Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Geopolítica do Petróleo
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/geopolitica-petroleo.htm
A geopolítica do petróleo atual decorre da grande importância desse recurso natural, muito cobiçado por
diversas nações do mundo. Falar de Geopolítica do Petróleo é falar dos cenários e dinâmicas políticas globais
referentes ao principal recurso natural da atualidade, que esteve em boa parte dos últimos tempos em disputa pelas
grandes potências econômicas internacionais.
https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/snapshots/maiores-reservas-provadas-de-petroleo-em-2020/
Gráfico 2 – Produtores de Petróleo
https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/snapshots/maiores-produtores-mundiais-de-petroleo-em-2020/
Brasil é atualmente o 9º maior produtor de petróleo no mundo. Se considerarmos apenas a produção de óleo cru, o Brasil sobe
para a 8ª posição. O pré-sal e os leilões recentes tem potencial para colocar o país ainda mais a frente deste ranking.
https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/snapshots/maiores-produtores-mundiais-de-petroleo-em-2020/
O Brasil foi o 8º maior consumidor de petróleo do mundo em 2020, subindo uma posição ante o ano anterior, e representou
2,6% da demanda mundial. Estados Unidos, China, Índia e Japão foram responsáveis por quase metade da demanda total.
Assim podemos notar, que a Arábia Saudita é líder mundial na produção de petróleo no mundo, o que
influencia bastante em sua postura geopolítica. Os Estados Unidos, por sua vez, mesmo estando em terceiro lugar
em produção, não são autossuficientes, pois é o maior consumidor. Isso explica as diversas ações que esse país
realizou a fim de ampliar o seu mercado e baratear os custos de importação do petróleo. Para se ter uma ideia, os
norte-americanos consomem cerca de 18 milhões de barris por dia, quase cinco vezes mais do que o Japão, terceiro
colocado em consumo do produto.
Além disso, é interessante notar que os países que mais produzem e também que possuem maiores reservas
estiveram recentemente envolvidos, de uma forma ou de outra, em questões diplomáticas ou militares. Cita m-se
os casos da Venezuela, que segue uma postura de questionamentos e tensões com os EUA, assim como a Líbia,
recentemente invadida pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no contexto da Primavera Árabe.
Isso explica também, ao menos em partes, o porquê de o Oriente Médio ser tão instável politicamente, afinal, essa
região é responsável por 60% da produção mundial de petróleo.
https://economiaenegocios.com/10-maiores-exportadores-de-petroleo-do-mundo/
O produto mais exportado do mundo é o petróleo. Em 2018, a commodity representava 5,9% do valor global
de todos os produtos exportados. Naquele ano, os embarques de petróleo bruto totalizaram US $ 1,113 trilhão, de
acordo com os últimos dados disponíveis.
Resumidamente, em junho, os EUA eclipsaram a Arábia Saudita nas exportações mensais de petróleo (como
resultado de um aumento na produção de xisto) antes de ceder o primeiro lugar ao líder de longa data. Atualmente,
os EUA ocupam o terceiro lugar, depois da Arábia Saudita e da Rússia, em termos de exportações anuais de
petróleo por país. No entanto, os EUA deverão assumir o segundo lugar da Rússia, ficando em segundo lugar em
uma lista de todos os exportadores anualmente até 2024, de acordo com previsões da Agência Internacional de
Energia.
Leia também: “Onde estão as maiores reservas de petróleo do planeta? Conheça as regiões e os países onde estão
os maiores volumes do combustível”. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-escolas-
tecnicas/tecnico-em-petroleo-e-gas/noticias/onde-estao-as-maiores-reservas-de-petroleo-do-planeta
A OPEP
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/opep.htm
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) foi fundada em setembro de 1960, em Bagdá,
Iraque. É uma organização que administra os assuntos e interesses relacionados ao petróleo e sua exploração,
produção e exportação/importação pelo mundo.
Seus membros atuam de maneira conjunta para que haja um controle dos preços dos barris de
petróleo, visando à competitividade e estabilidade no mercado petrolífero. Vale lembrar que a sigla dessa
organização em inglês é Opec - Organization of the Petroleum Exporting Countries.
Muitos analisam a Opep como um cartel que controla os preços do petróleo, sua produção e distribuição.
Entretanto, para os defensores de que a Opep não é um cartel, a justificativa faz referência a alguns fracassos
históricos dessa organização no controle dos preços e em crises envolvendo o combustível fóssil, como as crises
da década de 1970.
De qualquer forma, o funcionamento da organização ocorre de forma cartelizada, com um rígido controle
entre os países-membros e seus respectivos mercados.
Desde que foi fundada, a Opep já teve diversos membros, como Indonésia, Equador e Catar, que atualmente
não fazem parte. Quando foi criada, em 1960, a Opep contou com a participação de cinco países, considerados
os países fundadores: Irã; Iraque; Kuwait; Arábia Saudita e Venezuela.
Durante o século XX e XXI, outros países entraram na organização: Líbia (1962); Emirados Árabes
Unidos (1967); Argélia (1969); Nigéria (1971); Gabão (1975); Angola (2007); Guiné Equatorial (2017)
Congo (2018).
Vale frisar que de toda a reserva mundial comprovada, 79,4% dela estão em países-membros da Opep. A
Venezuela é o país do globo com as maiores reservas de petróleo do mundo, 25%, seguida pela Arábia Saudita,
22%, ambos países-membros da Opep.
Nas primeiras décadas de vida, em 1960 e 1970, a Opep desempenhou um papel importante no controle de
preços e contribuiu, de forma significativa, para o enriquecimento de seus filiados, como os países do Oriente
Médio (Arábia Saudita, Kuwait e Catar).
Contudo, nos anos 1980, a temática ambiental ganhou força nos debates internacionais. Devido a isso, a Opep
teve de rever seus conceitos sobre exploração de petróleo para readequar-se aos novos tempos que estavam
emergindo.
Qualquer variação no preço, mesmo que mínima, afeta a vida de bilhões de pessoas, o
crescimento econômico de países, e afeta, direta ou indiretamente, o cotidiano de inúmeras localidades.
A Opep, controlando a produção, exportação e o preço do petróleo, possui um grande poder nas relações
econômicas mundiais. Com todo esse poder em mãos, a Opep desempenha um papel fundamental no
globo, sendo acompanhada por mercados, bolsas de valores e investidores do mundo todo.
Entretanto, apesar de ter uma grande importância e influência global, vale lembrar que essa organização atua
para defender os direitos de seus membros, mesmo que isso vá na contramão dos direitos e benefícios para a
maioria da população mundial
Como o objetivo da Opep é controlar a produção e o preço do petróleo dos seus países-membros, a
organização atua diretamente com cotas máximas de barris de petróleo por dia. Tal ação é para evitar/amenizar
crises econômicas, com superprodução ou escassez do produto.
Essa coordenação da produção nos países-membros da Opep pode ser considerada positiva no sentido de que
o preço não suba exorbitantemente. Contudo, pode ser considerada uma prática de cartel, mesmo que a própria
organização não use esse termo, pois a disponibilidade do produto seria ofertada de acordo com os interesses dos
países produtores.
EUA, Japão e Índia elevam a pressão sobre a OPEP para conter a alta do petróleo
IGNACIO FARIZA - Madri - 04 NOV 2021.
https://brasil.elpais.com/economia/2021-11-05/eua-japao-e-india-elevam-a-
pressao-sobre-a-opep-para-conter-a-alta-do petroleo.html
O cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) demonstra ter as costas largas, mas
seus ombros suportam mais peso do que nunca. Estados Unidos, Japão e Índia, três dos maiores importadores de
petróleo do planeta, pressionaram nos últimos dias para que a OPEP aumente as exportações. O objetivo: conter
uma escalada de preços que está dificultando a vida dos consumidores e que, juntamente com os preços do gás,
contribui para levar a inflação a patamares que começam a ser difíceis de digerir para os bancos centrais.
“A ideia de que a Arábia Saudita [líder de facto do grupo de exportadores], a Rússia e outros grandes
produtores deixem de bombear mais para que as pessoas possam ir e voltar do trabalho não é correta”, afirmou o
presidente norte-americano, Joe Biden, durante a reunião do G20 realizada no último fim de semana em Roma.
Pouco depois, foi a vez de sua secretária de Energia, Jennifer Granholm: “O preço da gasolina depende do que
acontece no mercado petroleiro mundial. E esse mercado é controlado por um cartel: a OPEP. Portanto, esse cartel
tem mais a dizer [que eu] sobre o que está acontecendo.” A demanda global de petróleo retornou a patamares pré-
pandemia, disse a Secretária, mas a oferta ainda não seguiu o mesmo caminho.
Na mesma linha se expressaram, nos últimos dias, o ministro indiano do Petróleo e Gás Natural, Hardeep
Singh Puri, e o ministro japonês de Comércio e Indústria, Koichi Hagiuda. Mas a União Europeia e o maior
importador de petróleo do mundo, a China, mantêm silêncio. A insistência dos EUA em que a OPEP suba o teto
de produção responde, fundamentalmente, ao maior custo que seus motoristas enfrentam toda vez que precisam
abastecer: cerca de 40% de aumento em relação ao início do ano. Como na Espanha e em outros países europeus,
do outro lado do Atlântico o preço da gasolina chegou ao nível máximo dos últimos sete anos, favorecendo
o aumento da inflação geral.
Os gráficos a seguir apresentam a evolução histórica do preço do barril, a partir da década de 1970. O Gráfico 4
retrata o período entre 1970 e 2011 em valores nominais (‘valor nominal’ não considera a inflação do período).
O Gráfico 5 retrata os valores reais em dólar no período entre 1970 e 2020 (‘valor real’ considera o efeito da
inflação, isto é, são valores ajustados). O Gráfico 6 retrata o período entre o final de 2020 a outubro de 2021.
Atualmente o preço do barril de petróleo oscila na casa dos U$ 70,00. Em 22/12/2021 o barril estava cotado e m
U$ 75,29.
Disponível em = https://epbr.com.br/um-novo-patamar-de-precos-do-petroleo-por-alexandre-manoel-e-decio-oddone/
Gráfico 6 -
Disponível em = https://www.ecodebate.com.br/2021/10/08/por-que-o-indice-de-preco-dos-alimentos-bateu-recorde-em-setembro-de-2021/
Depois de um período de relativa estabilidade entre os anos 1940 e 1960, os preços do petróleo
quadruplicaram nas décadas seguintes (Gráfico 5), considerando os valores reais. Ver a evolução nos preços no
Gráfico 4, que aponta os valores nominais.
Os Gráficos trazem a oscilação nos preços do petróleo, ainda que apenas visualmente. Observe as altas nos
preços gerados após 1973 (Guerra do Yom Kippur entre Israel x Egito / Síria – disputa por território no Oriente
Médio), 1979 (Revolução Iraniana), 1991 (Guerra do Golfo), ao ataque às torres gêmeas em 2001 até a crise
financeira de 2008. Verifique também o impacto da Pandemia do Covid-19 e de uma nova conjuntura
internacional no início do ano 2020 e durante 2021.
A alta brusca nos preços do barril do petróleo gera crises na economia mundial. Duas crises foram de grande
impacto na economia mundial. A 1ª crise ocorreu 1973 e a segunda em 1979 (veja os gráficos 4 e 5).
O mais importante na observação dos gráficos é verificar a oscilação nos preços do barril de petróleo ao
longo dos últimos 50 anos, e considerar os preços das mercadorias no mundo são significativamente influenciadas
pelo preço do barril do petróleo. Uma subida brusca nos preços deste comodity pode desencadear crises no sistema
produtivo e financeiro global.
As reservas da camada do Pré-Sal são estimadas em até 43,8 bilhões de barris de óleo recuperável. O
montante equivale ao triplo das atuais reservas provadas, segundo Marcelo Gauto, especialista em petróleo, gás e
energia. Gauto chegou à estimativa de até 43,8 bilhões de barris recuperáveis ao realizar estudo do tamanho do
Pré-Sal. O estudo compila dados disponíveis, dos leilões de partilha e da cessão onerosa publicados pela Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As reservas estimadas (não confirmadas) podem
chegar a 146 bilhões de barris, tornando o Brasil, a quinta maior reserva de petróleo do mundo.
https://www.jornal.ufg.br/n/144249-ufg-e-petrobras-criam-metodo-inedito-de-analise-do-petroleo-em-rochas-de-reservatorios
As reservas da camada de pré-sal indicam volumes prováveis de 125 a 146 bilhões de barris de óleo.
Entretanto, o volume de óleo recuperável, que é efetivamente extraído dos reservatórios, é “algo em torno de 37,5
a 43,8 bilhões de barris”. Qualquer incremento no fator de recuperação significa um imenso quantitativo de
petróleo produzido.
https://diplomatique.org.br/a-nova-geopolitica-do-petroleo-no-seculo-xxi/