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Um Culto no Céu – Ap 4.

1-11

O capitulo 4 é uma visão não do que é mas do que será


Introdução: A nossa linha de interpretação com base no esboço do livro
(1.19), vê esse capitulo como uma antevisão do arrebatamento, e a igreja já
galardoada diante de Deus.
A igreja aparece vinte vezes nos três primeiros capítulos e depois só
de novo em 20.17
1. Depois dessas coisas (v.1). Que coisas? –as que são (caps 2,3)
2. Olhei, e eis uma porta aberta no céu (v.1) - Não confundir com as
outras portas mencionadas no cap.3
a) A porta do Reino (3.8)
b) A porta do Coração (3.10)
c) Esta é a porta da Revelação – sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas
que depois destas (2,3) devem acontecer (v.1)
3. João ouve uma voz, e a identifica como: a primeira voz, que como de
trombeta ouvira falar comigo... (1.10)
4. Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem
acontecer. E logo fui arrebatado em espírito... (vv.1,2)
5. A primeira coisa que João vê ao chegar no céu é um TRONO

Encontramos no NT 60 passagens acerca do trono, 47 encontram-se no


Apocalipse, dos quais nada menos de 12 no presente capitulo. Todos os
detalhes estão orientados com vistas ao trono:

a) Sobre o trono;
b) Em redor do trono;
c) A partir do trono;
d) Diante do trono;
e) No meio do trono.

O livro abre (1.4) e fecha com um trono (22.3)

6. No trono. O trono estava ocupado – e um assentado sobre o trono


(v.2 com Is 6.1)

É impossível explicar Deus – era na aparência, semelhante à pedra de


JASPE e de SARDÔNICA.

A identificação dessas três pedras é debatida. Não se sabe ao certo se a


pedra de jaspe era vermelha ou verde. Apedra sardónica era vermelha.
O arco (gr., iris4) era semelhante à esmeralda, que é verde. Phillips
traduz essa passagem da seguinte maneira: “Sua aparência resplandecia
como diamante e topázio, e ao redor do trono brilhava um arco
semelhante a um arco-íris de esmeraldas”.

a) Jaspe – a insuportável brancura da pureza de Deus


b) Sardônica – representa a sanguinolenta ira de Deus

7. Ao redor do trono (v.3,4,6)


a) O arco celeste semelhante a ESMERALDA – representa a
misericórdia de Deus

O arco-íris lembra a aliança de Deus com Noé (Gn 9. 11-17),


simbolizando sua promessa de jamais destruir a Terra novamente
com um diluvio.

O julgamento esta preste a sobrevir, mas o arco-íris lembra que,


mesmo quando julga, Deus é misericordioso (Hc 3.2). Normalmente,
o arco-íris aparece depois da tempestade; aqui, porem, aparece antes
da tempestade.

b) Vinte e quatro tronos ocupados por 24 anciãos (v.4)

Quem são os 24 anciãos assentados em tronos? E pouco provável que


sejam anjos, pois os anjos não são contados (Hb 1.22), nem coroados, nem
tampouco entronizados. Além disso, em Apocalipse 7.11, os anciãos se
distinguem dos anjos (ver também Ap 5.8-11). Suas coroas são "as coroas
de vitória" (o termo grego e stephanos; ver Ap 2.10); e não ha indicação
alguma de que de os anjos recebam recompensas.
Quando Daniel (Dn 7.9) viu os tronos "postos", estes se encontravam
vazios, mas quando Joao os viu, estavam ocupados. Uma
c) Quatro animais cheios de olhos por diante e por detrás
A identidade dos quatro seres viventes
Dentre as possibilidades de interpretação sobre a identidade dos quatros
seres viventes, três são as mais amplamente adotadas.

 A primeira interpretação diz que os quatro seres viventes são


representantes da criação. Os números são parte importante da
mensagem do livro do Apocalipse. Nesse sentido, o número quatro
sempre aparece no livro relacionado à criação. Então essa
interpretação diz que os quatro seres viventes representam toda a
natureza criada diante do trono de Deus louvando ao Senhor (cf.
Salmo 19.1,2; 103.22; 148).
 Dessa forma, o primeiro ser vivente semelhante ao leão
representa os animais selvagens.
 O segundo ser vivente semelhante ao novilho representa os
animais domésticos.
 O terceiro ser vivente semelhante ao homem representa a
própria humanidade como a coroa da criação de Deus. Já o
quarto ser vivente, que é parecido com uma águia em voo,
representa todas as aves.
 Sao semelhantes aos querubins da visão do profeta Ezequiel
(Ez 1.4-14; 10.20-22), mas seu louvor (Ap 4.8) traz a memoria
os serafins de Isaias 6. Creio que essas criaturas especiais
simbolizam a criação de Deus e são relacionadas a aliança de
Deus com Noé (Gn 9.8-1 7).
Os rostos dos seres viventes são paralelos a declaração de
Deus em Genesis 9.10-o Senhor firmou sua aliança com Noé
("rosto como de homem"), com as aves ("semelhante a
águia"), os animais domésticos ("semelhante a novilho") e os
animais selváticos ("semelhante a leão").
 A segunda interpretação diz que os quatro seres viventes são seres
angelicais de uma classe especial que ministram diante de Deus (cf.
Salmo 80.1; 99.1). Nesse ponto é inegável como os quatro seres
viventes vistos por João relembram os querubins que foram vistos
por Ezequiel. (Ezequiel 1.4-25; 10.15). Tanto João quanto Ezequiel
usam linguagem simbólica para falar dos mesmos seres viventes que
são difíceis de descrever.
Ainda de acordo com essa interpretação, as semelhanças dos quatro seres
viventes com as figuras do leão, novilho, homem e águia, simbolizam seus
atributos dedicados ao serviço a Deus. Como leão eles são fortes e
poderosos; como novilho eles servem humildemente; assim como o homem
eles são seres racionais; e como águia eles são ágeis e velozes.
 Alguns estudiosos acreditam que esses quatro rostos descritos (Ap
4.7) ilustram o retrato quadruplo de Cristo nos relatos dos
Evangelhos. Mateus e o Evangelho do Rei (o leão). Marcos enfatiza
o Senhor como servo em seu ministério (o novilho). Lucas apresenta
Cristo como o Filho do homem, repleto de compaixão. Joao
magnifica a divindade de Cristo, o Filho de Deus (a águia).

8. Do trono
a) Saiam relâmpagos, e trovões e vozes (v.5)

São sinais da aproximação de uma tempestade e lembranças do poder


tremendo de Deus (ver Ex 9.23, 28; 19.16).

9. Diante do trono
a) Ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete Espíritos de
Deus (v.5)
b) Um como mar de vidro, semelhante ao cristal.
c) Os quatro animais adoram de dia e de noite
d) Os vinte e quatro anciãos também adoram
 Eles se prostram diante daquele que está assentado no Trono;
 Eles lançam suas coroas diante dEle em sinal de completa
submissão, pois suas coroas não vieram por seus próprios méritos;
 Eles declaram que o que está assentado no Trono é Senhor e Deus, o
Criador de todas as coisas, e Soberano em Sua vontade.
Agora, o cenário está montado: a igreja foi arrebatada para o céu, o Senhor
está assentado no trono, todas as criaturas do céu louvam-no e esperam o
derramamento de sua ira. E interessante notar que essa passagem usa o
nome de “Senhor Deus, o Todo-Poderoso” (4.8). A história registra que
esse era o título oficial do imperador Domiciano, responsável pela
perseguição que levou João para Patmos. Os homens e as mulheres podem
honrar a si mesmos, mas chegará o dia em que todos — pequenos e grandes
— reconhecerão que Jesus Cristo é o Senhor de todos e de tudo.

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