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Organização dos Países Exportadores de

Petróleo
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Organização dos Países


Exportadores de Petróleo
OPEP

Logo da OPEP

Bandeira da OPEP.
Países membros da OPEP.

Tipo Bloco comercial

Fundação 10–14 de setembro de


1960
em vigor em janeiro de
1961

Sede Viena

Membros 13[Expandir]

Línguas oficiais Inglês[1]

Secretário-Geral Mohammed Sanusi


Barkindo

Sítio oficial www.opec.org

Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP ou, pelo seu


nome em inglês, OPEC) é uma organização intergovernamental de 13 nações,
fundada em 15 de setembro de 1960 em Bagdá pelos cinco membros
fundadores (Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela), com sede desde
1965 em Viena, na Áustria. Em setembro de 2018, os então 14 países
membros representavam 44% da produção global de petróleo e 81,5%
das reservas de petróleo "comprovadas" do mundo, dando à OPEP uma
grande influência nos preços globais de petróleo, previamente determinados
pelos chamados agrupamento "Sete Irmãs" de empresas multinacionais de
petróleo.
A missão declarada da organização é "coordenar e unificar as políticas
de petróleo de seus países membros e garantir a estabilização dos mercados
de petróleo, a fim de garantir um fornecimento eficiente, econômico e regular
deste recurso aos consumidores, uma renda estável aos produtores e um
retorno justo de capital para aqueles que investem na indústria petrolífera".[2] A
organização também é uma provedora significativa de informações sobre o
mercado internacional de petróleo. Os atuais membros da OPEP são os
seguintes: Argélia, Angola, Guiné
Equatorial, Gabão, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, República do
Congo, Arábia Saudita (líder de facto), Emirados Árabes
Unidos e Venezuela. Equador, Indonésia e Catar são ex-membros.
A formação da OPEP marcou um ponto decisivo para a soberania nacional
sobre os recursos naturais e as decisões da organização passaram a
desempenhar um papel de destaque no mercado global de petróleo e
nas relações internacionais. O efeito pode ser particularmente forte quando
guerras ou distúrbios civis levam a interrupções prolongadas no fornecimento.
Na década de 1970, as restrições na produção de petróleo levaram a um
aumento dramático nos preços e na receita e riqueza da OPEP, com
consequências duradouras e de longo alcance para a economia global. Na
década de 1980, a OPEP começou a estabelecer metas de produção para
seus países membros; geralmente, quando as metas são reduzidas, os preços
do petróleo aumentam. Isso ocorreu nas decisões de 2008 e 2016 da
organização de reduzir o excesso de oferta.
Os economistas costumam citar a OPEP como um exemplo de cartel que
coopera para reduzir a concorrência no mercado, mas cujas consultas são
protegidas pela doutrina da imunidade estatal sob o direito internacional. Em
dezembro de 2014, "a OPEP e os petroleiros" ficaram em terceiro lugar na lista
do Lloyd's das "100 mais influentes do setor de transporte marítimo".[3] No
entanto, a influência da OPEP no comércio internacional é periodicamente
desafiada pela expansão de fontes de energia que não são da OPEP e pela
tentação recorrente de países da organização de exceder as metas de
produção e buscar interesses próprios conflitantes.
História
Foi criada em 14 de setembro de 1960 como uma forma dos países produtores
de petróleo se fortalecerem frente às empresas compradoras do produto, em
sua grande maioria pertencentes aos Estados Unidos, Inglaterra e Países
Baixos, que exigiam cada vez mais uma redução maior nos preços do petróleo.
Crise Petrolífera de 1973
Ver artigos principais: Guerra do Yom Kippur e Crise petrolífera de 1973

Um posto de gasolina americano fechado


durante o embargo ao petróleo em 1973.
A persistência do Conflito israelo-árabe forçou a OPEP a tomar atitudes
drásticas. Logo após a Guerra dos Seis Dias em 1967, os membros árabes da
OPEP fundaram a Organização dos Países Árabes Exportadores de
Petróleo com o propósito de centralizar a política de actuação e exercer
pressão no Ocidente, que apoiava Israel. O Egito e a Síria, embora não fossem
países exportadores usuais de petróleo, passaram a fazer parte da nova
organização. Em 1973, a Guerra do Yom Kippur alarmou a opinião pública
árabe. Furiosos com o facto de que o fornecimento de petróleo havia permitido
que Israel resistisse às forças egípcias e sírias, o mundo árabe impôs
um embargo contra Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão.[carece de fontes]
O conflito israelo-árabe provocou uma crise. Os membros da OPEP pararam
de exportar petróleo para o Ocidente, fazendo com que tivessem que reduzir os
gastos anuais com energia, aumentar os preços, e ainda vender mercadorias
com preço inflacionado para os países do Terceiro Mundo produtores de
petróleo. Isto foi agravado pelo Xá do Irã Reza Pahlavi, que era o segundo
maior exportador de petróleo mundial e aliado mais próximo dos Estados
Unidos na época. É claro que [o preço do petróleo] vai aumentar, disse ele
ao New York Times em 1973. Certamente, e como...; Vocês [países do
Ocidente] aumentaram o preço do trigo vendido a nós em 300%, o mesmo
ocorreu com o açúcar e com o cimento...; Vocês compram nosso petróleo bruto
e nos vendem ele de volta beneficiado na forma de produtos petroquimícos, por
uma centena de vezes o preço que vocês o compraram...; Seria no mínimo
justo que, daqui para frente, vocês paguem mais pelo petróleo. Poderíamos
dizer umas 15 vezes mais.[carece de fontes]

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