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23/09/2022 13:25 Sugestão do treino de soco no makiwara do karatê shotokan

Sugestão do treino de soco no


makiwara do karatê
shotokan
Propuesta para el entrenamiento
del golpe makiwara del karate shotokan
Suggestion of the punch training
in makiwara of the shotokan karate
Mestre em Ciência da Motricidade
Humana pela UCB do RJ
Nelson
Kautzner Marques Junior
 
  Faixa Roxa de Karatê-Dô Tradicional
de Estilo Shotokan desde 1986
nk-junior@uol.com.br
(Brasil)
 
 
Resumo
         
O objetivo da revisão foi sugerir o treino de soco no makiwara.
         
Unitermos: Karatê. Soco. Treino. Makiwara.
     
Abstract
         
The objective of the review was to suggest the punch training in
makiwara. 
         
Keywords: Karate. Punch. Training. Makiwara.
 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 171, Agosto de 2012. http://www.efdeportes.com

1 / 1

Introdução
   
O soco de um karateca do estilo shotokan altamente
treinado atinge uma velocidade de
13 metros por segundo, produzindo uma força
equivalente a 680 quilos¹. Essa alta
velocidade do soco e seu alto
impacto também são evidenciados em outros estudos2,3. Para
o
praticante de karatê desenvolver no soco elevada velocidade com alto impacto,
ele
costuma exercitar no makiwara (fala-se e deve ser lido o makiuara)4.
Através da prática do
makiwara é possível fortalecer as mãos do karateca
através de um trabalho de força
específico5, que serve como
preparação para o quebramento de tijolos, tábuas etc6.
Portanto, realizar o quebramento de qualquer objeto necessita de soco no
makiwara e soco
no implemento que deseja destruir com um golpe. Entretanto, é
conclusivo na literatura que o treino do quebramento
pode ser danoso para as
mãos ou qualquer parte do corpo devido à alta chance de lesão7.

   
O makiwara foi criado na ilha de Okinawa, Japão, quando o karatê shotokan
começou a ser praticado. Makiwara
significa palha enrolada (maki é enrolada e
wara é palha), foi dado esse nome porque no local onde o karateca
efetuava o
soco era colocada uma palha enrolada para amortecer o impacto do golpe.
Atualmente é colocado uma
borracha de 0,5 mm a 1 cm de espessura para proteger
a mão do lutador8. Muito comum é utilizar uma sandália e em
cada extremidade da sandália é amarrada por uma corda fina para o objeto ficar
fixado no makiwara. Para mulheres
karatecas, que não desejam ficar com a mão
calejada de socar o makiwara, indica-se o uso da joelheira de voleibol
com o
intuito de ser a região de golpe.

   
A makiwara é uma tábua de ipê (é uma madeira forte e flexível) ou peroba na
vertical que é fixada na terra9. A
makiwara possui um
comprimento total de 2,10, ou seja, 60 cm fica na terra (Obs.: Está num buraco
coberto por terra
sendo acompanhado por pedra para fixar bem o implemento) e
1,50 m fica aparente do lutador (Obs.: Essa altura é
padrão porque o braço
esticado de um adulto ao tocar na makiwara forma um ângulo de 90º, medida
ideal para o
treino de soco). Sua largura é de 10 cm e a espessura é de 6 cm
na base e 2 cm na ponta, onde fica localizada a
sandália para o karateca
efetuar o soco7.

   
Na base do makiwara (na parte do implemento que fica no buraco) coloca-se uma
madeira na horizontal (fixada
com parafuso) e um pouco acima, na região
superior do baraco, é fixada outra madeira na horizontal no makiwara8.

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Essas duas madeiras evitam que o makiwara flexione excessivamente para trás por
causa dos socos dos karatecas. A
figura 1 mostra Funakoshi praticando soco no
makiwara.

Figura
1. Funakoshi, criador do karatê shotokan, exercitando soco no makiwara em
1924 (www.algomoshatokankarate.com/). 
Desenhado,
são apresentadas as duas madeiras (em marrom) que evitam o flexionamento
excessivo do makiwara para trás por causa dos golpes do
lutador.

   
Quando o karateca aplica soco no makiwara, a tábua deve inclinar para trás
mais ou menos 5 a 20 cm (Obs.: Essa
inclinação do makiwara diminui o impacto
da madeira para o lutador) e o praticante deve segurar o implemento com o
soco
através de uma contração isométrica, proporcionando o kime10.
Segundo Marques Junior11, o kime acontece
quando o golpe é
efetuado em alta velocidade e com máximo de força, sua ação final é uma
contração isométrica da
mão de soco. Isso gera máxima potência do soco do
lutador, podendo causar sério dano caso o golpe acerte em uma
pessoa. Após o
karateca desferir o soco no makiwara, ele não deve deixar o aparelho
balançando, isso não treina a
força final do golpe – o kime, somente
exercita a força rápida do soco. Outro quesito que merece atenção é a
respiração. Quando o lutador socar o makiwara, deve expirar, mas quando se
preparar para fazer o golpe merece
inspirar12. Essa
expiração protege o abdômen numa luta porque causa uma contração
isométrica caso o praticante
receba um golpe do oponente.

   
Geralmente os golpes mais treinados no makiwara são compostos pelo kizami zuki
e pelo gyaku zuki. A explicação
para o maior treino desses socos é porque
eles fazem mais ponto no kumitê de cometição13. Entretanto,
a literatura
do karatê shotokan4,14 não informa como deve
ser realizado o treino no makiwara. O atleta aplica 5, 10 ou 60 socos?
É ideal
a pausa ativa ou passiva? Qual a duração da pausa? Logo, um artigo sobre esse
tema torna-se relevante.
Então, o objetivo da revisão foi sugerir o treino de
soco no makiwara.

1.    
Treino de soco no makiwara com embasamento científico

     
O treino de soco no makiwara precisa ser prescrito com embasamento científico.
Então, ao longo desses sub-
capítulos o professor vai ter informações
valiosas para a prescrição desse treino para o karateca.

1.1.    
Idade para iniciar no makiwara

   
O treino de soco no makiwara deve ser praticado por karatecas de nível médio a
avançado, sendo
proibido o uso desse implemento em crianças porque pode
acarretar lesão na mão14. Jovens na faixa de
13 a 17 anos
podem fazer uso do makiwara sob supervisão de um professor, mas os golpes devem
ser
com pequena força para não danificar a mão. Somente na fase adulta o
praticante do karatê de nível
avançado poderá aplicar soco com extrema
força para proporcionar aumento da potência do golpe.

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Entretanto, para o professor determinar se o jovem de 13 a 17 anos pode realizar
treino de soco no
makiwara, indica-se verificar a idade biológica do karateca.
Caso o lutador seja atrasado biologicamente,
ele é vetado dessa atividade. Para
o professor de karatê shotokan estabelecer a idade biológica dos
rapazes, ele
pode utilizar o teste de Matsudo15, onde é averiguado o pêlo
das axilas. Para moças, é
recomendada a avaliação através do cálculo
matemático de Escalona e Abreu16.

1.2.    
Aquecimento

     
Inicialmente o lutador deve fazer um aquecimento antes de socar no makiwara. O
aquecimento
começa pelos exercícios músculo articulares através dos
movimentos dos ombros com a ação da flexão,
extensão, abdução horizontal,
circundução e outras por 3 a 5 vezes. Durante a movimentação dos
ombros
também acontece flexão e extensão do cotovelo. Após esse aquecimento geral,
é realizado o
aquecimento específico, onde o atleta efetua em baixa a média
velocidade o próprio movimento
esportivo, com o intuito de melhorar a
coordenação dessa ação17. O aquecimento específico
consiste da
pratica de alguns socos no ar (3 a 10 repetições para cada membro
superior) e depois realizar socos no
makiwara com pouca força (3 a 10
repetições para cada braço).

   
O aquecimento geral e específico permite uma elevação da temperatura central
e periférica, ocasiona
num aumento da velocidade do impulso nervoso para a
contração muscular, diminui as chances de
lesão, libera maior quantidade de
líquido sinovial (Esse líquido facilita a movimentação das articulações)
e
aumenta a elasticidade dos tecidos (músculos, tendões e ligamentos tornam-se
mais elásticos)18,19.

   
Porém, a prática de exercícios de alongamento antes e depois de soco no
makiwara não é indicada.
Antes do trabalho de força o alongamento causa um
afastamento de actina e miosina e interfere na
geração de força20.
Após o treino, a ação muscular excêntrica proveniente do alongamento
desencadeia
aumento nas dores musculares21. Também, a
prática do alongamento não previne lesões no atleta,
sendo irrelevante essa
atividade22.

1.3.    
Volume do treino no makiwara

     
Para exercitar uma habilidade motora é necessário determinar o número de
repetições para o
exercício ser consolidado na memória de longo prazo23.
Como o treino de soco no makiwara trabalha a
técnica e a força, a plasticidade
neural é específica para esse tipo de sessão. Portanto, as adaptações
corticais decorrentes desse trabalho acontecem a partir de no mínimo 1 mês24,
onde ocorre uma
reorganização dos circuitos neurais para gerar um impulso
nervoso intenso na execução dessa tarefa25.

     
Baseado no princípio da especificidade ensinado por Barbanti26,
o treino de soco no makiwara
merece exercitar a técnica do golpe, a força
rápida e a força isométrica no final do soco quando o
karateca segura o
makiwara com o 2º e 3º metacarpo para realizar o kime. Todas essas ações
necessitam ser treinadas dessa maneira porque é assim que acontece no kumitê e
no kata do karatê
shotokan27. Logo, pode-se determinar, que a
ênfase da movimentação do karatê shotokan, inclusive do
soco no makiwara,
acontece com predomínio na força rápida e tendo alta participação do
sistema ATP-
CP. Portanto, essa sessão desenvolve mais a força neural e a
hipertrofia sarcoplasmática28.

     
Segundo Barbanti29, a força rápida é exercitada com 6 a 10
repetições, mas o intervalo deve ser
passivo com duração moderada para
acarretar restauração energética, com o intuito de ocasionar
adequado
trabalho muscular e melhora da técnica do golpe. Os valores indicados para a
ressíntese da
ATP-CP são de 1 minuto (recupera 80%) ou de 2 a 3 minutos
(recupera 90%) ou de 4 a 5 minutos
(restaura 100%)30,31. A
quantidade de séries para um trabalho de força rápida merece ser de 2 a 5 e
tendo uma freqüência semanal de 2 a 5 vezes na semana.

1.4.    
Informações importantes para treinar makiwara

   
Outro quesito que o técnico deve estar atento, e merece evitar, é um trabalho
aeróbio intenso antes
do soco no makiwara. O treino aeróbio acarreta
significativa fadiga central e periférica, prejudicando na
técnica do soco e
diminuindo o amortecimento do impacto do golpe, podendo ocorrer um contusão no
karateca. Isso é conclusivo na literatura32.

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Quando o karateca efetua soco no makiwara o professor dessa modalidade merece
estar preocupado
com o manguito rotador do aluno ou do atleta. Consultando Rasch33,
quando um esportista faz flexão
do ombro (Obs.: Movimento articular que
acontece no soco) através da articulação glenoumeral por
várias vezes e/ou
muito veloz, o arco coracoacromial pode colidir com o manguito rotador e
desencadear
uma contusão, a síndrome do impacto.

     
O manguito rotador tem função de fixar a articulação glenoumeral,
contribuindo para estabilização
articular. Quatro músculos pertencem ao
manguito rotador (subescapular, supraespinhal, infraespinhal e
redondo menor)34
e a maneira de proteger essa região contra lesão é através de exercícios de
força e
de flexibilidade. Marques Junior35 indicou os
seguintes exercícios: na musculação o atleta deve fazer
com halter uma ou
mais atividades do ombro (rotação externa do ombro, rotação interna do
ombro,
elevação do ombro, abdução do ombro, extensão do ombro e abdução
horizontal do ombro) e a
atividade de puxada pela frente na barra fixa que
acarreta adução do ombro. O trabalho de flexibilidade
deve acarretar rotação
interna e externa do ombro, o esportista merece praticar uma ação para cima e
para baixo com uma toalha nas mãos que se localiza nas costas do karateca.

1.5.    
Socos mais aplicados no makiwara

     
Os socos mais utilizados na makiwara são o kizami zuki e o gyaku zuki porque
esses golpes mais
pontuam no kumitê de competição.

   
O kizami zuki o karateca fica na base livre para luta, com os braços na
posição de combate e olhando
para frente com intuito de usar a visão
periférica. O braço da frente pratica flexão do ombro seguido de
extensão do
cotovelo e pronação do mesmo. Ao mesmo tempo que o braço está fazendo o
soco, a
coluna vertebral efetua extensão seguido de breve flexão do joelho e
do quadril da perna da frente
acompanhado de dorsiflexão do tornozelo da perna
da frente. Enquanto que a perna de trás efetua
extensão do joelho e do
quadril. Esse trabalho da coluna vertebral junto com o dos membros superiores
aumenta a potência do golpe, nesse momento acontece à força rápida e a
visão do atleta se direciona
para o alvo.

   
Quando o 2º e o 3º metacarpo toca a sandália do makiwara que atua para
amortecer o impacto, o
lutador faz uma força isométrica para segurar esse
implemento acontecendo o kime – a força final do
golpe. Esse impacto entre a
mão e o makiwara desencadeia a 3ª Lei de Newton, ou seja, a força
exercida
pelo soco desencadeia uma força de reação do makiwara com igual magnitude e
em direção
oposta ao do kizami zuki36. Portanto, quanto mais
forte o soco, maior é a força isométrica exercida pelo
karateca para segurar
o makiwara com o 2º e o 3º metacarpo, gerando em maior impacto para os
braços.

     
O 2º e o 3º metacarpo com a longa prática no makiwara ficam calejados, sendo
um protetor do
contato com esse implemento e durante o kumitê o esportista tem
menos chance de machucar essa
região da mão, somente o 4º e 5º metacarpo
costumam se lesionar porque eles não são preparados
para o alto impacto do
soco do karateca que atingem velocidades enormes33.

     
Quando o 2º e o 3º metacarpo tocam o makiwara eles realizam uma pressão nesse
implemento,
sendo definida como a quantidade de força que age sobre uma área37.
Sendo expresso pela força
dividida pela área, tendo unidade de medida de
Newton por milímetro quadrado (p = F : A = ? N/mm²).
Por exemplo, um soco de
um homem de 1,84 m com o 2º e o 3º metacarpo possui uma força de 556
Newton e
área de 6 milímetro quadrado (p = 556 : 6 = 92,66 N/mm²). Enquanto que o
mesmo soco
com o 3º, 4º e 5º metacarpo tem uma força de 556 Newton e área
de 7 milímetro quadrado (p = 556 :
7 = 79,42 N/mm²). Logo, o karateca pode
perceber que é vantajoso socar com o 2º e o 3º metacarpo,
essa menor área
gera uma maior pressão no soco.

   
Durante o kizami zuki, duas ações são realizadas pelo atleta. A primeira é a
respiração, no percurso
do soco o esportista deve armazenar o ar no abdômen,
somente quando a mão toca o makiwara que
merece efetuar expiração do ar para
liberar o máximo de energia interna durante o golpe, gerando em
mais força9.
A segunda ação é do segundo braço da guarda, que não faz o golpe, o
karateca direciona
para sua cintura quando o soco é praticado. A figura 2
mostra o kizami zuki no makiwara.

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Figura
2. (A) Karateca na base livre preparado para
socar e (B) realizou o kizami zuki no makiwara.

   
A figura 3 expõe o 2º e o 3º metacarpo que tem
contato com o makiwara durante o soco.

Figura
3. Em vermelho é o 2º e o 3º metacarpo calejado de tanto socar o makiwara

   
O gyaku zuki o karateca fica na sua base livre para luta, com o membro superior
que vai realizar o
soco na cintura, o membro superior de não golpe se posiciona
com o ombro num ângulo de 90º e o
cotovelo semiflexionado e o atleta olha para
frente com intuito de usar a visão periférica. Acontece ao
mesmo tempo, o
braço de não golpe realiza extensão do ombro acompanhado da flexão do
cotovelo e
supinação do mesmo, quanto mais rápido esse membro superior
retornar para cintura, mais veloz sai o
soco, desencadeando na flexão do ombro
seguido de extensão do cotovelo e pronação do mesmo38. No
mesmo momento que o soco está sendo desferido, a coluna vertebral efetua
rotação e os membros
inferiores se encontram em flexão do joelho e do quadril
e com dorsiflexão do tornozelo. Esse trabalho
da coluna vertebral junto com o
dos membros superiores aumenta a potência do golpe, nesse momento
acontece à
força rápida e a visão do atleta se direciona para o alvo. Quando o 2º e o
3º metacarpo toca

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a sandália do makiwara que atua para amortecer o impacto, o


lutador faz uma força isométrica para
segurar esse implemento acontecendo o
kime – a força final do golpe. A respiração nesse golpe segue
os mesmos
ensinamentos anteriores realizados no kizami zuk. A figura 4 mostra o gyaku zuki
no
makiwara:

Figura
4. (A) Karateca na forma preparado para socar e
(B) realizou o gyaku zuki no makiwara.

1.6.    
Avaliação do aumento da potência do soco proveniente do makiwara

     
Através desse artigo, o professor do karatê shotokan pode compreender que o
treino de soco no
makiwara é um trabalho que envolve muito conteúdo para
prescrição dessa sessão possuir bons
resultados ao karateca. Porém, quando
são consultados diversos livros de cineantropometria39-41,
não
foi observado nenhum teste que possa ser utilizado para determinar o
aumento da potência do soco do
lutador de karatê que faz o makiwara.

   
Consultando a literatura dessa arte marcial, lemos em Santaguêda e Santos42,
que através de um
programa gratuito de biomecânica na internet (denominado de
Skill Spector, www.video4coach.com/), é
possível o professor verificar a
mudança cinética e cinemática do soco do karateca. Portanto, o professor
a
cada 3 meses deve fazer uma filmagem do lutador e depois praticar a análise
biomecânica com o
intuito de averiguar o efeito do makiwara na alteração
cinemática e cinética do soco do aluno ou do
atleta dessa arte marcial.

     
Entretanto, o makiwara apresenta algumas limitações que podem interferir nessa
avaliação. Não
existe uma maneira de calibrar a velocidade do soco e do
impacto durante o treino. Então, a intensidade
da sessão fica comprometida, o
karateca costuma se guiar na força do seu soco através do barulho do
implemento. Logo, isso pode prejudicar nos testes, a intensidade da sessão é
estabelecida
empiricamente. Num futuro breve, é necessário a criação de um
aparelho que mensure a velocidade do
soco e do impacto durante a execução do
makiwara para o praticante estabelecer a intensidade durante
o treino.

Conclusão

     
Através dessa revisão foram apresentadas sugestões para o treino de soco no
makiwara ter embasamento
científico. Contudo, para essas informações serem
robustas, indica-se pesquisa para averiguar a melhor metodologia
de treino nesse
implemento.

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Educ Fís Deportes 16(163):1-10.
http://www.efdeportes.com/efd163/alteracoes-cinematicas-do-guyaku-tsuky.htm

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 171 | Buenos Aires,
Agosto de 2012  
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