,130 
3  2,103  2,066  2,126 
4  2,024  1,938  2,099 
5  2,026  1,988  2,144 
6  1,976  2,052  2,129 
7  2,010  2,067  2,089 
8  2,007  2,061  2,190 
9  2,069  2,016  2,134 
10  2,004  2,009  2,092 
11  2,053  2,004  2,104 
12  2,043  2,043  2,164 
 
  150 

Tabela  8.11­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  10%  por  20  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  1,930  1,849  2,160 
2  1,964  1,827  2,170 
3  1,983  1,875  2,101 
4  1,989  1,841  2,117 
5  2,004  1,838  2,081 
6  1,980  1,807  2,139 
7  1,972  1,856  2,115 
8  2,053  1,892  2,118 
9  2,028  1,836  2,139 
10  1,949  1,902  2,129 
11  2,004  1,827  2,164 
12  1,966  1,871  2,093 
 
Tabela  8.12­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  10%  por  40  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  1,910  1,979  2,169 
2  2,052  2,055  2,181 
3  2,028  2,043  2,199 
4  2,014  1,966  2,179 
5  2,009  2,093  2,164 
6  1,966  1,980  2,166 
7  1,980  2,007  2,130 
8  1,971  2,031  2,098 
9  1,988  2,041  2,141 
10  2,012  1,987  2,097 
11  1,917  2,029  2,093 
12  2,006  2,006  2,091 
 
  151 

Tabela  8.13­  Valores  (µm)  de  Rugosidade  media  (Ra),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  10%  por  60  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  2,024  1,978  2,199 
2  2,104  2,084  2,207 
3  2,006  2,009  2,192 
4  2,026  2,062  2,207 
5  2,014  1,994  2,139 
6  1,979  2,065  2,169 
7  1,991  2,047  2,095 
8  1,933  2,066  2,211 
9  2,021  2,026  2,089 
10  1,971  2,018  2,166 
11  1,996  2,055  2,088 
12  2,029  2,014  2,197 
       
Tabela  8.14­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  controle  das 
cerâmicas e.max press e Suprinity. 
 
  e.max press  Suprinity 
1  17,909  15,771 
2  16,623  17,301 
3  15,394  16,858 
4  18,548  18,478 
5  18,783  15,709 
6  16,175  17,941 
7  19,382  19,001 
8  18,916  18,988 
9  15,957  18,726 
10  17,975  19,362 
11  18,896  16,469 
12  16,470  18,066 
 
 
 
  152 

Tabela 8.15­ Valores da resistência de união (MPa), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF  a  5%  por  20  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  27,625  25,733  27,512 
2  25,634  25,917  23,783 
3  26,265  22,824  25,262 
4  22,925  26,926  24,911 
5  25,392  25,523  27,341 
6  24,315  25,600  25,983 
7  27,550  24,175  25,327 
8  27,735  26,108  23,424 
9  25,568  27,913  25,963 
10  24,197  26,804  23,425 
11  24,963  26,197  26,133 
12  25,518  26,698  25,902 
 
Tabela 8.16­ Valores da resistência de união (MPa), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF  a  5%  por  40  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  25,776  27,842  23,438 
2  25,663  27,439  27,906 
3  25,448  25,211  27,904 
4  29,156  29,863  27,353 
5  28,408  27,735  28,556 
6  26,585  28,066  29,116 
7  29,156  24,299  28,631 
8  25,769  27,166  27,841 
9  29,759  27,128  26,295 
10  26,032  28,127  25,580 
11  28,855  26,142  27,633 
12  28,119  26,930  26,788 
 
  153 

Tabela 8.17 Valores da resistência de união (MPa), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF  a  5%  por  60  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  27,156  26,415  25,320 
2  24,950  27,197  25,291 
3  27,423  29,519  26,603 
4  25,065  29,102  24,274 
5  26,137  26,768  26,488 
6  27,591  28,957  24,167 
7  27,222  25,347  23,468 
8  28,148  25,844  28,555 
9  28,044  26,200  24,638 
10  25,376  25,537  24,466 
11  29,165  24,965  23,714 
12  27,333  25,419  25,933 
 
Tabela 8.18­ Valores da resistência de união (MPa), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF  a  10%  por  20  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  23,944  23,940  25,306 
2  27,589  25,134  28,427 
3  24,297  24,763  24,487 
4  25,641  23,628  25,690 
5  25,170  22,555  22,714 
6  25,087  29,813  26,400 
7  26,831  24,870  25,618 
8  24,794  25,789  25,733 
9  24,285  26,052  25,882 
10  27,584  25,746  25,932 
11  28,074  28,679  24,595 
12  23,508  23,799  25,451 
 
 
  154 

Tabela 8.19­ Valores da resistência de união (MPa), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF  a  10%  por  40  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  25,220  26,670  26,775 
2  28,010  27,678  27,850 
3  29,311  30,036  28,265 
4  25,837  24,493  26,439 
5  26,246  27,224  24,660 
6  26,964  25,367  26,707 
7  25,539  27,691  27,233 
8  25,891  26,296  25,419 
9  29,151  29,490  29,044 
10  25,918  25,230  27,412 
11  28,313  27,518  25,047 
12  29,083  28,028  27,312 
 
Tabela 8.20­ Valores da resistência de união (MPa), dos grupos da cerâmica e.max 
press  condicionadas  com  HF  a  10%  por  60  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  28,659  26,782  28,395 
2  31,173  29,861  25,532 
3  28,505  29,314  24,288 
4  30,284  33,493  24,087 
5  30,777  27,952  25,399 
6  28,451  28,677  26,538 
7  26,888  30,177  25,379 
8  28,446  32,379  23,276 
9  28,473  26,849  27,862 
10  26,892  31,756  24,349 
11  31,197  28,688  27,396 
12  28,568  27,417  25,705 
   
 
  155 

Tabela  8.21­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  5%  por  20  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  27,625  25,733  27,512 
2  25,634  25,917  23,783 
3  26,265  22,824  25,262 
4  22,925  26,926  24,911 
5  25,392  25,523  27,341 
6  24,315  25,600  25,983 
7  27,550  24,175  25,327 
8  27,735  26,108  23,424 
9  25,568  27,913  25,963 
10  24,197  26,804  23,425 
11  24,963  26,197  26,133 
12  25,518  26,698  25,902 
 
Tabela  8.22­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  5%  por  40  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  25,776  27,842  23,438 
2  25,663  27,439  27,906 
3  25,448  25,211  27,904 
4  29,156  29,863  27,353 
5  28,408  27,735  28,556 
6  26,585  28,066  29,116 
7  29,156  24,299  28,631 
8  25,769  27,166  27,841 
9  29,759  27,128  26,295 
10  26,032  28,127  25,580 
11  28,855  26,142  27,633 
12  28,119  26,930  26,788 
                      
 
  156 

Tabela  8.23­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  5%  por  60  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  27,156  26,415  25,320 
2  24,950  27,197  25,291 
3  27,423  29,519  26,603 
4  25,065  29,102  24,274 
5  26,137  26,768  26,488 
6  27,591  28,957  24,167 
7  27,222  25,347  23,468 
8  28,148  25,844  28,555 
9  28,044  26,200  24,638 
10  25,376  25,537  24,466 
11  29,165  24,965  23,714 
12  27,333  25,419  25,933 
 
Tabela  8.24­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  10%  por  20  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  23,944  23,940  25,306 
2  27,589  25,134  28,427 
3  24,297  24,763  24,487 
4  25,641  23,628  25,690 
5  25,170  22,555  22,714 
6  25,087  29,813  26,400 
7  26,831  24,870  25,618 
8  24,794  25,789  25,733 
9  24,285  26,052  25,882 
10  27,584  25,746  25,932 
11  28,074  28,679  24,595 
12  23,508  23,799  25,451 
 
 
  157 

Tabela  8.25­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  10%  por  40  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  25,220  26,670  26,775 
2  28,010  27,678  27,850 
3  29,311  30,036  28,265 
4  25,837  24,493  26,439 
5  26,246  27,224  24,660 
6  26,964  25,367  26,707 
7  25,539  27,691  27,233 
8  25,891  26,296  25,419 
9  29,151  29,490  29,044 
10  25,918  25,230  27,412 
11  28,313  27,518  25,047 
12  29,083  28,028  27,312 
 
Tabela  8.26­  Valores  da  resistência  de  união  (MPa),  dos  grupos  da  cerâmica 
Suprinity  condicionadas  com  HF  a  10%  por  60  s  limpas  com  ultrassom,  lavadas  e 
esfregadas com ácido fosfórico. 
 
Ácido 
  Ultrassom  Lavadas 
fosfórico 
1  28,659  26,782  28,395 
2  31,173  29,861  25,532 
3  28,505  29,314  24,288 
4  30,284  33,493  24,087 
5  30,777  27,952  25,399 
6  28,451  28,677  26,538 
7  26,888  30,177  25,379 
8  28,446  32,379  23,276 
9  28,473  26,849  27,862 
10  26,892  31,756  24,349 
11  31,197  28,688  27,396 
12  28,568  27,417  25,705 
 

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