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BIOQUIMICA

ACIDOS NUCLEICOS E NUCLEOTÍDEOS


Os ácidos nucleicos são macromoléculas constituídas por nucleotídeos e que formam dois importantes
componentes das células, o DNA e o RNA.

Eles recebem essa denominação pelo fato de possuírem caráter ácido e por serem encontrados no núcleo da
célula.

Os ácidos nucleicos são essenciais para todas as células, pois é a partir das moléculas de DNA e RNA que
são sintetizadas as proteínas, as células se multiplicam e ainda ocorre o mecanismo de transmissão das
características hereditárias.

Estrutura
Os ácidos nucleicos são formados por nucleotídeos,

os quais apresentam três componentes básicos:

um grupo fosfato, uma pentose e uma base nitrogenada.

Os nucleotídeos unem-se através de ligações fosfodiéster

entre o açúcar e o grupo fosfato. A pentose é um açúcar com cinco carbonos, a do DNA é chamada de
desoxirribose, enquanto a do RNA denomina-se ribose.

DNA E RNA
DNA e RNA são ácidos nucleicos que possuem diferentes estruturas e funções. Enquanto o DNA é
responsável por armazenar as informações genéticas dos seres vivos, o RNA atua na produção de proteínas.

A estrutura do dna é formada:


 Esqueleto de fosfato (P) e açúcar (D) alternados, que se dobram formando uma dupla-hélice.
 Bases nitrogenadas (A, T, G e C) ligadas por pontes de hidrogênio, que se projetam para fora da
cadeia.
 Nucleotídeos unidos por ligações fosfodiésteres.

O dna, uma fita dupla em forma de espiral (dupla hélice), é um ácido nucleico formado por bases
nitrogenadas, a pentose desoxirribose e o grupo fosfato. Essa estrutura é unida por ligações de hidrogênio
entre as bases nitrogenadas, Adenina (A), Timina (T), Citosina (C) e Guanina (G), que formam os pares A-T
e C-G.

As ligações fosfodiéster mantêm os nucleotídeos unidos na molécula de DNA. As extremidades de uma fita
de DNA são classificadas como 5’ e 3’, pois correspondem ao número do carbono da pentose onde estão
localizados o grupo fosfato e a hidroxila (OH) que se unem em uma ligação fosfodiéster. Na ponta 5’ está
um grupo fosfato livre e na ponta 3’ encontra-se uma hidroxila livre.

Replicação de dna
Ocorre de forma conservativa, a própria fita de dna serva de

molde para formar outras. Tendo por base a estrutura em

dupla hélice do DNA

A estrutura do RNA é formada por:


 Ribonucleotídeos: ribose, fosfato e bases nitrogenadas.
 Bases púricas: adenina (A) e guanina (G).
 Bases pirimídicas: citosina (C) e uracila (U).

As funções do RNA estão relacionadas com seus tipos. São eles:


RNA ribossômico (RNAr): formação dos ribossomos, que atuam na ligação dos aminoácidos em proteínas.

RNA mensageiro (RNAm): transmissão da mensagem genética para os ribossomos, indicando quais os
aminoácidos e qual a sequência que devem compor as proteínas.

RNA transportador (RNAt): direcionamento dos aminoácidos no interior das células para o local de síntese
de proteínas.

Transcrição de dna em rna


A síntese de RNA (mensageiro, por exemplo) se inicia com a separação das duas fitas de DNA.

Apenas uma das fitas do DNA serve de molde para a produção da molécula de RNAm. A outra fita não é
transcrita. Essa é uma das diferenças entre a duplicação do DNA e a produção do RNA.

Tradução do rna em proteína


A tradução é um processo no qual haverá a leitura da mensagem contida na molécula de RNAm pelos
ribossomos, decodificando a linguagem de ácido nucleico para a linguagem de proteína.

AMINOACIDOS
Os aminoácidos são moléculas orgânicas que possuem, pelo menos, um grupo amina - NH2 e um grupo
carboxila - COOH em sua estrutura.

Os aminoácidos são utilizados na síntese de proteínas, as quais constituem músculos, tendões, cartilagens,
tecido conjuntivo, unhas e cabelos, além de alguns hormônios. Assim, eles ligam-se entre si para formar as
proteínas, sendo, portanto, a "matéria prima" desses macronutrientes.

 Aminoácidos naturais ou não essenciais: São os aminoácidos produzidos pelo próprio organismo,
sendo 12 no total: glicina, alanina, serina, histidina, asparagina, glutamina, cisteína, prolina, tirosina,
arginina, ácido aspártico e ácido glutâmico;
 Aminoácidos essenciais: São os aminoácidos que não são sintetizados pelo organismo e que
precisam ser obtidos através da alimentação. Correspondem a oito aminoácidos: fenilalanina, valina,
triptofano, treonina, lisina, leucina, isoleucina e metionina.

Composição e estrutura
Todos os 20 aminoácidos existentes são α-aminoácidos,

ou seja, o grupo amina e o grupo carboxila estão ligados

ao mesmo carbono (carbono alfa). Um aminoácido é

definido pelo seu grupo lateral (R). todos os aminoácidos

têm em comum um grupamento amina (NH2) e um

grupamento carboxila ou ácido (COOH) ligados a um mesmo átomo de carbono, que, por sua vez, está
ligado a um átomo de hidrogênio e a um radical (R) que varia de um aminoácido para outro.

Devido ao caráter ácido do grupo carboxila e do caráter básico do grupo amino, quando os aminoácidos são
dissolvidos em água, sofrem neutralização interna e tornam-se íons dipolares, um composto químico
eletricamente neutro.

Essa característica dos aminoácidos permite que sofram reação tanto com ácido como com base. Compostos
com esse comportamento são denominados anfóteros.

Ligação peptídica
A ligação que une os aminoácidos é chamada de ligação

peptídica, caracterizada pela reação do grupamento

amina de um aminoácido com o grupamento carboxila

de outro, com liberação de uma molécula de água.


Dois aminoácidos unidos por uma ligação peptídica formam uma molécula denominada dipeptídeo. Vários
aminoácidos ligados por várias ligações peptídicas formam uma macromolécula denominada polipeptídeo.

PEPTIDEOS
Os peptídeos são biomoléculas formadas por dois ou mais aminoácidos. A união dos peptídeos ocorre
através das ligações químicas covalentes, chamadas de ligações peptídicas. Alguns exemplos de peptídeos
são: glutationa, galanina, ocitocina, bradicinina, amanitina, tireotrofina, colecistocinina, vasopressina e
encefalina.

Funções dos Peptídeos


Tal qual as proteínas, os peptídeos são compostos químicos que designam diversas funções essenciais para a
vida, a saber:

 Regula a atividade de vários sistemas


 Auxilia na síntese de DNA
 Transporte de aminoácidos
 Metabolismo de fármacos e substâncias tóxicas
 Regeneração celular
 Efeito anti-inflamatório
 Estimulação ou inibição do apetite
 Estimula a produção de urina
 Regula a atividade hormonal e dos neurotransmissores
 Função imunológica
 Antibióticos naturais

Nomenclatura
De acordo com o número de aminoácidos presentes na molécula, os peptídeos são classificados em:

Dipeptídeo: formado por dois aminoácidos

Tripeptídeo: formado por três aminoácidos

Tetrapeptídeo: formado por quatro aminoácidos

Oligopeptídeo: de 4 até 50 aminoácidos

Polipeptídeo: formado por mais de 50 aminoácidos

PROTEINAS
As proteínas são as macromoléculas orgânicas mais abundantes das células, fundamentais para a estrutura e
função celular. Elas são encontradas em todos os tipos de células e nos vírus.

Elas são formadas por aminoácidos ligados entre si e unidos através de ligações peptídicas.
De peso molecular extremamente elevado, as proteínas são compostas por carbono, hidrogênio, nitrogênio e
oxigênio, sendo que praticamente todas elas possuem enxofre. Elementos como ferro, zinco e cobre também
podem estar presentes.

Todas as proteínas são formadas por um conjunto de 20 aminoácidos, arranjados em sequências específicas
variadas.

Tipos de Proteínas
Dependendo da sua função no organismo, as proteínas são classificadas em dois grandes grupos:

 Proteínas Dinâmicas: Esse tipo de proteína realiza funções como defesa do organismo, transporte de
substâncias, catálise de reações, controle do metabolismo;
 Proteínas Estruturais: Como o próprio nome indica, sua função principal é a estruturação das células
e dos tecidos no corpo humano. O colágeno e a elastina são exemplos desse tipo de proteína

Classificação das Proteínas


As proteínas podem ser classificadas das seguintes formas:

Quanto à Composição
 Proteínas Simples: Liberam apenas aminoácidos durante a hidrólise;
 Proteínas Conjugadas: Por hidrólise, liberam aminoácidos e um radical não peptídico, denominado
grupo prostético.

Quanto ao Número de Cadeias Polipeptídicas


 Proteínas Monoméricas: Formadas apenas por uma cadeia polipeptídica;
 Proteínas Oligoméricas: De estrutura e função mais complexas, são formadas por mais de uma
cadeia polipeptídica.

Quanto à Forma
 Proteínas Fibrosas: A maioria das proteínas fibrosas são insolúveis em meio aquosos e possuem
pesos moleculares bastante elevados. Normalmente são formadas por longas moléculas de formato
quase retilíneo e paralelas ao eixo da fibra. Fazem parte deste grupo as proteínas estruturais como o
colágeno do tecido conjuntivo, a queratina do cabelo, a miosina dos músculos, entre outras;
 Proteínas Globulares: Possuem estrutura espacial mais complexa e são esféricas. Geralmente são
solúveis em meio aquoso. São exemplos de proteínas globulares as proteínas ativas, como as
enzimas, e as transportadoras, como a hemoglobina.

Função das Proteínas


As principais funções das proteínas são:

 Fornecimento de energia;
 Estruturação da célula;
 Catalisador de funções biológicas, na forma de enzimas;
 Regulação de processo metabólicos;
 Armazenamento de substâncias;
 Transporte de substâncias;
 Construção e reparação dos tecidos e músculos;
 Defesa do organismo, na forma de anticorpos;
 Produção de hormônios e neurotransmissores.
ENZIMAS
As enzimas são proteínas que catalisam reações químicas as quais ocorrem em seres vivos.

Elas aceleram a velocidade das reações, o que contribui para o metabolismo. Sem as enzimas, muitas
reações seriam extremamente lentas.

Durante a reação, as enzimas não mudam sua composição e também não são consumidas. Assim, elas
podem participar várias vezes do mesmo tipo de reação, em um intervalo de tempo pequeno.

Quase todas as reações do metabolismo celular são catalisadas por enzimas.

COMO FUNCIONA
O composto sobre o qual a enzima age é genericamente denominado substrato. A grande especificidade
enzima-substrato está relacionada à forma tridimensional de ambos.

A enzima se liga a uma molécula de substrato em uma região específica denominada sítio de ligação. Para
isso, tanto a enzima quanto o substrato sofrem mudança de conformação para o encaixe.

Eles se encaixam perfeitamente como chaves em fechaduras.

A esse comportamento damos o nome de Teoria da Chave-

Fechadura.

Classificação
As enzimas são classificadas nos seguintes grupos, conforme o tipo de reação química que catalisam:

1. Oxido-redutases: reações de oxidação-redução ou transferência de elétrons. Exemplo:


Desidrogenases e Oxidases.
2. Transferases: transferência de grupos funcionais como amina, fosfato, acil e carboxi. Exemplo:
Quinases e Transaminases.
3. Hidrolases: reações de hidrólise de ligação covalente. Exemplo: Peptidases.
4. Liases: reações de quebra de ligações covalentes e a remoção de moléculas de água, amônia e gás
carbônico. Exemplo: Dehidratases e Descarboxilases.
5. Isomerases: reações de interconversão entre isômeros óticos ou geométricos. Exemplo: Epimerases.
6. Ligases: reações de formação de novas moléculas a partir da ligação entre duas pré-existentes.
Exemplo: Sintetases.

TIPOS
As enzimas são formadas por uma parte protéica, chamada de apoenzima e outra parte não protéica,
chamada de co-fator.
Quando o co-fator é uma molécula orgânica, recebe a denominação de coenzima. Muitas coenzimas são
relacionadas com as vitaminas.

O conjunto da enzima + co-fator, é chamado de holoenzima.

Veja algumas das principais enzimas e suas ações:

 Catalase: decompõe o peróxido de hidrogênio;


 DNA polimerase ou Transcriptase Reversa: catalisa a duplicação do DNA;
 Lactase: facilita a hidrólise da lactose;
 Lipase: facilita a digestão de lipídios;
 Protease: atuam sobre as proteínas;
 Urease: facilita a degradação da ureia;
 Ptialina ou Amilase: atua na degradação do amido na boca, transformando-o em maltose (molécula
de menor tamanho);
 Pepsina ou Protease: atua sobre proteínas, degradando-as em moléculas menores;
 Tripsina: participa da degradação de proteínas que não foram digeridas no estômago.

Enzimas de Restrição
As enzimas de restrição ou endonucleases de restrição são produzidas por bactérias.

Elas são capazes de cortar o DNA em pontos específicos.

Podemos considerá-las tesouras moleculares. As enzimas de restrição são fundamentais para a manipulação
do DNA.

Ribozimas
Ribozimas são moléculas de RNA que atuam como enzimas. Muitas reações químicas que ocorrem dentro
das células são catalisadas pelo RNA.

Assim como as proteínas que atuam como enzimas, essas moléculas de RNA aceleram a velocidade de
certas reações químicas.

Elas também são altamente específicas quanto ao substrato e permanecem quimicamente intactas após a
reação.

A atuação dessas ribozimas está ligada a várias etapas da síntese de proteínas nas células

Carboidratos
Carboidrato é um composto formado basicamente por carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O). Por isso,
quimicamente, recebe o nome de hidrato de carbono, cuja fórmula geral é Cx(H2O)y.

Tratam-se de abundantes biomoléculas na natureza, também chamadas de glicídios ou açúcares


As 3 principais funções dos carboidratos

1. Fornecimento de energia
Os seres humanos obtêm energia através da alimentação. Quando ingerido, o carboidrato é decomposto por
enzimas específicas em unidades menores de açúcares até que se produza a glicose.

2. Armazenamento energético
Plantas possuem um pigmento verde chamado de clorofila, que é capaz de absorver a energia luminosa
proveniente do Sol.

Utilizando o gás carbônico do ar e a água captada pelas raízes, as plantas são capazes de converter energia
solar em energia química no processo de fotossíntese.

3. Estruturação celular
A célula vegetal é a unidade formadora do tecido das plantas, sendo constituída de organelas e material
genético, delimitados por uma parede celular.

O principal componente da parede celular é a celulose, um polissacarídeo composto por inúmeras moléculas
de glicose. A celulose faz com que as células dos vegetais possuam uma estrutura fixa, que é responsável
pela proteção, sustentação e resistência. Esse carboidrato também regula o acesso de água na célula e a
interação entre células vizinhas.

Classificação dos carboidratos


De acordo com o tamanho da cadeia e sua complexidade, os carboidratos podem ser classificados em:

 Monossacarídeos
 Oligossacarídeos
 Polissacarídeos

1. Monossacarídeos
São carboidratos constituídos por aldoses, que possuem o grupo aldeído (-CHO) na cadeia, e cetoses, que
possuem o grupo funcional cetona (C=O).

De acordo com o número de carbonos, os monossacarídeos são classificados em trioses (3C), tetroses (4C),
pentoses (5C), hexoses (6C) e heptoses (7C).

2.Oligossacarídeos
Os oligossacarídeos correspondem aos carboidratos solúveis formados por mais de um monossacarídeo
unidos por ligações O-glicosídicas.

Fazem parte desse grupo os dissacarídeos, junção de dois monossacarídeos, e os trissacarídeos, que
correspondem à união de três monossacarídeos em uma molécula.

3. Polissacarídeos
Os polissacarídeos são vários monossacarídeos unidos por ligações glicosídicas em uma longa cadeia
polimérica.
Funções dos carboidratos
A celulose, carboidrato mais abundante na natureza, é um componente da parede celular e possui como
função principal auxiliar na estrutura celular vegetal.

O amido é considerado a principal reserva energética dos vegetais e encontrado principalmente nos
tubérculos (batatas, mandioca, cará), nas raízes, caule e folhas.

A glicose aparece na forma livre em muitas frutas e é o metabolito habitual de conversão nos organismos
animais, ou seja, todos os glicídios ingeridos e absorvidos pelo intestino precisam ser convertidos em glicose
para participarem dos processos metabólicos celulares.

O glicogênio, armazenado no fígado e nos músculos dos animais, é a principal reserva energética de animais
e fungos. Nos seres humanos, quando o corpo necessita de energia o glicogênio é transformado em
moléculas de glicose.

Por fim, a quitina está presente na parede celular dos fungos e constitui também o exoesqueleto dos
artrópodes.

Lipídeos
Os lipídios ou gorduras são moléculas orgânicas insolúveis em água e solúveis em certas substâncias
orgânicas, tais como álcool, éter e acetona.

Também chamados lípidos ou lipídeos, essas biomoléculas são compostas por carbono, oxigênio e
hidrogênio.

Funções dos Lipídios


Os lipídios apresentam funções importantes para o organismo, confira a seguir:

 Reserva de energia: utilizada pelo organismo em momentos de necessidade, e está presente em


animais e vegetais;
 Isolante térmico: nos animais as células gordurosas formam uma camada que atua na manutenção
na temperatura corporal, sendo fundamental para animais que vivem em climas frios;
 Ácidos graxos: estão presentes nos óleos vegetais extraídos de sementes, como as de soja, de
girassol, de canola e de milho, que são usados na síntese de moléculas orgânicas e das membranas
celulares.
 Absorção de vitaminas: auxiliam a absorção das vitaminas A, D, E e K que são lipossolúveis e se
dissolvem nos óleos. Como essas moléculas não são produzidas no corpo humano é importante o
consumo desses óleos na alimentação.

Tipos de Lipídios e Exemplos

Carotenoides
São pigmentos alaranjados presentes nas células de todas as plantas que participam na fotossíntese junto
com a clorofila, porém desempenha papel acessório.

Um exemplo de fonte de caroteno é a cenoura, que ao ser ingerida, essa substância se torna precursora da
vitamina A, fundamental para a boa visão.
Os carotenoides também trazem benefícios para o sistema imunológico e atuam como anti-inflamatório.

Ceras
Estão presentes nas superfícies das folhas de plantas, no corpo de alguns insetos, nas ceras de abelhas e até
mesmo aquela que há dentro do ouvido humano.

Esse tipo de lipídeo é altamente insolúvel e evita a perda de água por transpiração. São constituídas por uma
molécula de álcool (diferente do glicerol) e 1 ou mais ácidos graxos.

Fosfolipídios
São os principais componentes das membranas das células, é um glicerídeo (um glicerol unido a ácidos
graxos) combinado com um fosfato.

Glicerídeos
Podem ter de 1 a 3 ácidos graxos unidos a uma molécula de glicerol (um álcool, com 3 carbonos unidos a
hidroxilas-OH). O exemplo mais conhecido é o triglicerídeo, que é composto por três moléculas de ácidos
graxos.

Esteroides
São compostos por 4 anéis de carbonos interligados, unidos a hidroxilas, oxigênio e cadeias carbônicas.

VITAMINAS
As vitaminas são compostos orgânicos não sintetizados pelo organismo, sendo incorporados
através da alimentação.

Elas são essenciais para o funcionamento de importantes processos bioquímicos do organismo,


especialmente como catalisadoras de reações químicas.

Tipos
As vitaminas são divididas em dois grupos, conforme a substância na qual se dissolvem:

 Vitaminas lipossolúveis: São as vitaminas solúveis em gordura e por isso podem ser armazenadas.
Fazem parte deste grupo as vitaminas A, D, E e K.
 Vitaminas hidrossolúveis: São as vitaminas do complexo B e a vitamina C, solúveis em água. Elas
não podem ser armazenadas no corpo, tornando raro os casos de hipervitaminose. Também são
absorvidas e excretadas rapidamente.

Vitaminas Lipossolúveis

Vitamina A (Retinol/Beta-Caroteno)
 Funções: Crescimento e desenvolvimento dos tecidos; ação antioxidante; funções reprodutivas;
integridade dos epitélios;importante para a visão.
 Fontes: Fígado, rim, nata, manteiga, leite integral, gema de ovo, queijo e peixes oleosos. Fontes de
carotenos presentes na cenoura, abobrinha, batata doce, manga, melão, mamão, pimentão vermelho,
brócolis, agrião, espinafre.
 Hipovitaminose: Queratinização das membranas de mucosas que revestem o trato respiratório, tubo
digestivo e trato urinário. Queratinização da pele e do epitélio do olho. Alterações na pele, insônia,
acne, pele seca com descamações, diminuição do paladar e apetite, cegueira noturna, úlceras na
córnea, perda de apetite, inibição do crescimento, fadiga, anormalidades ósseas, perda de peso,
aumento da incidência de infecções.
 Hipervitaminose: Dores nas articulações, afinamento de ossos longos, perda de cabelo e icterícia.

Vitamina D
 Funções: Absorção de cálcio e fósforo. Auxilia o crescimento e a resistência dos ossos, dentes,
músculos e nervos;
 Fontes: Leite e derivados, margarinas e cereais enriquecidas, peixes gordos, ovos, levedo de cerveja.
 Hipovitaminose: Anormalidades ósseas, raquitismo, osteomalácia;
 Hipervitaminose: Hipercalemia, dor óssea, enfraquecimento, falhas no desenvolvimento, depósito
de cálcio nos rins;

Vitamina E (Tocoferol)
 Funções: Ação antioxidante, protege as células dos danos provocados pelos radicais livres,
auxiliando na prevenção de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.
 Fontes: Óleos vegetais, nozes, amêndoa, avelã, gérmen de trigo, abacate, aveia, batata doce, vegetais
verde-escuros.
 Hipovitaminose: Anemia hemolítica, distúrbios neurológicos, neuropatia periférica e miopatia
esquelética.
 Hipervitaminose: Não existe toxicidade conhecida.

Vitamina K
 Funções: Catalisar a síntese dos fatores de coagulação do sangue no fígado. A vitamina K atua na
produção de protrombina, que combina com o cálcio para ajudar a produzir o efeito coagulante, além
de ser necessária na manutenção da saúde dos ossos.
 Fontes: Vegetais verdes folhosos, fígado, feijão, ervilha e cenoura.
 Hipovitaminose: Tendência a hemorragias.
 Hipervitaminose: Dispnéia e Hiperbilirrubinemia.

Vitaminas Hidrossolúveis

Vitamina C
 Funções: Antioxidante, cicatrizante, atua no crescimento e manutenção dos tecidos corporais,
incluindo matriz óssea, cartilagem, colágeno e tecido conjuntivo.
 Fontes alimentares: Frutas cítricas, frutas vermelhas, maçã, tomate, batata inglesa, batata doce,
repolho, brócolis.
 Hipovitaminose: Pontos hemorrágicos na pele e nos ossos, capilares fracos, articulações frágeis,
dificuldade de cicatrização de feridas, sangramento de gengivas.

As frutas exóticas também são excelentes fontes de vitamina C.


Vitaminas do Complexo B
As vitaminas do complexo B compreendem oito vitaminas, são elas:

Tiamina (B1)
 Funções: Liberação de energia dos carboidratos, gorduras e álcool.
 Fontes: Gérmen de trigo, ervilha, levedura, cereais matinais fortificados, amendoim, fígado, batata,
carne de porco e vaca, fígado, grãos, leguminosas.
 Hipovitaminose: Beribéri (dor e paralisia das extremidades, alterações cardiovasculares e edema),
anorexia, indigestão, constipação, atonia gástrica, secreção insuficiente de ácido clorídrico, fadiga,
apatia geral, enfraquecimento do músculo cardíaco, edema, insuficiência cardíaca e dor crônica no
sistema músculo-esquelético.
 Hipervitaminose: Pode interferir na absorção de outras vitaminas do complexo B.

Riboflavina (B2)
 Funções: Disponibiliza a energia dos alimentos, crescimento em crianças, restauração e manutenção
dos tecidos.
 Fontes: Iogurte, leite, queijo, fígado, rim, coração, gérmen de trigo, cereais matinais vitaminados,
grãos, peixes oleosos, levedura, ovos, siri, amêndoa, semente de abóbora, vegetais.
 Hipovitaminose: Queilose (rachaduras nos cantos da boca), glossite (edema e vermelhidão da
língua), visão turva, fotofobia, descamação da pele, dermatite seborreica.

Niacina (B3)
 Funções: Necessária para a produção de energia nas células. Desempenha papel nas ações das
enzimas no metabolismo dos ácidos graxos, respiração dos tecidos e eliminação de toxinas.
 Fontes: Carnes magras, fígado, peixes oleosos, amendoim, cereais matinais vitaminados, leite,
queijo cogumelo, ervilha, vegetais folhosos verdes, ovos, alcachofra, batata, aspargos.
 Hipovitaminose: Fraqueza, pelagra, anorexia, indigestão, erupções na pele, confusão mental, apatia,
desorientação, neurite.

Ácido Pantotênico (B5)


 Funções: Transformação da energia de gorduras, proteínas e carboidratos em substâncias essenciais
como hormônios e ácidos graxos.
 Fontes: Fígado, rim, gema do ovo, leite, gérmen de trigo, amendoim, nozes, cereais integrais,
abacate.
 Hipovitaminose: Doenças neurológicas, cefaleia, cãibras e náuseas.

Piridoxina (B6)
 Funções: Desempenha papel no sistema nervoso central, participa no metabolismo dos lipídios, na
estrutura da fosforilase e no transporte de aminoácidos através da membrana celular.
 Fontes: Gérmen de trigo, batata, banana, vegetais crucíferos, castanhas, nozes, peixe, abacate,
semente de gergelim.
 Hipovitaminose: Anomalias do sistema nervoso central, desordens da pele, anemia, irritabilidade e
convulsões.
 Hipervitaminose: Ataxia e neuropatia sensorial.
Biotina (B8)
 Funções: Produção de energia através dos alimentos, síntese de gorduras, excreção dos resíduos de
proteínas.
 Fontes: Gema de ovo, fígado, rim, coração, tomate, levedura, aveia, feijão, soja, nozes, alcachofra,
ervilha e cogumelo.
 Hipovitaminose: Alterações cutâneas.

Folato (B9) - Ácido Fólico


 Funções: Atua como coenzima no metabolismo dos carboidratos, mantém a função do sistema
imunológico, juntamente com a vitamina B12, está presente na síntese de DNA e RNA, além de
participar na formação e maturação de células do sangue.
 Fontes: Vegetais folhosos verdes, fígado, beterraba, gérmen de trigo, cereais vitaminados, nozes,
amendoim, grãos, leguminosas.
 Hipovitaminose: Anemia megaloblástica, lesões de mucosas, má formação do tubo neural,
problemas de crescimento, transtornos gastrointestinais, alterações na morfologia nuclear celular.

Cobalamina (B12)
 Funções: Atua como coenzima no metabolismo dos aminoácidos e na formação da porção heme da
hemoglobina; essencial para a síntese de DNA e RNA; participa na formação de células vermelhas
do sangue.
 Fontes: Alimentos de origem animal, fígado, rim, carne magra, leite, ovos, queijo, leveduras.
 Hipovitaminose: Anemia perniciosa, anemia megaloblástica, distúrbios gastrointestinais.

SAIS MINERAIS
Os sais minerais são nutrientes que apresentam as mais variadas funções e podem ser observados em seres
vivos e também na matéria não viva. Nos seres vivos, encontram-se dissolvidos em água ou imobilizados.
Os dissolvidos em água estão sob a forma de íons, enquanto os imobilizados são encontrados nas estruturas
esqueléticas, sendo pouco solúveis.

principais sais minerais encontrados nos seres vivos e suas funções:

→ Cálcio: É o mineral mais abundante no organismo, sendo encontrado principalmente no esqueleto. Além
de formar os ossos, é um nutriente essencial para a célula, pois controla a permeabilidade da membrana.
Além disso, o cálcio é importante para a contração muscular, liberação de hormônios, coagulação do sangue,
entre outras funções.

→ Ferro: Esse mineral participa, entre outras funções, da formação das hemoglobinas, um pigmento que
tem a função de transportar oxigênio. Além disso, faz parte da mioglobina, que armazena oxigênio no
músculo, e participa da respiração celular.

→ Flúor: Esse mineral destaca-se principalmente por prevenir problemas dentários e ósseos, mas atua
também em tecidos e células.
→ Fósforo: Esse mineral é encontrado principalmente no esqueleto juntamente ao cálcio, formando os
ossos. Além dessa função, participa da constituição das membranas celulares (fosfolipídeos), de atividades
enzimáticas e fornece energia sob a forma de ATP (adenosina trifosfato).

→ Iodo: Mineral que faz parte da composição dos hormônios da tireoide e atua nos sistemas cardiovascular,
esquelético, respiratório e urinário. Resumidamente, pode-se dizer que o iodo é importante para o
crescimento e desenvolvimento dos organismos.

→ Magnésio: É um sal mineral importante, apesar de menos abundante, atuando em atividades enzimáticas,
duplicação dos ácidos nucleicos, síntese de vitamina D, transmissão de influxo nervoso, trocas iônicas da
membrana celular, entre outras funções.

→ Potássio: Com o sódio, atua no funcionamento das células nervosas (Bomba de Sódio/Potássio). Além
disso, contribui para o metabolismo, regulação da quantidade de água no organismo, produção de proteínas e
glicogênio, excitabilidade neuromuscular, controle da pressão sanguínea, entre outras.

→ Sódio: Participa do funcionamento das células nervosas com o potássio (Bomba de Sódio/Potássio). Esse
mineral também forma o sal de cozinha e participa da absorção de aminoácidos, glicose e água.

HORMONIOS
Hormônio é qualquer substância química que, em pequenas quantidades, é produzido

e sai do lugar onde foi produzido e vai atuar em outra célula. Por esse motivo o hormônio cai

na corrente sanguínea para atingir o órgão alvo. A

ação hormonal pode ser autócrina, parácrina ou

endócrina. Em todos esses casos os hormônios são

secretados, no entanto, atuam em locais diferentes.

Quando a substância atua sobre a própria célula

secretora, ocorre uma função autócrina. Na sinalização parácrina,

o hormônio atua em um local muito próximo, geralmente

no mesmo tecido, dessa forma, não é necessário que esse hormônio caia na corrente sanguínea. Já a atuação

endócrina é quando o hormônio é transportado pela corrente sanguínea, mesmo que esteja em um local

próximo.

Classificação química
Existem dois tipos, os hormônios nitrogenados e os hormônios esteroides.
Os nitrogenados são aqueles derivados de aminoácidos. Esses hormônios podem ser
peptídicos ou proteicos, que é composto pelo próprio aminoácido, tem também outro grupo
que são os derivados da tirosina, esses são as aminas, T3 e T4. As aminas e T3 e T4, apesar de
ser derivado do mesmo aminoácido, seguem uma via de síntese diferente. Exemplos: insulina,
glucagon, somatostatina, calcitonina, paratireodiano, entre outros.

Calcitonina: produzido nas células C da tireoide e atua em contraste com o paratormônio. Atuam regulando
o nível sanguíneo de cálcio. Atua inibindo a liberação de cálcio.
Paratormônio : é produzido na paratireoide e atua em contraste com a calcitonina. Atua regulando o nível
sanguíneo de cálcio. Atua estimulando a liberação de cálcio.
Glucagon: produzido pelas células alfa das ilhotas pancreáticas. Atua em resposta de um estado
hipoglicêmico, estimulando a liberação de glicose no sangue, através de várias vias.

Insulina: produzida pelas células beta das ilhotas pancreáticas. A insulina estimula a diminuição de glicose
no sangue, respondendo a um aumento da glicemia do sangue.
Somatostatina: produzida pelas células delta do pâncreas. Atua a nível de pâncreas, atuando na regulação
da liberação de insulina e de glucagon, mas suas funções ainda são pouco conhecidas. Inibe a produção do
hormônio do crescimento, do TSH e do ACTH. Também é produzido pelo hipotálamo

Hormônios esteroides
 Hormônios adrenocorticais sexuais que são sintetizados em vários tecidos endócrinos a partir do
colesterol.
 Deslocam-se até suas células alvo pela corrente sanguínea, ligados a proteínas carregadoras os
corticosteroides são de dois tipos gerais, definidos por suas ações.
 Os glicocorticoides (como cortisol) afetam principalmente metabolismo dos carboidratos; os
minerais corticoides (como aldosterona) regulam concentração de eletrólitos (K+, Na+, Ca+2, Cl–)
no sangue. Os androgênios (como testosterona) e os estrogênios (como o estradiol) são sintetizados
nos testículos e ovários. Eles afetam o desenvolvimento e o comportamento sexuais, e uma grande
variedade de outras funções reprodutivas e não reprodutivas

Hormônios da Tireoide
 T4 (tiroxina) e T3 (tri-iodotironina) são sintetizados a partir da proteína precursora tireoglobulina
 A condensação da monoiodotirosinacom a di-iodotironinaproduz T3, que também é um hormônio
ativo liberado por proteólise
 Os hormônios tireoideosagem por meio de receptores nucleares e estimulam o metabolismo
energético, especialmente no fígado e no músculo, aumentando a expressão de genes que codificam
enzimas-chave catabólicas

Óxido Nítrico (NO)


O óxido nítrico é um radical livre relativamente estável, sintetizado a partir do oxigênio molecular e do
nitrogênio guanidínico da arginina em uma reação catalisada pela NO-sintase (óxido nítrico-sintase)
O NO age próximo de seu local de liberação, entrando na célula-alvo e ativando a enzima
citosólicaguanilato-ciclase, que catalisa a formação do segundo mensageiro cGMP.

MEMBRANA PLASMATICA
A membrana plasmática ou membrana celular é uma
categoria de organela celular. Trata-se de um
envoltório fino, poroso e microscópico. Ela reveste
por fora as células dos seres procariontes (bactérias)
os eucariontes (animais, vegetais, fungos e protozoários).

Funções associadas à membrana plasmática


Denominamos funções as vantagens adaptativas que a membrana plasmática garante aos seres vivos. As
funções da membrana plasmática são:

Permeabilidade osmótica
A membrana plasmática tem a capacidade de controlar a entrada e saída de água das células.
O controle da quantidade de água que entra e sai das células é muito importante para a sobrevivência da
célula. Se entrar água demais ela pode explodir, se perder muita água pode murchar e morrer. A membrana
deixa a água entrar e sair livremente por pressão osmótica que tende a equilibrar com o meio externo. Mas
em alguns casos, como seres que vivem no mar, proteínas de membrana específicas puxam água para dentro
e fora das células.

Permeabilidade Seletiva
A membrana plasmática permite e controla da entrada e saída de outras substâncias, além da água, da célula.
Algumas células têm que trocar substâncias de modo rápido. Tanto para liberar hormônios e transmissores
para outras células. Mas também bombas de íons que são proteínas transmembrana. As bombas de íons
garantem que células especializadas como neurônios e células musculares funcionem com precisão.
Proteção das estruturas celulares
Todas as estruturas e demais organelas celulares estão contidas internamente a membrana, nada chega a elas
que não tenha passado pela membrana.
Destacamos que o núcleo celular, que contém o DNA da célula, possui sua própria membrana chamada
Carioteca. Mas ela tem uma composição diferente da membrana celular em relação à proteína
transmembrana, poros, etc.

Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular


A capacidade da membrana plasmática de delimitar o que fica dentro da célula e o que está fora, garante a
integridade da célula. Com isso, garante o metabolismo, o equilíbrio químico e a sobrevivência da célula.
O metabolismo na célula tem uma natureza muito diferente do que está acontecendo fora da célula. Isso vale
para organismos unicelulares, mas também para células corporais. Por exemplo, as células do tecido ósseo
estão vivas, funcionando, enquanto fora delas a matriz extracelular é dura e rígida.

Transporte ativo de substâncias


Algumas substâncias são vitais para o funcionamento das células, como a glicose, por exemplo. Mas quando
e quanto dessa substância vai entrar em casa célula é definido por outras substâncias que "abrem as portas"
para coordenar essas entradas. No caso da glicose, quem permite que entre nas células é a insulina. Se a
insulina não funcionar bem, nossa célula não recebe a glicose que está disponível no sangue e ficamos
diabéticos.
O transporte ativo de substâncias que não são naturalmente permeáveis à célula, custa energia. Tanto para
receber substâncias que vêm do meio quanto para expelir substâncias produzidas pela célula.

Reconhecimento de substâncias específicas


A membrana plasmática consegue reconhecer substâncias específicas devido à presença de receptores
específicos na membrana.
Algumas substâncias, como hormônios ou neurotransmissores, têm afinidade com proteínas de membrana.
Ao reconhecer essas substâncias começam cascatas de reações no interior das células, importantes para o
metabolismo e a fisiologia do corpo. Muitos medicamentos têm seu princípio ativo baseado nessas reações e
ações das proteínas presentes na membrana.

Resposta imunológica
A resposta imunológica do corpo, defesa contra parasitas e células estranhas começa com o reconhecimento
das proteínas de membrana plasmática nas células.
Todas as células têm alguma espécie defesa na membrana para evitar a entrada de vírus ou ataque de
bactérias. Mas especialmente as células do sistema imunológico, macrófagos, por exemplo, têm proteínas de
membrana que funcionam como sensores para reconhecer invasões de parasitas, células ou substâncias
estranhas. A partir dessa resposta imune temos as nossas defesas contra parasitas, rejeição a implantes e até
alergias
Estrutura e composição da membrana plasmática
A membrana plasmática é quimicamente constituída por:
 lipídios — glicolipídeos, colesterol e os fosfolipídeos
 proteínas — glicoproteínas, proteínas de membrana,
proteínas de canal etc

As proteínas presentes na membrana são podem ser de grupos diferentes como: enzimas, glicoproteínas,
proteínas transportadoras e antígenos. Nesse sentido, podemos dividi-las em dois grupos principais:
 Proteínas transmembranas: atravessam a bicamada lipídica lado a lado.
 Proteínas periféricas: situam-se em apenas um dos lados da bicamada.

O transporte passivo ocorre sem gasto de energia. As substâncias deslocam-se do meio mais concentrado
para o menos concentrado. São exemplos:
 Difusão Simples — É a passagem de partículas de onde estão mais concentradas para regiões em que
sua concentração é menor.
 Difusão Facilitada — É a passagem, através da membrana, de substâncias que não se dissolvem em
lipídios, com ajuda das proteínas da bicamada lipídica da membrana.
 Osmose — É a passagem de água de um meio menos concentrado (hipotônico) para outro mais
concentrado (hipertônico). Osmose sempre acontece com a água, se a substância que passar pela
membrana for outra diferente, o nome é difusão simples.
O transporte ativo ocorre com gasto de energia. Isso significa que moléculas que conservam a energia
celular, conhecidas como ATP (adenosina tri-fosfato), serão utilizadas no processo. As substâncias
deslocam-se de menor para o de maior concentração. São exemplos:
 Transporte em Bloco: Endocitose e Exocitose — Ocorre quando a célula transfere grande quantidade
de substâncias para dentro ou para fora do seu meio intracelular.
 Bomba de Sódio e Potássio — Passagem de íons sódio e potássio para a célula, devido às diferenças
de suas concentrações.

1.Por que a água é uma molécula polar?

-> a água é polar devido às diferenças de eletronegatividade entre as ligações H-O-H na água.
O compartilhamento de elétrons na água ocorre de maneira desigual nas ligações entre oxigênio e hidrogênios.

2.O que são nucleotídeos? Diferencie nucleotídeos de nucleosídeos.

-> Os nucleotídeos são moléculas presentes nas células formadas por bases nitrogenadas, fosfato e pentose. A maior
parte deles são encontrados unidos, formando os ácidos nucleicos; nucleosídeo é constituído por uma base nitrogenada
(citosina, adenina, guanina, timina ou uracila) e por uma pentose, a ribose (no caso do RNA) ou a desoxirribose (no
caso do DNA). Um nucleosídeo é um nucleotídeo sem o agrupamento fosfato.

3.O que é o ATP? Qual sua importância bioquímica?

-> ATP (adenosina trifosfato) é a principal molécula transportadora de energia nos seres vivos. A maior parte da
energia química que os organismos necessitam para realizar seu metabolismo é proveniente das reações de hidrólise
dessas moléculas.

4.O que dita o dogma central da biologia molecular?

-> biologia molecular diz que o material genético é transcrito em RNA e depois traduzido em proteína.

5.Descreva a estrutura molecular básica das proteínas.

-> uma proteína é formada por aminoácidos, os quais possuem um grupo carboxila (de um ácido carboxílico) e um
grupo amino (de uma amina).

6.O que são enzimas? Qual o efeito das enzimas sobre a velocidade das reações?

-> As enzimas são biomoléculas que atuam como catalisadores, aceleram as reações de forma seletiva, sendo,
portanto, catalisadores muito específicos. As enzimas são capazes de acelerar uma reação mediante a diminuição da
energia de ativação, ou seja, elas reduzem a quantidade de energia que deve ser adicionada para que uma reação tenha
início.

7.O que é um carboidrato? Aponte as semelhanças e diferenças entre o amido, a celulose e o glicogênio.
-> Os carboidratos são moléculas orgânicas compostas por carbono, hidrogênio e oxigênio; Amido é um
polissacarídeo de reserva vegetal. O glicogênio é um polissacarídeo de reserva animal, também encontrado em fungos,
estocado no fígado e nos músculos. A celulose é um polissacarídeo de grande importância estrutural para plantas, pois
forma a parede celular de suas células.

8.O que são ácidos graxos? Diferencie (quanto à localização, estrutura e função) triacilgliceróis e lipídeos de
membrana.

-> Ácidos Graxos são componentes estruturais dos fosfolipídios das membranas celulares. Também podem ser
encontrados na sua forma livre e ser oxidados em certos tecidos para produzir energia. TRIACILGLICEROIS:
função= reservar energia e armazenar nas células. Localização= no intestino. Estrutura: são compostos por três ácidos
graxos, unidos com ligações éster ao glicerol. LIPIDEOS: função=reserva energética, isolante térmico,
impermeabilizante; Localização= são armazenados nos adipócitos, células que compõe o tecido adiposo; Estrutura=
estabelecida pela união de um glicerol (álcool) e três cadeias carbônicas longas de ácido graxo.

9.O que são vitaminas lipossolúveis?

-> são as vitaminas solúveis em lipídios e outros solventes orgânicos, porém não-solúveis em água

10.O que são hormônios? Como os hormônios podem ser classificados?

-> Hormônios são pequenas moléculas ou proteínas produzidas em um tecido, liberadas na circulação e transportadas
a outros tecidos, nos quais agem por meio de receptores para produzir mudanças nas atividades celulares; os
hormônios endócrinos (do grego, endon5 “dentro de”, e krinein5 “liberar”) são liberados no sangue e transportados
para as células-alvo por todo o corpo (a insulina e o glucagon são exemplos). •Os hormônios parácrinos são liberados
no espaço extracelular e difundem-se para células-alvo vizinhas (os hormônios eicosanoides são desse tipo). •Os
hormônios autócrinos afetam a mesma célula que os libera, ligando-se a receptores na superfície celular

11.Qual a importância da membrana celular? Quais as funções das membranas celulares?

-> Membranas definem os limites externos das células e controlam o tráfego molecular por esses limites

Em células eucarióticas, elas dividem o espaço interno em compartimentos para separar processos e componentes.

Organizam sequências de reações complexas e são fundamentais tanto para a conservação de energia biológica quanto
para a comunicação célula-célula

As membranas são flexíveis, autosselantese seletivamente permeáveis a solutos polares

A flexibilidade das membranas permite que a forma mude ao acompanhar o crescimento e o movimento da célula
(como no movimento ameboide)

FUNÇÃO = Célula x meio:

•Manutenção do equilíbrio iônico com o meio intracelular


•Reconhecimento celular e molecular > Receptores

•Comunicação celular

Organelas x citosol:

•Controle das atividades celulares

•Organização de sistemas enzimáticos

•Execução de funções especializadas

•Proteçãoda célula

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