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A IMPORTÂNCIA DO COMBATE À INTOLERÂNCIA

RELIGIOSA EM SÃO PAULO

Guilherme Moreira Teixeira


João Victor Fernandes Matsuo
Lucas Beserra de Espíndola Gomes
Pedro Henrique de Oliveira
Rhian Esteves dos Santos Ferreira
Samuel Júlio de Souza Vasconcelos

RESUMO. A definição do conceito de religião é uma fé e devoção a tudo que é considerado sagrado.
É uma seita ou culto que tem como principal objetivo estabelecer uma relação entre o homem e as
entidades. Sendo assim, o conceito de intolerância é a dificuldade de conviver com as diferenças,
seja por raça, religião etc. Já no caso da intolerância religiosa é uma discriminação ou preconceito por
conta da sua religião, geralmente, é manifestada por profanação e agressão. Com isso, o presente
trabalho tem como objetivo apresentar as causas que motivam os maus-tratos da intolerância
religiosa em São Paulo, além de conscientizar, mostrar narrativas e soluções para esse crime. Nesse
contexto, as maiores vítimas da intolerância religiosa são, em sua maioria de religiões de matriz
africana. Segundo dados revelados pelo site de notícias UOL (2022) os católicos (64,4% dos
brasileiros) registram 1,8% das denúncias de intolerância, e os protestantes (22,2% da população)
registram 3,8% das denúncias. Nesse prisma, em São Paulo no ano de 2021, o número de denúncias
de intolerância recebida pela ouvidoria foi de 210. Já em 2020, 245 queixas foram registradas e, em
2019 houve 17 registros. A intolerância se perpetua por não haver punições e leis severas em relação
a tal ato preconceituoso. Uns dos principais efeitos são guerras, conflitos, embates e o pior deles que
é a morte. Portanto, pode-se concluir que umas das soluções para o combate a intolerância é apelar
para o lado racional de viés psicológico através de argumentos, acreditando que o melhor combate é
o diálogo.

Palavras-chave. Religião; Intolerância; Combate; Cristã; Fé.

ABSTRACT. The definition of the concept of religion is a faith in and devotion to all that is considered
sacred. It is a sect or cult whose main objective is to establish a relationship between man and
entities. Thus, the concept of intolerance is the difficulty of living with differences, whether by race,
religion, etc. With this, the present work aims to present the causes that motivate the mistreatment of
religious intolerance in São Paulo, in addition to raising awareness, showing narratives and solutions
for this crime. In this context, the biggest victims of religious intolerance are mostly African-based
religions. According to data revealed by the UOL news website (2022), Catholics (64.4% of Brazilians)
register 1.8% of complaints of intolerance, and Protestants (22.2% of the population) register 3.8% of
complaints. In this light, in São Paulo in 2021, the number of complaints of intolerance received by the
shop was 210. In 2020, 245 complaints were registered and, in 2019, there were 17 records.
Intolerance is perpetuated because there are no punishments and different laws in relation to such a
prejudiced act. One of the main effects are wars, conflicts, clashes and the worst of them is death.
Therefore, it can be concluded that one of the solutions for fighting intolerance is to appeal to the
rational side of psychological bias through arguments, believing that the best fight is dialogue.

Keywords. Religion; Intolerance; Combat; Christian; Faith.


1 INTRODUÇÃO

O conceito de religião é designado como um conjunto de crenças que


aproxima o homem a uma entidade divina, através de livro, fé e doutrina. Além
disso, existem lugares como as igrejas, terreiros, templos, entre outros... que são
próprios para cultuarem os seus respectivos deuses. Nesse contexto, as principais
religiões em São Paulo são o cristianismo, espiritismo, budismo, umbanda e
judaísmo.
A liberdade de religião é um direito fundamental garantido na Constituição
Federal, por isso o Brasil torna-se um Estado laico, todos podem seguir a religião
que bem entender. O ato de discriminar, ofender e rechaçar, tanto, religiões, cultos e
liturgias, quanto, pessoas por conta de suas práticas religiosas e crenças, é
denominado intolerância religiosa.
A intolerância religiosa em São Paulo vem tendo um crescimento exponencial
ao decorrer dos anos, a título de ilustração, conforme a reportagem vinculada pelo
site de notícias G1, (2020) “casos de intolerância religiosa aumentaram 21,75% em
2019 no estado de São Paulo, no comparativo com 2018”. Se, grande parte dos
episódios envolvem pessoas que seguem uma religião de matriz africana.
A Lei nº 9.459 de 1997 criminaliza atos de discriminação ou preconceito
contra a religião. Ninguém deve ser discriminado com base na crença religiosa. Os
crimes de discriminação religiosa são inafiançáveis (o arguido não pode pagar fiança
para responder livremente) e irrestritos (o arguido pode ser punido a qualquer
momento). A pena prevista é de um a três anos de reclusão e multa. Restrições à
religião afetam 75% da população mundial.
Contudo, é possivel observar que, a infortúnio, a intolerância religiosa vem
crescendo no estado de São Paulo, de maneira que é prejudicial à integridade física
e mental de diversas pessoas. Ocorrem agressões e repreensões por seguirem suas
própias crenças, como demonstra a notícia citada, assim criando medo e vítimas do
que se denomina preconceito de intolerância.
Tendo em vista tais observações, este trabalho tem por objetivo mostrar
dados relevantes sobre a intolerância religiosa em São Paulo, com isso este trabalho
tem por objetivo, tentar conscientizar o máximo de pessoas possíveis e evidenciar o
mau-trato e violência no estado de São Paulo.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Conceito de religião

A religião e a sua prática são uns dos atos mais antigos e praticadas de toda
a humanidade e suas várias vertentes está profundamente ligada à história de todo
o mundo. O conceito de religião é importante de se entender pois a religiosidade faz
parte da vida individual ou coletiva. As religiões são sistemas de crenças, valores e
regras que são aplicados por meio de práticas que definem um grupo de pessoas.
Um aspecto importante presente em muitas religiões é que elas conectam as
pessoas aos seres espirituais ou divinos por meio da ponte que é crença. Essas
crenças são estabelecidas por meio de histórias que definem o propósito do
universo. Eles também explicam como o mundo veio a existir. Existe três categorias
de religião. Existem os mundiais, aqueles que têm seguidores em todo o mundo.
Existem também os nativos, que se caracterizam por seu tamanho menor e são
restritos a uma determinada etnia ou cultura. Por fim, se tem os novos movimentos
religiosos, que são religiões que surgiram recentemente.
Mas não pode se limitar e a definir somente pelas noções individuais ou dar
predefinições tendenciosas a partir de como se constroem a crenças de um grupo,
assim como não se pode dar as características de uma determinada religião para
definir todas as outras como um ponto de comparação sobre o que é ou não é a
religião. Até mesmo porque a religião pode tem muitas vertentes e formas de ser
compreendidas como seus diversos tipos como deísta que crê em divindades e a
ateia que é quando não se crê em divindades, mas não necessariamente um ateu
não tem religião um exemplo disso e o budismo e o taoísmo.
Portanto há de ter uma definição ampla pra analisar seus tipos e as principais
características que liga e não ligam as religiões, por exemplo nem todas as são
monoteístas como os cristões a acreditam em apenas uma divindade, como a
muitas religiões mais antigas que são politeístas e acreditam em vários deuses
como no hinduísmo, e também a religião não está necessariamente ligada a moral
da sociedade, e nem a crenças sobrenaturais e divindades ou explicar a criação ou
a origem das coisas, existem algumas religiões são guiadas pela busca de viver em
harmonia e convivência direta com o mundo, e pode ou não se interessar em
entender o que está além dos sentidos.
Acredita-se que todas as principais religiões tenham um conjunto de símbolos
que usam em seus rituais e cerimônias. Estes são frequentemente referenciados ou
respeitados com reverência e admiração, como budismo que vê o Buda como um
objeto de reverência e admiração. Isso ocorre porque todas as religiões possuem
símbolos ou ideias que são reverenciadas e admiradas. Além disso, acredita-se que
todas as religiões têm pontos em comum junto com seus símbolos. Isso inclui rituais
e cerimônias compartilhadas das quais os crentes participam. Muitos grupos
religiosos praticam rituais que têm significados específicos para eles. Estes podem
variar de grupo para grupo e incluem canções, orações, jejum ou abstinência de
certos alimentos entre outros. Eles indicam a importância que os crentes atribuem à
sua fé religiosa, tradições e a seus dogmas, desenvolvendo um senso de
religiosidade que deve ser respeitado.

2.2 Conceito de intolerância religiosa

A intolerância religiosa é um crime de ódio que infrige o direito de liberdade


garantido pela constituição brasileira de 1988. Sendo um conjunto de ideias e
atitudes ofensivas a ideologias e práticas espirituais ou mesmo a quem não segue
uma religião.
O Brasil é um país multicultural, portanto, em decorrência dessa mistura de
povos, possui diversas religiões em um estado democrático de direito, por esse e
vários motivos ele é um país politeísta, na teoria. Mas na prática, no ano de 2022 o
Brasil teve um acréscimo de 141%, demonstrando ineficácia do estado laico.
A intolerância religiosa é um termo que descreve atitude mental, ou física
caracterizada por agressões ou vontade em conhecer e respeitar práticas e crenças
religiosas diferentes do outro. Além disso, existem dois tipos de intolerância, a
política e ideológica. Com isso, a intolerância política é a religião alheia não ser
aceita por um determinado grupo de pessoas, já a ideológica são os indivíduos que
não respeitam e agridem a opinião de suas vítimas.
Segundo John Locke, a intolerância religiosa cristã foi a causa de diversos
problemas ocorridos na sociedade dentre o século XVII, quais se perpetuam até os
dias de hoje: “não é a diversidade de crenças diferentes, o que poderia ser
concedido, que produziu a maior parte das guerras e disputas sobre religião que
nasceram no mundo cristão” (carta, 1689, p.103).

2.3 casos de intolerância religiosa em São Paulo

Os índices de intolerância religiosa em todo estado de São Paulo estão tendo


um acréscimo relevante nos últimos anos, principalmente a partir dos anos de 2020
e 2021, onde é possível observar isso com maior clareza é em sua capital. Como
forma de ilustração, a reportagem vinculada ao site de notícias UOL, afirma que:
“Após queda nas denúncias em 2017 e discreto aumento em 2018 e 2019, o número
de casos explodiu nos anos seguintes, ao passar de 1.900 em 2016 para 5.900
ocorrências em 2021”. (2020)
São Paulo é o segundo estado com maiores níveis de denúncias de
intolerância religiosa, ficando atrás apenas do estado do Rio de Janeiro, segundo
diversos sites de notícias como G1, Metrópoles, UOL dentre outros.
Os casos são de todos os tipos, desde ataques diretos e individuais a fiéis
como também ataques a igrejas, templos, sinagogas e terreiros. Existem muitos
exemplos de intolerância religiosa que repercutiram em São Paulo, e no Brasil como
um todo, mas se destaca o do Sergio von Helder, ex-bispo da Igreja Universal do
Reino de Deus, esse caso aconteceu em 1995 em um programa chamado ‘Palavra
da Vida’, na atual Record TV. Durante o programa ele deu vários chutes em uma
estátua de Nossa Senhora da Aparecida com o argumento de que ela era inútil, pois
não tinha o poder de se defender dos chutes.
2.4 Principais alvos da intolerância religiosa

A intolerância contra outras religiões é algo que atinge a todos, claro que,
atinge cada pessoa ou crença de sua forma e intensidade, para contextualizar quais
são as religiões que mais sofrem em São Paulo, segundo o site de notícias UOL:

“Os católicos (64,4% dos brasileiros) registram 1,8% das denúncias de


intolerância, e os protestantes (22,2% da população) registram 3,8% das denúncias.
Ao mesmo tempo, os adeptos de religiões de matriz africana (candomblé, umbanda e
outras denominações), que, juntos, representam 1,6% da população brasileira,
também representam cerca de 25% das denunciantes de crimes de ódio e
intolerância religiosa.” (2022)
Ou seja as religiões de matrizes africanas representam uma porcentagem
desproporcional em relação as outras.
Quando analisados os alvos da intolerância religiosa, é possível afirmar que
as crenças menos seguidas são as que mais sofrem preconceito, mas em São Paulo
os principais alvos não sofrem apenas por ser minoria, mas também em decorrência
do racismo estrutural, poís os principais alvos são de matrizes africanas.

2.5 por que se perpetua

A religião no Brasil, permite entender a alma do povo brasileiro, pois


expressam, mais que as crenças ou práticas, a cultura contemporânea, vários
significados simbólicos que permitem as ideias e mentalidades, os rituais cotidianos,
as relações sociais e as instituições políticas. Na era colonial, a religiosidade
africana era proibida, por isso, passaram a ser vigiados de perto por seus senhores
e fiscalizados pelos católicos. Os escravos eram considerados utensílios de trabalho
a semelhança de uma ferramenta, os africanos foram obrigados a aceitar a fé em
Jesus Cristo, como símbolo da submissão aos europeus e a coroa portuguesa.
No entanto, as autoridades politicas interessadas em desqualificar a
religiosidade negra, criaram documentos que reduzia os ritos africanos, a feitiçaria;
porém os elementos das religiões africanas sobreviveram, se ocultando em meio à
simbologia cristã nos dias atuais. No período colonial, os negros eram impedidos de
frequentar espaços que expressavam a religião católica dos brancos, o surgimento
das irmandades negras (século XIX) foi uma forma de proteger os seus membros,
sendo estas responsáveis pela construção de capelas, organização de festas
religiosas e pela compra de alforrias de seus irmãos, oficialmente auxiliando a ação
da igreja e demonstrando a eficácia da cristianização da população escravizada.
Entretanto, ao organizarem-se, geralmente, em torno da devoção a um santo
especifico, a qual assumiu múltiplos significados, incorporando ritos e cultos aos
deuses africanos, permitiu o nascimento de religiões afro-brasileiras como o
candomblé. Muitos indivíduos que oficialmente cultuavam, por exemplo, São José,
na capela erguida pela irmandade negra, clandestinamente dançavam em frente a
uma imagem semelhante ao som do tambor em casas simples com paredes de
barro cobertas de capim.
Um sincretismo que se tornaria típico do povo brasileiro, também presente no
candomblé, onde o rito do deus africano Coura e a devoção a Nossa Senhora do
Rosário se fundiram, fornecendo um valioso exemplo da associação íntima
(simbiose) da religiosa no Brasil.
Houve o processo de aculturação da santa católica que permitiu aos africanos
cultuarem seus próprios santos com outros nomes, forjando novas práticas
religiosas. Vale ressaltar que outros credos estiveram presentes no contexto
colonial, também colaborando para formar a cultura do povo brasileiro. Sendo a fé
em cristo imposta, indígenas foram exterminados sob pretexto de serem
catequizados, também não possuindo outra opção, os africanos escravizados foram
obrigados a aceitar oficialmente os preceitos e dogmas da igreja católica, mas
encontraram meios de ocultar seus próprios ritos e credos dentro do sistema
simbólico cristão, originando práticas religiosas afro-brasileiras.
Uma religiosidade dogmática, em certo sentido, perante a esfera pública
geral, mas empírica e sujeita a transformações de ordem mil dentro da privacidade
individualizada de grupos menores. A cultura brasileira e sua capacidade adaptativa
é, sem dúvida, tributária do caldeirão religioso colonial, efervescente e contendo em
seu interior ingredientes paradoxais que, misturados, forjaram o sincretismo
contemporâneo com inúmeros significados típico da mentalidade brasileira.

2.6 efeitos da intolerância religiosa

Os efeitos da intolerância religiosa são diversos, a título de ilustração


discriminação pelo indivíduo por optar uma religião diferente do outro; agressões
tanto físicas e psicológicas pelo intolerante e entre outros exemplos de causas.
Sendo assim, em níveis exagerados de intolerância, causa problemas à sociedade,
por exemplo guerras religiosas que acontecem, geralmente, em territórios do oriente
médio, onde os muçulmanos e judeus brigam a séculos. Outrossim, em alguns
casos, a escolha de determinada religião pode cegar seus seguidores politicamente,
sendo comparado ao ‘voto cabresto’ onde,o líder religioso induz aos seus
seguidores a escolherem uma personalidade política alinhado com a sua fé, com
isso, anulando possibilidades de outras escolhas, em alguns casos, podendo ser
mais benéfica a sociedade. Segundo Hannah Arendt: “A ‘Banalidade do mal’ é o
fenômeno da recusa do caráter humano do homem, apoiado na recusa da reflexão e
na tendência em não assumir a iniciativa própria de seus atos.” (1963).

2.7 soluções para amenizar os casos de intolerância religiosa

Existem diversas maneiras de amenizar a intolerância religiosa em São Paulo,


entretanto sem a participação do governo pode não ser eficiente. Com isso, a lei
federal n°9.459, de 13 de maio de 1997, prevê uma punição por crimes motivados
pela raça, cor, religião, etnia ou procedência nacional. Além disso, o artigo 5°
preconiza sobre a liberdade de realizar cultos em casas ou lugares públicos
livremente. Com isso, com leis mais rígidas para intolerantes, porém, além da
punição de cumprir a pena em uma prisão, será necessário um acompanhamento
psicológico para o criminoso se adaptar novamente a sociedade.
Todavia, apenas mudar as leis não é suficiente, é necessário remodelar os
assuntos abordados em escolas com a inclusão do ensino religioso para mostrar a
todos estudantes a importância de respeitar a religião do próximo, tendo em vista
que o Brasil é um estado livre e laico. Segundo Victor Hugo: "A tolerância é a melhor
das religiões." (1863)

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi realizado uma pesquisa quantitativa por meio da plataforma ‘Google
forms’, na qual foram entrevistadas 52 pessoas de idades e crenças variadas.
Iniciada no dia 17 e encerrada no dia 19 de novembro (3 dias). E o resultado obtido
na primeira pergunta é:
Pode de afirmar então que a juventude foi a maior área de respostas, talvez
estando mais aberta ao diálogo devido às próprias relações sociais criadas pelas
mídias digitais. Entende-se aqui que a própria ferramenta utilizada para
desenvolvimento da pesquisa – um formulário no celular - tenha sido um atrativo
para essa faixa etária. Enquanto, pessoas entre os trinta e seis (36) e sessenta e
cinco (65) anos de idade talvez tenham ficado um pouco intimidadas a participar
justamente pelo meio utilizado. Pessoas acima de sessenta e seis (66) anos, não
demonstraram interesse em participar. Acredita-se aqui que o uso da tecnologia
tenha sido o principal inibidor nesse processo.

É perceptível que a maior parte dos participantes são cristãos (67,4%), o que
se espera de um país com maioridade cristã. Porém, talvez devido a idade, como
mostrado no gráfico, um quarto (26,9%) dos participantes se consideram não
religiosos, ou ateus, como demonstra uma pesquisa feita, onde os jovens estão cada
vez adotando a “não religião”, reportado pelo G1 (2022) Nos dados retirados, ainda
é demonstrado pequenas porcentagens de outras religiões, quais não tiveram
grandes resultados.

Entre os praticantes de atos de desrespeito à fé alheia estão: dois (2)


praticantes das Religiões afro-brasileiras e três (3) das religiões evangélicas. Esses
números chamam a atenção para o seguinte: seriam as práticas culturais
estimuladas em cada uma dessas religiões as responsáveis por atos de
desrespeito? Um dos relatos sobre o tipo de ato preconceituoso cometido que
chamou a atenção foi da entrevistada, que explica o porquê de ter agido da maneira
que agiu: “eu já fui o tipo de pessoa q achava ruim outras pessoas terem religião
diferente, porque minha família (maioria cristã) dizia que era coisa do demônio ou
coisa ruim”. (2022)

4 CONCLUSÃO

Com todos estes dados apresentados, é possível chegar a conclusão de que:


os casos de intolerância religiosa em São Paulo não estão diminuindo com o passar
do tempo, muito pelo contrário, eles estão aumentando exponencialmente; Os alvos
que mais estão expostos ao preconceito, sofrem por conta de serem minoria e por
conta do racismo estrutural imposto em religiões de matriz africana; Esses casos
poderiam estar em queda ou relativamente menores se o governo tomasse medidas
de intervenção, como: leis mais rígidas para intolerantes, acompanhamento
psicológico para criminosos, para serem reintroduzidos a sociedade e informações
sobre essas religiões menos favorecidas, para as pessoas saberem exatamente o
que estão falando.
Com este trabalho, conseguiu-se chegar em todos os objetivos, tanto
específicos, quanto geral. Isso apresentando informações, realmente relevantes,
sobre: o conceito de intolerância religiosa e de todos os pontos que ela atinge no
estado de São Paulo, além disso, com a pesquisa realizada na plataforma ‘google
forms’, se consegue analisar mais profundamente esses dados, chegando a
conclusões mais ‘concretas’. Como: a juventude está mais aberta ao diálogo em
comparação com as faixas etárias mais velhas, isso por conta das relações sociais
criadas pelas próprias mídias digitais.
É papel da sociedade prevenir a intolerância, reconhecer que todos tem livre
arbítrio, e esse reconhecimento pressupõe garantir-lhe o direito de pensar, de crer,
de amar, de doar, de rezar, de ser gente religiosa ou não.
Vale lembrar a existência do Disque Direitos Humanos, ou disque 100, é um
canal de atendimento 24h, que recebe, analisa e encaminha denúncias de violações
dos direitos humanos para os órgãos responsáveis. Um dos principais meios que as
pessoas fazem denúncias sobre casos de intolerância religiosa.

5 REFERÊNCIAS
Preite W. S. Denúncias de intolerância religiosa triplicaram em 5 anos no estado de SP; UOL
Notícias. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/04/18/intolerância-
regiliosa-estado-de-sao-Paulo-umbanda-candomblé-evangélicos.htm. Acesso em: 29 de out. De
2022.

PORFíRIO, Francisco. Intolerância religiosa; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/intolerancia-religiosa.htm. Acesso em 14 de nov. de 2022.

Letícia r. f. n. intolerância religiosa; Infoescola, disponível em:


https://www.infoescola.com/sociologia/intolerancia-religiosa/. Acesso em: 28 de out. de 2022.

Lucas de O. R. O que é religião?; mundoeducacao.UOL, disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/o-que-religiao.htm. Acesso em: 22 de out. de 2022.

Talita de C. Intolerância religiosa; Politize, disponível em: https://www.politize.com.br/intolerancia-


religiosa/. Acesso em: 11 de nov. de 2022.

NOVAES, Regina. Jovens 'sem religião' superam católicos e evangélicos em SP e Rio,


disponível em: https://www.google.com/amp/s/g1.globo.com/google/amp/sp/sao-paulo/noticia/
2022/05/09/jovens-sem-religiao-superam-catolicos-e-evangelicos-em-sp-e-rio.ghtml. Acesso em: 9 de
Mai. de 2022.

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