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Ricardo Reis – Ficha de trabalho

1. Segundo os versos 1-4, cada ser humano cumpre um destino


(“cumpre o destino”) que lhe pertence (“que lhe cumpre”). O ser humano
não cumpre o que lhe deseja, não alcança o que deseja, nem deseja o que
cumpre, visto que, é o Destino que decide por ele. A palavra “cumprir” é
de carácter polissémico pois tem mais que um significado. A primeira
forma verbal tem o significado de “executar”, “completar” e
“desempenhar”. Já a segunda significa “caber” ou “pertencer”.

2. A comparação presente nos versos 5-6 entre o ser humano e “as


pedras na orla dos canteiros” acentua a impossibilidade de contrariar o
Destino. Esta comparação é explicada nos versos seguintes, o Destino
coloca onde quer ou onde cada um de nós deve estar, sem que haja a
possibilidade de mudar de posição, assim como as pedras.

3. Nos últimos quatro versos é apresentada a filosofia de vida do


poeta que assenta na aceitação do Destino de uma forma tranquila, sem
tentativas de o mudar, pois “Nada mais nos é dado” (verso 12). Assim,
cada ser humano deve desistir de ter “melhor conhecimento” do que lhe
calhou e limitar-se a consentir ou que lhe coube. (versos 9-10)

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