O documento discute alotropia e polimorfismo, onde elementos e compostos podem existir em diferentes estruturas cristalinas dependendo da temperatura e pressão. O ferro é usado como exemplo e muda de estrutura cúbica de corpo centrado para cúbica de faces centradas a 912°C, e de volta para cúbica de corpo centrado a 1394°C, ficando líquido acima de 1538°C. Suas propriedades podem ser alteradas por tratamentos térmicos devido às mudanças estruturais.
O documento discute alotropia e polimorfismo, onde elementos e compostos podem existir em diferentes estruturas cristalinas dependendo da temperatura e pressão. O ferro é usado como exemplo e muda de estrutura cúbica de corpo centrado para cúbica de faces centradas a 912°C, e de volta para cúbica de corpo centrado a 1394°C, ficando líquido acima de 1538°C. Suas propriedades podem ser alteradas por tratamentos térmicos devido às mudanças estruturais.
O documento discute alotropia e polimorfismo, onde elementos e compostos podem existir em diferentes estruturas cristalinas dependendo da temperatura e pressão. O ferro é usado como exemplo e muda de estrutura cúbica de corpo centrado para cúbica de faces centradas a 912°C, e de volta para cúbica de corpo centrado a 1394°C, ficando líquido acima de 1538°C. Suas propriedades podem ser alteradas por tratamentos térmicos devido às mudanças estruturais.
Muitos elementos e compostos existem em mais de uma forma cristalina, em
diferentes condições de temperatura e pressão. Este fenômeno é designado por polimorfismo ou alotropia. Quando o sólido é uma substância composta a denominação é polimorfismo e, portanto, alotropia é a mudança de estrutura cristalina para um elemento puro. Estas mudanças de estrutura geralmente ocorrem em função de variações de temperatura e pressão. À pressão atmosférica, muitos metais com importância industrial, tais como o ferro, o titânio e o cobalto, sofrem transformações alotrópicas a temperaturas elevadas.
Formas cristalinas alotrópicas do ferro, em função da temperatura, à pressão
atmosférica.
Na temperatura ambiente, o ferro puro apresenta estrutura cristalina cúbica de
corpo centrado (CCC), denominada ferrita alfa (α). A estrutura CCC do ferro (ferrita α) é estável até 912°C. Nesta temperatura a estrutura CCC sofre uma transformação alotrópica para a estrutura cúbica de faces centradas (CFC), denominada ferro gama (γ) ou austenita. A austenita (CFC) é estável entre 912 e 1394° C. Na temperatura de 1394°C ocorre uma nova transformação alotrópica na qual a estrutura CFC da austenita transforma-se novamente em CCC, denominada de ferrita delta (δ). A ferrita delta (δ) CCC é estável até a temperatura de 1538°C, que é a temperatura de fusão do Fe puro. Acima de 1538°C a estrutura cristalina CCC da ferrita δ torna-se amorfa, sem ordenação cristalina, caracterizando o estado líquido. O ferro líquido (L) é estável até a temperatura de 2880°C, temperatura na qual este passa para fase vapor. Desta característica do ferro decorre a possibilidade de alterar suas propriedades mediantes tratamentos térmicos (veremos adiante que a estrutura CCC tem menos direções compactas que a CFC; ou seja, ela é menos dúctil do que a estrutura CFC). Assim com o aquecimento, levando o ferro a (CCC) à ferro g (CFC) o mesmo torna-se mais maleável.